Política

Culpado

Relator vota por condenação de grupo de Valério

Relator vota por condenação de grupo de Valério

G1

17/08/2012 - 07h08
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O ministro-relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, votou nesta quinta-feira (16) pela condenação do atual deputado federal João Paulo Cunha nos crimes de corrupção passiva (receber vantagem indevida), lavagem de dinheiro e peculato (crime cometido por servidor contra a administração pública). Cunha é acusado de atuar no desvio de dinheiro da Câmara dos Deputados quando presidia a Casa em 2003 em benefício da agência SMP&B, de Marcos Valério.

O relator também votou para que Marcos Valério e os sócios dele Cristiano Paz e Ramon Hollerbach sejam condenados pelos crimes de corrupção ativa (oferecer vantagem indevida) e peculato.

Barbosa é o primeiro dos 11 ministros do Supremo a fazer a leitura de seu voto no processo do mensalão - ao votar, os ministros indicarão se condenam ou absolvem cada um dos 37 réus. O relator só analisou um item das acusações sobre o suposto esquema de compra de votos no Congresso Nacional.

O relator informou que a dosimetria da pena (o tempo a que cada réu deve ser condenado) só será definida após a decisão sobre quem deve ou não ser condenado.

Política

Deputados de MS criticam ação do STF contra Bolsonaro

Operação aconteceu na manhã desta sexta-feira (18); o ex- presidente também ficará submetido a "medidas restritivas", incluindo o uso de tornozeleira eletrônica

18/07/2025 13h15

Operação aconteceu na manhã desta sexta-feira (18)

Operação aconteceu na manhã desta sexta-feira (18) Agência Brasil

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Deputados federais de Mato Grosso do Sul que integram a base de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro usaram as redes sociais nesta sexta-feira (18) para criticar a operação da Polícia Federal, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que teve como alvos aliados do ex-chefe do Executivo.

Os parlamentares classificaram a ação como “perseguição política” e apontaram abuso de autoridade por parte das instituições. A operação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, que também impôs novas medidas cautelares a Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar das 19h às 7h e aos finais de semana, proibição de contato com embaixadores e diplomatas, além da suspensão do acesso às redes sociais.

Um dos mais enfáticos foi o deputado Marcos Pollon (PL), que afirmou estar “indignado, mas não surpreso” com a decisão. Em vídeo publicado em seu perfil, comparou a situação política do Brasil com a da Venezuela e questionou se haverá eleições em 2026. “A ditadura está escalando. Antes de prender todo mundo, eles vão humilhar um por um. Vocês têm certeza que vai ter eleição? Ou pelo menos oposição para disputar eleição?”, disse.

Também do PL, o deputado Dr. Luiz Ovando disse considerar a acusação contra o ex-presidente tendenciosa e falaciosa, e afirmou que apenas alguém “transtornado do ponto de vista cognitivo” aceitaria tal situação.

João Henrique Catan (PL) compartilhou fotos e vídeos em apoio a Bolsonaro, dizendo que o sistema “está desesperado”. Em uma das postagens, afirmou que o ex-presidente já é tratado como um preso político e que Alexandre de Moraes teria tomado a decisão por se sentir “acoado”.

Os deputados Rodolfo Nogueira (PL) e Rafael Tavares (PL) também prestaram solidariedade ao ex-presidente e endossaram a tese de perseguição política.

A Polícia Federal apontou que Bolsonaro teria atuado para atrapalhar o andamento do inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado, o que pode configurar os crimes de coação no curso do processo, obstrução de Justiça e ataque à soberania nacional.

Oposição

No campo oposto, parlamentares do PT comemoraram a operação. O deputado Tiago Botelho postou um vídeo dançando com a também deputada Camila Jara em comemoração à ação da PF. Em seguida, publicou outro conteúdo com referência ao filme Ainda Estou Aqui.

O deputado Vander Loubet também se manifestou em vídeo, afirmando que Bolsonaro cometeu crimes, será julgado e precisa pagar por isso. Ele relembrou ainda episódios como a condução do governo durante a pandemia da Covid-19, o homem-bomba perto do Aeroporto de Brasília e os atos de 8 de janeiro.

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EQUÍVOCO

Camila Jara admite que votou errado na aprovação da pauta-bomba de R$ 30 bilhões

Segundo a deputada, houve uma confusão na votação do mérito, o que resultou em um voto equivocado

18/07/2025 10h05

Camila Jara, deputada federal de MS pelo PT

Camila Jara, deputada federal de MS pelo PT ARQUIVO/CORREIO DO ESTADO

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Deputada Federal, Camila Jara (PT-MS), admitiu, na noite desta quinta-feira (17), que se equivocou e votou errado na aprovação da "pauta-bomba", projeto de lei que financia dívidas e oferece recurso financeiro de R$ 30 bilhões a produtores rurais que foram atingidos por calamidades.

No caso, Camila Jara votou a favor do projeto, na madrugada de quinta-feira (17), no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília.

Segundo a deputada, houve uma confusão na votação do mérito, o que resultou em um voto equivocado.

A parlamentar havia acabado de finalizar uma relatoria do projeto que cria o Fundo do Ministério Público e acompanhava as articulações do plenário. A votação seguiu com os três requerimentos de obstrução (retirada de pauta, adiamento de discussão e adiamento de votação).

Em todos os requerimentos, votou favoravelmente à obstrução do projeto, por entender que o tema era sensível, exigia mais tempo de debate e a Frente Parlamentar do Agronegócio negou um acordo.

Assim que percebeu o erro, emitiu à Casa uma declaração de voto, nos termos do parágrafo único do artigo 182 do Regimento Interno, manifestando seu voto contrário ao Substitutivo oferecido ao PL 5122/2023, conforme a orientação partidária.

"A deputada reafirma seu compromisso com a produção de alimentos, o fortalecimento da agricultura familiar e da responsabilidade ambiental e fiscal por parte dos grandes produtores rurais. A deputada Camila Jara entende que os recursos do Fundo Social devem ser destinados para áreas como educação, saúde, meio ambiente e desenvolvimento regional e social, como pensado originalmente", afirmou Jara, por meio de nota enviada ao Correio do Estado.

Dos 441 votos, houve 346 a favor, 93 contra, 1 abstenção e 1 voto do presidente. Todos os parlamentares sul-mato-grossenses votaram a favor, com exceção de Geraldo Resende (PSDB-MS) que estava ausente e Vander Loubet (PT-MS) que votou contra.

Veja como cada deputado federal de MS votou:

  • Rodolfo Nogueira (PL) votou sim
  • Camila Jara (PT) votou sim
  • Geraldo Resende (PSDB) ausente/não votou
  • Dagoberto Nogueira (PSDB) votou sim
  • Marcos Pollon (PL) votou sim
  • Beto Pereira (PL) votou sim
  • Vander Loubet (PL) votou não
  • Luiz Ovando (PL) votou sim

Petistas classificam a aprovação como uma "bomba" e reclamaram da falta de acordo, já que o governo supostamente havia combinado que o tema não seria votado neste momento.

Além disso, a "pauta-bomba" refere-se a Projetos de Lei no Brasil que aumentam os gastos públicos, muitas vezes indo contra o ajuste fiscal. Esses projetos podem dificultar o cumprimento de metas fiscais.

SUBSÍDIO DE R$ 30 BILHÕES

Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira (16), o Projeto de Lei 5122/23, que financia dívidas e oferece recurso financeiro a produtores rurais que foram atingidos por calamidades.

Com isso, agricultores que enfrentaram prejuízos em colheitas após desastres naturais (enchentes e secas, por exemplo), poderão pedir socorro financeiro ao governo federal.

Agricultores do Rio Grande do Sul, que sofreram com as enchentes de 2024, acompanharam a sessão e comemoraram a aprovação do Projeto de Lei.

A verba, de R$ 30 bilhões, será extraída do Fundo Social de petróleo do pré-sal. O montante pode provocar rombo fiscal bilionário aos cofres públicos.

O Projeto de Lei é classificado como "pauta-bomba", pois, aumentam os gastos públicos e possivelmente vão contra o ajuste fiscal. Esses projetos podem dificultar o cumprimento de metas fiscais.

O deputado Domingos Neto (PSD-CE) é autor e Afonso Hamm (PP-RS) é relator do projeto.

Afonso Hamm afirmou que a intenção é oferecer alívio financeiro aos agricultores afetados, seja por meio de rebates, prorrogações, anistias ou renegociações de crédito rural.

"Instrumento célere, justo e financeiramente responsável para restaurar a capacidade produtiva dos agricultores brasileiros, assegurar a continuidade da produção de alimentos e fortalecer a resiliência do País frente aos crescentes desafios impostos pelas mudanças climáticas", disse.

De acordo com a Agência Câmara de Notícias, o Fundo Social (FS) foi criado para receber recursos da União obtidos com os direitos pela exploração do petróleo para projetos e programas em diversas áreas como educação, saúde pública, meio ambiente e mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

A Medida Provisória 1291/25 incluiu entre as finalidades do fundo o enfrentamento das consequências sociais e econômicas de calamidades públicas.

Outra MP (1226/24) já tinha autorizado o uso de R$ 20 bilhões do FS para a compra de equipamentos do setor produtivo e materiais de construção e serviços a fim de reparar estragos provocados por eventos de calamidade pública.

O projeto limita a R$ 30 bilhões o total de recursos do fundo que poderão ser utilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e bancos por ele habilitados na concessão de financiamento aos produtores rurais para a quitação de operações de crédito rural e de Cédulas de Produto Rural.

Inclusão de MS

O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) foi o responsável por incluir Mato Grosso do Sul no Projeto de Lei 5122/2023 aprovado pela Câmara dos Deputados, que autoriza a renegociação das dívidas de produtores rurais afetados por desastres climáticos. 

Ele vinha trabalhando essa matéria há meses dentro da Casa de Leis como presidente da CAPADR (Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural).

"Por meio do relatório da audiência pública conseguimos avançar, mostrando que o Mato Grosso do Sul enfrenta problemas críticos semelhantes aos de outros estados. A inclusão do nosso estado é uma conquista para os produtores sul-mato-grossenses", afirmou o parlamentar.

Além disso, o deputado articulou reuniões com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e atuou junto à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), à Comissão de Agricultura e a outros parlamentares comprometidos com o agro. 

Rodolfo Nogueira também reforçou o apelo para que a sociedade e o setor produtivo continuem pressionando o Congresso Nacional pela rápida aprovação da matéria. "O produtor rural está à beira de um colapso financeiro. A securitização das dívidas é um passo decisivo para garantir fôlego aos nossos produtores e assegurar a segurança alimentar do país", concluiu.

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