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Transparência Internacional: 54% dos brasileiros acreditam que corrupção aumentou

Transparência Internacional: 54% dos brasileiros acreditam que corrupção aumentou

ESTADÃO CONTEÚDO

23/09/2019 - 13h10
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Cerca de 54% dos brasileiros acreditam que a corrupção no País aumentou - é o que aponta o Barômetro Global da Corrupção, pesquisa elaborada pelo movimento Transparência Internacional. O levantamento registra que 90% da população pensa que a corrupção no governo é um "grande problema" e revela ainda o impacto da corrupção entre os cidadãos: 11% dos brasileiros já pagaram propinas ao utilizarem serviços públicos e cerca de 40% já receberam ofertas em troca de votos.

A pesquisa foi realizada com mais de 17 mil cidadãos em 18 países da América Latina e do Caribe. No Brasil, o levantamento foi conduzido pelo Instituto Ipsos, que realizou entrevistas presenciais com mil pessoas, entre fim de fevereiro e início de abril.

A pesquisa

Além de um quadro sobre a opinião acerca da corrupção, a pesquisa apresenta dados sobre a visão dos latino-americanos e caribenhos sobre as instituições de seus países. Segundo a pesquisa, o nível de confiança no governo, tribunais e polícia é muito baixo em todos os países consultados.

No Brasil, especificamente, instituições que geram maior desconfiança na população são o Congresso Nacional, os governos (local e federal) e a Presidência.

O levantamento também apontou que há uma insatisfação da população com as medidas adotadas pelos governos da América Latina e do Caribe com relação ao controle da corrupção. Segundo a pesquisa, 57% acham que o governo de seus países não estão fazendo um bom trabalho na abordagem dos riscos de corrupção.

Com relação ao Brasil, o movimento Transparência Brasil faz uma ressalva com relação as "altas expectativas" da população a respeito das medidas que seriam supostamente adotadas pelo governo de Jair Bolsonaro, que utilizou o combate à corrupção como plataforma de sua campanha.

"Apesar dessas expectativas, nos últimos oito meses, o quadro anticorrupção do Brasil sofreu uma série de golpes. O presidente Bolsonaro tentou aumentar o escopo de informações confidenciais para reduzir a transparência e não deu muita atenção às acusações de corrupção contra membros de seu gabinete", registra o movimento.

Entre tais "golpes", o texto menciona o atual status do pacote anticorrupção no Congresso, a pressão política nas nomeações para o Ministério Público Federal, Polícia Federal, Receita Federal e Unidade de Inteligência Financeira, o envio de casos de corrupção a tribunais eleitorais e a decisão do ministro Dias Toffolli, presidente do Supremo Tribunal Federal, de paralisar investigações com compartilhamento de dados do Coaf.

"Esses desdobramentos sugerem que a confiança dos cidadãos na capacidade de o governo impedir e pôr um fim na corrupção pode retroceder em breve", registra o relatório da pesquisa.

A corrupção entre a população

O Barômetro também fez perguntas sobre as experiências dos cidadãos com subornos relacionados a serviços públicos básicos.

De acordo com os resultados do expediente geral foi apontado que, em 2018, nos 18 países abarcados pela pesquisa, aproximadamente 56 milhões de pessoas pagaram propina por serviços como assistência médica ou educação. A policia é o serviço público mais propenso a exigir e ganhar propina, indicou o Barômetro.

O Brasil apresentou uma das menores taxa de suborno geral: 11%, atrás de Barbados, 9%, e Costa Rica, 7%.

A pesquisa da Transparência Internacional também avaliou como as mulheres estão vulneráveis a determinados tipos de suborno e fez ponderações sobre como o gênero afeta a forma como a corrupção é denunciada. Segundo o Barômetro, cidadãos de diversos países, entre eles República Dominicana, Honduras e Guatemala, acham que a corrupção denunciada por homens tem mais chances de resultar em uma ação.

O estudo apresentou um recorte sobre extorsão sexual, apontada pelo movimento como uma das formas mais significativas de corrupção baseada em gênero.

A analise geral apontou que um em cada cinco cidadãos sofre extorsão sexual ou conhece alguém que sofreu. Já com relação ao Brasil, o levantamento mostrou que 20% dos entrevistados já sofreram extorsão sexual ou conhecem alguém que sofreu.

"Quando sexo é a forma de pagamento da propina, evidências apontam para uma preferência de gênero que afeta principalmente as mulheres".

Integridade política

A integridade política também é abordada pelo estudo do Transparência Internacional. O levantamento menciona que os abusos nas eleições, como financiamento fraudulento de partidos, a compra de votos ou disseminação de fake news, durante as campanhas, são uma das causas da corrupção política e indica que no Brasil, mais de três em quatro pessoas acham que fake news são disseminadas com frequência ou muita frequência. O País apresenta ainda a terceira maior taxa de compra de votos (40%) logo atrás da República Dominicana (46%) e do México (50%).

O Brasil também ocupa o terceiro lugar em uma lista diferente, sobre a porcentagem dos que acreditam que pessoas comuns podem fazer a diferença na luta contra a corrupção. A média dos 18 países ficou em 77%, mas, segundo o levantamento, 82% dos entrevistados brasileiros acreditam ser parte importante no combate à corrupção.

ATOS DE 8 DE JANEIRO

Suplente de Tereza Cristina, Tenente Portela é indiciado por tentativa de golpe de Estado

Inquérito apura a formatação de um plano de golpe de Estado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que também já foi indiciado

11/12/2024 17h00

Ex-presidente Jair Bolsonaro e Tenente Portela, suplente de Tereza Cristina (PP); ambos foram indiciados

Ex-presidente Jair Bolsonaro e Tenente Portela, suplente de Tereza Cristina (PP); ambos foram indiciados Arquivo

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O presidente do PL em Mato Grosso do Sul e primeiro suplente da senadora Tereza Cristina (PP), Aparecido Andrade Portela, conhecido como Tenente Portela, foi indiciado pela Polícia Federal, nesta quarta-feira (11), no inquérito que apura a formatação de um plano de golpe de Estado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além do Tenente Portela, os novos indiciados são Reginaldo Vieira de Abreu, ex-chefe de Gabinete do general da reserva Mario Fernandes na Secretaria-Geral da Presidência, acusado de atuar no planejamento do golpe, e o militar Rodrigo Bezerra de Azevedo, kid-preto do Exército, acusado de participar do trabalho de monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Com os indiciamentos, o inquérito que investiga a tentativa de golpe passa a contar com 40 indiciados, entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro e os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno.

Participação no golpe

Conforme reportagem do Correio do Estado,relatório da PF enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal(STF), que é relator do caso, aponta que Tenente Portela atuou como intermediário entre o governo de Jair Bolsonaro e os financiadores de manifestações antidemocráticas em Mato Grosso do Sul, no final de 2022. 

Foi identificada troca de mensagens entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e Portela, onde usou o termo "churrasco" para se referir ao golpe de Estado.

Ex-presidente Jair Bolsonaro e Tenente Portela, suplente de Tereza Cristina (PP); ambos foram indiciadosTenente Portela ainda acreditava no sucesso de um golpe de Estado

Para a PF, apoiadores estariam cobrando a consumação do "ato de ruptura institucional" pelo ex-presidente.

"Aparecido Portela é amigo próximo de Jair Bolsonaro, desde o período em que ambos serviram na cidade de Nioaque (MS), na década de 70. De acordo com os registros de entrada e saída de pessoas no Palácio do Alvorada, o investigado tenente Portela realizou ao menos 13 visitas no mês de dezembro de 2022 ao então presidente Jair Bolsonaro", afirma a PF.

Ainda segundo a PF, Reginaldo Vieira de Abreu, coronel da reserva do Exército, ocupou o cargo de chefe de gabinete de Mario Fernandes, então secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República, e teria ajudado Mário Fernandes a dissemir a informações falsas sobre o sistema eletrônico de votação do Brasil para "impedir a posse do governo legitimamente eleito".

Além disso, ele foi acusado de ajudar Fernandes a "manipular" um relatório de fiscalização das Forças Armadas sobre as eleições de 2022.

"O objetivo era alinhar o conteúdo do documento com os dados falsos divulgados pelo argentino Fernando Cerimedo [outro indiciado], evidenciando uma coordenação entre os núcleos da organização criminosa", concluiu a PF.

Por fim, a PF sustenta que o kid-preto Rodrigo Bezerra Azevedo participou do monitoramento ilegal da rotina de Alexandre de Moraes.

"Os elementos de prova apresentados são convergentes para demonstrar a participação de Rodrigo Bezerra Azevedo na ação clandestina do dia 15/12/2022, que tinha o objetivo de prender/executar o ministro Alexandre de Moraes, integrando o núcleo operacional para cumprimento de medidas coercitivas", concluiu a investigação.

Conforme as investigações, o planejamento do golpe incluiu um plano para assassinar o ministro Alexandre de Moraes; o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente, Geraldo Alckmin.

* Com Agência Brasil

Política

Lula fará procedimento endovascular nesta 5ª como complementação da cirurgia

Segundo a nota, Lula passou o dia bem, "sem intercorrências"

11/12/2024 16h44

Lula fará procedimento endovascular nesta 5ª (12) como complementação da cirurgia

Lula fará procedimento endovascular nesta 5ª (12) como complementação da cirurgia Gov

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizará na manhã desta quinta-feira, 12, um novo procedimento como complementação da cirurgia realizada na cabeça na última terça-feira, 10. De acordo com boletim médico divulgado às 16h30 desta quarta-feira, 11, trata-se de uma embolização de artéria meníngea média.

Segundo a nota, Lula passou o dia bem, "sem intercorrências". Ele realizou fisioterapia, caminhou e recebeu visitas de familiares.

"Como parte da programação terapêutica, fará complementação de cirurgia com procedimento endovascular (embolização de artéria meníngea média) amanhã, pela manhã", informa a nota, sem detalhar o horário do novo procedimento.

O Hospital Sírio-Libanês, onde o presidente está internado, afirmou que outras atualizações sobre o estado de saúde do chefe do Executivo serão dadas em uma coletiva de imprensa amanhã às 10h.

"Presidente Luiz Inácio Lula da Silva permanece sob cuidados intensivos no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo", diz o texto. "O presidente segue sob acompanhamento da equipe médica, sob os cuidados do Prof. Dr. Roberto Kalil Filho e da Dra. Ana Helena Germoglio."

O petista está internado em São Paulo. Ele sentiu dores de cabeça na segunda-feira, 9, e foi até a unidade de Brasília do Sírio Libanês para fazer exames. O sangramento foi constatado, e Lula foi transferido de avião para a unidade de São Paulo, mais equipada, do mesmo hospital.

A operação foi na madrugada de segunda para terça-feira, 9 e 10. A expectativa é que ele volte para Brasília na próxima semana.
 

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