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Treino de 3 min por semana é suficiente para melhorar saúde

Treino de 3 min por semana é suficiente para melhorar saúde

terra

15/01/2014 - 01h00
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Se você faz parte do grupo de pessoas que não conseguem cumprir a recomendação de 150 minutos de exercício moderado por semana, saiba que é possível colher os benefícios da atividade física com apenas três minutos de atividade física de alta intensidade no mesmo período. Essa é a proposta High Intensity Training (Treino de Alta Intensidade), apresentada pelo médico Michael Mosley no jornal Daily Mail.

Jamie Timmons, professor de biologia de sistemas na Universidade de Loughborough, na Inglaterra, passou anos pesquisando os benefícios da proposta e garantiu a Mosley que o curto tempo de exercício pode melhorar a capacidade do corpo para lidar com picos de açúcar e do coração e dos pulmões para conseguir oxigênio.

Mosley passou por uma bateria de exames e começou o treino de alta intensidade. Foram três sessões por semana durante um mês, totalizando 12 minutos de atividade puxada. Em uma bicicleta de academia, começava pedalando suavemente por alguns minutos e, então, aumentava a resistência da bicicleta e acelerava por 20 segundos. Pedalava suavemente para recuperar o fôlego e suava a camisa por 20 segundos mais duas vezes. Pronto, acabou. São menos de sete minutos gastos por dia. Depois desse período, fez novos exames e constatou que a sua sensibilidade à insulina melhorou 24%, algo que seria improvável depois de muitas horas de exercícios convencionais.

Estudos indicam que o treino de alta intensidade tem um efeito significativo nos números de calorias que as pessoas consomem. Um levantamento australiano com homens acima do peso entre 20 e 30 anos descobriu que os participantes comeram menos depois do exercício intenso (594 calorias) do que após o moderado (710). Houve redução de calorias também nas 24 horas seguintes, com 2 mil para a sessão pesada contra 2,3 mil da moderada.

Parte da explicação do sucesso é que o treino faz com que os músculos produzam novas e mais eficientes mitocôndrias, pequenas centrais energéticas das células que convertem glicose em energia. Quanto mais mitocôndrias há, mais gordura e açúcar consomem. O estresse causado pela atividade também leva à liberação de grandes quantidades de catecolaminas (hormônios como adrenalina e noradrenalina), que têm como alvo as células de gordura, particularmente aquelas no abdômen.

Se você se questiona se o treino de alta intensidade é seguro, saiba que estudos analisam pacientes que têm uma história de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral. Um homem teve um AVC depois de um treino intenso em uma máquina de remo e é possível que o movimento vigoroso possa ter prejudicado os vasos sanguíneos já enfraquecidos, mas também pode não haver ligação, já que levantamentos mostram que pessoas com vasos sanguíneos enfraquecidos podem desencadear o AVC com algo simples, como espirrar. De qualquer forma, é importante a avaliação de um médico para qualquer tipo de atividade física.                                 

Tecnologia

Meta terá de suspender uso de dados na internet para treinar IA

Multa diária em caso de descumprimento será de R$ 50 mil

02/07/2024 22h00

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A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) decidiu suspender o uso de dados pessoais publicados em plataformas da empresa Meta para o treinamento de sistemas de inteligência artificial (IA). 

Uma medida cautelar foi aprovada pelo conselho decisório da ANPD. O despacho com a decisão foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (2). Foi estipulada multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento. 

Na última quarta-feira (26), entrou em vigor uma nova política de privacidade da Meta, abrangendo plataformas de rede social como Instagram, Facebook e Messenger.

documento autoriza a utilização de conteúdos compartilhados pelos usuários e disponíveis publicamente para o treinamento de IA generativa. 

“Tal tratamento pode impactar número substancial de pessoas, já que, no Brasil, somente o Facebook possui cerca de 102 milhões de usuários ativos”, disse a ANPD em nota.

Para justificar a medida, o órgão destacou a utilização de dados pessoas de crianças e adolescentes para treinar sistemas de IA da Meta, informações que estão sujeitas a proteção especial da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). 

A agência informou que decidiu de ofício - ou seja, por inciativa própria - fiscalizar a aplicação da nova política da Meta, e disse ter constatado “riscos de dano grave e de difícil reparação aos usuários”, diante do que considerou ser indício de violação LGPD. 

“A ANPD avaliou que a empresa não forneceu informações adequadas e necessárias para que os titulares tivessem ciência sobre as possíveis consequências do tratamento de seus dados pessoais para o desenvolvimento de modelos de IA generativa”, diz a nota divulgada pelo órgão. 

A agência mencionou ainda “obstáculos excessivos e não justificados” para que o usuário possa passar a se opor a esse tipo de tratamento de seus dados pessoais.

De acordo com a ANPD, os usuários das plataformas da Meta compartilharam dados pessoais com a expectativa de se relacionar com “amigos, comunidade próxima e empresas de interesse”, sem considerar que as informações pudessem ser usadas no treinamento de IA. 

A ANPD é um órgão criado em 2020, ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, cujo conselho é composto por cinco diretores indicados pelo presidente e aprovados pelo Senado, com mandato de quatro anos. Os critérios são reputação ilibada, nível superior e elevado conceito no campo de especialidade. 

Outro lado 

Em posicionamento enviado por e-mail, a Meta disse estar “desapontada com a decisão da ANPD”. A empresa acrescentou que não é a única a promover treinamento de IA com informações coletadas pelos serviços prestados. “Somos mais transparentes do que muitos participantes nessa indústria que tem usado conteúdos públicos para treinar seus modelos e produtos”, diz o texto enviado. 

“Nossa abordagem cumpre com as leis de privacidade e regulações no Brasil, e continuaremos a trabalhar com a ANPD para endereçar suas dúvidas. Isso é um retrocesso para a inovação e a competividade no desenvolvimento de IA e atrasa a chegada de benefícios da IA para as pessoas no Brasil”, afirmou a empresa. 

Segurança

Google inicia testes de bloqueio automático de tela de celular no Brasil

Androids terão recurso a partir de julho

11/06/2024 14h00

Fachada da Google

Fachada da Google Reprodução

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A partir de julho, os smartphones Android no Brasil terão um novo recurso de segurança: o bloqueio automático de tela quando for detectado um movimento que sugira furto, como alguém agarrando o aparelho e saindo correndo. A inovação foi anunciada no evento Google for Brasil, realizado nesta terça-feira em São Paulo.

Batizada de "bloqueio por detecção de roubo", a tecnologia foi desenvolvida pela subsidiária da Google em Belo Horizonte e apresentada ao vice-presidente para Android, Sameer Samat, pelo líder para Android no Brasil, Bruno Diniz. A solução teve sua primeira menção em um evento global da Google em maio.

"Foi uma dificuldade enfrentada pela nossa equipe, e pensamos que poderia ter impacto para usuários em todo o mundo", afirmou Diniz em uma apresentação fechada à imprensa.

O crescimento de roubos de smartphones, facilitado pelo uso do Pix e outras soluções financeiras modernas, incentivou a criação dessa tecnologia. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, os furtos e roubos de celulares no Brasil aumentaram 16,6% em um ano, totalizando 999,2 mil ocorrências no ano passado. Na cidade de São Paulo, os roubos se concentram na região central.

Como Funciona o Bloqueio Automático

O bloqueio é acionado por um gatilho chamado "grab and run". Utilizando sensores e aplicativos abertos no smartphone, uma inteligência artificial interpreta movimentos de "agarrar e correr", acionando o bloqueio. O usuário precisa ativar a função nas configurações, pois estará desativada por padrão.

Diniz alerta que, inicialmente, o recurso pode gerar bloqueios indesejados, priorizando falsos positivos para garantir maior segurança. O desbloqueio é feito com reconhecimento biométrico ou senha, e o usuário será notificado sobre o motivo do bloqueio.

Outro recurso será o bloqueio automático baseado no tempo em que o smartphone ficar desconectado da internet. O Android identificará comportamentos como a remoção do chip ou a perda prolongada de conectividade, comuns em casos de furto. O tempo necessário para o bloqueio ainda está sendo calibrado.

O Google também disponibilizará uma opção de bloqueio remoto simplificado, acessível via a página "encontre meu dispositivo" ou por telefone. Esse bloqueio rápido não requer acesso à conta Google, permitindo aos usuários vedarem o acesso ao dispositivo rapidamente após um furto.

A funcionalidade "Onde está meu celular", que permite localizar, bloquear e apagar dados do dispositivo à distância, receberá uma atualização para exigir desbloqueio biométrico antes de ser desativada. Essa camada adicional de segurança dificulta que criminosos restaurem o aparelho para as configurações de fábrica.

Expansão do Sistema Antifraude

Em julho, o Google expandirá um programa-piloto de proteção contra fraudes em celulares Android, anteriormente testado em Singapura e Indonésia. O novo antivírus Google Play Protect bloqueará a instalação de aplicativos baixados fora da Play Store ou que solicitem permissões sensíveis, prevenindo golpes como o da mão fantasma.

Usuários interessados podem se inscrever para receber notificações automáticas sobre a atualização. Todos os aparelhos com Android 10 ou versões posteriores serão compatíveis com as novas funções de segurança.

*Com informações de Folhapress

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