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Ministro lançará 5G em Brasília, mas não poderá fazer campanha para o governo

Bolsonaro (PL) não poderá faturar politicamente com o lançamento do serviço no país

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O ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), pressionou ao máximo para que a telefonia 5G chegasse ao país antes das campanhas eleitorais, mas o presidente Jair Bolsonaro (PL) não poderá faturar politicamente com o lançamento do serviço no país, previsto para esta quarta-feira (6), em Brasília.

A legislação eleitoral proíbe que os possíveis candidatos, especialmente integrantes do governo, promovam eventos públicos para fazer autopromoção.

Mesmo assim, o ministro confirmou presença no evento da TIM, previsto para esta terça-feira (5), em Brasília. Faria disse à Folha que não é candidato e que ninguém do governo deve estar presente devido às restrições legais.

"Não podemos dizer que é um serviço lançado pelo governo", disse.

Com alguns percalços, os chips 5G começarão a ser vendidos pelas operadoras na capital federal a partir desta quarta-feira (6).

Para isso, as empresas terão aval do Gaispi (Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferências), nome do grupo comandado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para a implantação do 5G no país.

Em reunião extraordinária, o grupo deve aprovar a liberação para que as operadoras de telefonia comecem a vender chips na quarta-feira. Antes disso, as teles precisam pagar uma taxa, algo previsto para a terça-feira.

A medida foi anunciada nesta segunda pelo conselheiro da Anatel Moisés Moreira, que preside o Gaispi, em um evento do setor promovido pela Teletime em São Paulo.

À reportagem, o conselheiro afirmou que a decisão será tomada porque as empresas cumpriram as condições técnicas e regulatórias exigidas. Elas conseguiram, por exemplo, instalar filtros nas antenas parabólicas profissionais dos satélites e distribuir kits de recepção para os beneficiários do Cadastro Único.

Também houve a limpeza da faixa de 3,5 Ghz (gigahertz), frequência que estava em uso pela radiodifusão e agora será utilizada no 5G.

Frequências são avenidas no ar por onde as teles fazem trafegar seus sinais. Fora delas, ocorrem interferências.

Belo Horizonte e Porto Alegre estão adiantadas no processo e devem ser as próximas capitais a lançar o serviço.

Com a liberação, as operadoras começarão a vender chips 5G em suas lojas. Eles são diferentes daqueles que já vinham sendo vendidos.

Os novos funcionarão em rede própria construídas só para o 5G "puro". Os demais simulavam a velocidade do 5G na rede construída em uso com 4G e 4,5G.

Inicialmente, todas as capitais federais deveriam lançar o 5G até o final de julho deste ano –foi uma exigência do edital do leilão do 5G, ocorrido em novembro do ano passado.

O chamado 5G "puro sangue" terá de ser prestado em uma rede totalmente nova e nas faixas de frequência de 3,5 GHz (gigahertz) –hoje exploradas pela radiodifusão e por satélites.

O prazo para a liberação dessa faixa era, originalmente, 30 de junho, e o do cumprimento das primeiras metas de obrigação pelas operadoras, 31 de julho –justamente a ativação de antenas na proporção de 1 para cada 100 mil habitantes nas 26 capitais e no Distrito Federal.

No entanto, a recente rodada de confinamento na China para tentar conter novos casos de Covid ameaçou o início da operação de 5G no Brasil.

Por decisão da Anatel, a venda de pacotes, prevista para o final de julho em todas as capitais, pode sofrer atrasos de até dois meses, ficando para setembro.

Essa possibilidade de carência já estava prevista no edital do leilão e, segundo o Gaispi, "o lockdown na China, a escassez de semicondutores, as limitações de transporte aéreo e a demora no desembaraço aduaneiro trouxeram impactos ao projeto".

As teles, que terão de construir as novas redes exclusivas para o 5G, afirmam que houve atraso no envio de equipamentos de rede e dos filtros capazes de blindar a nova faixa de frequência de interferências devido ao confinamento.

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WhatsApp

Usuários reclamam de instabilidade no WhatsApp nesta quarta-feira

Nesta tarde, mais de 116 mil usuários registraram queixas sobre o funcionamento da plataforma

03/04/2024 14h32

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Usuários estão indo às redes sociais para reclamar que o WhatsApp, nas versões para celular e desktop, está fora do ar na tarde desta quarta-feira (3).

Usuários reclamam que mensagens enviadas na versão dos aplicativos para celular e web não estão sendo enviadas.

A reportagem de Tilt tentou enviar mensagem para um contato no aplicativo do celular, mas o texto não foi encaminhado. Porém, os textos enviados pela versão Web foram recebidos.

Às 15h18 (horário de Brasília), mais de 116 mil usuários registraram queixas sobre o funcionamento da plataforma, segundo a versão brasileira do site Downdetector, plataforma que monitora instabilidades em serviços online.

Desenvolvimento

Líder do FMI diz que mundo deve investir em transição verde e IA nos próximos 100 anos

O FMI projeta o Produto Interno Bruto (PIB) global 13 vezes maior do que hoje, com padrões de vida nove vezes mais elevados

14/03/2024 18h00

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A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disse nesta quinta-feira, 14, que o mundo deve investir nos próximos 100 anos principalmente em transição verde, inteligência artificial, computação quântica, nanotecnologia e fusão nuclear, para desenvolver uma economia e sociedade mais justas no futuro.

Em discurso na King's College, em Cambridge, sobre a economia que o mundo deve deixar para as crianças, ela também defendeu a necessidade de ouvir "não só vozes oficiais, mas também comunidades e organizações sociais", e de moldar a economia para atingir resultados concretos calcados na cooperação.

Segundo ela, o mundo deve buscar mais representatividade para sua tomada de decisão, incorporando também as vozes de países em desenvolvimento e emergentes.

Georgieva afirma que o FMI projeta dois cenários para a economia global daqui a 100 anos: o mais otimista projeta o Produto Interno Bruto (PIB) global 13 vezes maior do que hoje, com padrões de vida nove vezes mais elevados.

A visão "menos ambiciosa" aposta em um PIB três vezes maior e um padrão de vida duas vezes mais robusto. Porém, ambos os cenários dependem de um mundo que aposte em três principais áreas de investimento: a nova economia climática, a próxima revolução industrial, e investimentos em pessoas.

Caso estes investimentos sejam atingidos, ela prevê grandes avanços climáticos, mas diz ser necessário mobilizar trilhões de dólares para a mitigação, adaptação e transição verde, focando principalmente em países em desenvolvimento, "os que menos poluem e os que mais sofrem com a poluição".

Paralelo a isto, o preço do petróleo e carvão deve ser maior, afirmou Georgieva, para "refletir os custos e impactos que eles deixam para a humanidade".

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