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Atolada em dívidas e com produção menor, Santa Casa tem repasse em dia

Secretário Pedro Pedrossian Neto diz que repasses à Santa Casa estão em dia

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Enquanto a Santa Casa tem alardeado calamidade, com risco de paralisação de cirurgias e falta de estoque de medicamentos, a prefeitura de Campo Grande reitera que está com os repasses ao hospital em dia, e lembra que neste ano, a Santa Casa, que fez menos procedimentos para o Sistema Único de Saúde, consequentemente, recebeu menos recursos de repasses. Apesar da redução, um aditivo contratual compensou o valor do repasse ao hospital, que estão em dia, garante a prefeitura.  

Para piorar a situação do hospital, dívidas contraídas nos anos anteriores, tem sido descontadas diretamente do repasse feito pelo poder público, de forma semelhante a dos empréstimos consignados, o que reduz o dinheiro disponível para o hospital.

O alívio para a Santa Casa é que, por causa da Covid-19, durante três meses em torno de R$ 12,6 milhões (referentes às parcelas mensais de R$ 4 milhões dos empréstimos) não foram descontados.  

Depois de o hospital enviar anunciar que, por falta de dinheiro, suspenderia cirurgia e faria atendimentos somente em casos de urgência e emergência, o secretário de Finanças do município, Pedro Pedrossian Neto, e o secretário de Saúde, José Mauro Filho, explicaram a real situação do hospital.  

 

Antecipação

Pedrossian Neto, alega que todos os recursos do município para o hospital foram repassados antes do vencimento do prazo. “Temos um contrato que está sendo honrado. Ontem pagamos um valor de aproximadamente R$ 5 milhões e não devemos mais a competência de agosto, que vence dia 30 de setembro”.

De acordo com o secretário, o valor do contrato é composto por recursos federais, estaduais e municipais, que totalizam cerca de R$ 23 milhões por mês. No período de dezembro de 2019 à julho de 2020, a Santa Casa recebeu aproximadamente R$ 193,1 milhões. Houve um aumento na verba de quase R$ 5 milhões em comparação ao mesmo período de 2019, que recebeu cerca de R$ 188,3 milhões.

Pedrossian explica que a única competência ainda não paga é a do governo do estado. O valor é destinado aos leitos de UTI e leitos clínicos para tratamento do coronavírus. “São duas parcelas que totalizam R$ 996 mil reais que o estado tem até dia 30 de setembro para fazer o repasse. O estado deposita na conta municipal e repassamos no outro dia. Não se trata de um atraso”.

 

Menos procedimentos, menos dinheiro

Em relação à produção de cirurgias, em 2019 o hospital realizou 778 cirurgias eletivas e 9.294 cirurgias urgentes. Em 2020, a Santa Casa realizou 303 cirurgias eletivas e 9.017 urgentes, com uma queda de 752 operações. “Não tem como ter aumento de colapso se a produção é menor”, argumenta José Mauro.

O hospital ainda denunciou a falta de insumos para a realização de procedimentos como cateterismo e angioplastia. De acordo com o secretário de Saúde a Santa Casa tem uma dívida de R$ 54 milhões com fornecedores.  

“O hospital tem um contrato com a prefeitura, habilitado, e fala em suspender cateterismo. Isso não pode ser suspendido sob a justificativa que não tem insumos. O fornecedor está sem receber da metade de abril para cá, são cinco meses de atrasos”.

 

Aditivo

O secretário municipal de Saúde Pública, José Mauro Filho, ressalta que o hospital recebeu aditivo de R$ 8,1 milhões do governo federal destinados a hospitais públicos para o combate à Covid-19.  

De acordo com o secretário, além desse valor a Santa Casa possui cerca de R$ 12,6 milhões decorrentes de empréstimos bancários que não foram descontados durante três meses da pandemia, de março a julho.

“A Santa Casa tem um empréstimo que paga por mês, cerca R$ 4 milhões para os bancos. Como a prefeitura tem um contrato, nós temos que ratificar, e o recurso é descontado nesses 23 milhões, como se fosse um consignado do hospital”, explica José Mauro Filho.

Comentário

Flávio Bolsonaro vota a favor da PEC das Drogas e ironiza: 'Homenagem à harmonia entre Poderes'

A PEC de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estipula como crime tanto a posso como o porte de drogas

17/04/2024 21h00

Flávio e Eduardo Bolsonaro. Foto: Reprodução/Redes Sociais

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que voto a favor da proposta de emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse e o porte de qualquer quantidade de droga no País é "em homenagem à harmonia e independência entre os Poderes". Nesta terça-feira, 16, o Senado aprovou a PEC que vai na contramão da proposta do Supremo Tribunal Federal (STF) que julga processo que pode descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal.

A PEC é uma resposta do Congresso ao julgamento ao STF que debate a legalidade do artigo nº 28 da Lei de Drogas, que determina a punição para o usuário de entorpecentes. Na regulamentação, não há uma definição sobre a quantidade de droga que deve diferenciar o uso do tráfico de drogas, o que provocou a discussão da Corte para a criação de um parâmetro que possa distinguir as ocorrências.

"Sei que está difícil gerar emprego nesse país, mas a gente não pode concordar em legitimar a profissão de ‘aviãozinho do tráfico’. Com esse parâmetro que parece que vai ser estabelecido pelo Supremo, vai ter uma esquadrinha do tráfico no Brasil inteiro, vários aviãozinho levando droga até o usuário final", ironizou o senador durante votação.

Flávio Bolsonaro apresentou as orientações do Partido Liberal (PL) que, segundo ele, é voto sim "a favor da vida". "O que eu não quero para minhas filhas, eu não obviamente não posso votar aqui para atingir os filhos dos outros. Em terceiro, o PL encaminha o voto sim em homenagem a um debate ponderado e justo. Não tem ninguém preso, nesse Brasil, por consumo de drogas".

A PEC de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estipula como crime tanto a posso como o porte de drogas. O texto não faz diferenciação sobre quantidade. Desta forma, considera ato criminoso portar ou possuir qualquer quantidade de entorpecente.

O texto prevê a diferenciação entre quem apenas usa qualquer tipo de droga, incluindo a maconha, e quem trafica as substâncias, mas a diferenciação não descriminaliza o uso. A partir da distinção, são previstas penas diferentes: mais rigorosas para quem vende e mais brandas para o usuário, incluindo tratamento para os dependentes químicos e penas alternativas à prisão.

Campo Grande

Adriane Lopes não confirma apoio de Bolsonaro à sua pré-candidatura: "é um anseio nosso"

Atual prefeita, no PP, e ex-deputado Rafael Tavares, do PL, disputam apoio do ex-presidente nas eleições para prefeito da Capital

17/04/2024 20h14

Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes João Gabriel Vilalba

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), disse ao Correio do Estado que o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à sua pré-candidatura à reeleição para o cargo que ocupa, ainda não está confirmada, mas que é um “anseio” dela e do partido que ela faz parte do quadro. 

Ao ser perguntada se ela acredita que contará com o apoio de Bolsonaro nestas eleições, que também é disputado por seu correligionário Rafael Tavares, ex-deputado estadual e também pré-candidato a prefeito, Adriane disse que o apoio do ex-presidente e do PL é uma construção. “Nós gostaríamos de caminhar juntos. Direita e centro-direita”, afirmou. 

Adriane também disse que a negociação pelo apoio da candidatura dela ocorre por meio das cúpulas partidárias. “O Ciro (Nogueira, presidente do PP), o Valdemar (da Costa Neto, presidente do PL) presidente do PL, tem conversado”, afirmou Adriane. 

Em Brasília, a Senadora Tereza Cristina (PP), tem atuado em favor da aliança entre PP e PL. Por outro lado, o ex-deputado estadual Rafael Tavares, cassado pela Justiça Eleitoral porque o partido pelo qual havia sido eleito, o PRTB, não cumpriu a cota feminina em 2022, também se coloca na disputa. Já até tirou foto com Bolsonaro em Brasília, e disse que no mês que vem, terá o posto confirmado pelo ex-presidente. 

Além de Adriane Lopes e Rafael Tavares, também disputa o apoio de Jair Bolsonaro o deputado estadual João Henrique Catan. Em meio a tudo isso, integrantes da direita e extrema direita tentam organizar apenas uma candidatura do bloco, pois temem que uma possível divisão dos votos, poderia deixar um dos candidatos, ou até todos eles, fora de um eventual segundo turno. 

Também se colocam como pré-candidatos à prefeitura o ex-prefeito e ex-governador, André Puccinelli (MDB), o deputado federal Beto Pereira (PSDB), a deputada federal Camila Jara (PT), a ex-deputada federal e superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil), e nomes como o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, recém filiado ao PSD, passaram a ser cogitados como pré-candidatos. 

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