Política

DISPUTA ELEITORAL

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Entenda as diferenças entre as principais pesquisas eleitorais do país

Quais são os institutos? Quem financia as pesquisas? Veja as respostas

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As eleições se aproximam, e as pesquisas para saber quem os brasileiros pretendem alçar ao poder vão ficando cada vez mais frequentes. A reportagem explica abaixo as diferenças entre oito dos levantamentos de maior relevância realizados por institutos e empresas privadas no país.

Se de um lado veículos de comunicação são os principais financiadores das sondagens eleitorais feitas pelo Datafolha (do Grupo Folha), pelo Ipec, pela PoderData (do grupo Poder360) e pela Ideia (parceira da revista Exame), de outro, instituições financeiras também têm despontado como contratantes.

É o caso das pesquisas produzidas pela Futura, majoritariamente custeadas pelo banco ModalMais; pelo Ipespe, encomendadas principalmente pela XP Investimentos; e pela Quaest, que neste ano tem um contrato de exclusividade com a corretora Genial Investimentos, do Banco Genial.

Já o Ipec, o antigo Ibope, normalmente divide seus custos com qualquer tipo de instituição que queira incluir perguntas em suas pesquisas periódicas, e o Instituto MDA virou parceiro da associação sindical CNT (Confederação Nacional do Transporte).

A maioria deles aceita encomendas de empresas e de partidos ou políticos. As pesquisas que serão divulgadas à população, porém, devem obrigatoriamente ser registradas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até cinco dias antes.

Em geral, para medir as intenções de voto para presidente em todo o país eles entrevistam um mínimo de 2.000 pessoas em pontos de fluxo, nos domicílios ou por telefone, com margem de erro média de até três pontos percentuais. A frequência dos levantamentos depende das encomendas.

 

IPEC, ANTIGO IBOPE

Quem conduz as pesquisas: Ipec (Inteligência, Pesquisa e Consultoria), empresa fundada por ex-executivos do Ibope Inteligência

Quem financia: Ipec, dividindo os custos com veículos de comunicação, empresas, partidos ou políticos, entidades de classe ou organizações do terceiro setor que desejem incluir perguntas

Tipos de pesquisa: Nacional e estaduais; legislativas apenas em condições específicas

Frequência das pesquisas: Quando contratadas

Como são feitas as pesquisas nacionais: 2.000 ou 3.008 entrevistados presencialmente nos domicílios, com margem de erro de 2,2 a 1,8 pontos percentuais e intervalo de confiança de 95%

Como é feita a divulgação: Pelo contratante, que recebe os resultados no próprio dia da coleta de dados ou no dia seguinte

Pesquisas feitas neste ano: Nenhuma nacional, algumas estaduais

Próximas pesquisas previstas: Calendário ainda não foi definido

 

DATAFOLHA

Quem conduz as pesquisas: Datafolha, instituto que pertence ao Grupo Folha

Quem financia: Folha de S.Paulo e, em alguns casos, a TV Globo, em parceria com o jornal; não aceita encomendas de partidos ou políticos

Tipos de pesquisa: Para presidente e governadores e senadores em 3 estados (SP, RJ e MG)

Frequência das pesquisas: Quando contratadas

Como são feitas as pesquisas nacionais: cerca de 2.500 entrevistados pessoalmente em pontos de fluxo, com margem de erro média de 2 pontos percentuais e intervalo de confiança de 95%

Como é feita a divulgação: Pela Folha de S.Paulo ou pela TV Globo; os resultados são entregues no mesmo dia ou no dia seguinte à coleta de dados

Pesquisas feitas neste ano: 2 (nos dias 22-23.mar e 25-26.abr)

Próximas pesquisas previstas: Houve divulgação nesta quinta-feira (26)

 

IPESPE/XP

Quem conduz as pesquisas: Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas)

Quem financia: XP Investimentos, instituição financeira pertencente à XP Inc.; veículos de comunicação, empresas e partidos políticos também podem contratar

Tipos de pesquisa: Nacionais, estaduais e municipais

Frequência das pesquisas: Semanal até julho, depois a frequência aumentará

Como são feitas as pesquisas nacionais: De 1.000 a 2.000 entrevistados por telefone ou presencialmente (nos domicílios e em pontos de fluxo), dependendo da pesquisa. A margem de erro é de 3,2 ou 2,2 pontos percentuais, respectivamente, e o intervalo de confiança é de 95%

Como é feita a divulgação: Os clientes recebem o relatório geralmente na véspera da divulgação ao público em geral; quanto aos clientes do mercado financeiro, os resultados são enviados após o horário de fechamento da Bolsa e divulgados antes da abertura, por motivos de compliance

Pesquisas feitas neste ano: 20 públicas (nacionais e estaduais)

Próximas pesquisas previstas: Não há um calendário específico

 

QUAEST/GENIAL

Quem conduz as pesquisas: Quaest (empresa)

Quem financia: Genial Investimentos, corretora digital de investimentos controlada pelo Banco Genial; contrato impede outras encomendas neste ano, mas geralmente aceitam de veículos de comunicação, empresas, partidos ou políticos, entre outros

Tipos de pesquisa: Para presidente e para governadores e senadores em 4 estados (SP, RJ, MG e BA)

Frequência das pesquisas: Mensal até agosto e semanal a partir de setembro; pesquisas estaduais são bimestrais e devem ficar mais frequentes perto da eleição

Como são feitas as pesquisas nacionais: Entre 1.500 e 5.000 entrevistados presencialmente nos domicílios (em municípios e locais sorteados), com margem de erro de 2 pontos percentuais e intervalo de confiança de 95%

Como é feita a divulgação: Veículos de comunicação recebem os resultados junto com os clientes da Genial, na primeira quarta-feira do mês; a corretora recebe os dados no dia anterior

Pesquisas feitas neste ano: 4 nacionais (nos dias 9.fev, 16.mar, 7.abr e 11.mai) e 8 estaduais (em SP, RJ, MG e BA)

Próximas pesquisas previstas: Serão 28 neste ano ao todo, mensais

 

IDEIA/EXAME

Quem conduz as pesquisas: Ideia (empresa)

Quem financia: Exame Invest Pro, braço de análise de investimentos da revista Exame, que pertence ao banco BTG Pactual, além do portal Metrópoles; o foco das pesquisas internas e privadas (sem registro e divulgação) são empresas, e não partidos ou políticos

Tipos de pesquisa: Nacional (Exame) e no Distrito Federal (Metrópoles)

Frequência das pesquisas: Quando contratadas; normalmente as nacionais são mensais

Como são feitas as pesquisas nacionais: 1.500 entrevistados, em geral, por telefone (depende da demanda do cliente), com margem de erro de até 3 pontos percentuais e intervalo de confiança de 95%

Como é feita a divulgação: Os contratantes Exame e Metrópoles decidem sobre a distribuição, inclusive se clientes internos terão acesso antecipado ou não

Pesquisas feitas neste ano: 5 nacionais (Exame) e 1 em maio para o DF (Metrópoles)

Próximas pesquisas previstas: Ao menos 5 pesquisas nacionais mensais (Exame) e 5 do DF (Metrópoles)

 

FUTURA/MODALMAIS

Quem conduz as pesquisas: Futura Inteligência (empresa)

Quem financia: Banco ModalMais; empresas, partidos e políticos também podem contratar, e pesquisas estaduais normalmente são pagas por órgãos de comunicação

Tipos de pesquisa: Nacional, estaduais, municipais e legislativas durante os períodos eleitorais, com foco maior no Espírito Santo

Frequência das pesquisas: Mensal e semanal em anos eleitorais (a partir de julho) e quando contratadas

Como são feitas as pesquisas nacionais: 2.000 entrevistados por telefone ou pessoalmente em pontos de fluxo das cidades, com margem de erro média de 2,2 pontos percentuais e intervalo de confiança de 95%

Como é feita a divulgação: Banco ModalMais distribui para a mídia em geral até 24 horas após a entrega dos resultados

Pesquisas feitas neste ano: 4 (nos dias 25.jan, 23.fev, 22.mar e 28.abr)

Próximas pesquisas previstas: 1 pesquisa nacional por mês até agosto e mais 4 semanais a partir de setembro; pesquisas estaduais estão em negociação

 

PODERDATA

Quem conduz as pesquisas: PoderData, empresa do grupo de mídia Poder360

Quem financia: Poder360; aceita encomendas de empresas, mas não de partidos ou políticos

Tipos de pesquisa: Nacionais e estaduais

Frequência das pesquisas: A cada 15 dias

Como são feitas as pesquisas nacionais: 3.000 entrevistados respondem pelo teclado do telefone a gravações automatizadas, com margem de erro de 2 pontos percentuais e intervalo de confiança de 95%. As ligações são aleatórias e anonimizadas, com base em bancos de dados públicos, por isso é comum a realização mais de 100 mil chamadas até que todos os grupos demográficos sejam encontrados proporcionalmente. As entrevistas só são consideradas quando todas as perguntas são respondidas

Como é feita a divulgação: São publicadas pelo jornal digital Poder360 e depois ficam à disposição do público em geral

Pesquisas feitas neste ano: 10 (entre 2.jan e 10.mai)

Próximas pesquisas previstas: A cada 15 dias até o fim do processo eleitoral

 

MDA/CNT

Quem conduz as pesquisas: Instituto MDA Pesquisa

Quem financia: CNT (Confederação Nacional do Transporte); as pesquisas estaduais são financiadas por empresas, partidos ou políticos

Tipos de pesquisa: Para presidente, governadores e legislativo

Frequência das pesquisas: 8 rodadas ao longo do ano

Como são feitas as pesquisas nacionais: 2.000 entrevistados presencialmente nos domicílios (em municípios e locais sorteados proporcionalmente), com margem de erro de 2,2 pontos percentuais e intervalo de confiança de 95%

Como é feita a divulgação: Pela CNT, que recebe os resultados no dia seguinte à coleta dos dados; as estaduais são feitas para consumo interno, sem divulgação nem registro no TSE

Pesquisas feitas neste ano: 2 (em fev. e mai.)

Próximas pesquisas previstas: Em julho, agosto, setembro (2) e outubro (2)

 

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Política

Conservador pró-Trump preside comissão dos EUA que divulgou relatório sobre Moraes

Jim Jordan foi citado no relatório do 6 de janeiro e ajudou a fundar ala radical do Partido Republicano

19/04/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes Reprodução

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O presidente da comissão responsável pela publicação do relatório com decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é aliado de Donald Trump e se define como "um dos membros mais conservadores" do Congresso dos Estados Unidos.

Jim Jordan é um deputado do Partido Republicano e preside a Comissão de Judiciário do Congresso. O grupo divulgou na última quarta-feira (17) um documento que afirma haver censura no Brasil.

A comissão foi criada em 1813 e é responsável por supervisionar o Departamento de Justiça norte-americano e avaliar propostas legislativas. Jordan a chefia desde o ano passado.

Natural de Ohio, tem 60 anos e estudou Economia na Universidade de Wisconsin. Lá foi campeão do torneio universitário de luta livre. É formado em Direito pela Universidade da Capital, em Columbus, Ohio, e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ohio.
Ele está no Congresso dos EUA desde 2007 e ajudou a fundar o Freedom Caucus, do qual foi o primeiro presidente. O grupo aglutina parlamentares da ala mais conservadora do Partido Republicano e tem posições mais à direita em temas como política fiscal e imigração.

Jordan é aliado de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA lhe presenteou com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2021 e o apoiou na campanha para a presidência da Câmara dos Representantes no ano passado.

Segundo o relatório da comissão responsável por investigar os atos do 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo americano, o parlamentar foi um "ator importante" para os planos do ex-presidente de reverter o resultado eleitoral que deu a vitória a Biden.
O relatório da comissão diz que o Brasil, via Judiciário, tenta forçar o X (ex-Twitter) e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 perfis, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e do jornalista Paulo Figueiredo Filho.

A assessoria de imprensa do STF afirmou que o documento não traz as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas os ofícios enviados às plataformas para cumprimento delas. "Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes têm acesso à fundamentação.

O relatório não fica restrito ao Brasil. O texto afirma que o presidente Joe Biden força empresas de redes sociais como o Facebook a censurar informações verdadeiras, memes e sátiras, de modo a levar a plataforma a mudar sua política de moderação de conteúdo.
 

Política

Moraes diz que Justiça está acostumada a combater 'mercantilistas estrangeiros' e 'políticos extremi

Fala ocorre em meio à união entre Bolsonaro e o bilionário Elon Musk nas críticas ao ministro

19/04/2024 19h00

Ministro Alexandre de Moraes Arquivo/

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O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta sexta-feira (19) que a Justiça Eleitoral está "acostumada a combater mercantilistas estrangeiros" e "políticos extremistas".

A fala é uma indireta a união entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), nas críticas às decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdos das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022.

"A Justiça Eleitoral brasileira está acostumada a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia. A Justiça Eleitoral brasileira e o Poder Judiciário brasileiro estão acostumados a combater políticos extremistas e antidemocráticos que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento no Brasil" afirmou o ministro na cerimônia de assinatura dos planos de trabalho para a construção do Museu da Democracia da Justiça Eleitoral, no centro do Rio de Janeiro.

Na presença do governador Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, Moraes afirmou que a Justiça Eleitoral "continuará defendendo a vontade do eleitor contra a manipulação do poder econômico das redes sociais, algumas delas que só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade".

"Essa antiquíssima mentalidade mercantilista que une o abuso do poder econômico com o autoritarismo extremista de novos políticos volta a atacar a soberania do Brasil. Volta a atacar a Justiça Eleitoral com a união de irresponsáveis mercantilistas ligados às redes sociais com políticos brasileiros extremistas", disse o magistrado.

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