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Quase metade não sabe que pode votar em dois senadores

Quase metade não sabe que pode votar em dois senadores

Redação

18/08/2010 - 06h00
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Maria Matheus

Quase a metade dos eleitores de Mato Grosso do Sul não sabe que deve votar duas vezes para o Senado Federal nas eleições deste ano. Segundo pesquisa feita pelo Ibrape para o Correio do Estado, 45% dos 1.119 entrevistados não têm conhecimento que cada eleitor pode escolher dois nomes para senador e 55% afirmaram saber da possibilidade de votar em dois candidatos.
Cada Estado tem direito a três vagas no Senado Federal, mas no pleito que será realizado em 3 de outubro duas vagas estão em disputa. Serão eleitos 54 senadores em todo o País. Outras 27 vagas serão abertas nas eleições de 2014.
Neste ano, termina o mandato do senador Delcídio do Amaral (PT), eleito em 2002, e o do senador Valter Pereira (PMDB). O peemedebista assumiu a vaga de Ramez Tebet (PMDB), eleito no mesmo ano que Delcídio e morto em 2006, vítima de câncer. A terceira cadeira de Mato Grosso do Sul no Senado está sendo ocupada por Marisa Serrano (PSDB), cujo mandato teve início em 2007. A vaga que hoje é de Marisa será colocada em disputa na eleição de 2014.
Tanto na Capital como no interior do Estado, mais da metade da população sabe que deve votar em dois candidatos, mas a porcentagem dos que desconhecem essa informação passa dos 40%. Em Campo Grande, 59% têm conhecimento que pode escolher dois nomes e 41% não têm essa informação. No interior, 53% sabem que precisam escolher dois candidatos, enquanto 47% não sabem.
Os maiores índices de desinformação quanto às vagas ao Senado são na região Sudoeste (52%), no Cone Sul (51%) e no Vale do Ivinhema (51%). O maior número de eleitores que sabem da necessidade de votar duas vezes para senador está no Norte do Estado (59%), Bolsão (54%), Região do Pantanal (55%) e Grande Dourados (54%).

Variáveis
Os eleitores mais desinformados têm mais de 55 anos. Nessa faixa etária, 52% não sabem que precisam votar duas vezes para o Senado. Já a maioria dos jovens entre 16 e 24 anos (60%) sabe que pode votar em dois candidatos.
Quanto à escolaridade, o índice de informação é maior entre os que possuem Ensino Médio (60%). Metade dos que têm apenas o Ensino Fundamental (50%) desconhece a necessidade de votar duas vezes. Dos que concluíram o Ensino Superior, 52% sabem do dever de escolher dois senadores e 48% não sabem.
As mulheres estão mais bem informadas que os homens — 60% das eleitoras estão cientes da necessidade de votar duas vezes para senador, enquanto a metade dos eleitores do sexo masculino não têm essa informação.

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STF manda Fátima de Tubarão cumprir pena por envolvimento nos atos golpistas

Por ter sido julgada no STF, a ação penal contra a idosa de 69 anos não tem mais possibilidade de recurso

04/11/2024 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Fotos: Fábio Rodrigues Pozzebom

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na última quarta-feira, 30, que a bolsonarista Maria de Fátima Mendonça Jacinto de Souza, conhecida como Fátima de Tubarão, presa por envolvimento na tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023, comece a cumprir pena, inicialmente em regime fechado.

Fátima foi condenada em agosto deste ano a 17 anos de prisão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.

Por ter sido julgada no STF, a ação penal contra a idosa de 69 anos não tem mais possibilidade de recurso. Moraes determinou que a bolsonarista passe por exames médicos antes do início da execução da pena e que o período que esteve presa preventivamente seja descontado da pena final.

A idosa, de Tubarão, no sul catarinense, foi detida em 27 de janeiro de 2023, durante a terceira fase da Operação Lesa Pátria, que investiga responsáveis por financiar, fomentar e promover os ataques golpistas em Brasília, e está presa preventivamente desde então em Criciúma (SC).

Ela apareceu em um vídeo dizendo que está "quebrando tudo", que "pegaria o Xandão" e que defecou em um dos banheiros do prédio da Suprema Corte. Em juízo, a idosa confirmou o ato, alegando não saber de quem era a sala, apenas que os banheiros do andar de baixo estavam ocupados.

No vídeo, ela também grita "vamos para a guerra! É guerra!", mas justificou no interrogatório que apenas repetiu o que a multidão gritava em meio à confusão, motivada, segundo ela, pelo medo da situação, e negou qualquer intenção de incitar ações violentas com a frase.

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Lula e Bolsonaro: veja como a polarização se repete sobre as eleições dos EUA

Enquanto o petista declarou apoio a Kamala, Bolsonaro enviou votos de vitória para Trump

04/11/2024 21h00

Ricardo Stuckert e Agência Brasil

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A eleição presidencial dos Estados Unidos disputada entre o ex-presidente Donald Trump e a vice-presidente Kamala Harris ultrapassa a fronteira americana e repercute entre políticos brasileiros. Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) assumem um lado na rivalidade entre os dois grandes partidos americanos, o Democrata e o Republicano, replicando a polarização nacional.

Enquanto governistas se manifestam contra um retorno de Trump ao comando da maior economia do mundo, nomes da oposição se posicionam a favor do republicano. Os apoios vão ao encontro das manifestações de Lula e Bolsonaro. Enquanto o petista declarou apoio a Kamala, Bolsonaro enviou votos de vitória para Trump.

Ao canal de televisão francês TF1, Lula afirmou que a vitória de Kamala é a "opção mais segura para fortalecimento da democracia" nos Estados Unidos e que está torcendo pela democrata. Já Bolsonaro, em vídeo compartilhado em suas redes sociais, disse "estar junto" com Trump em nome do "Estado de Israel", do "respeito à família" e da "liberdade de expressão".

Entre os governistas, a exemplo de Lula, a defesa da candidata democrata é justificada como uma forma de conter a "ameaça à democracia" representada por Trump. Por outro lado, seguindo o mote do vídeo gravado pelo ex-presidente, os bolsonaristas se aliam ao postulante republicano pela afinidade, entre os dois líderes, da pauta de costumes. O tema do direito à liberdade de expressão também é citado pelos políticos brasileiros que se posicionaram sobre a eleição americana.

Os americanos irão às urnas nesta terça-feira, 5, mas a votação antecipada, como o voto por correio, já está em andamento. O cenário entre Harris e Trump é de indefinição, sobretudo pelo empate técnico nas sondagens realizadas em sete Estados-chave para a vitória no colégio eleitoral.

A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) compartilhou o vídeo gravado por Jair Bolsonaro em apoio a Trump, acrescentando na legenda o slogan "MAGA", acrônimo de "Make America Great Again", um dos lemas trumpistas.

A parlamentar catarinense também compartilhou em suas redes um vídeo gravado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Na peça, o filho "02" do ex-presidente dirige-se ao eleitor americano, falando, inclusive, em inglês. O deputado federal paulista sugere que a gestão Joe Biden promove a "censura" em solo brasileiro e que, por essa razão, também é nociva aos interesses americanos.

O perfil no X (antigo Twitter) do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro da Cidadania de Bolsonaro, replicou publicações em favor de Trump. O teor dos conteúdos também é crítico a Kamala Harris. Uma das postagens replicadas pelo ex-ministro é elogiosa ao apoio do bilionário Elon Musk à campanha de Trump, comparando o apoio de Musk a Trump com o de George Soros a Kamala Harris. Soros é um bilionário húngaro alvo de críticas, por parte de conservadores, pelo apoio a pautas progressistas.

Por outro lado, entre a base governista, há manifestações contundentes contra Donald Trump, ainda que não haja, a exemplo dos bolsonaristas, apoio ostensivo a um dos candidatos na disputa.

Em 20 de outubro, Trump visitou uma unidade do McDonald's durante uma agenda de campanha. A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, repercutiu o fato afirmando que o republicano era "mestre em fake news".

"Tudo falso, da cor do cabelo ao uniforme de trabalho. Vergonha alheia", disse a petista, que já havia debochado de Trump após o atentado durante um comício na Pensilvânia, em 13 de julho. Na ocasião, a presidente do PT insinuou que o ataque contra o ex-presidente americano foi armado.

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) se manifestou sobre o tema em uma publicação já apagada de seu perfil no X. Na postagem, realizada após a desistência de Joe Biden em concorrer à reeleição, a parlamentar comparou Trump a Jair Bolsonaro e fez uma apelo pela "união das forças democráticas". "É hora de unir as forças democráticas no mundo para derrotar Donald Trump, que é a representação do ódio e do fascismo, assim como Bolsonaro no Brasil", disse Jandira.

Ainda antes da desistência de Biden, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) qualificou Trump como "política da agressividade, ataque aos imigrantes, aos investimentos sociais e mulheres". A petista relacionou o republicano à invasão da sede do Congresso americano, em janeiro de 2021, e comparou os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 a um "espelhamento" do ocorrido nos Estados Unidos.

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