O Conselho de Administração da Transportes Aéreos Portugueses (TAP) rejeitou condições impostas pelo governo português para empréstimo 1,2 bilhão de euros (cerca de R$ 7,2 bilhões) à companhia aérea. A decisão desagradou o governo, que ameaça estatizar a TAP.
A empresa controladora da TAP, Atlantic Gateway, é liderada pelo brasileiro David Neeleman. O ministro da Infraestrutura, Pedro Santos, afirmou que o governo não vai ceder e classificou a postura da companhia como inaceitável.
De acordo com o jornal português Expresso, o motivo do desacordo é uma cláusula que permite aos investidores privados recuperarem o dinheiro que emprestaram à TAP através de prestações acessórias no caso do governo reforçar sua participação acionária na empresa.
O governo exigiu que essa cláusula fosse retirada, mas Neeleman não aceitou. Houve uma tentativa de negociar uma redução desse valor, mas a diferença de posições teria inviabilizado o acordo.
O ministro da infraestrutura do país afirmou que vai trabalhar para que o governo português retome o controle da TAP e para a saída de Neeleman. As informações são de que o processo de estatização já está sendo preparado para apresentação na Presidência do Conselho de Ministros.
“Espero que se encontre uma saída acordada que garanta paz à TAP e evite litígios futuros. Estamos preparados para tudo, não vamos ceder nas nossas condições e estamos preparados para intervencionar e salvar empresa”, disse Pedro Santos ao Expresso.
*Com informações do Melhores Destinos