Política

APÓS MORTE DE JUÍZA

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Rose pede urgência em votação de projeto que aumenta pena mínima para feminicídio

Em Mato Grosso do Sul, foram 33 casos de feminicídio até a semana passada

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A morte da juíza Viviane Arronenzi pelo ex-marido e de outras cinco mulheres vítimas de feminicídio em todo o Brasil no feriado de Natal motivaram a deputada federal sul-mato-grossense Rose Modesto (PSDB) a reforçar o pedido de urgência nas votações dos Projetos de Lei 1568/19 e 293919, de sua autoria, que aumenta a pena mínima para o feminicídio de 12 para 20 anos. 

As proposições estão sendo apreciadas na Comissão dos Direitos da Mulher (CMulher) da Câmara dos Deputados.

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Em Mato Grosso do Sul, segundo a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) foram 11 casos de feminicídio em Campo Grande e 33 em Mato Grosso do Sul até a semana passada. 

Em relação ao ano passado, na Capital os registros dobraram, passando dos cinco feminicídios para os 11 registrados até agora. 

No Estado, o crescimento foi 24 casos para 33, elevação de 37,5%. Números que demonstram que punições mais rígidas são necessárias.

Os projetos da parlamentar sul-mato-grossense alteram artigos do Código Penal, aumentando o cumprimento da pena mínima em regime fechado de 12 anos para 20 anos e só permitindo a liberdade provisória após o cumprimento de 4/5 da condenação, além de proibir as saídas temporárias dos presídios, como a 'saidinha' do final de ano e em outras datas comemorativas. 

A parlamentar afirma que “a luta diária promovida contra a violência que vitima as mulheres brasileiras que é a responsável por várias conquistas”, defendendo na proposição que “a adoção de políticas criminais mais duras estão surtindo efeitos e que os índices altos justificam a adoção de outros mecanismos que reduzam estes crimes”.

No início de dezembro, a Câmara dos Deputados aprovou um pacote com 11 projetos que aumentam as medidas protetivas a favor das mulheres vítimas de violência, entre elas pena de um a quatro anos de reclusão e multa, que poderá ser ainda maior se o crime for contra mulheres, a quem cometer stalking, que consiste na perseguição obsessiva de outra pessoa, vigiando suas rotinas, que pode resultar em ataques ou agressões.

A deputada deve apresentar um requerimento solicitando que os projetos sejam votados em regime de urgência na Comissão da Mulher e depois na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, onde precisam ser apreciados.

De acordo com levantamento do jornal EXTRA, as vítimas de feminicídios no feriado prolongado de Natal no Brasil foram: Viviane Arronenzi, de 45 anos;  Thalia Ferraz, de 23 anos; Evelaine Ricardo, de 29 anos; Loni de Almeida, de 74 anos; Anna Paula dos Santos, de 45 anos; e Aline Arns, de 38 anos.

O feminicídio foi tipificado pela Lei 13.104/2015, que alterou o Código Penal, ao definir que é um homicídio em contexto de violência doméstica e familiar ou em decorrência do menosprezo ou discriminação à condição de mulher, normalmente praticado por alguém do convívio da vítima.

Justiça

STF reafirma que todas as decisões da Corte são fundamentadas

Declaração é em resposta a comitê da Câmara dos Deputados dos EUA

18/04/2024 22h00

Marcelo Casal/ Agência Brasil

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O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou nesta quinta-feira (18) que todas as decisões tomadas pela Corte são fundamentadas. A manifestação foi feita após um comitê da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos divulgar notificações do ministro Alexandre de Moraes direcionadas à rede social X, antigo Twitter.

Na quarta-feira (17), os documentos, que estão em segredo de Justiça, foram divulgados pela comissão, que tem parlamentares ligados ao ex-presidente Donald Trump no comando dos trabalhos.

As notificações fazem parte de diversas determinações para retirada de conteúdos considerados ilegais por Moraes. A remoção das postagens são consideradas como censura pelos críticos do ministro.

Ao se manifestar sobre a divulgação do comitê, o Supremo rebateu acusações de que as decisões não foram fundamentadas.  Segundo o STF,  os documentos que foram divulgados são ofícios enviados às plataformas para cumprimento das decisões.

A Corte declarou ainda que todas as partes envolvidas em processos têm acesso à fundamentação das decisões.

"Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes, as pessoas afetadas, têm acesso à fundamentação", afirmou a Corte.

A ofensiva contra o Supremo e Alexandre de Moraes nos Estados Unidos começou após o ministro incluir o empresário norte-americano Elon Musk, dono da rede social X, no inquérito que investiga atuação de milícias digitais para disseminar notícias falsas no país.

 

 

Recebidos pagos

Líder da oposição quer lista de presentes recebidos por Lula e Janja em viagens

Segundo Barros, as "mais de 15 viagens" de Lula não proporcionaram "efeitos positivos para o Brasil até o momento", o que justifica o pedido de "fiscalização"

18/04/2024 18h00

EBC

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O deputado federal Filipe Barros (PL-PR), líder da oposição na Câmara dos Deputados, solicitou acesso à lista de presentes recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pela primeira-dama Rosângela Lula da Silva (PT) durante as viagens internacionais e nacionais realizadas por eles. O parlamentar argumenta que a situação dos 231 itens recebidos pelo casal do primeiro dia do mandato até 2 de maio de 2023, revelados pelo Estadão, "gera controvérsias".

O requerimento de acesso aos dados, protocolado nesta quarta-feira, 17, solicita ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT), além da lista detalhada de presentes recebidos entre o início do mandato de Lula e o dia 16 de abril de 2024, informações sobre o encaminhamento dado aos itens e os valores gastos com alimentação durante as viagens do presidente. Procurada pelo Estadão, a Secretaria-Geral da Presidência ainda não se manifestou.

Segundo Barros, as "mais de 15 viagens" de Lula não proporcionaram "efeitos positivos para o Brasil até o momento", o que justifica o pedido de "fiscalização" que tem como objetivo o "esclarecimento da situação". Ainda, o deputado menciona a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de auditar o recebimento dos bens dados a Lula em 2023, antes do fim da gestão do mandatário.

Os presentes recebidos pelo presidente são catalogados pela Diretoria de Documentação Histórica, que faz parte do gabinete da Presidência. Em junho de 2023, o órgão admitiu que a lista contendo os bens dados a Lula, sendo 63 deles internacionais, poderia estar incompleta.

Caso das joias

No caso das joias que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou trazer ilegalmente para o País, o Estadão revelou que diversos servidores foram mobilizados para impedir justamente esta etapa do cadastro. O colar, anel, relógio e o par de brincos de diamantes avaliados em R$ 16,5 milhões eram um presente do príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman al Saud, e foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos quando Bolsonaro e a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, voltaram da viagem.

A fim de liberar os presentes, o ex-presidente atuou pessoalmente e ainda acionou três ministérios para forçar a liberação dos itens que estavam na mochila de um militar, assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque Ao todo, foram oito tentativas para que Bolsonaro ficasse com as joias.

A revelação gerou tanto impacto que, em junho do ano passado, Janja e Lula cancelaram um jantar com o príncipe em Paris para evitar a má repercussão causada pelo encontro.

 

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