Política

chapa de consenso

Reunião do PSDB define no comando da Assembleia Gerson Claro e Paulo Corrêa

Renato Câmara será o 1º vice-presidente, Zé Teixeira, o 2º vice, Pedro Kemp, o 2º secretário, e Lucas de Lima, o 3º secretário

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Como a reportagem do Correio do Estado já tinha informado no dia 24, a reunião realizada ontem na Governadoria, entre o presidente estadual do PSDB, ex-governador Reinaldo Azambuja, e os deputados estaduais do partido, definiu a chapa de consenso para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) com os nomes de Gerson Claro (PP) para presidente e Paulo Corrêa para primeiro-secretário.

Além disso, também foram definidos os nomes de Renato Câmara (MDB) como primeiro-vice-presidente, Zé Teixeira (PSDB) como segundo-vice-presidente, Pedro Kemp (PT) como segundo-secretário e Lucas de Lima (PDT) como terceiro-secretário, enquanto o terceiro-vice-presidente ainda será definido.

Segundo Reinaldo Azambuja, o PSDB é um partido da pacificação, por isso, foi buscar o consenso. “Não somos só nós, o PSDB: temos outros aliados, lideranças e partidos e vamos conversar para tentar uma chapa que respeite a proporcionalidade da Casa, com todos fazendo parte de cargos, comissões e espaços importantes na Assembleia”, disse.

O posicionamento do ex-governador foi acompanhado pela deputada estadual Mara Caseiro (PSDB), que era uma das postulantes ao cargo de presidente da Casa de Leis, mas decidiu abrir mão da disputa em nome do consenso.

“Houve um consenso, e entendo a decisão do partido. Tentei ser a presidente da Assembleia Legislativa, mas temos de entender o momento. O Gerson Claro reuniu os votos necessários, e temos de aceitar. Queria muito ser a primeira mulher a assumir a presidência da Casa de Leis, batalhei por isso, mas tive de recuar. Processo político é isso”, afirmou a parlamentar ao Correio do Estado.

O deputado estadual Zé Teixeira (PSDB) também concordou com o posicionamento do presidente estadual do partido de que o momento é de harmonia.

“O nosso trabalho é fazer com que a harmonia reine”, reforçou.

Futuro presidente, Gerson Claro, que também estava na reunião, informou que já tem 15 votos para a eleição da chapa de consenso, que será realizada na manhã desta quarta-feira. Como são 24 deputados estaduais, a chapa de consenso já tem a maioria absoluta. 

MDB

Mais cedo, a bancada do MDB fechou apoio à chapa de consenso, tendo o deputado estadual Renato Câmara como primeiro-vice-presidente e o deputado estadual Pedro Kemp como segundo-secretário. 

“O MDB sempre esteve incluído na gestão da Assembleia, e este ano não será diferente. Tínhamos o Eduardo Rocha como vice-presidente, e o Renato é um bom nome para compor esta legislatura”, destacou o deputado estadual Marcio Fernandes (MDB).

Além de Marcio Fernandes, os deputados estaduais Renato Câmara e Junior Mochi (MDB) também estiveram reunidos com o atual presidente da Casa de Leis, Paulo Corrêa, e com Gerson Claro, que deve ser escolhido como presidente na abertura da 12ª legislatura. 

“Sempre trabalhamos no consenso, e a bancada do MDB decidiu apoiar esta chapa para dirigir os trabalhos em 2023 e 2024”, disse Marcio Fernandes. 

Já o deputado estadual Pedro Kemp, que será o segundo-secretário da chapa de consenso montada para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, disse que todos os deputados estaduais têm legitimidade para pleitear qualquer cargo. 

“Acontece que, desde o ano passado, nós estamos buscando um entendimento em torno desta chapa. Nossa bancada, que tem três deputados, está pleiteando a segunda-secretaria com meu nome”, afirmou Kemp ao Correio do Estado.

Concorrência

Se, por um lado, foi formada uma chapa de consenso pelo PSDB, por outro, os deputados estaduais Rafael Tavares (PRTB), João Henrique Catan (PL) e Coronel David (PL) decidiram não fazer parte dessa formação consensual e vão disputar, respectivamente, a presidência, a primeira-secretaria e a segunda-secretaria da Casa de Leis.

Rafael Tavares disse ao Correio do Estado que não abre mão de disputar o cargo de presidente da Assembleia Legislativa.

“Entendo que a maioria da população de Mato Grosso do Sul quer uma renovação, e o momento é correto e oportuno”, disse.

Coronel David também manteve a candidatura para o cargo de segundo-secretário e lamentou a falta de apoio do governador Eduardo Riedel (PSDB). Fontes ligadas ao parlamentar revelaram ao Correio do Estado que o deputado teria se sentido traído por não ter reconhecida a lealdade durante a campanha para governador do ano passado.

Na semana passada, fontes ouvidas pela reportagem disseram que a disputa pela segunda-secretaria pode provocar um racha na base aliada do governador Eduardo Riedel na Assembleia Legislativa.

No almoço realizado na quarta-feira (25) entre Riedel e os parlamentares, eles tentaram dissuadir Coronel David do interesse pelo cargo, mas não tiveram sucesso, pelo contrário, os ânimos ficaram mais acirrados.

Além disso, até dentro do primeiro escalão do governador, muitos entendem que o PT já foi contemplado com cargos na administração estadual e, portanto, não precisaria mais integrar a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.

Esses mesmos integrantes da gestão estadual também argumentaram que a 2ª secretaria da Casa de Leis seria até pouco, pela lealdade demonstrada por Coronel David nas eleições gerais do ano passado, quando se posicionou em favor da candidatura de Eduardo Riedel para governador.

Fontes próximas ao deputado estadual do PL disseram que ele pode se distanciar da base aliada, dificultando um pouco a “harmonia” pregada pelo governador no almoço com os parlamentares.

“Minha ideologia é de direita, enquanto a do Pedro é de esquerda, o que inviabiliza que possamos votar um no outro. Acredito que obterei os votos necessários para ser eleito para o cargo”, acrescentou o parlamentar do PL.

Saiba: Veja como ficou a chapa de consenso - Para presidente: deputado estadual Gerson Claro (PP);Para 1º vice-presidente: deputado estadual Renato Câmara (MDB); Para 2º vice-presidente: deputado estadual Zé Teixeira (PSDB); Para 3º vice-presidente: a definir; Para 1º secretário: deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB); Para 2º secretário: deputado estadual  Pedro Kemp (PT);Para 3º secretário: deputado Lucas de Lima (PDT).

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Política

Preço para desistir de candidatura é 'Bolsonaro livre, nas urnas', diz Flávio Bolsonaro

O senador do PL do Rio disse que a escolha pelo seu nome como pré-candidato a presidente é "muito consciente" e "não tem volta" dentro do atual cenário do pai preso e inelegível

08/12/2025 14h26

Flávio Bolsonaro

Flávio Bolsonaro Agência Brasil / Tânia Rêgo

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse em entrevista à TV Record que o preço para desistir de ser candidato a presidente em 2026 é ter o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), "livre, nas urnas". Flávio afirmou, de acordo com a TV Record, na entrevista que foi exibida neste domingo, 7, que o "preço é justiça com quase 60 milhões de brasileiros que foram sequestrados, estão dentro de um cativeiro, neste momento, junto com Jair Messias Bolsonaro".

O senador do PL do Rio disse que a escolha pelo seu nome como pré-candidato a presidente é "muito consciente" e "não tem volta" dentro do atual cenário do pai preso e inelegível. "Óbvio que não tem volta. A minha pré-candidatura à Presidência da República é muito consciente", declarou.

Mais cedo, Flávio afirmou que tinha "um preço" para retirar a candidatura e que a anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023 fazia parte da negociação. O senador do PL, no entanto, disse na ocasião que não era apenas a anistia, sem divulgar quais outras eventuais reivindicações".

Flávio revelou a nova condição para retirar sua candidatura - "Bolsonaro livre e nas urnas" -, ao ser perguntado se a anistia já seria o suficiente para desistir. O senador rejeitou a possibilidade de renunciar à pré-candidatura em favor de outra chapa neste momento. "O nome Flávio Bolsonaro está colocado e não sai", declarou. Jair Bolsonaro cumpre pena após condenação de mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.

violência política de gênero

Gleice Jane recebe ameaça de morte e registra boletim de ocorrência

Caso foi registrado como "ameaça" na Depac-Cepol

08/12/2025 08h55

Deputada Estadual de MS, Gleice Jane

Deputada Estadual de MS, Gleice Jane Reprodução Instagram Gleice Jane

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Deputada estadual de Mato Grosso do Sul, Gleice Jane (PT), compartilhou em suas redes sociais que recebeu ameaça de morte, motivada por violência política de gênero, neste domingo (7), em um aplicativo de mensagens.

A identidade da pessoa que lhe enviou as mensagens não foi revelada.

Com isso, registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC-CEPOL), em Campo Grande. O caso foi identificado como “ameaça”.

“Acabei de registrar um boletim de ocorrência contra uma ameaça que eu recebi no meu WhatsApp, no meu número pessoal, de uma pessoa que me chama de vários nomes que não vou falar aqui e por último diz “você vai morrer”. Dentre as mensagens ele também me manda vários links de pessoas de perfis relacionados a pessoas do PL e dentre as mensagens questionando a minha posição política, pela minha condição de ser mulher e de ser política. Portanto, é uma violência política de gênero", disse.

"Esse movimento da extrema direita de querer negar a nossa existência, de não querer dialogar, de querer impedir que a gente faça parte da política, é esse movimento também que gera violência contra as mulheres e que também é responsável pelo alto índice de violência e de feminicídio aqui no nosso país", complementou.

O Partido dos Trabalhadores (PT) emiti nota de repúdio sobre a ameaça de morte que a deputada recebeu.

“O Partido dos Trabalhadores (PT) de Rio Brilhante, através do presidente, Vítor Alegre, vem a público repudiar veementemente as ameaças de morte e a violência política de gênero sofridas pela nossa companheira Deputada Estadual Gleice Jane. A intimidação e o machismo usados para tentar silenciar mulheres na política são um ataque direto à nossa democracia. É inaceitável que uma parlamentar eleita, que representa a voz popular, seja alvo de tamanha covardia. Exigimos: Rápida e rigorosa investigação das autoridades para identificar e punir os agressores e garantia de segurança para a Deputada Gleice Jane. Estamos em luta contra o ódio e o machismo. Nossa solidariedade é total!”, afirmou, por meio de nota.

O vereador de Campo Grande, Landmark Rios, prestou solidariedade à deputada, por meio das redes sociais.

“Nossa total solidariedade à Deputada Gleice Jane, que foi covardemente ameaçada pelo WhatsApp.
Ataques, intimidações e violência não podem fazer parte da política, nem da convivência na nossa sociedade. Quem luta por justiça social, por direitos e por dignidade não pode ser silenciado pelo medo. Seguiremos firmes, lado a lado, defendendo a democracia, a vida e a liberdade de fazer política com coragem. Gleice não está sozinha”, disse o vereador, em suas redes sociais.

A vereadora de Campo Grande, Luiza Ribeiro, repudiou o ataque à colega.

"Inaceitável a violência política sofrida pela deputada Gleice Jane! Nossa Gleice Jane sofreu violência política de gênero e outras graves ameaças tudo em razão de sua atuação política! Exigimos toda atenção dos órgãos de segurança para rápida apuração e que garantam toda segurança a ela!", compartilhou, em tom de revolta, em suas redes sociais.

Violência política de gênero abrange atos, condutas ou omissões destinados a excluir mulheres do espaço político, ou a impedir/restringir sua participação e atuação. A legislação define essa violência como ações que visam obstaculizar o exercício de direitos políticos por mulheres.

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