Política

DISPUTA POR CANDIDATURA

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Trutis acusa rivais de fraude e revela que PSL investiu R$ 110 mil em investigações de Siqueira

Deputado Tio Trutis diz que vai recorrer ao TSE para poder homologar candidatura; Vinícius Siqueira afirma que não há racha

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Impedido de se candidatar a prefeito pela Justiça Eleitoral em Mato Grosso do Sul, o deputado federal Loester Trutis (PSL) promete ir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para contestar as decisões que dão direito ao vereador Vinícius Siqueira de candidatar-se.  

Ele pretende acusar o grupo do partido que atuou em favor de Vinícius Siqueira de fraude processual e também frisou que o partido já havia investido R$ 110 mil na pré-candidatura do vereador, inclusive patrocinando as investigações publicadas em redes sociais, e ele “não decolou”.  

“Sim, nós vamos ao TSE, até porque, a nosso ver, houve uma fraude processual. Acredito que lá o meu recurso poderá ser analisado”, afirmou.

No dia 1º, o juiz Djailson de Souza, membro do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), extinguiu o recurso de Trutis contra a sentença da juíza da 44ª Zona Eleitoral, Joseliza Alessandra Vanzela Turine.

A convenção que alçou Trutis ao status de candidato é o motivo de toda a controvérsia. Siqueira, que tem apoio do diretório estadual, presidido pela senadora Soraya Thronicke, alegou que a votação do diretório foi ilegal e que nela votaram pessoas que não poderiam votar.  

Já Trutis diz que a senadora atuou em favor do vereador, ao dissolver o diretório municipal e desistir do recurso favorável a Trutis quando ele já não era presidente municipal do partido.  

“A senadora e o Vinícius Siqueira destituíram, usaram a chave do Estadual que ela tem do Candex [sistema de registro de candidaturas], me destituiu, colocou o primo como novo presidente, nem que seja por 48 horas, desistiu do recurso em meu nome, do PSL Campo Grande” explicou Trutis.  

“A gente acredita, sim, que isso é uma fraude processual, até porque ela não pode fazer as alterações sem orientação da nacional [executiva nacional do partido]. E a nacional, mesmo revertendo, tem uma petição lá que a gente acredita que o senhor Paulo Matos, primo da senadora, assinou enquanto eu ainda era presidente”, acrescentou o deputado, que ainda disse que, na opinião dele, as manobras da executiva estadual comandada por Soraya e em favor de Siqueira foram ilícitas.  

 

PESQUISAS

Trutis também fez questão de ressaltar que o nome dele aparece à frente do nome de Siqueira nas pesquisas. “Isso aí é o principal motivo de a nacional não ter acreditado na campanha do Vinícius, ele nunca se tornou viável. Mais uma vez, mostra que meus argumentos são verdadeiros (...) tenho o dobro de chances dele de chegar numa campanha”, disse Trutis.

Perguntado se o racha no partido tem atrapalhado o desempenho do PSL, Trutis acredita que não haverá problema com as bases. “Quando a gente tomou essa decisão, o PSL já tinha investido R$ 110 mil na pré-campanha do vereador e mesmo assim ele não saía de 1% e 2% [nas pesquisas]. Toda a estrutura que ele usou para investigações era nossa e nem assim ele crescia. Então, assim o público de Campo Grande, uma parcela, não sabe nem que ele existe”, comentou Trutis.

As investigações a que o deputado se refere são viagens, busca de documentações e apuração de denúncias envolvendo o transporte coletivo de Campo Grande e a concessão de água e esgoto.  

Sobre seu recurso no TSE, Trutis se mantém esperançoso. “A gente acredita que ainda dá tempo de reverter e tenho absoluta certeza que se eu for homologado como único candidato do PSL vou estar no segundo turno”.

 

SIQUEIRA

Procurado, o também o vereador e (também) candidato do PSL, Vinícius Siqueira, acredita que a disputa com Trutis não prejudicará o partido, o qual, segundo ele, não está rachado. “Quanto ao racha da base, não existe isso porque o partido está abraçado na campanha”, afirmou.  

Siqueira também frisou que está com quase todas as lideranças do partido já muito próximas. “Estive esta semana conversando com o Capitão Contar [deputado estadual], é bem provável que ele nos apoie. Dr. Ovando [deputado federal] também está conversando muito com a gente, há candidatos dele na base e ele também está gostando da campanha, a própria Soraya”, enumerou.  

Sobre as declarações de Trutis, de que tem apoio da executiva nacional do partido, ao ser perguntado, Siqueira respondeu com ironia: “Faltou avisar a nacional sobre isso”. (Eduardo Miranda)

Atentos!

Itamaraty mostra preocupação com aumento da tensão entre Israel e Irã

Agência iraniana nega ocorrência de explosões no país

19/04/2024 22h00

Fotos: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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O governo brasileiro informou nesta sexta-feira (19) que acompanha, "com grave preocupação", mais um episódio da escalada de tensão entre Israel e o Irã. O posicionamento foi divulgado há pouco pelo Ministério das Relações Exteriores.

Mais cedo, a imprensa internacional informou que foram registradas explosões na província iraniana de Isfahan. De acordo com agências internacionais de notícias, as explosões foram provocadas por Israel em resposta aos ataques iranianos ao território israelense na semana passada.

"O Brasil continua a acompanhar, com grave preocupação, episódios da escalada de tensões entre o Irã e Israel, desta vez com o relato de explosões na cidade iraniana de Isfahan. O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada", declarou o Itamaraty.

De acordo com a pasta, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, transmitiu a preocupação do governo brasileiro pessoalmente ao chanceler do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, durante encontro bilateral ocorrido na manhã de hoje na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

O governo do Irã negou, por meio de sua agência estatal de notícias, a ocorrência das explosões. Segundo a agência Irã Fars News, os sons foram, na verdade, de baterias antiaéreas que dispararam contra “objetos suspeitos”.

Política

Conservador pró-Trump preside comissão dos EUA que divulgou relatório sobre Moraes

Jim Jordan foi citado no relatório do 6 de janeiro e ajudou a fundar ala radical do Partido Republicano

19/04/2024 21h00

Ministro Alexandre de Moraes Reprodução

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O presidente da comissão responsável pela publicação do relatório com decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é aliado de Donald Trump e se define como "um dos membros mais conservadores" do Congresso dos Estados Unidos.

Jim Jordan é um deputado do Partido Republicano e preside a Comissão de Judiciário do Congresso. O grupo divulgou na última quarta-feira (17) um documento que afirma haver censura no Brasil.

A comissão foi criada em 1813 e é responsável por supervisionar o Departamento de Justiça norte-americano e avaliar propostas legislativas. Jordan a chefia desde o ano passado.

Natural de Ohio, tem 60 anos e estudou Economia na Universidade de Wisconsin. Lá foi campeão do torneio universitário de luta livre. É formado em Direito pela Universidade da Capital, em Columbus, Ohio, e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ohio.
Ele está no Congresso dos EUA desde 2007 e ajudou a fundar o Freedom Caucus, do qual foi o primeiro presidente. O grupo aglutina parlamentares da ala mais conservadora do Partido Republicano e tem posições mais à direita em temas como política fiscal e imigração.

Jordan é aliado de Donald Trump. O ex-presidente dos EUA lhe presenteou com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2021 e o apoiou na campanha para a presidência da Câmara dos Representantes no ano passado.

Segundo o relatório da comissão responsável por investigar os atos do 6 de janeiro, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo americano, o parlamentar foi um "ator importante" para os planos do ex-presidente de reverter o resultado eleitoral que deu a vitória a Biden.
O relatório da comissão diz que o Brasil, via Judiciário, tenta forçar o X (ex-Twitter) e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 perfis, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Marcos do Val (Podemos-ES) e do jornalista Paulo Figueiredo Filho.

A assessoria de imprensa do STF afirmou que o documento não traz as decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas os ofícios enviados às plataformas para cumprimento delas. "Todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes têm acesso à fundamentação.

O relatório não fica restrito ao Brasil. O texto afirma que o presidente Joe Biden força empresas de redes sociais como o Facebook a censurar informações verdadeiras, memes e sátiras, de modo a levar a plataforma a mudar sua política de moderação de conteúdo.
 

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