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Meditação pode ajudar a curar doenças, aponta estudo

Meditação pode ajudar a curar doenças, aponta estudo

Terra

25/01/2014 - 00h00
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Pesquisa reforça a tese de que o comportamento do paciente pode alterar a manifestação dos genes e, assim, evitar processos inflamatórios. Esse é o ramo da ciência conhecido como epigenia.

Um estudo feito por pesquisadores na Espanha, França e Estados Unidos mostrou que a meditação pode reduzir a manifestação de genes envolvidos em processos inflamatórios, como o RIPK2 e COX2. O resultado da pesquisa, que será publicada em fevereiro no jornal especializado Psychoneuroendocrinology, aponta a supressão de genes responsáveis por esses fenômenos no grupo que praticava meditação profunda.

Além da descoberta, o estudo proporciona evidências científicas de que é possível alterar a atividade genética e, assim, melhorar o estado de saúde por meio do pensamento e do comportamento.

Durante a pesquisa, foi constatado que, após oito horas de meditação, os indivíduos apresentaram uma redução nos níveis de genes pró-inflamatórios, além de outras alterações no mecanismo de regulação genética. Isso está relacionado com a rápida recuperação física após situações estressantes.

Para Ritwick Sawarkar, do Instituto Max Planck de Imunobiologia e Epigenética, o estudo é "promissor, além de ser uma primeira pesquisa muito interessante que tenta vincular o comportamento ao que ocorre dentro das células".

O especialista acredita ainda que, se a meditação pode ter um efeito imediato sobre inflamações, novos medicamentos poderiam ser desenvolvidos para produzir um efeito similar.

A pesquisa reforçaria a importância da meditação no combate ao estresse. A prática seria ainda importante para a saúde, já que o estresse desliga o crescimento e a manutenção do corpo e do sistema imunológico. O argumento é de Bruce Lipton, considerado um dos criadores da epigenética, ramo da ciência que defende que hábitos de vida e o ambiente social em que uma pessoa está inserida poderiam modular o funcionamento de seus genes.

Mudança no comportamento
Essa pesquisa faz parte de um campo relativamente novo da epigenética, que investiga como o ambiente pode modificar permanentemente atividades genéticas em nível molecular.

A epigenética surgiu como uma área da biologia molecular no início dos anos 1990 e abalou a crença convencional de que o desenvolvimento de um organismo era predeterminado pelos genes. Ao examinar uma camada de moléculas dentro do núcleo celular no genoma, epigeneticistas perceberam como genes podem ser ativados ou desligados, independentemente da mudança na sequência do DNA.

Lipton explica que um cromossomo é composto por metade de DNA e metade de proteína. "Os pesquisadores estavam focados no DNA e esqueceram as proteínas. A epigenética diz que a proteína está fazendo algo", conta.

O biólogo compara o controle epigenético, ou o controle "sobre os genes", a botões de uma velha televisão analógica que ajustam cores e tonalidades. Fatores ambientais externos são capazes de modificar essa imagem, que seriam os genes. "Embora a transmissão não tenha mudado, a leitura dessa transmissão modificou a imagem", completa Lipton.

Sawarkar reforça que as alterações na organização da cromatina podem tornar-se permanentes e hereditárias, sendo transferidas de mãe para filho ou até mesmo entre células. "Eu chamo isso de inato, adquirido e ruído" – ou seja, como a condição de existência é determinada pela herança recebida no nascimento, pelo ambiente onde a pessoa cresce e pelo o que aconteceu no passado e no presente, completa o especialista.

A pesquisa sobre meditação examinou apenas o terceiro passo no processo de sensação, ou seja, o envio de um sinal que gera um produto que resulta em mudanças. Porém, ela não prova se essas mudanças foram permanentes – mas há essa possibilidade, afirma Sawarkar.

Meditação para a cura
A meditação pode ajudar no tratamento de várias doenças, inclusive do câncer, que é acompanhado com frequência de processos inflamatórios. "Nós recomendamos meditação aos nossos pacientes. A atitude do paciente é um fator determinante no processo de cura, uma pesquisa sobre o efeito do placebo reforça esse fato", conta György Irmey, diretor da Associação para a Resistência Biológica contra o Câncer, na Alemanha.

Para Irmey, o estudo sobre meditação contraria muitos campos da medicina baseados no poder de decisão do mapa genético. Pesquisas futuras poderiam, por exemplo, ajudar a explicar o fenômeno da redução espontânea do câncer que, segundo o pesquisador, acontece com mais frequência do que admitido por fontes médicas.

Já Lipton está convencido da cura por meio de pensamento e comportamento. O cientista aponta um estudo de 2008 que revelou que mudanças na alimentação e no estilo de vida reduzem a quantidade de genes que estimulam o desenvolvimento de câncer. "A mente vê algo e traduz em química, que é enviada para as células do corpo e ajusta epigeneticamente."

TECNOLOGIA

Apple planeja cobrar por recursos de IA no iPhone apenas em 2027

Desde o ano passado, grande parte das empresas de tecnologia tem voltado seus esforços e investimentos para o ramo da inteligência artificial

12/08/2024 21h00

A Apple anunciou em junho a sua IA, a Apple Intelligence

A Apple anunciou em junho a sua IA, a Apple Intelligence Reprodução

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De acordo com Mark Gurman, especialista em produtos da Apple da Bloomberg, a empresa pretende cobrar pelo uso de mecanismos de sua inteligência artificial somente no ano de 2027 Ao menos, até então, esses recursos poderão ser usados de forma gratuita, afirma.

Já se sabe que alguns modelos de iPhone terão suporte para a Apple Intelligence, plataforma de inteligência artificial da Apple. São eles: o iPhone 15 Pro, o iPhone 15 Pro Max e o iPhone 16, a ser lançado em setembro deste ano.

A Apple anunciou em junho a sua IA. O foco do lançamento foi mostrar para usuários, investidores e rivais que, ao contrário do que se vinha falando até então, a companhia não está para trás na corrida da inteligência artificial.

Com os acréscimos, o dono do aparelho poderá ter acesso a ferramentas como correção de textos, edição avançada de fotos e vídeos, criação de imagens a partir de comandos específicos, reescrita de mensagens para ajuste de tom, entre outras.

Ainda será possível pesquisar por conteúdo em Fotos com comandos descritivos. Por fim, o Image Wand, integrado no aplicativo Notas, transformará rascunhos de desenhos em imagens mais detalhadas e ilustrações precisas.

Também em junho, a Apple revelou um acordo com a OpenAI para integrar o ChatGPT aos seus dispositivos por meio da assistente virtual Siri. Com isso, ela conseguirá captar o contexto das falas do usuário sem necessariamente pedir mais informações. Outra possibilidade será a ativação da Siri via texto, com a digitação de comandos de forma semelhante à do ChatGPT.

Na parceria, a Apple optou pela utilização do modelo de inteligência artificial mais recente da OpenAI, o GPT-4o. A empresa anunciou ainda que disponibilizará parcerias com outras IAs do mercado.

É importante lembrar que, desde o ano passado, grande parte das empresas de tecnologia tem voltado seus esforços e investimentos justamente para o ramo da inteligência artificial. OpenAI e Google são apenas alguns exemplos de companhias que têm trabalhado constantemente para melhorar seus modelos e disponibilizá-los ao público.

Até o anúncio da Apple Intelligence, a empresa de Tim Cook caminhava a passos lentos em direção a essa meta. Agora, porém, a companhia corre atrás do prejuízo e promete uma IA bastante avançada, a qual deve permanecer gratuita até 2027 com o foco em atrair o maior número de usuários possível, fidelizando-os e acostumando-os à sua própria inteligência artificial.
 

TECNOLOGIA

Apagão afetou cerca de 8,5 milhões de máquinas, estima Microsoft

O apagão foi causado por uma falha no antivírus da empresa de cibersegurança CrowdStrike, que presta serviços para a Microsoft

21/07/2024 10h00

Apagão cibernético mundial

Apagão cibernético mundial

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A Microsoft informou neste sábado (20) que cerca de 8,5 milhões de máquinas com sistema operacional Windows foram afetadas pela pane global da última sexta (19), segundo estimativa feita em parceria com a Amazon e o Google. Trata-se de menos de 1% do total dos dispositivos Windows do mundo, de acordo com a big tech.

O apagão foi causado por uma falha no antivírus da empresa de cibersegurança CrowdStrike, que presta serviços para a Microsoft.

Segundo a companhia, a atualização de seu software Falcon Sensor disparou um erro lógico em todos os dispositivos equipados com o Windows 7.11 ou versões superiores. A falha desencadeou simultaneamente a espiral de "tela azul da morte" –sinal de apagão no sistema– que afetou sobretudo os países desenvolvidos.
A Microsoft afirma, em seu blog, que se reuniu com a CrowdStrike e com os outros dois principais provedores de nuvem americanos –Google Cloud Computing (GCP) e Amazon Web Services (AWS)– para desenvolver uma solução escalável para a pane.

Até então, especialistas ouvidos pela Folha afirmam que a restauração para a versão anterior da plataforma Falcon teria de ser feita manualmente, ligando o Windows em modo de segurança e deletando os arquivos responsáveis pelo erro de processamento.

Para acessar o modo de segurança, é preciso ligar e desligar o computador três vezes em sequência, para então poder acessar as opções avançadas e restaurar o sistema. A Microsoft disse que o processo poderia demandar até 15 reinicializações de sistema, de acordo com a imprensa internacional.

Por isso, o restabelecimento total da normalidade dos sistemas de segurança pode levar dias ou até semanas, de acordo com profissionais de tecnologia.

Embora apenas uma pequena fração dos computadores do mundo tenha sido atingida, o apagão generalizado afetou também plataformas de nuvem, que atendem outras milhares de empresas, e outros pontos críticos da infraestrutura global, que têm grande impacto sobre a população.

No Brasil, as vítimas mais notórias da pane foram alguns bancos, como Bradesco, Neon e Next, a companhia aérea Azul, o Hospital das Clínicas de São Paulo e distribuidoras de energia. Todos são exemplos de atividades da chamada infraestrutura crítica.

Trata-se do principal alvo de cibercriminosos, porque crises cibernéticas nessas empresas geram alto impacto para o consumidor. Assim, os sequestradores de dados conseguem altos resgates rapidamente –mesmo que esse pagamento seja desaconselhável, de acordo com a pesquisadora de segurança informática da ESET Martina López.

POR: FOLHAPRESS

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