Veículos

CARMAIS

A+ A-

Confira as dicas e novidades semanais sobre automóveis no Brasil e no mundo

O sucesso da pré-venda do Bronco nos Estados Unidos e a escolha do nome do elétrico da Hyundai

Continue lendo...

Procura de peso

A pré-venda da nova família Bronco nos Estados Unidos teve uma receptividade sem precedentes na história da Ford: 165 mil clientes fizeram o depósito de US$ 100 (R$ 546) nas três primeiras semanas para reservar o SUV. 

Mais de 13 milhões de pessoas sintonizaram na televisão ou buscaram as redes sociais para conhecer os novos modelos. O Bronco virá para o Brasil no próximo ano. Poucas horas depois da revelação da nova linha 4x4, no dia 13 de julho, a hashtag #FordBronco dominou as plataformas das mídias sociais e foi o assunto mais comentado do Twitter nos Estados Unidos. Tornou-se também o principal tema de pesquisa do Google, atraindo 5,4 milhões de visitantes ao site da Ford nas primeiras quarenta e oito horas em busca de informações e reservas. 

No total, o site já soma até agora 19,5 milhões de visitantes. No dia seguinte ao lançamento, todas as duas mil unidades da série especial Bronco Sport First Edition estavam esgotadas. O mesmo ocorreu com os modelos Bronco First Edition de duas e quatro portas, que tiveram a produção duplicada para 7 mil unidades para atender aos interessados. 

Crescimento em plena pandemia

Conhecido como o veículo que mais bem materializa o espírito Jeep, o Wrangler oferece capacidade off-road de destaque. O modelo é o verdadeiro ícone da marca: sua história começa com o pioneiro Jeep Willys MB de 1941. Premiado em todo o mundo, o Wrangler tem motorizações avançadas e eficientes, liberdade, comportamento dinâmico superior no asfalto e uma série de recursos inovadores de segurança e tecnologia. 

Com todos esses atributos, o modelo pode se orgulhar agora também por ter conseguido que suas vendas no Brasil aumentassem em 58% em pleno 2020 com a pandemia do coronavírus (foram cento e três unidades de janeiro a julho de 2019 e cento e sessenta e três no mesmo período deste ano). “São números de proporções bem diferentes de outros modelos da Jeep, como o Compass ou o Renegade, mas é muito válido destacar esse relevante crescimento. 

O Wrangler faz parte de um nicho específico de veículos, com clientes aventureiros, apaixonados e fiéis. Nosso objetivo com ele não é mesmo ter grandes volumes. Ele representa o espírito e a autenticidade que os clientes da Jeep almejam”, afirma Alexandre Aquino, gerente-sênior do Brand Jeep para a América Latina. 

Produzido na fábrica original da Jeep, em Toledo, Ohio, Estados Unidos, o Wrangler está disponível nas versões Sahara 4x4 2.0 AT8 Turbo (duas portas), Sahara Unlimited Overland 4x4 2.0 AT8 Turbo (quatro portas) e Rubicon 4x4 2.0 AT8 Turbo (quatro portas). O motor é um 2.0 turbo de 272 cavalos e 40,8 kgfm de torque, com câmbio automático de 8 marchas. 

Um nome para os elétricos

A Hyundai escolheu o nome Ioniq para identificar sua oferta de futuros modelos elétricos. A meta da marca sul-coreana não é nada modesta: liderar esse segmento a nível mundial. Já está confirmado, para os próximos quatro anos, o lançamento de três novas propostas destinadas a integrar essa família: Ioniq 5, Ioniq 6 e Ioniq 7 – todas com base na plataforma modular E-GMP, desenvolvida especialmente para modelos de propulsão elétrica. 

Segundo a Hyundai, os veículos serão caracterizados por combinarem os atuais trunfos da marca no domínio dos automóveis “verdes”, como a carga ultra rápida, o amplo espaço interno e a elevada potência das baterias, com inovações de vulto em termos de design, tecnologia e serviços. 

O Ioniq 5 chegará no início de 2021 e será um SUV de médio porte baseado no protótipo 45 EV apresentado no Salão de Frankfurt de 2019. O Ioniq 6 tem desembarque previsto para 2022 e será um sedã esportivo inspirado no mais recente protótipo da fabricante, o Prophecy EV, revelado em março deste ano. O Ioniq 7 será um SUV de grandes dimensões com lançamento para 2024. 

Licença para tietar

É longa a ligação entre a Aston Martin e os filmes do espião mais famoso do mundo. Para o vigésimo quinto filme da saga de James Boond, “Sem Hora para Morrer”, serão produzidos quatro modelos especialmente para o 007: o emblemático DB5, o clássico V8, o esportivo DBS Superleggera e o futurista hiperesportivo de motor central Valhalla, que terá uma edição especial limitada a quinhentas unidades em 2021. 

A coleção de modelos feitos para o agente britânico do cinema tem exemplares preciosos para colecionadores, como o Vantage 007 Edition, inspirado no Aston Martin V8 original, utilizado no filme “Marcado para a Morte”, de 1987, e o DBS Superleggera de “Contra Spectre”, de 2015. Toda a ligação da Aston Martin com James Bond se iniciou com o DB5 em “Goldfinger”, de 1963, estrelado pelo mais célebre agente, o ator escocês Sean Connery. 

Na ação, os produtores optaram por usar o DB5 mais recente da época, lançado apenas três meses antes das filmagens. A equipe de efeitos especiais adicionou uma grande variedade de parafernália para o carro, incluindo um assento ejetor, metralhadoras e uma cortina de fumaça. O DB5 se tornou o automóvel mais vendido daquele ano, e os produtores o usaram no filme seguinte, “Thunderball”. O icônico modelo voltou a aparecer nos longas mais novos “O Amanhã Nunca Morre”, “Casino Royale” e “Skyfall”. 

Potência e proteção

A BMW expande sua gama de veículos eletrificados no Brasil ao confirmar a chegada ao país de dois novos integrantes da família de SAVs (Sport Activity Vehicle) X3, nas versões plug-in híbridas xDrive30e e X Line, os SUVs híbridos de tração integral mais eficientes do mercado. Ambos são produzidos na fábrica de Spartanburg, na Carolina do Sul, Estados Unidos, e desembarcarão no Brasil em setembro, com preços de R$ 342.950 (xDrive 30e) e de R$ 367.950 (X Line). 

Os modelos já estão disponíveis para pré-venda em toda a rede de concessionárias e nos canais da BMW no Instagram e no Facebook. “Prazer de dirigir, tecnologias exclusivas e o SUV híbrido de tração integral mais eficiente do mercado nacional chegam para reforçar o poder de escolha aos clientes no Brasil. Os modelos complementam a mais tecnológica e atualizada gama de veículos premium do mercado brasileiro”, comemora Roberto Carvalho, diretor Comercial da BMW do Brasil. 

Conforme a marca alemã, os novos SAVs são referência no quesito performance, fruto de um motor a combustão 2.0L de quatro cilindros com 292 cavalos de potência combinada e torque de 43 kgfm. A lista de componentes traz auxiliares como controle de estabilidade e tração e um kit de freios a disco ventilados com ABS. A X Line é calçada com rodas de liga leve Y-Spoke de 20 polegadas e pneus 245x45 na frente e 275x40 atrás. Já a xDrive30e utiliza modelos V-spoke de 19 polegadas envoltas por pneus BMW Star com tecnologia Run-Flat, que permite rodar mesmo sem pressão.

Clássico é eterno

A Jaguar Classic, divisão de modelos históricos da marca, reconstruirá seis modelos E-Type para celebrar os sessenta anos do esportivo. A coleção terá o nome de E-Type 60 e a restauração dos carros se iniciará no próximo ano. Cada modelo da edição especial prestará homenagem a dois dos E-Type mais famosos, o 9600 HP e o 77 RW, protagonistas da apresentação mundial do esportivo no Salão de Genebra de 1961. 

O E-Type evocava a revolução que se respirava nos anos 60 e foi o veículo de escolha de celebridades como Steve McQueen, Brigitte Bardot, Frank Sinatra, George Harrison, Tony Curtis e Britt Ekland. O encanto das suas formas esculturais, a sua funcionalidade e o seu impacto no design tornaram o E-Type o terceiro veículo a integrar a coleção do Museu de Arte Moderna (MoMa) em 1996. “O Jaguar E-Type é um verdadeiro patrimônio, pois é tão extraordinário atualmente como o foi na sua apresentação em 1961. Graças ao avançado nível de design e engenharia do E-Type, sentimos a mesma paixão ao admirá-lo quase sessenta anos depois”, disse, honrado, Dan Pink, diretor da Jaguar Classic.

Paladino do tempo

A modernidade acabou sendo responsável por terminar com uma das maiores “pragas” dos proprietários de automóveis: o roubo de rádio. Antes dos aparelhos projetados especificamente para cada modelo ou das multimídias, os carros tinha dispositivo de áudio literalmente destacáveis localizado no painel central do veículo. Especialmente nos anos 80 e 90, poucos foram os motoristas que não tiveram seu “som” roubado. 

Os pilantras pegavam o aparelho e revendiam por uma “ninharia” para lojas de autopeças muito suspeitas ou para quem “encomendava” para substituir seu rádio furtado. A coisa começou a mudar primeiro com os aparelhos que só funcionavam no próprio carro de origem. Eles inclusive compunham o design do painel central. Depois, vieram as, por enquanto definitivas, multimídias, desenvolvidas pelas fabricantes ou parceiras para seus modelos ou por empresas próprias do ramo para o consumidor substituir seu velho “som”. 

Como todos os sistemas de multimídia são codificados, não adianta o “amigo do alheio” roubar o aparelho por que não terá para quem vendê-lo.

Nova versão híbrida

Toyota RAV4 2024 é um híbrido plug-in e desembarca no Brasil com preço de R$ 399.990

O utilitário esportivo tem autonomia de 55 quilômetros no modo 100% elétrico

17/04/2024 08h28

Toyota RAV4 Plug-in Hybrid Divulgação

Continue Lendo...

A Toyota do Brasil acaba de anunciar a chegada do RAV4 Plug-in Hybrid.

O utilitário esportivo lançado em 1994, que chegou ao mercado brasileiro em 2013 na sua quarta geração, desembarca agora na sua versão híbrida recarregável na tomada. Importado do Japão, o modelo tem preço que parte de R$ 399.990 e cinco opções de cores: Branco Lunar, Prata Metálico, Cinza e Azul Topázio e Vermelho Emoção.

Independentemente da cor escolhida, o teto é sempre em preto. Seu conjunto Hybrid Dynamic Force une um motor a combustão de 2,5 litros com 185 cavalos de potência e 22,3 kgfm de torque a dois elétricos, o dianteiro de 182 cavalos e 27,4 kgfm e o traseiro de 54 cavalos e 12,1 kgfm.

Entrega uma potência combinada de 306 cavalos, aliando a transmissão do tipo CVT ao propulsor a combustão interna, que leva o SUV de zero a 100 km/h em seis segundos, com autonomia de 55 quilômetros no modo totalmente elétrico.

O modelo alcança ainda uma média de 35 km/l em ambientes urbanos e 30 km/l em estradas. Durante este mês, a marca japonesa comunicará quais as concessionárias da rede no país receberão o novo RAV4.

Toyota RAV4 Plug-in Hybrid - Divulgação

O RAV4 tem quatro modos de operação para seu sistema híbrido plug-in: “Normal”, “Eco”, “EV” (elétrico) e “Sport”.

O SUV vem equipado com um carregador portátil convencional de 2,3 kW e um Wallbox de 7,4 kW, que permite a recarga das baterias em duas horas e meia.

De acordo com a marca oriental, a facilidade de carregamento é uma característica dos veículos híbridos plug-in da Toyota.

O bocal para introdução do plug está localizado no para-lama traseiro direito, sendo acessível por meio de uma tampa que trava e abre automaticamente conforme a abertura ou o trancamento do veículo.

O compartimento tem proteção térmica e uma luz indicadora para mostrar como está o processo de carregamento e quando ele é concluído.

A Toyota equipou o SUV com uma série de novos recursos de ajuda à condução e de segurança, como a assistência de permanência de faixa e alerta de oscilação, projetada para monitorar as marcações da estrada e ajustar automaticamente a direção para ajudar a não sair da faixa, fornecendo suporte de direção adicional e alertas sonoros.

O sistema traz câmera de reconhecimento frontal, radar e sensor de monitoramento de ponto cego, auxiliando o condutor em diferentes situações. Traz ainda assistência de farol alto automático e aviso de saída de faixa com opção de som ou vibração do volante.

“O RAV4 Plug-in Hybrid reforça a oferta de produtos eletrificados da Toyota no Brasil. A nova versão é mais uma alternativa para impulsionar a descarbonização por meio de novas tecnologias de eletrificação alinhadas ao contexto local e às necessidades dos clientes”, destaca Evandro Maggio, presidente da Toyota do Brasil.

Toyota RAV4 Plug-in Hybrid - DivulgaçãoToyota RAV4 Plug-in Hybrid - Divulgação

O Toyota Safety Sense segue presente no SUV, com o sistema de pré-colisão frontal com detecção de pedestres e ciclistas e frenagem automática de emergência.

O controle de cruzeiro adaptativo (ACC) teve mudanças e pode ser ajustado em todas as velocidades, com reconhecimento de placas de trânsito e redução de velocidade em curvas.

A lista de segurança inclui sete airbags - dois frontais, dois laterais, dois de cortina e um de joelhos do motorista -, controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, freios ABS com EBD, assistência à frenagem de emergência, luzes de freio de emergência e dois pontos de ancoragem Isofix para cadeirinhas de criança.

Dentro, o SUV produzido em Takaoka e Nagakusa, no Japão, apresenta novidades em relação à versão SX Connect Hybrid, como tela de multimídia de 10,5 polegadas de alta resolução com conexão para smartphones e tablets, por meio de espelhamento com Android Auto ou Apple CarPlay, e visualização da câmera traseira com linhas-guia dinâmica.

O computador de bordo tem tela de TFT colorida de 12,3 polegadas, enquanto o Head-up display mostra informações de velocidade e conta com reconhecimento de placas de trânsito.

O RAV4 Plug-in Hybrid dispõe de ar-condicionado digital de duas zonas e acionamento remoto, abertura e fechamento da tampa do porta-malas também pela chave do veículo e retrovisores externos autorretrateis com ajustes elétricos, indicador de direção e sistema de aquecimento (desembaçador).

Toyota RAV4 Plug-in Hybrid - DivulgaçãoToyota RAV4 Plug-in Hybrid - Divulgação

Com mais de 20 milhões de veículos comercializados, a Toyota lidera globalmente no segmento de eletrificados.

A marca japonesa celebra agora os 11 anos da introdução do primeiro híbrido no mercado nacional, o Prius, lançado em 2013, que ajudou na popularização de uma tecnologia até então desconhecida no país.

A montadora inovou também em 2019 ao lançar o sistema híbrido flex, com o Corolla sedã, e que equipa ainda o SUV Corolla Cross desde 2021.

Até 2026, a Toyota investirá R$ 5 bilhões na produção de um novo veículo compacto híbrido flex, com lançamento previsto para o próximo ano, além de outro modelo com a mesma tecnologia destinado especialmente para o Brasil.

Toyota RAV4 Plug-in Hybrid - DivulgaçãoToyota RAV4 Plug-in Hybrid - Divulgação

TEST DRIVE

Versão Savana é a mais radical da picape média Mitsubishi L200 Triton

A L200 Triton Savana tem preço sugerido de R$ 299.990 e é produzida em Catalão (GO)

15/04/2024 14h41

Teste da picape Mitsubishi L200 Triton Savana Luiza Kreitlon/AutoMotrix

Continue Lendo...

Desde sua primeira geração, apresentada no Japão há mais de 40 anos, a proposta da picape Mitsubishi L200 é reunir o conforto e a dirigibilidade de um utilitário esportivo de luxo com uma ampla capacidade para o off-road. Tal capacidade para enfrentar de forma destemida as trilhas, os lamaçais e os buracos é particularmente explícita na versão Savana. Criada em 2004 para o mercado brasileiro, é caracterizada por incorporar como itens de série modificações comuns entre os proprietários da L200 que faziam uso pesado, como pneus fora-de-estrada e snorkel. Apresentada há um ano, a atual L200 Triton Savana tem preço sugerido de R$ 299.990 e é produzida em Catalão (GO), na fábrica da HPE Automotores do Brasil, representante oficial da marca Mitsubishi Motors no país. A versão é oferecida em quatro opções de cores: Amarelo Rally (a do modelo testado), Verde Forest, Bege Jizan e Branco Fuji. A picape conta com cinco anos de garantia de fábrica.

A base da Savana é a L200 Triton Sport HPE, de R$ 269.990. Os generosos cromados do modelo original dão lugar a plástico preto sem pintura na grade, capa dos retrovisores e em outros detalhes. Sob o para-choque está uma placa de deslizamento, também em preto, que protege a mecânica e ajuda a transpor obstáculos. Os faróis são em leds e auxiliados pelas luzes de neblina. O snorkel vem de série e amplia a capacidade de transpor trechos alagados de até 70 centímetros. No teto da cabine está um bagageiro com capacidade para até 50 quilos e que abriga pranchas de desencalhe – que funcionam como uma versão “profissional” do macete clássico dos donos de Fusca, que colocavam os próprios tapetes do carro sob os pneus para escapar dos atoleiros. Na caçamba da Mitsubishi L200 Triton Savana 2024, que conta com acabamento anti-riscos, há uma caixa com chave na lateral. As rodas de liga leve de 18 polegadas com pneus 265/60 de uso urbano da L200 Triton Sport HPE são substituídas por rodas de aço estampado de 17 polegadas, mais resistentes a impactos. Os pneus são o Goodyear Duratrack 265/70R17, específicos para uso mais pesado no fora-de-estrada. Os para-lamas recebem alargadores em plástico para proteger a carroceria de riscos. Sob as portas, onde costumam ficar os estribos, estão os “rocksliders”, barras que protegem a parte inferior das laterais da carroceria.

Teste da picape Mitsubishi L200 Triton Savana - Foto: Luiza Kreitlon/AutoMotrix Teste da picape Mitsubishi L200 Triton Savana - Foto: Luiza Kreitlon/AutoMotrix 

O motor da L200 Triton Savana é o mesmo que equipa todas as versões da picape média. É um 2.4 turbodiesel de quatro cilindros com estrutura leve em alumínio que traz a tecnologia de válvulas variáveis MIVEC e turbina de geometria variável. Desenvolve 190 cavalos de potência e 43,9 kgfm de torque. A transmissão automática de 6 marchas tem opção para trocas sequenciais por meio de particularmente avantajados “paddles shifters” localizados atrás do volante. O sistema Super Select 4WD-II (SS4-II) oferece ao motorista quatro modos de operação: “2H” – usado para estradas e vias públicas, privilegia a economia de combustível com desempenho suave –, “4H” – para estradas e pisos irregulares, inclusive asfalto, serra e em condição de chuva, com o sistema distribuindo automaticamente a tração entre os dois eixos, por meio do diferencial central –, “4HLc” – para terreno acidentado com superfícies de baixa aderência como terra e cascalho – e “4LLc” – para subidas ou descidas íngremes, rochas, areia e lama. A L200 Triton Savana conta ainda com o “Off-Road Mode”, preparando a picape para ficar mais resistente para terrenos mais severos, e o controle de descida em rampas. Para situações em que uma ou mais rodas estão sem contato com o chão, a picape conta com o sistema ativo de controle de tração. O bloqueio do diferencial permite que as rodas de trás recebam tração de forma idêntica, sendo útil em atolamentos.

Teste da picape Mitsubishi L200 Triton SavanaTeste da picape Mitsubishi L200 Triton Savana - Foto: Luiza Kreitlon/AutoMotrix

Experiência a bordo

A Mitsubishi L200 Triton Savana não tem um visual interno dos mais contemporâneos –, questão que talvez nem incomode o consumidor típico da versão. Mas isso deve ser resolvido com a esperada atualização da nova geração, já confirmada para o Brasil. Os instrumentos têm aspecto conservador. Uma grande alavanca de freio de mão no console ocupa um espaço bem maior que os botões dos freios de estacionamento eletrônicos das picapes mais recentes. A central multimídia JBL traz tela sensível ao toque de 7 polegadas – pequena para os padrões das atuais concorrentes –, integrada aos smartphones por meio das tecnologias Apple CarPlay e Android Auto, com GPS embarcado. A chave é simples, do tipo com com a parte metálica exposta, algo inesperado em um modelo da faixa dos R$ 300 mil.

Embora conte com alças frontais, a picape é alta e faz falta um estribo para facilitar o acesso – os “rocksliders” não cumprem a mesma função. Para aumentar a percepção de requinte, há detalhes em preto brilhante no painel e um inclinômetro gráfico longitudinal e lateral, assim como indicador de esterçamento das rodas dianteiras – equipamento bastante útil no “off-road”. Os bancos são em um revestimento de aspecto elegante, que imita couro, sendo o do motorista com regulagens elétricas. Os espaços na traseira são amplos e confortáveis. A picape traz ar-condicionado de duas zonas, que se completa com eficientes saídas de ar colocadas no teto, permitindo a refrigeração de toda a cabine de forma mais rápida. Os passageiros do banco traseiro podem ajustar a intensidade da ventilação em até quatro níveis. E o carpete do interior dá lugar a um material emborrachado, que facilita a limpeza.

Teste da picape Mitsubishi L200 Triton SavanaTeste da picape Mitsubishi L200 Triton Savana - Foto: Luiza Kreitlon/AutoMotrix

Impressões ao dirigir

A Savana é um off-road à moda antiga – do tipo que agrada saudosistas de veículos lameiros radicais, como o extinto Toyota Bandeirante e os Land Rover Defender do século passado. Nas trilhas, o conjunto da picape da Mitsubishi esbanja consistência e robustez. Não há mudanças mecânicas em relação às outras configurações da L200 e a Savana mantém o 2.4 turbodiesel, com construção em alumínio e variador de tempo de válvulas na admissão e no escape. O motor entrega 190 cavalos em 3.500 rpm e robustos 43,9 kgfm em 2.500 rpm – força suficiente para performances convincentes, tanto na estrada quanto fora dela. Tem boa elasticidade e se entende bem com o câmbio automático de 6 marchas, com opções para trocas sequenciais nos “paddles shifters”. As trocas são suaves e a oferta de torque é farta. Na estrada, não falta disposição para levar as mais de duas toneladas da picape até velocidades elevadas ou para fazer ultrapassagens seguras. Segundo a etiquetagem do Inmetro, o consumo da L200 Triton Sport Savana é de 9,3 km/l no uso urbano e de 10,3 km/l no rodoviário.

Se não há diferença mecânica da Savana em relação às outras L200, há características acústicas distintas. O som reverberado pelo snorkel na coluna frontal direita se faz notar na cabine. Os pneus lameiros impõem um rodar mais rumoroso e o rack no teto também emite sua sonorização adicional. A direção tem assistência hidráulica e é um tanto pesada nas manobras, também por conta dos pneus. O feixe de molas na traseira e o curso da suspensão dianteira não favorecem tanto conforto no uso urbano e nem um comportamento dinâmico mais arisco nas curvas em velocidades mais elevadas. Contudo, entregam uma reconfortante confiabilidade a quem enfrenta obstáculos como valões, atoleiros, pirambeiras e dunas de areia. O ambiente no qual a L200 Triton Savana se sente mais à vontade é nas trilhas – é o veículo mais robusto que a Mitsubishi Motors já produziu no Brasil. A sensação tranquilizadora no “off-road” é reforçada pelo sistema de tração 4x4, que conta com modos 4x2, 4x4 automático, 4x4 50/50 e 4x4 com reduzida, além do seletor de fora-de-estrada e o bloqueio do diferencial traseiro. A reduzida ajuda a passar por obstáculos mais complicados e os pneus reforçam expressivamente a valentia da Savana. O Off-Road Mode deixa a picape mais preparada para encarar os mais variados tipos de terreno, com quatro modos: “Cascalho”, “Lama/Neve”, “Areia” e “Pedra”. Os atributos para as trilhas são respeitáveis: ângulo de entrada de 33 graus, ângulo de saída de 24 graus e altura livre em relação ao solo de 23,3 centímetros.

As assistências semi-autônomas ativas – controle de tração e de estabilidade, assistente de frenagem de emergência, sistemas de frenagem autônoma, de monitoramento de pontos cegos e de prevenção de aceleração involuntária e controle ativo de tração estabilidade – andam valorizadas nas picapes médias mais recentes. Na linha L200 Triton, estão disponíveis apenas na versão Sport HPE-S, que custa exatamente os mesmos R$ 299.990, porém não aparecem na Savana. Tais tecnologias talvez nem combinem tanto com a proposta “ lameira raiz” da L200 Triton Savana, pois sensores e radares são equipamentos delicados, que normalmente sentem o impacto do uso mais extremo.

Teste da picape Mitsubishi L200 Triton Savana Teste da picape Mitsubishi L200 Triton Savana - Foto: Luiza Kreitlon/AutoMotrix

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).