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SAÚDE

EUA: parecida com polio, doença misteriosa paralisa crianças

EUA: parecida com polio, doença misteriosa paralisa crianças

TERRA

25/02/2014 - 00h00
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Uma misteriosa síndrome parecida com a poliomelite - também conhecida como paralisia infantil - afetou ao menos 25 crianças na Califórnia, nos Estados Unidos, deixando-as com membros paralisados e com pequenas chances de recuperação. As informações são do site USA Today.

"O que estamos vendo agora é ruim. No cenário dos melhores casos houve a perda completa dos movimentos de um membro e, nas piores situações, braços e pernas não se mexem mais, além de apresentarem insuficiência respiratória. É como a antiga polio", explica Keith Van Haren, pediatra e neurologista do Hospital Infantil Lucile Packard, na cidade de Palo Alto.

O primeiro caso da doença apareceu em 2012, na cidade de Berkeley. Aos dois anos, Sofia Jarvis começou a sentir chiado no peito e dificuldades de respirar, mas foi diagnosticada com asma. No entanto, a menina apresentou outro sintoma: não conseguia levantar o braço esquerdo.

Ela foi tratada com "um quadro único de sintomas" e recebeu esteróides e imunoglobulina intravenosa como forma de tentar reduzir a infecção e aumentar as taxas das celúlas de defesa para proteger o corpo contra bactérias e vírus. Nada disso teve sucesso. Atualmente, aos quatro anos, Sofia tem o braço esquerdo totalmente paralisado, sente muita fraqueza na perna do mesmo lado, além das dificuldades respiratórias. No entanto, a menina leva uma vida normal e vai começar a frequentar a escola em breve. 

​Apesar de os médicos ainda não terem um diagnóstico do caso de Sofia, nem das outras crianças, afirmam que não é uma questão de pânico: "é algo realmente muito raro", explica o especialista. Segundo ele, os pais devem ficar muito atentos a possíveis fraquezas que os filhos sintam e levá-los imediatamente ao médico, além de avisar ao sistema de saúde pública da Califórnia. O governo ainda não registrou casos fora do estado.

A doença
Os especialistas temem que uma nova doença tenha surgido e tentam levantar dados das crianças, além de estudar a região da Baia de São Francisco, local onde a maioria dos casos surgiu.

Os médicos afirmam que estas crianças não têm poliomelite, mas que os sintomas são muito parecidos com esta doença que aterrorizou o país a partir de 1890. A polio é uma doença altamente contagiosa causada por um vírus que invade o sistema nervoso e, um em cada 200 casos, causa paralisia irreversível, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Uma das características parecidas desta doença ainda não identificada é que as crianças não podem mover os membros, o que faz com que os músculos atrofiem e braços e pernas encolham. "A causa ainda é desconhecida, mas alguns exames de laboratório mostram inflamação na espinha, o que sugere um processo viral", explica Glaser. Os especialistas suspeitam que o responsável por essa inflamação seja um enterovírus, que também inclui o polio, mas ainda outros tipos comuns em bebês e crianças.

Os médicos desconfiam que a doença possa existir há algum tempo, mas que pode estar sendo diagnosticada como poliomelite em vários lugares do mundo, por isso os médicos devem ficar atentos aos sintomas. Além disso, eles alertam que médicos jovens não costumam lidar com paralisia infantil, por isso o diagnóstico fica ainda mais difícil e a doença pode estar sendo mascarada.  

TECNOLOGIA

Apple planeja cobrar por recursos de IA no iPhone apenas em 2027

Desde o ano passado, grande parte das empresas de tecnologia tem voltado seus esforços e investimentos para o ramo da inteligência artificial

12/08/2024 21h00

A Apple anunciou em junho a sua IA, a Apple Intelligence

A Apple anunciou em junho a sua IA, a Apple Intelligence Reprodução

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De acordo com Mark Gurman, especialista em produtos da Apple da Bloomberg, a empresa pretende cobrar pelo uso de mecanismos de sua inteligência artificial somente no ano de 2027 Ao menos, até então, esses recursos poderão ser usados de forma gratuita, afirma.

Já se sabe que alguns modelos de iPhone terão suporte para a Apple Intelligence, plataforma de inteligência artificial da Apple. São eles: o iPhone 15 Pro, o iPhone 15 Pro Max e o iPhone 16, a ser lançado em setembro deste ano.

A Apple anunciou em junho a sua IA. O foco do lançamento foi mostrar para usuários, investidores e rivais que, ao contrário do que se vinha falando até então, a companhia não está para trás na corrida da inteligência artificial.

Com os acréscimos, o dono do aparelho poderá ter acesso a ferramentas como correção de textos, edição avançada de fotos e vídeos, criação de imagens a partir de comandos específicos, reescrita de mensagens para ajuste de tom, entre outras.

Ainda será possível pesquisar por conteúdo em Fotos com comandos descritivos. Por fim, o Image Wand, integrado no aplicativo Notas, transformará rascunhos de desenhos em imagens mais detalhadas e ilustrações precisas.

Também em junho, a Apple revelou um acordo com a OpenAI para integrar o ChatGPT aos seus dispositivos por meio da assistente virtual Siri. Com isso, ela conseguirá captar o contexto das falas do usuário sem necessariamente pedir mais informações. Outra possibilidade será a ativação da Siri via texto, com a digitação de comandos de forma semelhante à do ChatGPT.

Na parceria, a Apple optou pela utilização do modelo de inteligência artificial mais recente da OpenAI, o GPT-4o. A empresa anunciou ainda que disponibilizará parcerias com outras IAs do mercado.

É importante lembrar que, desde o ano passado, grande parte das empresas de tecnologia tem voltado seus esforços e investimentos justamente para o ramo da inteligência artificial. OpenAI e Google são apenas alguns exemplos de companhias que têm trabalhado constantemente para melhorar seus modelos e disponibilizá-los ao público.

Até o anúncio da Apple Intelligence, a empresa de Tim Cook caminhava a passos lentos em direção a essa meta. Agora, porém, a companhia corre atrás do prejuízo e promete uma IA bastante avançada, a qual deve permanecer gratuita até 2027 com o foco em atrair o maior número de usuários possível, fidelizando-os e acostumando-os à sua própria inteligência artificial.
 

TECNOLOGIA

Apagão afetou cerca de 8,5 milhões de máquinas, estima Microsoft

O apagão foi causado por uma falha no antivírus da empresa de cibersegurança CrowdStrike, que presta serviços para a Microsoft

21/07/2024 10h00

Apagão cibernético mundial

Apagão cibernético mundial

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A Microsoft informou neste sábado (20) que cerca de 8,5 milhões de máquinas com sistema operacional Windows foram afetadas pela pane global da última sexta (19), segundo estimativa feita em parceria com a Amazon e o Google. Trata-se de menos de 1% do total dos dispositivos Windows do mundo, de acordo com a big tech.

O apagão foi causado por uma falha no antivírus da empresa de cibersegurança CrowdStrike, que presta serviços para a Microsoft.

Segundo a companhia, a atualização de seu software Falcon Sensor disparou um erro lógico em todos os dispositivos equipados com o Windows 7.11 ou versões superiores. A falha desencadeou simultaneamente a espiral de "tela azul da morte" –sinal de apagão no sistema– que afetou sobretudo os países desenvolvidos.
A Microsoft afirma, em seu blog, que se reuniu com a CrowdStrike e com os outros dois principais provedores de nuvem americanos –Google Cloud Computing (GCP) e Amazon Web Services (AWS)– para desenvolver uma solução escalável para a pane.

Até então, especialistas ouvidos pela Folha afirmam que a restauração para a versão anterior da plataforma Falcon teria de ser feita manualmente, ligando o Windows em modo de segurança e deletando os arquivos responsáveis pelo erro de processamento.

Para acessar o modo de segurança, é preciso ligar e desligar o computador três vezes em sequência, para então poder acessar as opções avançadas e restaurar o sistema. A Microsoft disse que o processo poderia demandar até 15 reinicializações de sistema, de acordo com a imprensa internacional.

Por isso, o restabelecimento total da normalidade dos sistemas de segurança pode levar dias ou até semanas, de acordo com profissionais de tecnologia.

Embora apenas uma pequena fração dos computadores do mundo tenha sido atingida, o apagão generalizado afetou também plataformas de nuvem, que atendem outras milhares de empresas, e outros pontos críticos da infraestrutura global, que têm grande impacto sobre a população.

No Brasil, as vítimas mais notórias da pane foram alguns bancos, como Bradesco, Neon e Next, a companhia aérea Azul, o Hospital das Clínicas de São Paulo e distribuidoras de energia. Todos são exemplos de atividades da chamada infraestrutura crítica.

Trata-se do principal alvo de cibercriminosos, porque crises cibernéticas nessas empresas geram alto impacto para o consumidor. Assim, os sequestradores de dados conseguem altos resgates rapidamente –mesmo que esse pagamento seja desaconselhável, de acordo com a pesquisadora de segurança informática da ESET Martina López.

POR: FOLHAPRESS

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