Levantamento na Bacia do Alto Paraguai feito por pesquisadores da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) pretende criar um segundo mapeamento da região para desenvolver políticas de proteção do Pantanal e planejamento de ocupação com atividades agropecuárias. Foram utilizadas imagens capturadas por satélite da Nasa para fazes o estudo.
A organização não-governamental (ONG) WWF faz monitoramento desde 2002 na região, mas os novos levantamentos teriam dados mais precisos.
Representantes do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), da Embrapa Gado de Corte, da Universidade Nacional do Paraguai e também do grupo Cerrado Pantanal da WWF-Brasil vão receber os resultados da pesquisa nesta segunda-feira (19), às 9h, no anfiteatro da UCBD, em Campo Grande.
"Esses dados devem auxiliar no planejamento da ocupação da região e na preservação do ecossistema, que inclui o Pantanal. Queremos difundir esse material para que sirva de insumo para pesquisas na graduação e na pós-graduação e também apresentá-lo ao poder público”, explicou o coordenador do projeto, Fábio Ayres.
Para obter o mapeamento do uso e da cobertura do solo, a equipe trabalhou entre janeiro a maio deste ano do lado brasileiro da Bacia do Alto Paraguai. Essa região representa 62% do complexo e inclui grande parte do Pantanal.
Foi utilizado o sistema de geoprocessamento com imagens registradas pelo satélite Landsat 8, que foram disponibilizadas pela Agência Espacial Americana (Nasa). As fotografias foram capturadas entre julho e agosto de 2016, época de seca.
"O relatório desenvolvido indicou as áreas ocupadas com atividades agropecuárias tanto na planície, quanto no planalto, chamadas de antrópicas, e também as áreas naturais da região. Além disso foi possível identificar a quantidade de água e até mesmo os pontos que foram vítimas de queimadas", informou nota oficial do grupo de pesquisadores.
EQUIPE
A pesquisa foi feita por meio da UCDB em parceria com a WWF-Brasil e ainda convênio com a Fundação Tuiuiú.
O estudo envolveu os professores Ana Paula Silva Teles e Fernando Jorge Correa Magalhães Filho, além de três acadêmicas de Engenharia Sanitária e Ambiental: Mariana Pereira, Milina de Oliveira e Maria Úrsula de Araújo.