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Transporte da Capital: "Resolvi um problema da prefeitura", diz Azambuja

Governador reagiu aos ataques do pré-candidato Marquinhos Trad após congelamento da tarifa

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O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) voltou a desmentir o pré-candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul, Marquinhos Trad (PSD), e esclareceu a verdade sobre o congelamento até 31 de dezembro deste ano da tarifa de transporte coletivo. A ação só foi possível pela intervenção conjunta do governo junto à Prefeitura de Campo Grande.  

Azambuja também desmentiu as declarações de Marquinhos sobre a falta de recursos para construção de casas populares.

"Quando bateram a porta essa semana para resolver um pepino do transporte público aqui de Campo Grande, que não é responsabilidade do estado, já que o poder concedente não sou eu, a porta estava aberta e nós resolvemos o problema. Congelamos a tarifa até dia 31 de dezembro", informou Azambuja.

O ato do chefe do Executivo estadual foi uma medida para evitar que o usuário de Campo Grande, que utiliza ônibus, pagasse um valor tão alto.  

"Porque ele [Marquinhos Trad] não teve coragem quando foi prefeito de resolver. [A população] Ia pagar uma tarifa de mais de R$ 6,80. Hoje é de R$ 4,40. E tem muitas pessoas que dependem do transporte público", potencializou o governador.  

"A prefeita [Adriane Lopes] bateu na porta do governo e falou, 'governador não é obrigado o senhor fazer, mas ajuda porque senão vai entrar um problema'. O que que nós fizemos? ajudamos", continuou.

O Governo do Estado depositou a primeira parcela de R$ 1,2 milhão para subsidiar o transporte de Campo Grande. A forma de investimento veio por meio de subsídio dos estudantes da Rede Estadual de Ensino (REE), por parte do Governo de Mato Grosso do Sul, firmado com a Prefeitura da Capital.  

Em entrevista ao Correio do Estado, o advogado representante da concessionária, André Borges, informou que a participação do Governo do Estado, em acordo que soma R$ 2,2 milhões mensais até dezembro, é benéfica.  

"Os valores que foram debatidos aqui na nossa reunião, nessa importante participação do Estado, chegam bem próximos ao valor da tarifa real hoje de Campo Grande, fixada pela Prefeitura, que são os R$ 5,15. Ou seja, o consórcio ele cobra uns R$ 4,40 do pagante e haverá então esse subsídio", diz André Borges  

De acordo com a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), são 13.211 alunos da Rede Estadual, o que corresponde a 46,84% dos alunos que utilizam do transporte público.

Por isso, o governador esclareceu "nada mais do que a verdade, porque não é meu feitio, muitas vezes chamar alguém de mentiroso, mas quando mente, você tem que esclarecer a verdade. Nós construímos uma política municipalista, em todos os municípios. Quando bate a porta do governo a porta está aberta", justificou o governador.  

Habitação

Ele também reafirmou que o ex-prefeito de Campo Grande mentiu na área habitacional. "Mentiu que não teve apoio do Governo do Estado e teve como todos os municípios. Agora é campanha. Pode fazer campanha, não tem problema nenhum, quem vai decidir quem vai governar o Estado não sou eu, é o povo. O voto não pertence ao governador, eu tenho só um, agora o povo vai decidir", cutucou o governador.

Além disso, ressaltou que quase cinco mil moradias populares foram entregues em Campo Grande nos últimos sete anos “todas elas com dinheiro do Estado de Mato Grosso do Sul do Governo Federal e parte da prefeitura. O Estado investiu mais de R$ 46 milhões (nas moradias), a prefeitura R$ 3 milhões mais a doação de terreno e o Governo Federal colocou R$200 milhões. Então, quem fez as casas? O Governo Federal, o Governo do Estado e a prefeitura. Não dá pra esconder isso. Tem que falar a verdade”.  

E segundo o governador, essa não foi a primeira vez que socorreu Marquinhos. Nas obras de tapa buraco das ruas da Capital, Azambuja contou que o ex-prefeito "bateu na sua porta" para pedir investimentos.

Concurso

Azambuja explicou que foi assinado autorização de concurso do Corpo de Bombeiros Militar, em Diário Oficial, serão duzentos e cinquenta novos bombeiros e dez oficiais. Outros 99 técnicos vão passar por concurso para entrar no Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).  

A Superintendência de Gestão da Informação (SGI) também terá contratação de 30 novos técnicos para cuidar da parte de TI. Foi autorizado ainda na noite de ontem (30), chamar os noventa e três delegados e delegadas que foram aprovados no último concurso público da Polícia Civil.  

"Para não faltar. Delegados e delegadas para os municípios, pela Capital, pelos municípios. Então, noventa e três. Só não chamamos quem tá sub judice, quem tá na justiça porque aí eu preciso esperar autorização da justiça", explicou o governador.

Informou ainda que foram chamados peritos criminais, papiloscopistas, médicos legistas, e professores.  

Agricultura

O governador também lembrou do trabalho desenvolvido pelo presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetagri), José Martins da Silva, que trabalha com agricultura familiar, pequenos produtores. "A agricultura familiar é muito importante no Mato Grosso do Sul. Fico contente, em poder construir algumas políticas públicas em parceria com o município".  

"Muitos que estão aqui sabem o que que é ter o governo distante. Ter um governo que não atua conjuntamente para ajudar a resolver os problemas. Não é pouca coisa, entregar equipamentos. Fechamos setenta e nove caminhões, e 79 cidades receberam caminhões", pontuou.  

Social

"A gente faz política pública", destacou Reinaldo Azambuja. Hoje, 172 mil famílias recebem a conta de energia paga pelo Governo do Estado. Tem 100 mil famílias que recebem o cartãozinho do Mais Social para comprar alimento na cidade e a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) Social.

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CHIQUINHO-BRAZÃO

Processo de cassação de Chiquinho Brazão será instaurado na Câmara em abril

O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários acordaram que não vai haver sessões na próxima semana

27/03/2024 15h00

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O pedido de cassação do deputado Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) apresentado pela bancada do PSOL já está no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, segundo o presidente do colegiado, Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA).

O deputado diz que o processo chegou no colegiado nesta quarta-feira (27) e que a ideia é que ele possa começar a ser analisado na segunda semana de abril, quando haverá novas sessões na Câmara.

O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários acordaram que não vai haver sessões na próxima semana, por causa do prazo final da janela partidária (quando os vereadores que querem concorrer às eleições de 2024 podem trocar de partido).

"Como a semana que vem está prejudicada pelo prazo das filiações partidárias, os membros do conselho não estarão em Brasília. Então a reunião será feita na semana seguinte. Para instaurar o processo e o sorteio do relator", diz Lomanto Júnior.

Ele afirma que a matéria seguirá o trâmite normal, como todas as outras representações que são analisadas pelo colegiado. "Mas, obviamente, por envolver prisão de parlamentar tem que ter uma atenção maior", diz.

Brazão foi preso na manhã de domingo (24) sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). À noite, a executiva nacional da União Brasil determinou a expulsão do parlamentar do partido com o cancelamento de filiação partidária, numa decisão unânime entre os presentes.
A bancada do PSOL na Câmara protocolou a representação por quebra de decoro parlamentar na segunda (25).

"O autor intelectual da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes não pode estar como representante da Câmara dos Deputados. Sua cassação é urgente e sua presença, uma vergonha para a Casa", diz o documento.

Os parlamentares afirmam também que Brazão "desonrou o cargo para o qual foi eleito, abusando das prerrogativas asseguradas para cometer as ilegalidades e irregularidades" expostas na representação.

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ELEIÇÕES 2024

PSD convida o vice-governador para se filiar e disputar prefeitura de Dourados

O senador Nelsinho Trad, presidente estadual do partido, confirmou as negociações com Barbosinha para a filiação

27/03/2024 08h00

O vice-governador Barbosinha, durante evento político no interior do Estado com o senador Nelsinho Trad Reprodução

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O vice-governador José Carlos Barbosa, mais conhecido como “Barbosinha”, deve trocar o PP pelo PSD para concorrer à prefeitura de Dourados nas eleições do próximo dia 6 de outubro.

A informação foi confirmada pelo senador Nelsinho Trad, presidente estadual do PSD, ao Correio do Estado, explicando que as negociações do partido com o vice-governador já estão bem adiantadas e podem ser concretizadas nos próximos dias.

“Sim, existe essa tratativa, que foi iniciada pelo deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, mas, ainda não se concretizou, só se concretiza depois que o Barbosinha assinar a ficha de filiação ao PSD”, pontuou, explicando que o governador Eduardo Riedel (PSDB) está ciente do convite feito ao vice-governador.

O senador completou para o Correio do Estado que Barbosinha é um quadro importante para o PSD e para qualquer outro partido do Estado, pois se trata do vice-governador.

“Por onde ele passou sempre se destacou e fez um bom mandato, então, nada mais natural que o PSD fosse buscar a sua filiação”, ressaltou, completando que já comunicou sobre o convite o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab. 

“Não tem como em uma situação dessa o presidente Kassab não estar participando das tratativas e de forma ativa no processo. Temos até o dia 6 de abril para fazer essa troca partidária e, até lá, vamos ter de aguardar a resposta do Barbosinha”, adiantou.

"Existe essa tratativa, que foi iniciada pelo deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, mas, ainda não se concretizou, só se concretiza depois que o Barbosinha assinar a ficha de filiação ao PSD”, Nelsinho Trad explicando o convite ao vice-governador para se filiar ao partido

Nelsinho acrescentou que a confirmação do convite ao vice-governador aconteceu em uma agenda política no município de Deodápolis (MS) no início deste mês. 

O presidente estadual do PSD pontuou que a vinda de Barbosinha não é apenas para disputar a prefeitura de Dourados, mas também para ajudar na reestruturação da legenda, que perdeu e está perdendo nomes importantes nos últimos dias.

PRÉ-CANDIDATURA

No início do mês deste mês, em entrevista ao programa “A Hora da Verdade”, da Rádio Grande FM, o vice-governador já tinha confirmado que seria pré-candidato a prefeito de Dourados nas eleições municipais deste ano e inclusive informou sua pretensão ao governador Eduardo Riedel.

Ele explicou que não tinha confirmado antes a sua pré-candidatura porque como vice-governador não poderia deixar questões políticas locais sobreporem o desenvolvimento de Dourados e os vínculos do município com o governo do Estado.

“Eu entendia que, me posicionando politicamente de forma antecipada, poderia colocar o assunto político acima do desenvolvimento de Dourados. Por essa razão e para, sob nenhum aspecto de eventual discordância política local, prejudicar o relacionamento do município de Dourados com o governo do Estado, não falava da minha intenção de sair candidato”, disse.

No entanto, ressaltou o vice-governador, chegou o momento de falar que o seu nome está à disposição para participar do processo eleitoral municipal.

“Porém, agora, a população de Dourados terá de se manifestar sobre isso porque eu não posso ser candidato de mim mesmo. Eu não posso postular essa condição só por minha vontade, é preciso que a população seja consultada”, argumentou.

Barbosinha lembrou que na eleição passada, quando disputou o cargo de prefeito, era considerado o velho e o atual prefeito Alan Guedes (PP) “era o novo, o douradense de nascimento e criou-se essa grande expectativa em torno dele”. 

“Penso que, quem se dispõe a ocupar um cargo Executivo, precisa ter histórico de vida, ter um legado de prefeito aos 23 anos de idade, de advogado, de professor universitário, de cidadão sul-mato-grossense de coração, mas goiano de nascimento e que escolheu Dourados para poder viver”, pontuou, referindo-se ao próprio currículo.

Ele completou também a experiência como presidente da Sanesul, quanto teria pegado a estatal quebrada e a transformou em uma das maiores companhias de saneamento do Brasil, bem como da modernização da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) sob a sua gestão e dos dois mandatos como deputado estadual. 

“Coloquei tudo isso à disposição de Dourado na eleição passada, mas o eleitor optou por outro caminho e, com o respeito que tenho ao eleitor, quando proclamaram o resultado, eu parabenizei o prefeito eleito, desejei que Deus o abençoasse e cuidasse do seu mandato, além de agradecer aos votos que recebi e penso que é assim que todo político tem de se comportar. Agora, mais uma vez estou colocando o meu nome à disposição para que o eleitor de Dourados diga se deseja me manter como vice-governador lá em Campo Grande ao lado do governador Riedel, ou se quer essa experiência na administração da cidade”, reforçou.

Barbosinha também fez questão de dizer que não é candidato por vingança ao resultado da última eleição.

“Minha candidatura é porque acredito que a população deseja mudança e quero apresentar projetos qualificados para poder promover essas mudanças que Dourados precisa. Há muito tempo o município precisa de um choque de gestão”, garantiu.

O vice-governador revelou que conversou com o governador Eduardo Riedel e ele teria respeitado a decisão de colocar o seu nome para disputar a prefeitura de Dourados. 

“Agora, eu sei que isso depende da resposta que a população vai dar nas pesquisas e nos indicadores eleitorais porque a população pode entender que o Barbosinha tem de continuar em Campo Grande como vice-governador. Ou que o Barbosinha tem de disputar as eleições para que possa, na eventualidade, colocar toda essa experiência a serviço do município”, assegurou.

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