Tecnologia

GOLPES NA INTERNET

Anúncios atrativos em sites de vendas podem ser armadilhas

A oferta pode parecer interessante, mas você pode ser vítima de golpe na internet

NILCE LEMOS

10/10/2015 - 14h00
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Sites com anúncios de produtos e serviços oferecidos pela internet estão sendo cada vez mais utilizados pelas pessoas, porém, há sempre um risco para o consumidor, que muitas vezes acaba sendo vítima de golpes e propagandas enganosas.

Quando acontece esse tipo de situação, o cliente geralmente recorre à polícia, registra um boletim de ocorrência e, às vezes, procura saber os direitos dos consumidores, seja através do código de direitos, as regras do site ou, até mesmo, pelo Procon (Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor).

Foi o que aconteceu com três vítimas do Estado, que viram o anuncio de um veículo Corsa, modelo 2001, prata, por R$ 5.500. A venda foi divulgada no site OLX, com CEP e telefone de Campo Grande. Entretanto, nossa reportagem entrou em contato com o anunciante e fomos atendidos por um homem que dizia ser de uma garagem em Jardim, confirmando o preço do veículo.

Pedimos que uma testemunha também entrasse em contato com o anunciante, mas o homem que atendeu novamente disse ser de Jardim. A testemunha então questionou o fato do número de contato ser de Campo Grande, nesse momento, a ligação foi encerrada. Comunicamos o caso a um policial civil e fomos informados que já haviam cerca de três registros por conta do mesmo anúncio, que a garagem nem ao menos existe e que a propaganda era falsa.

Segundo o delegado Enilton Zallas da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga, onde os casos foram registrados, as pessoas jamais devem fazer o pagamento sem ter acesso ao produto: “É loucura fazer o depósito sem documento de transferência ou documento de posse do veículo. O comprador nunca deve fazer o pagamento sem acesso ao veículo. Em caso de golpe, a vítima deve registrar a ocorrência na delegacia e a polícia investiga para tentar derrubar a quadrilha.

Ainda conforme o delegado, geralmente os golpistas são pessoas que fazem isso muitas vezes. “As pessoas devem tomar cuidado, seguir os procedimentos padrão de compra”.

Apesar dos avisos, Zallas conta que os casos são frequentes: “Temos um número considerável de casos, é uma coisa comum, porque as vítimas são atraídas pelo valor do produto e pela conversa do golpista".

No site onde foi divulgada a venda, as regras para anunciantes são claras: “Não é permitido anunciar nenhum item/serviço pirata; o anunciante é responsável por certificar a origem dos produtos".

A reportagem entrou em contato com a OLX, mas não obtivemos resposta.

Para evitar que você caia em golpe de produtos/serviços vendidos na internet, Erivaldo Marques Pereira, do Procon MS, dá algumas dicas.

Ele explicou que, apesar dos sites geralmente se eximirem de culpas e responsabilidades sob a alegação de que são somente intermediários entre o fornecedor e o consumidor final, não é correto o site transferir ao consumidor a responsabilidade de conferir a idoneidade do anunciante: “Estes sites são como vitrines de exposições e, como tal, estão submetidos às normas consumeristas, ou seja, possuem, no mínimo, responsabilidade solidária, como bem assevera o CDC, nos artigos 12 e 14. Há que se dizer, ainda, que o site que se preza, deve zelar para que as transações feitas por meio de seu ambiente virtual sejam seguras, ofereçam qualidade e não causem prejuízo aos usuários. Por outro lado, pode o site anunciante, em caso de se sentir prejudicado, ingressar com a devida ação regressiva em desfavor da pessoa física ou jurídica (vendedor) que deu causa a eventual ação de dano material ou moral promovida por consumidor insatisfeito com o produto anunciado e adquirido”.

Para as pessoas que foram vítimas de golpe, Erivaldo explica que o consumidor deve, primeiramente, entrar em contato com o anunciante, no caso o site, formalizar sua reclamação e, caso o vendedor, tenha sido pessoa física, solicitar ao site anunciante que forneça os dados de contato do vendedor para resolver quaisquer pendências na aquisição do produto. Caso não seja resolvido, o consumidor deve exigir formalmente, por intermédio de carta ou email, que o site se responsabilize por eventual dano material ou moral. Em caso de negativa, caberá ação judicial.

O Procon ressalta ainda “a orientação é para que o consumidor tome todos os cuidados necessários ao efetivar compras nos sites de anúncios, procurando obter todas as informações sobre o produto, formas de pagamento e de entrega, preferencialmente, com o próprio vendedor, por meio de um contato telefônico, já que é aquele que poderá dar todas as informações de que precisa e, solidariamente, solicitar as informações do site que intermédia a transação. Deve-se ler pacientemente as políticas de intermediação da empresa com o fim de evitar transtornos futuros”.

Revolta das máquinas

Robô humanoide 'ataca' engenheiros em centro de testes na China

A empresa classificou o acontecido como um acidente durante testes.

06/05/2025 23h00

Robô humanoide 'ataca' engenheiros em centro de testes na China

Robô humanoide 'ataca' engenheiros em centro de testes na China Divulgação

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Um vídeo que mostra um robô humanoide agindo de forma agressiva contra engenheiros em uma fábrica na China viralizou nas redes sociais nos últimos dias. As imagens registram o momento em que o equipamento, um Unitree H1, entra em colapso durante uma fase de testes e começa a se mover violentamente, atingindo os profissionais e derrubando equipamentos.

A gravação, publicada originalmente na rede social X no domingo, 4, mostra o robô pendurado em um guindaste de construção. Dois engenheiros observam suas funções quando o modelo começa a agitar braços e pernas de forma descontrolada, atingindo um dos homens e provocando a queda de um monitor.

Segundo a Unitree Robotics, fabricante do modelo, o episódio foi causado por uma falha de programação e não representa uma ação intencional do robô. A empresa classificou o acontecido como um acidente durante testes.

O caso reacendeu o debate sobre a segurança de robôs humanoides em ambientes de trabalho. Embora falhas em códigos sejam comuns, especialistas destacam a importância de protocolos mais rígidos na fase de testes e no uso comercial desses equipamentos.

Nas redes sociais, internautas compararam o robô ao "Exterminador do Futuro" e especularam, sem fundamento, uma revolta das máquinas, hipótese descartada por profissionais da área. A Unitree ainda não divulgou o local exato ou a data do ocorrido.

O que o robô é capaz de fazer?

O Unitree H1 é um robô humanoide de 1,80 metro e cerca de 70 quilos. Equipado com motores de alto torque, é capaz de caminhar e correr em terrenos irregulares, com velocidade que pode ultrapassar os 5 metros por segundo, um recorde entre robôs de seu porte.

Com sensores como LiDAR 3D e câmeras de profundidade, o H1 tem visão 360° e pode subir escadas, evitar obstáculos e interagir de forma autônoma com o ambiente. Ele foi projetado para executar tarefas variadas, como manutenção industrial, apoio em saúde, atividades de entretenimento e pesquisa.

Também é capaz de realizar movimentos complexos, como dançar, pular e manter o equilíbrio após empurrões. Sua bateria de 864Wh é removível, permitindo longos períodos de operação contínua.

Graças ao design modular, o robô serve como plataforma de pesquisa em robótica e inteligência artificial (IA), sendo usado por instituições acadêmicas e centros de inovação ao redor do mundo.

Confira o vídeo aqui
 

Tecnologia

Viasat lança no Brasil serviço de conexão direta do satélite ao celular

O serviço ainda é inédito no País e tem como objetivo atender áreas remotas.

22/04/2025 21h00

Viasat lança no Brasil serviço de conexão direta do satélite ao celular

Viasat lança no Brasil serviço de conexão direta do satélite ao celular Divulgação

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A empresa americana Viasat anunciou nesta terça-feira, 22, a chegada ao Brasil do serviço de conexão por satélite direto no celular, tecnologia chamada de direct to device , ou D2D, que dispensa a instalação de antenas locais.

O serviço ainda é inédito no País e tem como objetivo atender áreas remotas, que não contam com as redes tradicionais de telefonia e internet. A tecnologia é importante também para atender situações em que a infraestrutura terrestre foi danificada, como em desastres climáticos.

Embora a internet rápida já esteja difundida nas cidades, a cobertura ainda é deficitária na maior parte do território. Apenas 18% do mapa geográfico do País tem sinal de celular, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Nesta fase inicial, a conexão D2D será bastante limitada. Nada de chamadas de voz ou envio de fotos e vídeos. Por enquanto, o sinal será de 2 kilobytes por segundo, algo suficiente apenas para o envio de mensagens de texto (SMS) e alertas de emergência O serviço deve ajudar em funções básicas de comunidades rurais, missões táticas, socorristas, trilheiros e afins.

Além disso, a conexão D2D só funcionará em alguns celulares mais novos e ajustados para reconhecer o sinal enviado diretamente pelos satélites. Por fim, o serviço só ficará disponível para o consumidor final após a Viasat fechar parcerias com as operadoras locais, o que deve acontecer em breve.

"As funcionalidades iniciais ainda são restritas, mas é apenas o começo de uma revolução", disse o Diretor Geral da Viasat no Brasil, Leandro Gaunszer, em entrevista. "Este é o primeiro passo para acabar com as zonas de sombra (sem conexão) no País", afirmou.

A multinacional fez a demonstração da tecnologia e o potencial do seu desenvolvimento em um evento em Brasília com presença de membros da Anatel, de ministérios e do Congresso. Outras empresas também estão se mexendo na mesma direção. A Claro e a Lynk fizeram, em março, testes de conexão direta entre satélite e celular no Maranhão.

Com o ganho de escala da tecnologia, Gaunszer acredita que haverá um desenvolvimento natural do setor, assim como ocorreu com a internet tradicional. É bem possível que, em menos de cinco anos, alguém possa escalar o Monte Roraima e fazer uma transmissão de vídeo ao vivo lá de cima sem depender de antenas terrestres, estima.

A Viasat avalia também o lançamento de uma nova geração de satélites de baixa órbita, com capacidade de prover uma conexão mais rápida em um futuro próximo. Para isso, assinou um memorando de entendimento com a Space 42, empresa de tecnologia espacial com sede nos Emirados Árabes Unidos. Ambas estão desenvolvendo estudos técnicos para embasar o projeto.

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