Já rodamos mais de 1.000 km com o recém-lançado Ford Bronco Sport. Antes de contar as aventuras a bordo do novo SUV da Ford, vale resgatar um pouco da história, até porque, no Brasil, Bronco foi um famoso personagem da tevê brasileira.
O primeiro Ford Bronco surgiu em 1966 e sua produção foi até 1996. Ao longo desses 30 anos, conquistou muitos fãs pelo mundo, mas no Brasil era desconhecido até ganhar a sua nova geração e começar a ser vendido oficialmente no País. Lá fora, ele possui duas versões, o Bronco mais parrudo e o mais urbano, chamado de Bronco Sport, que é a versão comercializada por aqui e tem preço sugerido de
R$ 256.900.
Nosso primeiro contato com o Bronco foi na concessionária, durante apresentação estática. Depois de alguns dias, fomos até o campo de provas da Ford para testar da melhor maneira o novo modelo. Em Tatuí (SP), fizemos testes em pista fechada, na qual atingimos a velocidade máxima do modelo, que é limitada em 178 km/h.
Já no teste fora da estrada, pudemos avaliar alguns dos seus sete modos de condução. No modo normal, que é o mais comum, ele é muito inteligente e eficaz, mas, mesmo assim, ainda testamos o veículo em solo de areia, barro, pedras e em morros. Enfim, teste completão antes de encararmos o dia a dia.
No dia do seu lançamento, estávamos com um Bronco Sport WildTrak, branco, pronto para avaliação, e, como o nome da versão – “Trilha Selvagem” – já diz, fomos em busca de aventuras. Para começar, cerca de 300 km rodados na cidade e depois mais 800 km de estrada, sendo 100 km de terra. Mas afinal, o Bronco vale a pena?
Pois é, a Ford está se reinventando, de montadora para importadora de veículos, e assim elevando o patamar dos seus carros para luxuosos.
Quem são os concorrentes? O Bronco Sport tem como principal rival o Land Rover Discovery Sport e, em seguida, BMW X1, Audi Q3, Mercedes GLA, entre outros gringos por aí.
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O motor é um 2.0 Ecoboost, que rende até 240cv, com 38 kgfm de torque, tração nas quatro rodas por demanda e um câmbio de oito velocidades. Além da tração inteligente, possui sete modos de condução: normal, eco, sport, escorregadio, lama, areia e rocha.
Claro, além da sopa de letrinhas dos itens que já são obrigatórios, tem nove airbags, piloto automático adaptativo com Stop & Go, alerta de colisão com frenagem automática, detecção de pedestres, assistente de faixa, assistente de manobras evasivas, sistema de gerenciamento de carga no porta-malas, entre outros itens de comodidade, como luz alta automática, faróis full LED na dianteira e assim por diante.
Depois de olhar diversas vezes para o carro e andar mais de 1.000 km, com certeza o Bronco Sport vale a experiência, pois conforto, harmonia e beleza ele tem de sobra. A dirigibilidade impressiona, pois o SUV tem o peso bem distribuído e o desempenho do motor é eficiente.
Na pista, ele se comportou como um carro de corrida, na cidade, como um compacto urbano de primeira, e na estrada, foi silencioso e ágil, com respostas rápidas e eficazes.
O lendário modelo se superou em todos os aspectos. Além do estilo aventureiro, com itens exclusivos, como duas tomadas 110v, quatro entradas USB e tomadas 12v espalhadas pelo carro, o teto solar dá um charme a parte, junto com o belo painel, que mistura tradição com tecnologia.
A tela TFT com mostradores analógicos, e ainda o Sync 3 de última geração, com sistema de áudio Bang & Olufsen, garantem o melhor som para o SUV.
O consumo na cidade ficou na casa dos 8 km/l, já na estrada chegou a fazer 12 km/l com gasolina. Vale dizer que o modelo não é flex, não possuindo opcionais. Só vem nessa versão, que é considerada a topo de linha.
Apesar de ter belas sacadas, como assoalho emborrachado, abertura apenas do vidro do porta-malas, carregador por indução, saída de ar para quem vai atrás, e atravessar até 60 centímetros de áreas alagadas, pode acreditar, ainda há o que melhorar.
O banco elétrico é somente para o motorista, a lanterna traseira poderia ser full LED, o espelhamento de celular poderia ser sem cabo e o retrovisor ter borda infinita, com opção de interior escurecido.
O Bronco tem câmera na dianteira e na traseira, com esguicho de água para lavar, um tampão que vira mesa, além do abridor de garrafas no porta-malas, com iluminação na tampa de abertura. Sem dúvida, vale o teste.
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