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Simone festeja saída do MDB do Centrão: "Velha política", diz

MDB e DEM saíram do bloco de apoio ao presidente Jair Bolsonaro

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A saída do MDB do bloco formado pelos partidos do chamado Centrão no Congresso Nacional foi aprovada por lideranças emedebistas de Mato Grosso do Sul, que veem nesse ato uma garantia de independência do partido nas discussões de interesse do governo federal. 

A movimentação, que surpreendeu muitos no início da semana, recebeu elogios da senadora Simone Tebet.  

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e cogitada como candidata à presidência da Casa em pleito que acontecerá no ano que vem, a sul-mato-grossense afirma ter ficado contente com a saída, que tenta mostrar que o MDB não faz parte desse bloco de partidos que atualmente compõem a base governista.

“A minha alegria é ver o presidente do MDB [deputado federal Baleia Rossi, de SP] deixar muito claro na Câmara que nós não fazemos parte do Centrão, da velha política. Ele foi eleito para que tenhamos equilíbrio e sejamos independentes justamente para ajudar o governo a ajudar o País e poder fazer críticas sobre o que acharmos errado”, frisa a parlamentar.

Simone ainda completa que o gesto anunciado por Baleia Rossi pegou várias pessoas de surpresa e foi “a grande novidade positiva para o País”, já que demonstra elementos de uma boa política. 

“É a política saudável, a política de Ulisses Guimarães e de tantos outros estadista que fazem tanta falta para o Brasil de hoje”, conclui, em live para a IstoÉ.

Opinião semelhante à de Simone apresenta o deputado estadual Eduardo Rocha, também do MDB. Para ele, sair do bloco foi uma atitude correta dos líderes emedebistas na Câmara Federal, já que ele foi composto para a formação de comissões, principalmente a de orçamento.

“As comissões já foram formadas, esse cenário já passou, e agora o Centrão estava atrás de adesão, pedindo cargos para dar o seu apoio ao governo federal. O MDB fez corretamente em sair desse bloco por ser independente. Poderá votar livre nas matérias da maneira que acreditar ser melhor para o país", finaliza Eduardo Rocha.

Oposição?

Outro que analisou o panorama emedebista em Brasília (DF) foi o ex-deputado e ex-ministro da Casa Civil na gestão Temer, Carlos Marun. 

“De pronto, essa saída não muda nada em termos práticos e concretos de composição de forças, já que o MDB e o DEM não foram e não são o Centrão”, destaca Marun, hoje no Conselho Administrativo da Itaipu Binacional.

“O bloco, com adição de MDB e DEM, foi criado para ampliar espaços na formação de comissões. Poderia ter vida mais longa, mas o Centrão passa a ser protagonista na base do governo, e esses dois partidos sempre se colocaram como independentes, então fizeram esse divórcio também no papel. Não será oposição, mas não será situação, sempre a favor do governo”, completa.

Líder regional do DEM – outro partido que saiu do Centrão –, o deputado estadual Zé Teixeira também acredita que não haverá nenhuma mudança na relação entre parlamento e governo. 

“Era para ter desfeito até antes. O Centrão vai ficar lá com os partidos de sempre, e o DEM vai buscar seus interesses, pautado no que acredita ser o melhor para o País”.

Teixeira ainda destaca sua relação com diferentes governos estaduais para exemplificar que não haverá alteração na postura. Segundo ele, não há redução de espaço. “Tereza Cristina é a melhor ministra desse governo e sabe de cor e salteado o que é setor produtivo. Nada disso vai ameaçá-la, tenho certeza. Não há risco de rompimento”, garante.

Sucessão no Senado

Uma das possibilidades levantadas para que o DEM e o MDB tenham saído do bloco era de que ambos os partidos já estariam pensando nas eleições para a Câmara Federal e o Senado no ano que vem. Contudo, Simone Tebet nega que isso seja pauta no momento. 

“É uma discussão prematura, que não pode ser antecipada única e exclusivamente porque temos uma pandemia em curso e tirando vidas, matando a economia brasileira. Então, acredito que essa questão deverá ser tratada, pelo menos no meu partido, após o segundo turno das eleições”, frisa.

Contudo, a sul-mato-grossense não nega o interesse em participar do pleito no próximo ano. 

“O MDB, obviamente por ser a maior bancada do Senado, provavelmente vai ter candidato”.

Justiça

STF reafirma que todas as decisões da Corte são fundamentadas

Declaração é em resposta a comitê da Câmara dos Deputados dos EUA

18/04/2024 22h00

Marcelo Casal/ Agência Brasil

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O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou nesta quinta-feira (18) que todas as decisões tomadas pela Corte são fundamentadas. A manifestação foi feita após um comitê da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos divulgar notificações do ministro Alexandre de Moraes direcionadas à rede social X, antigo Twitter.

Na quarta-feira (17), os documentos, que estão em segredo de Justiça, foram divulgados pela comissão, que tem parlamentares ligados ao ex-presidente Donald Trump no comando dos trabalhos.

As notificações fazem parte de diversas determinações para retirada de conteúdos considerados ilegais por Moraes. A remoção das postagens são consideradas como censura pelos críticos do ministro.

Ao se manifestar sobre a divulgação do comitê, o Supremo rebateu acusações de que as decisões não foram fundamentadas.  Segundo o STF,  os documentos que foram divulgados são ofícios enviados às plataformas para cumprimento das decisões.

A Corte declarou ainda que todas as partes envolvidas em processos têm acesso à fundamentação das decisões.

"Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes, as pessoas afetadas, têm acesso à fundamentação", afirmou a Corte.

A ofensiva contra o Supremo e Alexandre de Moraes nos Estados Unidos começou após o ministro incluir o empresário norte-americano Elon Musk, dono da rede social X, no inquérito que investiga atuação de milícias digitais para disseminar notícias falsas no país.

 

 

Recebidos pagos

Líder da oposição quer lista de presentes recebidos por Lula e Janja em viagens

Segundo Barros, as "mais de 15 viagens" de Lula não proporcionaram "efeitos positivos para o Brasil até o momento", o que justifica o pedido de "fiscalização"

18/04/2024 18h00

EBC

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O deputado federal Filipe Barros (PL-PR), líder da oposição na Câmara dos Deputados, solicitou acesso à lista de presentes recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pela primeira-dama Rosângela Lula da Silva (PT) durante as viagens internacionais e nacionais realizadas por eles. O parlamentar argumenta que a situação dos 231 itens recebidos pelo casal do primeiro dia do mandato até 2 de maio de 2023, revelados pelo Estadão, "gera controvérsias".

O requerimento de acesso aos dados, protocolado nesta quarta-feira, 17, solicita ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT), além da lista detalhada de presentes recebidos entre o início do mandato de Lula e o dia 16 de abril de 2024, informações sobre o encaminhamento dado aos itens e os valores gastos com alimentação durante as viagens do presidente. Procurada pelo Estadão, a Secretaria-Geral da Presidência ainda não se manifestou.

Segundo Barros, as "mais de 15 viagens" de Lula não proporcionaram "efeitos positivos para o Brasil até o momento", o que justifica o pedido de "fiscalização" que tem como objetivo o "esclarecimento da situação". Ainda, o deputado menciona a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de auditar o recebimento dos bens dados a Lula em 2023, antes do fim da gestão do mandatário.

Os presentes recebidos pelo presidente são catalogados pela Diretoria de Documentação Histórica, que faz parte do gabinete da Presidência. Em junho de 2023, o órgão admitiu que a lista contendo os bens dados a Lula, sendo 63 deles internacionais, poderia estar incompleta.

Caso das joias

No caso das joias que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou trazer ilegalmente para o País, o Estadão revelou que diversos servidores foram mobilizados para impedir justamente esta etapa do cadastro. O colar, anel, relógio e o par de brincos de diamantes avaliados em R$ 16,5 milhões eram um presente do príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman al Saud, e foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos quando Bolsonaro e a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, voltaram da viagem.

A fim de liberar os presentes, o ex-presidente atuou pessoalmente e ainda acionou três ministérios para forçar a liberação dos itens que estavam na mochila de um militar, assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque Ao todo, foram oito tentativas para que Bolsonaro ficasse com as joias.

A revelação gerou tanto impacto que, em junho do ano passado, Janja e Lula cancelaram um jantar com o príncipe em Paris para evitar a má repercussão causada pelo encontro.

 

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