Política

TRANSPARÊNCIA

Só um do MS assina com
Bolsonaro documento que cobra PSL

Soraya Tronicke e Loester Trutis não estão na lista

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Insatisfeito com a transparência do PSL, deputado federal Luiz Ovando encaminhou procuração para advogada responsável pelo documento que pede prestação de contas ao presidente nacional da sigla, Luciano Bivar. O texto tem assinatura do presidente da República Jair Bolsonaro e de mais 20 parlamentares. “Falei com o presidente na última quarta-feira (9) sobre o partido e ele disse que não tem jeito”, declarou o parlamentar ao ter pedido para Bolsonaro assumir a sigla. Ovando disse também que considera a liderança do partido nacional como “opressora, ditatorial e coronelista”.

A conversa entre o presidente e Ovando era em torno da declaração de Bolsonaro, em que ele diz a um apoiador do PSL para que esquecesse a sigla porque o líder do partido estava queimado.

De acordo com Ovando, o ofício foi assinado pelos parlamentares baseado em pesquisa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que elenca o PSL como um dos partidos que tem nota zero no que diz respeito a prestação de contas. “Quem tá no topo da transparência é o Novo, depois vem o PT e o PSL está junto com o PCO (Partido da Causa Operária)”, detalhou o deputado.

Ovando mencionou também sobre os problemas que a sigla enfrenta em Mato Grosso do Sul. “Todos sabemos que o partido aqui tá divido”, disse o deputado ao lembrar dos conflitos que existiram entre a presidente do PSL estadual Soraya Tronicke e o deputado estadual e ex-presidente municipal da sigla, Coronel David.

David expressou, anteriormente, insatisfação quanto a liderança de Tronicke, declarando que considerava falta de respeito a maneira como ele foi tratado. Isso porque o parlamentar foi substituído pelo deputado Renan Contar na executiva municipal. A insatisfação foi tanta que David ameaçou sair do grupo e teria cogitado migrar para o DEM, já que a sigla comporta três ministros do primeiro escalão de Bolsonaro, da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, da Agricultura, Tereza Cristina e Onix Lorenzoni da Casa Civil.

De acordo com o parlamentar, Tronicke e o deputado federal Loester Trutis não assinaram o documento. “De Mato Grosso do Sul foi só eu”, reafirmou.

CONFIRA A LISTA DOS PARLAMENTARES 

1. JAIR MESSIAS BOLSONARO
2. ALCIBIO MESQUITA BIBO NUNES
3. ALESSANDRA DA SILVA RIBEIRO
4. ALINE SLEUTJES
5. BETRIZ KICIS TORRENTS CARLA ZAMBELLI SALGADO
6. CARLOS ROBERTO COELHO DE MATOS JÚNIOR
7. CHRISTINE NOGUEIRA DOS REIS TONIETTO
8. DANIEL LUCIO DA SILVEIRA 
9. EDUARDO NANTES BOLSONARO
10. ELIÉSER GIRÃO MONTEIRO FILHO
11. FILIPE BARROS BAPTISTA DE TOLEDO RIBEIRO
12. FLÁVIO NANTES BOLSONARO
13. GERALDO JÚNIOR DO AMARAL
14. JOSÉ GUILHERME NEGRÃO PEIXOTO
15. HÉLIO FERNANDO BARBOSA LOPES
16. LUIZ ALBERTO OVANDO
17. LUIZ ARMANDO SCHROEDER REIS 
18. LUIZ FELIPE DE ORLÉANS DE BRAGNÇA
19. MÁRCIO DA SILVEIRA LABRE 
20.UBIRATAN ANTUNES SANDERSON
21. VITOR HUGO DE ARAÚJO ALMEIDA

Política

Deputados pedem que Câmara negue licença a Eduardo Bolsonaro e declare abandono de mandato

Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro anunciou que vai pedir licença do cargo para viver nos Estados Unidos

19/03/2025 21h00

Deputados do PSOL pediram que o pedido de licença de Eduardo Bolsonaro seja negado

Deputados do PSOL pediram que o pedido de licença de Eduardo Bolsonaro seja negado Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados

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Deputados do PSOL pediram nesta quarta-feira, 19, à Mesa Diretora da Câmara que o pedido de licença de Eduardo Bolsonaro (PL) seja negado e que a Casa declare abandono de mandato. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que vai pedir licença do cargo para viver nos Estados Unidos "para buscar sanções aos violadores dos direitos humanos".

"O representado claramente abusa das prerrogativas constitucionais asseguradas aos membros do Congresso Nacional, utilizando-se da licença parlamentar não para tratar de questões estritamente particulares, mas para fugir da jurisdição brasileira e desempenhar atividades políticas no exterior, configurando, portanto, abandono de mandato", afirmam os psolistas.

O pedido é assinado por Chico Alencar (RJ), Talíria Petrone (RJ), Glauber Braga (RJ), Tarcísio Motta (RJ), Sâmia Bomfim (SP), Luiza Erundina (SP), Ivan Valente (SP), Célia Xakriabá (MG) e Fernanda Melchionna (RS).

Os parlamentares argumentam que, apesar de o deputado ter pedido licença para tratar de interesse particular sem remuneração, as declarações do filho do ex-presidente indicam que sua permanência nos país norte-americano tem motivação política e estratégica, e não razões pessoais.

"Tal conduta viola o princípio da moralidade administrativa, tendo em vista que, como funcionário público, o deputado só pode solicitar licença prevista em lei, o que não é o caso, já que não existe previsão constitucional nem tampouco regimental para esse tipo de afastamento que, de acordo com suas próprias declarações, não tem como fim o interesse pessoal e sim político", diz o pedido.

Eduardo Bolsonaro afirmou em uma postagem publicada nas redes sociais que é alvo de perseguição, e criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a Polícia Federal, chamando de "Gestapo", polícia secreta da Alemanha nazista.

De acordo com o Regimento Interno da Câmara, parlamentares podem se licenciar por tratamento de saúde, missões diplomáticas ou interesse particular.

Nos dois primeiros casos, os deputados continuam recebendo seus salários normalmente. No entanto, quando o afastamento ocorre por interesse particular, como no caso de Eduardo, a licença é concedida sem remuneração.

A legislação prevê que um deputado pode se afastar sem remuneração por até 120 dias. Caso a licença de Eduardo exceda esse período, o suplente Missionário José Olímpio (PL-SP) assume o posto.

Política

Tribunal de Justiça mantém suspensão do aumento salarial de Adriane Lopes

A Lei previa um aumento de 66% no salário da líder do Executivo e dos servidores. Com a decisão do TJMS, o salário da prefeita continuará sendo de R$ 21.263,62, e o da vice-prefeita, R$ 15 mil

19/03/2025 17h53

Crédito: Paulo Ribas / Correio do Estado

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul formou maioria pela manutenção da suspensão do reajuste de 66% no salário da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP).

Foram três votos contra a suspensão do reajuste salarial, mas prevaleceu o voto do relator, o desembargador Vilson Bertelli.

Com isso, ficou mantida a decisão de que o reajuste só deve ser concedido a partir do próximo mandato, conforme o entendimento do então procurador-geral de Justiça, Alexandre Magno Benites de Lacerda, que considerou o aumento ilegal e inconstitucional.

Os salários ficaram definidos da seguinte forma:

  • Adriane Lopes: R$ 21.263,62
  • Vice-prefeita Camilla Nascimento de Oliveira (PP): R$ 15 mil
  • Secretários municipais: R$ 11,6 mil

Com a decisão, o aumento que faria o salário da prefeita “saltar” de R$ 21.263 para R$ 35.462 não ocorrerá mais.

Desenrolar do fio

A primeira tentativa de subir o salário da prefeita foi barrada no dia 10 de fevereiro, momento em que, o órgão especial do TJMS suspendeu tanto o aumento da prefeita quanto de outros servidores do funcionalisto público.

A decisão correspondia a lei 7.005/2023, assinada em fevereiro de 2023 pelo então presidente da Câmara Municipal Carlão Borges (PSB), e elevava não somente o salário de Adriane Lopes, mas também o de vice-prefeito para R$ 37.658,61, bem como o salário dos dirigentes de autarquias para R$ 35.567,50.

Como o comando da Câmara já temia esta possibilidade naquela ocasião, colocou em votação dois aumentos, mas em projetos separados. Com o primeiro derrubado, restou a Lei 7006/2023, que previa aumento para R$ 41,8 mil, que também foi derrubada

Em março de 2023, conforme acompanhou o Correio do Estado, com o reajuste, Adriane Lopes teria o maior salário entre os prefeitos brasileiros, de R$ 41,8 mil.

Na ocasião, a prefeita enviou representantes à Câmara de Vereadores para negociar um acordo que reduziria esse valor para cerca de R$ 35 mil.

Por fim, a prefeita ingressou na Justiça com um pedido de liminar para revogar a medida, alegando que a lei era inconstitucional porque não continha um estudo de impacto financeiro sobre os cofres públicos.

O TJMS, por sua vez, derrubou, por meio de uma liminar, a lei que previa um aumento de aproximadamente R$ 20 mil no salário da líder do Executivo.

** Colaborou Alison Silva e Neri Kaspary

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