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STJ livra Mandetta de processo de improbidade administrativa

Denúncia sobre processo feito sem licitação foi arquivada na Justiça

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O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) teve a denúncia sobre o repasse de R$ 128 mil da Secretaria de Saúde Municipal de Campo Grande (Sesau) ao Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), que teria sido feito sem processo de licitação, arquivado, porém, outra denúncia que diz respeito ao valor de, aproximadamente, R$ 6,8 milhões, que seriam utilizados para instalação de sistema de agendamento de consulta (Gisa), continua correndo na Justiça Federal. 

Mandetta foi secretário de Saúde de Campo Grande em 2005 a 2010, durante mandato de prefeito de seu primo, o senador Nelson Trad Filho (PSD). Após terminar o mandato, depois de sete anos, o Ministério Público Estadual (MPMS) apresentou denúncias contra Mandetta, o senador e o ex-titular da Sesau, Leandro Mazina.

Uma delas, que diz respeito ao repasse dos valores da Sesau ao Sinpol, que teriam sido feitos sem processo de licitação, foi arquivada na manhã dessa quarta-feira (22) pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

De acordo com o advogado de defesa de Mandetta, André Borges, o Ministério Público perdeu o prazo e então a ação prescreveu. “MP entrou com ação de improbidade em 2017, sete anos depois que ele tinha deixado a secretaria”, afirmou Borges.

A defesa de Mandetta apresentou recurso, mas o TJ-MS tinha rejeitado. Em setembro de 2019, outro recurso foi apresentado e então esse processo por improbidade administrativa contra Mandetta, que já está em R$ 150 mil, foi arquivado. “MP não ficou satisfeito e recorreu ao STJ e hoje cedo o STJ entendeu que o TJ agiu corretamente”, explicou Borges.

Além de Mandetta, o MP entrou também com ação contra o ex-prefeito de Campo Grande e senador Nelson Trad e o ex-titular da Sesau Leandro Mazina. A ação continua contra os dois últimos réus e apenas Mandetta que foi liberado da denúncia que envolvia o Sinpol e a secretaria.

O ex-ministro também ficou livre de responder por dano ao erário público, solicitação feita pelo MP, mas que foi negada pelo ministro Napoleão Nunes Maia Filho.

O MP pode recorrer dessa decisão e outras ações continuam tramitando na Justiça federal, incluindo o caso Gisa.

O advogado de defesa de Mandetta disse que o tribunal de Brasília apenas referendou decisão anterior do TJMS. “No sentido de não admitir a existência de um processo contrário à lei e sem justa causa, ainda mais quando é endereçado a agente político sabidamente sério e competente”, afirmou Borges.

DENÚNCIAS

A promotoria questionou repasses de recursos de R$ 128 mil da Sesau para o Sinpol que teriam sido feitos sem licitação e também a falta de funcionário efetivo para o cargo de técnico de necropsia no serviço de verificação de óbitos, que atuam no Istituto Médico Legal (IML), enquanto Mandetta era responsável pela secretaria de Saúde de Campo Grande.

De acordo com o MP, a secretaria de Saúde teria usado do convênio com as empresas para pagar valores altos a servidores públicos estaduais.

Outra denúncia é o caso Gisa. Relatório da Controladoria Geral da União (CGU), sugere que R$ 6,8 milhões aplicados no Gerenciamento de Informações de Saúde, o Gisa, programa que se instalado com sucesso permitiria agendamento de consultas médicas, por telefone, em Campo Grande, seja devolvido aos cofres públicos. O sistema que nunca funcionou de modo eficaz foi implantado em 2009, período que a cidade era administrada pelo então prefeito Nelson Trad, quando ainda era PMDB, que negou por seguidas vezes irregularidade no plano. 

No diagnóstico da controladoria o nome do ex-ministro que também já foi deputado federal reeleito, é citado por diversas vezes como favorecido com viagens bancadas pelo dono da Telemídia & Technology International Comércio e Serviços Ltda, que controlava o consórcio que venceu a concorrência pela instalação do Gisa.

A contratação da Telemídia ocorreu no período que Mandetta ocupava a titularidade da Secretária Municipal de Saúde. A CGU recomenda, além da reposição do dinheiro, com juros, denúncia por crimes de improbidade administrativa e tráfico de influência.

O relatório tem 148 páginas e está mantido em segredo judicial.

Mandetta, que é ortopedista, foi demitido no dia 16 de abril de 2020 do cargo de ministro da Saúde pelo presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido). O oncologista Nelson Teich assumiu o lugar do democratas.

Campo Grande

Ademar Jr. vai assumir a Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18) no Diogrande; Ademar esteve a frente de pastas estratégicas do governo de Mato Grosso Sul

18/04/2024 17h10

Com perfil técnico atuou em diversas pastas do governo do Estado Divulgação Funtrab

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O prefeita Adriane Lopes nomeou, na tarde desta quinta-feira (18), o médico-veterinário Ademar Silva Junior, para assumir o comando da Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico (Sidragro).

A nomeação foi publicada, nesta quinta-feira (18), no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). Ademar assume a vaga de Adelaido Vila, que deixou a pasta para disputar uma cadeira na Câmara Municipal nas eleições deste ano. Vila, durante todo o período em que comandou a pasta, cumulou a o cargo de secretário com o de presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL). 

Próximo à senadora Tereza Cristina (PP), foi convidado para auxiliar a equipe de transição de trabalho quando ela assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil.

Ademar trabalhou com Tereza Cristina enquanto ela esteve a frente como secretária de Estado do Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de MS (pasta que deu lugar para a Semadesc).

Experiente, Ademar Silva, atuou como secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e posteriormente assumiu como diretor-presidente da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) no governo de Mato Grosso do Sul.

Além disso atuou como presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul); superintendente de Indústria e Comércio e Turismo da Seprotur (hoje Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação); presidente do Conselho Curador da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar); presidente do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AR/MS); vice-presidente de Finanças da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);  presidente da ANATER, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento sustentável do Estado sul-mato-grossense.

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Salários

Governo tenta barrar PEC que turbina salário de juízes em meio a greves

As estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano

18/04/2024 15h00

Proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes. Divulgação

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O governo federal se prepara para tentar barrar o avanço da proposta patrocinada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que garante 5% de aumento para juízes, promotores, delegados da Polícia Federal, defensores e advogados públicos.

A PEC (proposta de Emenda à Constituição) do Quinquênio foi aprovada nesta quarta (17) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e deve entrar na pauta de votações do plenário para as cinco sessões de discussão previstas em regimento.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou nesta quinta (18) que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) deve conversar com Pacheco quando voltar de Washington, nos Estados Unidos, onde participa de agendas do G20 e do Fundo Monetário Internacional.

"Não me parece adequado o Congresso sinalizar uma matéria para o topo da carreira do funcionalismo público enquanto não há proposta para os servidores. O governo tem feito um esforço fiscal em diferentes áreas. Vamos dialogar e pedir bom senso e reflexão do Congresso", disse.

Professores e servidores de instituições federais de ensino estão em greve desde segunda (15). Nesta quarta (17), os grevistas marcharam pela Esplanada dos Ministérios e fizeram um aulão em frente à sede do MEC (Ministério da Educação).

O avanço da PEC no Senado acendeu o alerta no governo. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), afirma que as estimativas iniciais do Ministério da Fazenda indicam impacto de R$ 42 bilhões por ano, a depender do número de carreiras e da extensão do penduricalho para aposentados.

A Afipea (Associação dos Funcionários do Ipea) estima que, com a inclusão de advogados, defensores públicos e delegados da PF, o impacto do quinquênio no caixa da União chegará a R$ 9,9 bilhões por ano.

"Não está claro na PEC o que vai acontecer com os aposentados. Até 2003 tinha paridade. Quem está aposentado vai querer requerer 35% de reajuste no ganho de aposentadoria. O volume de categorias que já estão pedindo inclusão. Não sei em que orçamento cabe essa proposta", disse Wagner.

A proposta altera a Constituição para garantir aumento de 5% do salário para as carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%. A atuação jurídica anterior dos servidores públicos -na advocacia, por exemplo- poderá ser usada na contagem de tempo.
 

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