Política

GUERRA DE DECRETOS

A+ A-

Com diálogo, Riedel busca reaproximação com prefeitos em Mato Grosso do Sul

Secretário defende o Prosseguir, criado por ele, e tenta pôr fim à polêmica no combate à Covid-19

Continue lendo...

A tensão da semana passada entre vários prefeitos, empresários e o núcleo responsável pela gestão da pandemia no governo do Estado já está gerando desdobramentos políticos.

Ontem, o secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel, disse que está preocupado com o andamento das decisões políticas em relação às medidas para frear a contaminação do coronavírus. 

Riedel, que é tido nos bastidores como pré-candidato ao governo do Estado pelo PSDB, pregou o diálogo para que o Estado saia do colapso na saúde.

“Quando criamos o Prosseguir [Programa de Saúde e Segurança na Economia], o objetivo sempre foi claro: subsidiar os prefeitos a tomar decisões baseadas em fatores técnicos e na ciência, e nunca criar um ambiente conflitivo. A responsabilidade para sairmos da crise é de todos. E este caminho está bem longe da judicialização”, afirmou Eduardo Riedel

Ele comandou o processo de criação do Prosseguir, que contou com assessoria técnica da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o braço da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Foi a mudança na classificação no Prosseguir, em Campo Grande e em outras 42 cidades do Estado, da cor vermelha para cinza, em que há restrições maiores de circulação e proibição de atividades não essenciais, que provocou a “guerra de decretos”.

Na segunda-feira, a Prefeitura de Campo Grande e outras cinco municipalidades reclassificaram por conta própria suas cidades para a cor vermelha – mais permissiva.

“Não se trata de abre e fecha, não se trata de prejudicar empresários. A missão é salvar vidas! E nesse sentido, é preciso sentar à mesa, é preciso discutir a situação, ouvir os especialistas, analisar indicadores, para tomar a melhor decisão. Não dá para brigar agora, não dá para politizar a doença que está matando milhares de pessoas”, afirmou Riedel.

Últimas notícias

“Estamos trabalhando, olhando para os lados e pensando nas pessoas. Não estamos preocupados em turbinar ressentimentos ou polarizar discussões”, acrescentou Riedel.

Para o secretário, o Estado vive um momento muito delicado com insuficiências de todas as ordens, pandemia e polarização. 

“Não estamos preocupados com quem está certo ou errado nesta história. Esse jogo só interessa aos grupos que gostam de ver a corda da tolerância sempre esticada. A doença não escolhe lado. Não é hora de julgar ninguém e, sim, compreender as razões de cada um e assim trabalhar com o que nos une, e não com o que nos distancia”, finalizou.

GOVERNADOR

Desde que assumiu a secretaria de Infraestrutura, em fevereiro deste ano, que Riedel não está mais à frente do programa, que é executado pela Secretaria de Governo e Gestão Estratégica, atualmente sob a titularidade de Sérgio Murilo.

Para evitar polêmicas sobre as medidas de combate à pandemia no meio político, o governo deve fazer nesta semana mais mudanças na gestão do Prosseguir. A principal delas é colocar o governador Reinaldo Azambuja como o principal encarregado da classificação das 79 cidades de MS, quando se tratar do combate à Covid-19.

Nesta semana, uma reclassificação do Prosseguir está prevista. A expectativa é de que ela seja mais branda que a anterior.

Assine o Correio do Estado 

Campo Grande

Ademar Jr. vai assumir a Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18) no Diogrande; Ademar esteve a frente de pastas estratégicas do governo de Mato Grosso Sul

18/04/2024 17h10

Com perfil técnico atuou em diversas pastas do governo do Estado Divulgação Funtrab

Continue Lendo...

O prefeita Adriane Lopes nomeou, na tarde desta quinta-feira (18), o médico-veterinário Ademar Silva Junior, para assumir o comando da Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico (Sidragro).

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18), no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). Ademar assume a vaga de Adelaido Vila, que deixou a pasta para disputar uma cadeira na Câmara Municipal nas eleições deste ano. Vila, durante todo o período em que comandou a pasta, cumulou a o cargo de secretário com o de presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL). 

Próximo à senadora Tereza Cristina (PP), foi convidado para auxiliar a equipe de transição de trabalho quando ela assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

Ademar trabalhou com Tereza Cristina enquanto ela esteve a frente como secretária de Estado do Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de MS (pasta que deu lugar para a Semadesc).

Experiente, Ademar Silva, atuou como secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e posteriormente assumiu como diretor-presidente da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) no governo de Mato Grosso do Sul.

Além disso atuou como presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul); superintendente de Indústria e Comércio e Turismo da Seprotur (hoje Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação); presidente do Conselho Curador da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar); presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AR/MS); vice-presidente de Finanças da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);  presidente da ANATER, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento sustentável do Estado sul-mato-grossense.

Assine o Correio do Estado

 

 

 

 

Salários

Governo tenta barrar PEC que turbina salário de juízes em meio a greves

As estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano

18/04/2024 15h00

Proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes. Divulgação

Continue Lendo...

O governo federal se prepara para tentar barrar o avanço da proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes, promotores, delegados da Polícia Federal, defensores e advogados públicos.

A PEC (proposta de Emenda à Constituição) do Quinquênio foi aprovada nesta quarta (17) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e deve entrar na pauta de votações do plenário para as cinco sessões de discussão previstas em regimento.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou nesta quinta (18) que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) deve conversar com Pacheco quando voltar de Washington, nos Estados Unidos, onde participa de agendas do G20 e do Fundo Monetário Internacional.

"Não me parece adequado o Congresso sinalizar uma matéria para o topo da carreira do funcionalismo público enquanto não há proposta para os servidores. O governo tem feito um esforço fiscal em diferentes áreas. Vamos dialogar e pedir bom senso e reflexão do Congresso", disse.

Professores e servidores de instituições federais de ensino estão em greve desde segunda (15). Nesta quarta (17), os grevistas marcharam pela Esplanada dos Ministérios e fizeram um aulão em frente à sede do MEC (Ministério da Educação).

O avanço da PEC no Senado acendeu o alerta no governo. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), afirma que as estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano, a depender do número de carreiras e da extensão do penduricalho para aposentados.

A Afipea (Associação dos Funcionários do Ipea) estima que, com a inclusão de advogados, defensores públicos e delegados da PF, o impacto do quinquênio no caixa da União chegará a R$ 9,9 bilhões por ano.

"Não está claro na PEC o que vai acontecer com os aposentados. Até 2003 tinha paridade. Quem está aposentado vai querer requerer 35% de reajuste no ganho de aposentadoria. O volume de categorias que já estão pedindo inclusão. Não sei em que orçamento cabe essa proposta", disse Wagner.

A proposta altera a Constituição para garantir aumento de 5% do salário para as carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%. A atuação jurídica anterior dos servidores públicos -na advocacia, por exemplo- poderá ser usada na contagem de tempo.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).