Tecnologia

CIÊNCIA

Cientistas desenvolvem pequena capa de invisibilidade

Aparato manipula luz, mudando como raios de luz incidem sobre um objeto.

G1

19/09/2015 - 15h00
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Uma pequena capa de invisibilidade foi inventada por cientistas norte-americanos que estão chegando cada vez mais perto de uma versão real do que até era agora um elemento de ficção científica - anunciaram os pesquisadores nesta quinta-feira (18).

A capa, apresentada na revista "Science", é microscópica no tamanho, mas poderia aumentar de tamanho no futuro - segundo físicos do Departamento de Energia do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley e a Universidade da Califórnia em Berkeley.

O aparato funciona com a manipulação da luminosidade, mudando como os raios de luz incidem sobre um objeto para que ele não possa ser detectado pelo olho.

"Esta é a primeira vez que um objeto 3D de forma arbitrária foi mascarado da luz visível", afirmou o principal autor do estudo, Xiang Zhang, diretor do Laboratório de Ciências dos Matériais de Berkeley.

"Nossa capa ultra-fina parece um casaco. É fácil de desenhar e implementar, e é potencialmente escalável para esconder objetos macroscópicos.

Nanoantenas
Usando pequenas fibras de ouro conhecidas como nanoantenas, os pesquisadores fizeram uma capa de 80 nanômetros de espessura e pode envolver um objeto tridimensional do tamanho de algumas células biológicas.

"A superfície da capa foi construída para redirecionar as ondas de luz de forma que o objeto ficou invisível para detecção ótica quando a capa é ativada", disse o estudo.

No entanto, a pequena capa ainda tem grandes limitações. Por exemplo, os padrões das nanoantenas devem ser projetados precisamente para coincidir com as saliências da superfície do objeto que está por baixo, o que significa que o objeto não pode mexer - caso contrário, perde a camada invisível.

Nem as características a serem escondidas podem ser muito grandes ou pontudas em comparação ao comprimento das ondas luminosas, porque as sombras não conseguem ser apagadas - explica Zeno Gaburro, físico da Universidade de Trento, na Itália.

"O lado que está escuro não vê a luz, então não tem jeito de corrigir (a sombra) usando essa técnica", afirma Gaburro em artigo complementar publicado na Science.

Mas Zhang está confiante de que a tecnologia possa ser eventualmente feita numa escala maior. "Não vejo obstáculos", disse.

Revolta das máquinas

Robô humanoide 'ataca' engenheiros em centro de testes na China

A empresa classificou o acontecido como um acidente durante testes.

06/05/2025 23h00

Robô humanoide 'ataca' engenheiros em centro de testes na China

Robô humanoide 'ataca' engenheiros em centro de testes na China Divulgação

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Um vídeo que mostra um robô humanoide agindo de forma agressiva contra engenheiros em uma fábrica na China viralizou nas redes sociais nos últimos dias. As imagens registram o momento em que o equipamento, um Unitree H1, entra em colapso durante uma fase de testes e começa a se mover violentamente, atingindo os profissionais e derrubando equipamentos.

A gravação, publicada originalmente na rede social X no domingo, 4, mostra o robô pendurado em um guindaste de construção. Dois engenheiros observam suas funções quando o modelo começa a agitar braços e pernas de forma descontrolada, atingindo um dos homens e provocando a queda de um monitor.

Segundo a Unitree Robotics, fabricante do modelo, o episódio foi causado por uma falha de programação e não representa uma ação intencional do robô. A empresa classificou o acontecido como um acidente durante testes.

O caso reacendeu o debate sobre a segurança de robôs humanoides em ambientes de trabalho. Embora falhas em códigos sejam comuns, especialistas destacam a importância de protocolos mais rígidos na fase de testes e no uso comercial desses equipamentos.

Nas redes sociais, internautas compararam o robô ao "Exterminador do Futuro" e especularam, sem fundamento, uma revolta das máquinas, hipótese descartada por profissionais da área. A Unitree ainda não divulgou o local exato ou a data do ocorrido.

O que o robô é capaz de fazer?

O Unitree H1 é um robô humanoide de 1,80 metro e cerca de 70 quilos. Equipado com motores de alto torque, é capaz de caminhar e correr em terrenos irregulares, com velocidade que pode ultrapassar os 5 metros por segundo, um recorde entre robôs de seu porte.

Com sensores como LiDAR 3D e câmeras de profundidade, o H1 tem visão 360° e pode subir escadas, evitar obstáculos e interagir de forma autônoma com o ambiente. Ele foi projetado para executar tarefas variadas, como manutenção industrial, apoio em saúde, atividades de entretenimento e pesquisa.

Também é capaz de realizar movimentos complexos, como dançar, pular e manter o equilíbrio após empurrões. Sua bateria de 864Wh é removível, permitindo longos períodos de operação contínua.

Graças ao design modular, o robô serve como plataforma de pesquisa em robótica e inteligência artificial (IA), sendo usado por instituições acadêmicas e centros de inovação ao redor do mundo.

Confira o vídeo aqui
 

Tecnologia

Viasat lança no Brasil serviço de conexão direta do satélite ao celular

O serviço ainda é inédito no País e tem como objetivo atender áreas remotas.

22/04/2025 21h00

Viasat lança no Brasil serviço de conexão direta do satélite ao celular

Viasat lança no Brasil serviço de conexão direta do satélite ao celular Divulgação

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A empresa americana Viasat anunciou nesta terça-feira, 22, a chegada ao Brasil do serviço de conexão por satélite direto no celular, tecnologia chamada de direct to device , ou D2D, que dispensa a instalação de antenas locais.

O serviço ainda é inédito no País e tem como objetivo atender áreas remotas, que não contam com as redes tradicionais de telefonia e internet. A tecnologia é importante também para atender situações em que a infraestrutura terrestre foi danificada, como em desastres climáticos.

Embora a internet rápida já esteja difundida nas cidades, a cobertura ainda é deficitária na maior parte do território. Apenas 18% do mapa geográfico do País tem sinal de celular, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Nesta fase inicial, a conexão D2D será bastante limitada. Nada de chamadas de voz ou envio de fotos e vídeos. Por enquanto, o sinal será de 2 kilobytes por segundo, algo suficiente apenas para o envio de mensagens de texto (SMS) e alertas de emergência O serviço deve ajudar em funções básicas de comunidades rurais, missões táticas, socorristas, trilheiros e afins.

Além disso, a conexão D2D só funcionará em alguns celulares mais novos e ajustados para reconhecer o sinal enviado diretamente pelos satélites. Por fim, o serviço só ficará disponível para o consumidor final após a Viasat fechar parcerias com as operadoras locais, o que deve acontecer em breve.

"As funcionalidades iniciais ainda são restritas, mas é apenas o começo de uma revolução", disse o Diretor Geral da Viasat no Brasil, Leandro Gaunszer, em entrevista. "Este é o primeiro passo para acabar com as zonas de sombra (sem conexão) no País", afirmou.

A multinacional fez a demonstração da tecnologia e o potencial do seu desenvolvimento em um evento em Brasília com presença de membros da Anatel, de ministérios e do Congresso. Outras empresas também estão se mexendo na mesma direção. A Claro e a Lynk fizeram, em março, testes de conexão direta entre satélite e celular no Maranhão.

Com o ganho de escala da tecnologia, Gaunszer acredita que haverá um desenvolvimento natural do setor, assim como ocorreu com a internet tradicional. É bem possível que, em menos de cinco anos, alguém possa escalar o Monte Roraima e fazer uma transmissão de vídeo ao vivo lá de cima sem depender de antenas terrestres, estima.

A Viasat avalia também o lançamento de uma nova geração de satélites de baixa órbita, com capacidade de prover uma conexão mais rápida em um futuro próximo. Para isso, assinou um memorando de entendimento com a Space 42, empresa de tecnologia espacial com sede nos Emirados Árabes Unidos. Ambas estão desenvolvendo estudos técnicos para embasar o projeto.

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