Qual é programa mais importante do seu computador? A resposta mais provável: o navegador de internet.
É por meio dele que você acessa redes sociais, envia e-mails, lê notícias e talvez até edite documentos e imagens -a vida nas nuvens, conceito levado ao extremo pelo Chrome OS, do Google, um sistema operacional inteiro que se resume a um browser.
Nos últimos dias, os três navegadores de internet mais populares do mundo -o Internet Explorer, da Microsoft, o Firefox, da Mozilla, e o Chrome, do Google -ganharam novas versões.
Em comum, todos eles prometem mais rapidez, além dos novos recursos de praxe, sobre os quais você lê ao lado e abaixo.
Liderada pelo Internet Explorer, a guerra atual dos navegadores é muito mais acirrada do que a de alguns anos atrás, quando a situação era mais bem definida pela palavra massacre -em 2002, o navegador da Microsoft chegou a brutais 96% do mercado, esmagando o finado Netscape Navigator.
Com 56,77% de participação mundial em fevereiro, o Internet Explorer ainda lidera, mas assiste à ameaça crescente do Firefox (21,74%), do Chrome (10,93%), do Safari (6,36%) e do Opera (2,15%), segundo a Net Applications. O Opera Mini, para celulares, chega a 1,12%. Outros navegadores não passam de 0,92%.
Também não seria uma guerra se não houvesse intensa troca de farpas entre as partes envolvidas.
O atirador mais virulento é Asa Dotzler, diretor de desenvolvimento comunitário do Firefox, que tem usado seu blog (weblogs.mozillazine.org/asa) para lançar palavras pouco lisonjeiras à Microsoft, acusando-a, entre outras coisas, de "espalhar m*rda de marketing".
Em fevereiro, seu colega de Mozilla Paul Rouget (bit.ly/rougie9) acusou o IE9 de não ser um navegador moderno. A Microsoft respondeu (bit.ly/respie9).
DESAFIO HACKER
A segurança dos navegadores foi colocada à prova na semana passada, durante o tradicional concurso anual Pwn2Own, em que especialistas são desafiados a assumir o controle de computadores explorando vulnerabilidades dos browsers.
Como prêmio, os vencedores levam quantias em dinheiro e as próprias máquinas que invadiram.
O primeiro navegador a ser violado, em meros cinco segundos, foi o Safari, seguido pelo Internet Explorer 8.
Sobreviveram ilesos às investidas dos hackers o Chrome e o Firefox.