Política

Eleições 2026

Saiba quem são os seis "escolhidos" por Azambuja para a Câmara dos Deputados

Os nomes deles teriam sido definidos durante o encontro do ex-governador com prefeitos e deputados tucanos em Campo Grande

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Na última reunião, realizada na terça-feira, no diretório estadual do PSDB, em Campo Grande, o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente da legenda em Mato Grosso do Sul, teria “escolhido” os nomes dos seis candidatos a deputado federal que terão seu apoio nas eleições do próximo ano.

Trata-se dos deputados federais tucanos Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende, da deputada estadual, também tucana, Mara Caseiro, do deputado federal bolsonarista Rodolfo Nogueira (PL) e da ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil). A composição do grupo foi para tranquilizar os parlamentares do PSDB após ser cancelada a incorporação do Podemos.

No caso dos deputados federais tucanos, a projeção é de que os três vão para o Republicanos, que se encaminha para uma federação com o MDB, enquanto Mara Caseiro deve acompanhar Azambuja no PL, onde faria dupla com Rodolfo Nogueira, mais Rose Modesto, que integra a “superfederação” União Progressista, formada por União Brasil e PP. 

Apesar de serem de partidos diferentes, os seis fazem parte do “grupo” de Azambuja. Eles até estão participando de eventos públicos juntos, por vários municípios do interior, demonstrando que estão unidos em prol do projeto político do ex-governador de Mato Grosso do Sul.

Um outro exemplo disso é que Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende já teriam sacramentado o ingresso no Republicanos aguardando a federação com o MDB.

Geraldo, por exemplo, estava focado em tentar uma vaga ao Senado, mas já desistiu porque a chapa é pesada e, agora, pensa em mais um mandato na Câmara dos Deputados.

Já no caso de Mara Caseiro e Rodolfo Nogueira, a ida da deputada estadual para o partido do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) seria, além de acompanhar Azambuja, uma forma de tentar barrar a candidatura à reeleição do deputado federal Marcos Pollon pela legenda.

Com Mara no PL, ela seria a campeã de votos, dificultando a vida de Pollon, que teria de deixar a sigla para buscar a manutenção do cargo. Dessa forma, sobraria para Rodolfo ser reeleito, sendo puxado pelos votos que a deputada estadual pode alcançar.

DISPUTA

Procurado pelo Correio do Estado, o deputado federal Beto Pereira não quis confirmar a formação desse grupo pelo presidente estadual do PSDB, entretanto, comentou sobre a disputa para a Câmara dos Deputados.

“O que está em disputa é estar entre os eleitos. São oito vagas na Câmara dos Deputados para Mato Grosso do Sul, e que o nosso trabalho possa [nos] credenciar à reeleição. Esse trabalho é para atender a população dos 79 municípios”, disse.

O parlamentar revelou que ele, assim como os outros deputados federais, está viajando muito, ficando em contato direto com prefeitos, vereadores e lideranças de cada cidade.

“Em Brasília, tenho ajudado no que está ao meu alcance, auxiliando em projetos, destinando emendas próprias, fazendo indicações de emenda de bancada e fortalecendo parcerias com o governo e prefeituras”, afirmou.

A reportagem também procurou os demais parlamentares para comentar a informação, porém, até o fechamento desta edição, não obteve sucesso.

Já em entrevista ao Correio do Estado, o ex-governador Reinaldo Azambuja negou que já tenha definido os nomes dos pré-candidatos a deputados federais que terão o seu apoio nas eleições do próximo ano.

“Quem nós vamos apoiar nas chapas para deputados federais e também estaduais serão todos aqueles que estiverem nos partidos coligados na majoritária da nossa coligação, ou seja, comigo e com o governador Eduardo Riedel”, declarou. 

Saiba

Senado quer aumentar número de deputados

O plenário do Senado deverá votar nesta semana o aumento do número de deputados federais (Projeto de Lei Complementar nº 77/2023). A proposta, que atende a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) de atualizar o número de parlamentares de acordo com o último Censo do IBGE, cria 18 novas vagas para Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Paraná.

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Um pé em MS, outro em BSB

Primeira-dama de cidade de MS ganha cargo no Senado com salário de R$ 12 mil

Kelly Aborízio, primeira-dama da cidade de Três Lagoas, foi nomeada em cargo de comissão no gabinete da senadora Tereza Cristina, em Brasília

16/07/2025 16h45

Primeira-dama de Três Lagoas é funcionária à distância de Tereza Cristina

Primeira-dama de Três Lagoas é funcionária à distância de Tereza Cristina Divulgação

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A primeira-dama da cidade de Três Lagoas, Kelly Carla Abonízio faz parte, desde abril, da equipe da senadora Tereza Cristina, tendo sido nomeada para um cargo comissionado, em Brasília.

De acordo com o Portal da Transparência do Senado, em abril deste ano, Kelly ingressou na equipe com o cargo de auxiliar parlamentar pleno, com funções de auxílio na elaboração de projetos de lei, pesquisa, atendimento ao público, além do auxílio em atividades administrativas. 

O salário bruto da primeira-dama é de R$ 12.360,33 e o líquido chega a R$ 9.180,04 após os descontos. 

A situação levanta questionamentos sobre o uso de recursos públicos, já que, ao mesmo tempo em que o nome de Kelly aparece nos registros do gabinete da senadora, paralelamente ela aparece participando de eventos e campanhas em Três Lagoas, onde o marido Cassiano Maia é prefeito.

Isto porque o Senado Federal tem sede em Brasília, mas a atuação da primeira-dama é diária na cidade sul-mato-grossense, sem qualquer publicação de afastamento oficial ou licença, o que levantou questionamento da população de que o salário da “auxiliar parlamentar” não condiz com o trabalho efetivamente realizado. 

Primeira-dama de Três Lagoas é funcionária à distância de Tereza CristinaA primeira-dama de Três Lagoas aparece como funcionário ativo no site do Senado.

Polêmicas

No mês passado, Kelly foi flagrada utilizando um veículo oficial da prefeitura para ir às compras. Segundo a legislação, os veículos oficiais devem ser usados apenas para cumprir as funções públicas.

O uso para outras finalidades configura crime de improbidade administrativa. 

Em maio, a primeira-dama foi palco de aplausos ao lançar a campanha do agasalho “Três Lagoas unida contra o frio”, juntamente com lojas e estabelecimentos parceiros para a arrecadação de roupas e sapatos. 

Ao seu lado, Maia, como marido orgulhoso, elogia o coração bondoso da esposa e seu empenho em “fazer a diferença para quem mais precisa”. 

Enquanto isso, as denúncias de cidadãos três-lagoenses são de falta de medicamentos na rede pública, serviços sobrecarregados e dificuldades em setores essenciais como a saúde municipal. 

Condições precárias foram relatadas à Procuradoria de Justiça em um hospital da cidade.

Cadeiras desconfortáveis, goteiras e a falta de profissionalismo de médicos não especialistas, adotando “condutas paliativas” em tratamento de câncer, por exemplo. 

E um detalhe: Cassiano Maia é médico, mas a gama de denúncias dos cidadãos da cidade perpetua, em grande escala, no setor da saúde. 

POLÍTICA

Em resposta a Eduardo Bolsonaro, Tereza Cristina diz que anistia é "problema interno"

Em entrevista ao Globo News, a senadora afirmou que Eduardo está agindo em defesa do pai 'perseguido e injustiçado'

16/07/2025 15h00

Senadora Tereza Cristina

Senadora Tereza Cristina FOTO: Andressa Anholete/Agência Senado

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Nesta quarta-feira (16), em entrevista ao Globo News, a senadora de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina avaliou a anistia ampla defendida pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), aos envolvidos no atos golpistas do 8 de janeiro, tratam-se um "problema interno".

Na opinião dela, é importante colocar-se no lugar do outro para entender a reação, e no caso de Eduardo Bolsonaro, está agindo em defesa do pai, o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. "Ele está agindo como o filho, preocupado com o pai, se sentindo perseguido e injustiçado, então ele está colocando a anistia, mas eu acho que isso é um problema interno", disse ela.

Tereza ainda ressaltou que, nesse momento é importante discutir como esse asunto será tratado no Brasil. "Como é que vamos tratar esse assunto da anistia e do julgamento de todos os que estão aí, que foram indiciados anteontem pelo Supremo e pela PGR. Então esse é um assunto interno”, opinou a senadora que foi Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil entre 2019 e 2022, durante o governo de Bolsonaro.

Além disso, a ex-ministra ainda ressaltou que misturar os dois temas pode prejudicar o país. “Nós temos que começar a separar o assunto da anistia e do comércio e o Eduardo está fazendo essa vinculação, na intenção de defender o pai, mas isso pode ir contra o nosso país", afirmou Tereza na entrevista.

LEI DA RECIPROCIDADE

Vale lembrar que, a recentemente, a senadora Tereza Cristina foi criticada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e saiu em defesa da Lei de Reciprocidade, matéria da qual foi relatora durante a tramitação no Congresso Nacional. Segundo ela, a lei deve ser usada apenas como “último recurso”..

Em seu “autoexílio” nos Estados Unidos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), criticou os aliados de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e a senadora de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina. 

O deputado federal que está morando no Texas, e é apontado como um dos principais articuladores com o presidente dos EUA, Donald Trump, do tarifaço de 50% de produtos brasileiros, disse que a Lei da Reciprocidade, que foi regulamentado na segunda-feira (14) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para reagir às medidas de Trump, é uma “lei inócua” e lembrou que a iniciativa da matéria é da senadora sul-mato-grossense, Tereza Cristina. 

"O Congresso aprovou uma lei inócua. E me causa estranheza gente da direita apoiar o projeto de lei da reciprocidade, porque ainda dá a oportunidade de o Lula dizer que está agindo em nome das instituições brasileiras, do povo brasileiro inteiro, porque foi um projeto aprovado com o apoio de muita gente da direita. Um projeto que teve a iniciativa da senadora Tereza Cristina”, disse Eduardo Bolsonaro em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

Em contrapartida, ao Globo News, Tereza disse não saber o nível de interlocução que o Eduardo Bolsonaro tem com o governo Trump. "Eu sei que ele é amigo da família, mas o Trump está tratando esse assunto com todo mundo, não é só com o Brasil. Aqui ele só adicionou uma pitada a mais na relação", concluiu.

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