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SAÚDE

Fila de transplante de medula é longa por falta de leitos, diz sociedade médica

Situação é mais grave para os pacientes que precisam de transplante do tipo alogênico

AGÊNCIA BRASIL

27/08/2015 - 04h00
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Mais de mil pessoas estão na fila para transplante de medula óssea no Brasil devido à falta de leitos. A constatação é da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, que iniciou nesta quarta-feira (26) debate sobre o assunto no XIX Congresso Brasileiro de Transplante de Medula. O evento reúne até sábado especialistas nacionais e internacionais na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná. Segundo médicos, a situação é mais grave para os pacientes que precisam de transplante do tipo alogênico, quando doador e receptor são pessoas diferentes.

A presidenta da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, Lúcia Silla, disse que muitos pacientes esperam atualmente até dois anos para serem transplantados, quando devriam esperar apenas sete meses. “Pacientes com indicação de transplante alogênico levam, em média, de quatro a seis meses, desde o diagnóstico da doença, passando por várias quimioterapias, até o momento do transplante. Então, até sete meses é o ideal”, comentou. “No Brasil, temos pacientes com doador aparentado [parente] que esperam mais de um ano, entre o diagnóstico e a realização do transplante. Entre os pacientes com doador não aparentado, alguns esperam mais de dois anos”, afirmou, lembrando que em países mais desenvolvidos não existem filas para esse tipo de transplante.

Lúcia elogiou o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) - de doadores voluntários - que é o maior do mundo, com 3,4 milhões de registros. Ela ressaltou que pouco adianta ter tantos doadores se não há lugar para o transplante e a equipe especializada.“Houve um crescimento desproporcional do número de doadores, que não foi acompanhado pelo crescimento da capacidade de transplantar", disse.

Também conhecido como transplante de Células Tronco Hematopoieticas, o procedimento é complexo e caro, o que dificulta o acesso. O Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável por mais da metade dos transplantes. O restante é convênio ou privado. No caso dos convênios, o SUS ressarce os centros de transplante.

“O transplante não aparentado pode sair de R$200 mil a R$500 mil, pois tem alto grau de complicação, então a instituição acaba tendo que entrar com recursos próprios. O SUS tem um pacote e se o paciente gastar mais que o pacote é o hospital quem assume”, afirmou a médica. Ela disse reconhecer os benefícios da iniciativa do Ministério da Saúde em intensificar a autorização para novos centros fazerem esse tipo de transplante, e de aumentar em cerca de 60% o ressarcimento por cada procedimento para os hospitais que fazem transplantes de órgãos sólidos. “Isso estimula instituições privadas a aumentar o número de leitos e atrair novos profissionais”, disse. Ela também afirmou que a falta de médicos especialistas é outro problema.

Segundo a especialista, o médico que faz o transplante de medula óssea ganha o mesmo salário se fizer uma ou dez cirurgias no mês. E como o transplante é de alto risco, as jornadas de trabalho são longas, e poucos recém-formados se interessam pela carreira, informou.

O Ministério da Saúde anunciou, no ano passado, a meta de duplicar a capacidade de transplante de medula óssea até 2016, e de passar a regular os leitos dos hospitais transplantadores em âmbito nacional, a partir de janeiro do ano que vem. Além do transplante alogênico, existem os transplantes autólogo, quando as células-tronco são obtidas do próprio paciente – o mais comum e simples – e o singênico, quando as células são de gêmeos idênticos.

O transplante de medula óssea - órgão que produz as células sanguíneas - consiste na substituição da medula doente por células mãe do sangue sadias, de um doador compatível. As leucemias agudas são as principais causas de transplantes alogênicos no Brasil e no mundo. O paciente recebe a medula óssea por meio de uma transfusão em que as células-tronco são colhidas do doador, armazenadas em uma bolsa de transfusão e infundidas no paciente, após ele ter sido submetido a um preparo com quimioterapia associada ou não à radioterapia. O objetivo é substituir a medula óssea doente por células normais de um doador sadio.

No ano passado, segundo dados do ministério, 70 hospitais ofereciam transplante de medula do tipo autólogo, quando o paciente é o próprio doador, e 29 unidades eram credenciadas para transplantes alogênicos, entre pessoas que não são parentes, que é o mais complexo.

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Xiaomi planeja investir cerca de US$ 7 bi em design de chips para disputar mercado chinês

A empresa deve apresentar também seu primeiro veículo utilitário esportivo elétrico, o YU7, e o novo smartphone Xiaomi 15S Pro na quinta-feira (22)

19/05/2025 23h00

Reprodução

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A gigante tecnológica chinesa Xiaomi deve lançar nesta semana um chip móvel de 3 nanômetros e planeja investir cerca de US$ 7 bilhões em design de chips ao longo da próxima década, afirmou seu fundador.

As iniciativas da empresa sediada em Pequim, conhecida principalmente por seus smartphones e eletrodomésticos, acontecem em um momento em que a China intensifica os esforços para alcançar a autossuficiência na indústria de semicondutores, em meio às tensões comerciais com os EUA.

O fundador e CEO Lei Jun revelou o valor do investimento em uma publicação na plataforma chinesa Weibo nesta segunda-feira. Um porta-voz da Xiaomi afirmou que o prazo para o investimento de 50 bilhões de yuans, equivalente a US$ 6,94 bilhões, começa a partir de 2025.

Além do lançamento do chip móvel Xring O1, a empresa deve apresentar também seu primeiro veículo utilitário esportivo elétrico, o YU7, e o novo smartphone Xiaomi 15S Pro na quinta-feira. Jun disse que a companhia já investiu 13,5 bilhões de yuans (US$ 1,87 bilhão) no desenvolvimento do seu chip móvel avançado.

Em outra publicação no Weibo, a mídia estatal CCTV afirmou que o chip de 3 nanômetros da Xiaomi "representa um avanço no design de chips chinês e acompanha o ritmo dos avanços tecnológicos internacionais".

O chip pode dar à Xiaomi uma vantagem competitiva na China sobre a Huawei Technologies, que enfrenta dificuldades para desenvolver chips mais avançados devido às sanções dos EUA.

A fabricante de smartphones reconquistou neste ano a liderança do mercado chinês pela primeira vez em uma década, com remessas domésticas totalizando 13,3 milhões de unidades no primeiro trimestre, alta de 40% em relação ao ano anterior, segundo relatório da empresa de pesquisa Canalys. 

 

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A bateria do seu Samsung ou Motorola está acabando muito rápido? Veja o que fazer

Erro no sistema fez com que a carga das baterias de celulares de marcas como Samsung, Motorola e Google Pixel passasse a acabar com muita rapidez

12/05/2025 23h00

Sede da Google, proprietária do sistema Android

Sede da Google, proprietária do sistema Android Reprodução

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O Google começou a liberar uma atualização do Google Play Services com a promessa de resolver um problema que tem afetado a bateria de diversos smartphones Android. O novo software, identificado como versão 25.18, já está disponível para instalação manual e deve chegar automaticamente a todos os usuários nos próximos dias.

O erro no sistema fez com que a carga das baterias de celulares de marcas como Samsung, Motorola e Google Pixel passasse a acabar com muita rapidez. Em alguns casos, os dispositivos também apresentaram superaquecimento mesmo sem uso intenso, segundo relatos publicados nas redes sociais. Procuradas pela reportagem, Motorola e Google ainda não responderam. Já a Samsung indicou que o tema deveria ser tratado com o Google.

A falha ganhou maior visibilidade na última semana, com centenas de reclamações publicadas por usuários. Muitos dizem ter tentado limpar o cache, desinstalar aplicativos de alto consumo ou reiniciar os aparelhos, mas nenhuma das soluções se mostrou eficaz a longo prazo.

A atualização liberada pelo Google busca corrigir o comportamento do Play Services, uma camada essencial do sistema Android que opera em segundo plano e gerencia funções como localização, notificações e integração com outros serviços do Google. Quando o componente apresenta falhas, pode afetar diretamente o desempenho dos aparelhos.

Ainda não há dados concretos sobre a eficácia do update na redução do consumo de bateria. No entanto, relatos de usuários apontam que a nova versão parece ter estabilizado o sistema em alguns dispositivos.

A falha atingiu usuários mesmo fora do ciclo de testes de software e pareceu afetar principalmente modelos intermediários e de entrada.

Como atualizar?

Para atualizar o Google Play Services manualmente, o usuário pode acessar o aplicativo pela Play Store, buscar pelos detalhes na loja e tocar em Atualizar.

Apesar do lançamento da correção, a recomendação é que os usuários monitorem o consumo de bateria nas próximas semanas. Aplicativos como AccuBattery ou os próprios recursos nativos do Android permitem acompanhar quais serviços consomem mais energia

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