Das cinco cadeiras que estavam dispostas para os parlamentares eleitos no PSL em Mato Grosso do Sul, duas não foram usados, a dos deputados estadual Coronel David e do federal Luís Ovando. Com essas baixas, o deputado estadual Capitão Renan Contar, assumiu a direção municipal do PSL em Campo Grande. O evento, chamado de “ato de filiação”, foi para apresentar Contar como presidente municipal da sigla, reuniu inúmeros filiados e já traçou candidatura própria da sigla em Campo Grande, Dourados e Corumbá. “Nós já temos nomes para disputar. Em Dourados, Aristeu Carbonaro, em Corumbá, Elano Holanda de Almeida e, aqui, estamos tentando convencer o nosso candidato [Capitão Contar]”, explica a senadora Soraya Thronicke, que também é presidente estadual da sigla.
A senadora argumenta que a sigla quer fazer o maior número de prefeitos e vereadores no Estado e que dará toda estrutura necessária para que o candidato possa fazer sua campanha. “O PSL é um partido que cresceu do dia para noite, é o partido que mais cresce. Não temos limites para crescer. O partido vai dar toda estrutura necessária para os nossos candidatos”, frisa.
Segundo o deputado federal Loester Trutis (PSL), o ato de filiação que ocorreu hoje foi o primeiro passo para a organização do partido para as eleições do ano que vem. Confiante, o parlamentar quer fazer de oito a 10 vereadores pelo PSL em Campo Grande. “Hoje é o primeiro passo. A gente está ai tentando seguir os exemplos de 2018/2019 onde pessoas saíram de vários setores da sociedade, entraram em partido políticos já tinha uma voz seja na internet, ou seja, nos movimentos de rua, e se filiaram ao PSL e conseguiram chegar no Senado, na Câmara Federal, Assembleia e a gente vai tentar replicar isso agora em várias cidades de Mato Grosso do Sul. O desejo pessoal é que a gente passe de 8 a 10 vereadores, a gente vai trabalhar para isso, aonde vários setores estejam representados, profissionais da saúde, educação, líderes de movimentos de rua, movimentos digitais, o objetivo seria para 10 vereadores.”, explica.
Monossilábico, o deputado estadual Capitão Contar (PSL), não quis falar sobre candidatura própria do PSL em Campo Grande e nem a pretensão de quantos vereadores pretende eleger para Câmara Municipal. “Vamos apresentar o nome à altura de Campo Grande. Eu estou focado no mandato, mas eu não tenho medo da guerra. Eu não quero falar em números, mas pode ter certeza que aqui só tem patriota e gente que quer uma nova política para o nosso município, nosso estado e consequentemente para o nosso país’, explica.
Ao ser questionado sobre candidatura à prefeitura de Campo Grande e bancada de vereadores, Contar se restringiu a falar que “faremos o possível para poder mudar a cara da política de Campo Grande”. “A gente não está preocupado com a quantidade, mas com a qualidade desses vereadores”, finalizou.
O parlamentar, que foi apresentado como o novo comandante da municipal, está registrado como presidente da sigla no TRE desde 20 de junho.
A Câmara estava com faixas e cartazes com fotos de Trutis, Contar e Soraya e frases como “Cidadãos comprometidos com a ética e respeito pelo Brasil”, "faça parte do exército de brasileiros que trabalham por um brasil melhor”.
AUSÊNCIA
Dois dos cinco parlamentares eleitos em Mato Grosso do Sul pelo PSL não participaram do “ato de filiação”, Coronel David e Luis Ovando, em razão de divergências dentro da sigla.
Questionado sobre a não participação dos correligionários Ovando e David, Trutis diz que em família sempre tem desavenças. “O PSL é um grande partido político. Hoje é o evento de filiação, veio quem quis. As cadeirinhas dos cinco eleitos estão aqui. A gente diverge no modo que se disputa a eleição”, completou.
Já a senadora tentou amenizar a ausência dos correligionários dizendo que o convite foi feito e as pessoas se unem no que têm sintonia. "A cadeira dele está lá. Ele [Coronel David] é um parlamentar do partido, o convite foi feito para todos. E uma escolha dele, as pessoas se unem pela sintonia. É natural no PSL, MDB, PSDB, é natural se ele não gosta da forma que agimos. Nós nos aliamos com quem temos sintonia. Se ele tem afinidade com outras pessoas, ele é livre”, explicou Soraya.
SIMPATIZANTES
O vereador Vinicius Siqueira (DEM) esteve presente no evento e disse que foi fazer uma visita de cortesia aos colegas que participaram em manifestações junto com ele no período do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).” Várias pessoas que estão no PSL dividiram caminhão de som comigo. São parceiros, amigos. A Soraia [senadora] dividiu caminhão comigo. Nós não precisamos estar no mesmo partido para dividirmos as mesmas opiniões”, explica.
O também vereador Willian Maksoud (PMN) esteve presente no evento dizendo que ele foi um dos vereadores que encampou a campanha de Jair Messias Bolsonaro a presidente do Brasil. “Eu não poderia faltar. Sempre apoio o presidente Bolsonaro e tenho amigos dentro do PSL e espero que caminhemos juntos nas próximas eleições”, explica.