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A Volkswagen faz a apresentação mundial do ID.4, seu primeiro SUV totalmente elétrico

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Tomada global

O ID.4, o primeiro SUV da Volkswagen totalmente elétrico, fez sua estreia mundial. Com zero de emissões e produzido com um saldo neutro em carbono, o carro estará no segmento de maior crescimento global, o de utilitários esportivos. “Como o nosso primeiro carro elétrico global, esse modelo lançará nossa plataforma elétrica modular que foi desenvolvida especificamente para a mobilidade elétrica em todo o mundo. A Volkswagen está, portanto, mais uma vez demonstrando seu papel de liderança em inovação, tecnologia e qualidade no mercado de alto volume”, comemorou Ralf Brandstatter, CEO da Volkswagen. Segundo a marca alemã, o ID.4 é versátil e pode ser conduzido de maneira esportiva ou no modo fácil e confortável. A bateria armazena até 77 kWh de energia e permite alcances de até 520 quilômetros (WLTP). Ela é instalada embaixo do espaço destinado aos passageiros, garantindo um baixo centro de gravidade. O motor elétrico, posicionado no eixo traseiro, gera 150 kW (204 cavalos), suficiente para acelerar o carro de zero a 100 km/h em 8,5 segundos e atingir a velocidade máxima de 160 km/h. Graças à tração das rodas traseiras e aos 21 centímetros de distância em relação ao solo, o e-SUV também tem um bom desempenho no off-road. O ID.4 será transformado aos poucos em um carro elétrico global, com planos de produção e comercialização não apenas na Europa, como na China, posteriormente, nos Estados Unidos, e se espalhando para os principais mercados, incluindo o brasileiro. No total, a marca Volkswagen investirá 11 bilhões de euros (mais de R$ 70 bilhões) em mobilidade elétrica até 2024 como parte da estratégia “Transform 2025+”.

Sem fio  

Além do lançamento das versões RS e Midnight, a Chevrolet promove a estreia do conceito de “Carro Sem Fio”. O multimídia MyLink conta agora com projeção sem cabo e o carregamento do celular poder ser feito por indução. O pacote de conectividade do Onix Premier e do Onix Plus Premier passa ainda pelo Wi-Fi nativo, pela telemática OnStar e pelo aplicativo myChevrolet app. “A projeção sem fio é mais um passo importante dentro dessa estratégia e traz mais praticidade para o dia a dia. A versão Premier foca no consumidor que busca o máximo em tecnologia no segmento”, explica Rodrigo Fioco, diretor de Marketing de Produto da GM América do Sul. O diferencial da tecnologia de projeção sem fio da Chevrolet é que a transmissão é feita por meio do Wi-Fi do veículo, garantindo maior fluxo de dados. O sistema é compatível com Android Auto e Apple CarPlay e é capaz de projetar aplicativos como o Waze, Spotify e WhatsApp diretamente na tela do painel. Para maior segurança, os apps podem ser operados por comando de voz. Os modelos com essas tecnologias chegam às concessionárias a partir de outubro.

Por uma estrada especial  

Para celebrar o sucesso comercial da nova Strada, a Fiat apresenta sua série Opening Edition da picape compacta totalmente reestilizada neste ano. Trata-se de uma série limitada e numerada em duzentas e cinquenta unidades na cor Branco Alaska, trazendo itens exclusivos que tornam a picape líder de seu segmento há vinte anos ainda mais diferenciada. “A nova Strada Opening Edition foi feita para colecionadores, pensada e desenvolvida nos mínimos detalhes para marcar esse momento histórico. Depois de emplacarmos 6.564 unidades em julho, chegamos a 8.689 modelos comercializados em agosto, colocando a picape como o segundo veículo mais vendido do Brasil. Com a série limitada, oferecemos uma configuração para clientes que desejam ter um veículo mais especial”, afirma Herlander Zola, diretor do Brand Fiat e Operações Comerciais Brasil. Com base na versão topo de linha Volcano, a Opening Edition destaca os faróis de led afilados com luzes DRL, o “skidplate” grafite na dianteira e nas barras de teto na mesma cor, rodas de liga leve de 16 polegadas com acabamento diamantado, estribos laterais, retrovisores em preto brilhante, badges e adesivos e soleiras em vinil alusivos à série limitada. A traseira é completada por um engate de reboque e a caçamba tem um exclusivo divisor de carga, com o adesivo “Opening Edition” ilustrando a tampa. O modelo é equipado com o motor 1.3 Firefly de quatro cilindros, com 109 cavalos de potência a 6.250 rpm e 14,2 kgfm de torque (etanol). Outro grande destaque é a nova central multimídia UConnect de 7 polegadas. A Strada Opening Edition tem garantia de fábrica de três anos e preço sugerido de R$ 92.290.

Argolas por assinatura  

A Audi do Brasil dá início em um projeto-piloto inovador de carro por assinatura chamado “Audi Luxury Signature”, inédito no segmento de veículos premium. Assim como diversos serviços já estabelecidos no mercado, como os de filmes, séries e músicas, o objetivo é oferecer ao cliente a possibilidade de assinar um serviço pelo qual poderá usufruir de um veículo Audi com até dois mil quilômetros para rodar por mês, seguro, IPVA, licenciamento, assistência vinte e quatro horas e manutenção preventiva – como opcional, é possível adicionar blindagem. Na primeira fase, o “Audi Luxury Signature” será promovido na cidade de São Paulo e respectiva Região Metropolitana e terá vinte unidades à disposição dos clientes. O projeto-piloto é desenvolvido em parceria com a Fleet Solutions, empresa do Grupo Volkswagen que atua na terceirização e gestão de frotas, e terá quatro meses de duração, de setembro a dezembro, período no qual o modelo de negócios será avaliado pelas perspectivas do cliente, da concessionária e da montadora. Os planos variam de acordo com o modelo desejado e terão duração mínima de dois anos. Dentre as vinte unidades estão disponíveis dois A6 Sedan, dois A7 Sportback, oito SUVs Q8 e oito Audi e-Tron SUV, o primeiro veículo 100% elétrico da marca no Brasil. Os valores de assinatura por mês partem de R$ 9.590 para o A6, de R$ 9.990 para o e-Tron Performance, de R$ 10.590 para o e-Tron Performance Black, de R$ 10.990 para o A7, de R$ 12.590 para o Q8 Performance e de R$ 13.290 para o Q8 Performance Black. Após a conclusão do projeto-piloto, a Audi do Brasil fará a análise de todas as informações para estabelecer os próximos passos do programa de carro por assinatura.

Manobrista do futuro

Já imaginou deixar o carro na porta da garagem e ele estacionar sozinho, e na hora de sair, o veículo também vir automaticamente ao seu encontro, por um comando no celular? Esse é o projeto que a Ford e a Bosch estão demonstrando em Detroit, nos Estados Unidos, em parceria com o condomínio Bedrock’s Assembly Garage. A demonstração é feita no bairro de Corktown, onde a Ford está construindo um novo centro de inovação em mobilidade, na antiga estação central ferroviária de Michigan. É a primeira solução de estacionamento com manobrista automatizado baseada em infraestrutura nos Estados Unidos. “Estamos continuamente em busca de oportunidades para expandir nosso conjunto de tecnologias de assistência ao motorista Ford Co-Pilot360, que ajudam as pessoas a dirigir com mais confiança”, conta Ken Washington, diretor de Tecnologia da Ford. Os carros de teste operam por comunicação veículo-infraestrutura (V2I) usando a tecnologia inteligente da Bosch. Um conjunto sofisticado de sensores na infraestrutura reconhece e localiza o veículo e orienta a sua manobra de estacionamento, podendo pará-lo imediatamente se detectar algo no caminho. Ao chegar na garagem, o motorista deixa o carro em uma área designada e usa um aplicativo no smartphone para o seu estacionamento, assim como para a sua retirada. Com essa solução, os proprietários de garagens podem acomodar até 20% mais veículos no mesmo espaço. Eles ainda podem ser dirigidos para áreas de serviços dentro da garagem, como recarga elétrica ou lavagem.

Fera elétrica  

A Peugeot Sport Engineered é a divisão de alta performance da marca do Leão. A operação pretende estabelecer um novo tipo de atuação construindo máquinas com energia elétrica que criem novas sensações e experiências de direção. “Estamos abrindo o caminho para uma nova era em que o quilowatt será rei e poderá fornecer níveis sem precedentes de potência e torque para a produção de série da Peugeot. Não seguimos nenhum caminho pré-definido, nem uma trilha batida. Somos guiados por nossa herança, nossa paixão e nosso ‘know-how’. Devemos aprender a reaprender, reiniciar o medidor, dominar novas tecnologias e conquistar novos territórios”, comunica o “mantra” da divisão. Como prova material, a Peugeot Sport Engineered apresenta o 508 Hybrid, o novo plug-in que estará disponível para encomenda já a partir da metade de outubro na Europa. O “powertrain” conjuga o motor 1.6 turbo a gasolina de 200 cavalos e 31 kgfm de torque, associado à transmissão automática de 8 velocidades, com um elétrico dianteiro de 110 cavalos e 33 kgfm e outro elétrico traseiro de 113 cavalos e 17 kgfm, garantindo tração integral e um rendimento combinado de 360 cavalos e 53 kgfm de torque. Conforme a Peugeot Sport Engineered, os 1.875 quilos do sedã podem acelerar de zero a 100 km/h em apenas 5,2 segundos e chegar à máxima de 250 km/h, limitada eletronicamente.

Segurança para quem precisa  

Líder mundial no desenvolvimento de tecnologias e serviços, a Bosch sempre se preocupou em oferecer soluções que visam tornar as estradas e ruas mais seguras. Durante a Semana Nacional do Trânsito, no final de setembro, a empresa reforçou a importância de sistemas como a Frenagem Automática de Emergência (AEB) tanto para reduzir colisões traseiras quanto para proteger pedestres e ciclistas, que estão entre os públicos mais vulneráveis no trânsito urbano. De acordo com dados do Conselho Federal de Medicina, a cada uma hora, cinco pessoas morrem em acidentes de trânsito no Brasil. De 2009 a 2019, foram registradas mais de 1,6 milhão de vítimas graves no país. Conforme o Observatório Nacional de Segurança Viária, 90% dos acidentes ocorreram por falha humana. A falta de atenção ao dirigir, mesmo por um instante, pode gerar sérias consequências. Com isso, o AEB é um sistema de assistência ao condutor que pode evitar as colisões traseiras e atropelamentos ou, ao menos, atenuar o impacto desses acidentes. Os veículos podem sair de fábrica com configurações da Frenagem Automática de Emergência voltada para carros parados, em movimento e para atuar junto aos usuários vulneráveis como pedestres e ciclistas. Usualmente, o sistema funciona com velocidades de 10 km/h a 80 km/h, podendo variar conforme especificações da montadora ou modelo de veículo. Em todos os casos, o radar ou a câmera de vídeo frontal detecta o risco de colisão e alerta o motorista. Caso o condutor não reaja à situação a tempo ou adequadamente, a frenagem automática é executada.  

Nova versão híbrida

Toyota RAV4 2024 é um híbrido plug-in e desembarca no Brasil com preço de R$ 399.990

O utilitário esportivo tem autonomia de 55 quilômetros no modo 100% elétrico

17/04/2024 08h28

Toyota RAV4 Plug-in Hybrid Divulgação

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A Toyota do Brasil acaba de anunciar a chegada do RAV4 Plug-in Hybrid.

O utilitário esportivo lançado em 1994, que chegou ao mercado brasileiro em 2013 na sua quarta geração, desembarca agora na sua versão híbrida recarregável na tomada. Importado do Japão, o modelo tem preço que parte de R$ 399.990 e cinco opções de cores: Branco Lunar, Prata Metálico, Cinza e Azul Topázio e Vermelho Emoção.

Independentemente da cor escolhida, o teto é sempre em preto. Seu conjunto Hybrid Dynamic Force une um motor a combustão de 2,5 litros com 185 cavalos de potência e 22,3 kgfm de torque a dois elétricos, o dianteiro de 182 cavalos e 27,4 kgfm e o traseiro de 54 cavalos e 12,1 kgfm.

Entrega uma potência combinada de 306 cavalos, aliando a transmissão do tipo CVT ao propulsor a combustão interna, que leva o SUV de zero a 100 km/h em seis segundos, com autonomia de 55 quilômetros no modo totalmente elétrico.

O modelo alcança ainda uma média de 35 km/l em ambientes urbanos e 30 km/l em estradas. Durante este mês, a marca japonesa comunicará quais as concessionárias da rede no país receberão o novo RAV4.

Toyota RAV4 Plug-in Hybrid - Divulgação

O RAV4 tem quatro modos de operação para seu sistema híbrido plug-in: “Normal”, “Eco”, “EV” (elétrico) e “Sport”.

O SUV vem equipado com um carregador portátil convencional de 2,3 kW e um Wallbox de 7,4 kW, que permite a recarga das baterias em duas horas e meia.

De acordo com a marca oriental, a facilidade de carregamento é uma característica dos veículos híbridos plug-in da Toyota.

O bocal para introdução do plug está localizado no para-lama traseiro direito, sendo acessível por meio de uma tampa que trava e abre automaticamente conforme a abertura ou o trancamento do veículo.

O compartimento tem proteção térmica e uma luz indicadora para mostrar como está o processo de carregamento e quando ele é concluído.

A Toyota equipou o SUV com uma série de novos recursos de ajuda à condução e de segurança, como a assistência de permanência de faixa e alerta de oscilação, projetada para monitorar as marcações da estrada e ajustar automaticamente a direção para ajudar a não sair da faixa, fornecendo suporte de direção adicional e alertas sonoros.

O sistema traz câmera de reconhecimento frontal, radar e sensor de monitoramento de ponto cego, auxiliando o condutor em diferentes situações. Traz ainda assistência de farol alto automático e aviso de saída de faixa com opção de som ou vibração do volante.

“O RAV4 Plug-in Hybrid reforça a oferta de produtos eletrificados da Toyota no Brasil. A nova versão é mais uma alternativa para impulsionar a descarbonização por meio de novas tecnologias de eletrificação alinhadas ao contexto local e às necessidades dos clientes”, destaca Evandro Maggio, presidente da Toyota do Brasil.

Toyota RAV4 Plug-in Hybrid - DivulgaçãoToyota RAV4 Plug-in Hybrid - Divulgação

O Toyota Safety Sense segue presente no SUV, com o sistema de pré-colisão frontal com detecção de pedestres e ciclistas e frenagem automática de emergência.

O controle de cruzeiro adaptativo (ACC) teve mudanças e pode ser ajustado em todas as velocidades, com reconhecimento de placas de trânsito e redução de velocidade em curvas.

A lista de segurança inclui sete airbags - dois frontais, dois laterais, dois de cortina e um de joelhos do motorista -, controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, freios ABS com EBD, assistência à frenagem de emergência, luzes de freio de emergência e dois pontos de ancoragem Isofix para cadeirinhas de criança.

Dentro, o SUV produzido em Takaoka e Nagakusa, no Japão, apresenta novidades em relação à versão SX Connect Hybrid, como tela de multimídia de 10,5 polegadas de alta resolução com conexão para smartphones e tablets, por meio de espelhamento com Android Auto ou Apple CarPlay, e visualização da câmera traseira com linhas-guia dinâmica.

O computador de bordo tem tela de TFT colorida de 12,3 polegadas, enquanto o Head-up display mostra informações de velocidade e conta com reconhecimento de placas de trânsito.

O RAV4 Plug-in Hybrid dispõe de ar-condicionado digital de duas zonas e acionamento remoto, abertura e fechamento da tampa do porta-malas também pela chave do veículo e retrovisores externos autorretrateis com ajustes elétricos, indicador de direção e sistema de aquecimento (desembaçador).

Toyota RAV4 Plug-in Hybrid - DivulgaçãoToyota RAV4 Plug-in Hybrid - Divulgação

Com mais de 20 milhões de veículos comercializados, a Toyota lidera globalmente no segmento de eletrificados.

A marca japonesa celebra agora os 11 anos da introdução do primeiro híbrido no mercado nacional, o Prius, lançado em 2013, que ajudou na popularização de uma tecnologia até então desconhecida no país.

A montadora inovou também em 2019 ao lançar o sistema híbrido flex, com o Corolla sedã, e que equipa ainda o SUV Corolla Cross desde 2021.

Até 2026, a Toyota investirá R$ 5 bilhões na produção de um novo veículo compacto híbrido flex, com lançamento previsto para o próximo ano, além de outro modelo com a mesma tecnologia destinado especialmente para o Brasil.

Toyota RAV4 Plug-in Hybrid - DivulgaçãoToyota RAV4 Plug-in Hybrid - Divulgação

TEST DRIVE

Versão Savana é a mais radical da picape média Mitsubishi L200 Triton

A L200 Triton Savana tem preço sugerido de R$ 299.990 e é produzida em Catalão (GO)

15/04/2024 14h41

Teste da picape Mitsubishi L200 Triton Savana Luiza Kreitlon/AutoMotrix

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Desde sua primeira geração, apresentada no Japão há mais de 40 anos, a proposta da picape Mitsubishi L200 é reunir o conforto e a dirigibilidade de um utilitário esportivo de luxo com uma ampla capacidade para o off-road. Tal capacidade para enfrentar de forma destemida as trilhas, os lamaçais e os buracos é particularmente explícita na versão Savana. Criada em 2004 para o mercado brasileiro, é caracterizada por incorporar como itens de série modificações comuns entre os proprietários da L200 que faziam uso pesado, como pneus fora-de-estrada e snorkel. Apresentada há um ano, a atual L200 Triton Savana tem preço sugerido de R$ 299.990 e é produzida em Catalão (GO), na fábrica da HPE Automotores do Brasil, representante oficial da marca Mitsubishi Motors no país. A versão é oferecida em quatro opções de cores: Amarelo Rally (a do modelo testado), Verde Forest, Bege Jizan e Branco Fuji. A picape conta com cinco anos de garantia de fábrica.

A base da Savana é a L200 Triton Sport HPE, de R$ 269.990. Os generosos cromados do modelo original dão lugar a plástico preto sem pintura na grade, capa dos retrovisores e em outros detalhes. Sob o para-choque está uma placa de deslizamento, também em preto, que protege a mecânica e ajuda a transpor obstáculos. Os faróis são em leds e auxiliados pelas luzes de neblina. O snorkel vem de série e amplia a capacidade de transpor trechos alagados de até 70 centímetros. No teto da cabine está um bagageiro com capacidade para até 50 quilos e que abriga pranchas de desencalhe – que funcionam como uma versão “profissional” do macete clássico dos donos de Fusca, que colocavam os próprios tapetes do carro sob os pneus para escapar dos atoleiros. Na caçamba da Mitsubishi L200 Triton Savana 2024, que conta com acabamento anti-riscos, há uma caixa com chave na lateral. As rodas de liga leve de 18 polegadas com pneus 265/60 de uso urbano da L200 Triton Sport HPE são substituídas por rodas de aço estampado de 17 polegadas, mais resistentes a impactos. Os pneus são o Goodyear Duratrack 265/70R17, específicos para uso mais pesado no fora-de-estrada. Os para-lamas recebem alargadores em plástico para proteger a carroceria de riscos. Sob as portas, onde costumam ficar os estribos, estão os “rocksliders”, barras que protegem a parte inferior das laterais da carroceria.

Teste da picape Mitsubishi L200 Triton Savana - Foto: Luiza Kreitlon/AutoMotrix Teste da picape Mitsubishi L200 Triton Savana - Foto: Luiza Kreitlon/AutoMotrix 

O motor da L200 Triton Savana é o mesmo que equipa todas as versões da picape média. É um 2.4 turbodiesel de quatro cilindros com estrutura leve em alumínio que traz a tecnologia de válvulas variáveis MIVEC e turbina de geometria variável. Desenvolve 190 cavalos de potência e 43,9 kgfm de torque. A transmissão automática de 6 marchas tem opção para trocas sequenciais por meio de particularmente avantajados “paddles shifters” localizados atrás do volante. O sistema Super Select 4WD-II (SS4-II) oferece ao motorista quatro modos de operação: “2H” – usado para estradas e vias públicas, privilegia a economia de combustível com desempenho suave –, “4H” – para estradas e pisos irregulares, inclusive asfalto, serra e em condição de chuva, com o sistema distribuindo automaticamente a tração entre os dois eixos, por meio do diferencial central –, “4HLc” – para terreno acidentado com superfícies de baixa aderência como terra e cascalho – e “4LLc” – para subidas ou descidas íngremes, rochas, areia e lama. A L200 Triton Savana conta ainda com o “Off-Road Mode”, preparando a picape para ficar mais resistente para terrenos mais severos, e o controle de descida em rampas. Para situações em que uma ou mais rodas estão sem contato com o chão, a picape conta com o sistema ativo de controle de tração. O bloqueio do diferencial permite que as rodas de trás recebam tração de forma idêntica, sendo útil em atolamentos.

Teste da picape Mitsubishi L200 Triton SavanaTeste da picape Mitsubishi L200 Triton Savana - Foto: Luiza Kreitlon/AutoMotrix

Experiência a bordo

A Mitsubishi L200 Triton Savana não tem um visual interno dos mais contemporâneos –, questão que talvez nem incomode o consumidor típico da versão. Mas isso deve ser resolvido com a esperada atualização da nova geração, já confirmada para o Brasil. Os instrumentos têm aspecto conservador. Uma grande alavanca de freio de mão no console ocupa um espaço bem maior que os botões dos freios de estacionamento eletrônicos das picapes mais recentes. A central multimídia JBL traz tela sensível ao toque de 7 polegadas – pequena para os padrões das atuais concorrentes –, integrada aos smartphones por meio das tecnologias Apple CarPlay e Android Auto, com GPS embarcado. A chave é simples, do tipo com com a parte metálica exposta, algo inesperado em um modelo da faixa dos R$ 300 mil.

Embora conte com alças frontais, a picape é alta e faz falta um estribo para facilitar o acesso – os “rocksliders” não cumprem a mesma função. Para aumentar a percepção de requinte, há detalhes em preto brilhante no painel e um inclinômetro gráfico longitudinal e lateral, assim como indicador de esterçamento das rodas dianteiras – equipamento bastante útil no “off-road”. Os bancos são em um revestimento de aspecto elegante, que imita couro, sendo o do motorista com regulagens elétricas. Os espaços na traseira são amplos e confortáveis. A picape traz ar-condicionado de duas zonas, que se completa com eficientes saídas de ar colocadas no teto, permitindo a refrigeração de toda a cabine de forma mais rápida. Os passageiros do banco traseiro podem ajustar a intensidade da ventilação em até quatro níveis. E o carpete do interior dá lugar a um material emborrachado, que facilita a limpeza.

Teste da picape Mitsubishi L200 Triton SavanaTeste da picape Mitsubishi L200 Triton Savana - Foto: Luiza Kreitlon/AutoMotrix

Impressões ao dirigir

A Savana é um off-road à moda antiga – do tipo que agrada saudosistas de veículos lameiros radicais, como o extinto Toyota Bandeirante e os Land Rover Defender do século passado. Nas trilhas, o conjunto da picape da Mitsubishi esbanja consistência e robustez. Não há mudanças mecânicas em relação às outras configurações da L200 e a Savana mantém o 2.4 turbodiesel, com construção em alumínio e variador de tempo de válvulas na admissão e no escape. O motor entrega 190 cavalos em 3.500 rpm e robustos 43,9 kgfm em 2.500 rpm – força suficiente para performances convincentes, tanto na estrada quanto fora dela. Tem boa elasticidade e se entende bem com o câmbio automático de 6 marchas, com opções para trocas sequenciais nos “paddles shifters”. As trocas são suaves e a oferta de torque é farta. Na estrada, não falta disposição para levar as mais de duas toneladas da picape até velocidades elevadas ou para fazer ultrapassagens seguras. Segundo a etiquetagem do Inmetro, o consumo da L200 Triton Sport Savana é de 9,3 km/l no uso urbano e de 10,3 km/l no rodoviário.

Se não há diferença mecânica da Savana em relação às outras L200, há características acústicas distintas. O som reverberado pelo snorkel na coluna frontal direita se faz notar na cabine. Os pneus lameiros impõem um rodar mais rumoroso e o rack no teto também emite sua sonorização adicional. A direção tem assistência hidráulica e é um tanto pesada nas manobras, também por conta dos pneus. O feixe de molas na traseira e o curso da suspensão dianteira não favorecem tanto conforto no uso urbano e nem um comportamento dinâmico mais arisco nas curvas em velocidades mais elevadas. Contudo, entregam uma reconfortante confiabilidade a quem enfrenta obstáculos como valões, atoleiros, pirambeiras e dunas de areia. O ambiente no qual a L200 Triton Savana se sente mais à vontade é nas trilhas – é o veículo mais robusto que a Mitsubishi Motors já produziu no Brasil. A sensação tranquilizadora no “off-road” é reforçada pelo sistema de tração 4x4, que conta com modos 4x2, 4x4 automático, 4x4 50/50 e 4x4 com reduzida, além do seletor de fora-de-estrada e o bloqueio do diferencial traseiro. A reduzida ajuda a passar por obstáculos mais complicados e os pneus reforçam expressivamente a valentia da Savana. O Off-Road Mode deixa a picape mais preparada para encarar os mais variados tipos de terreno, com quatro modos: “Cascalho”, “Lama/Neve”, “Areia” e “Pedra”. Os atributos para as trilhas são respeitáveis: ângulo de entrada de 33 graus, ângulo de saída de 24 graus e altura livre em relação ao solo de 23,3 centímetros.

As assistências semi-autônomas ativas – controle de tração e de estabilidade, assistente de frenagem de emergência, sistemas de frenagem autônoma, de monitoramento de pontos cegos e de prevenção de aceleração involuntária e controle ativo de tração estabilidade – andam valorizadas nas picapes médias mais recentes. Na linha L200 Triton, estão disponíveis apenas na versão Sport HPE-S, que custa exatamente os mesmos R$ 299.990, porém não aparecem na Savana. Tais tecnologias talvez nem combinem tanto com a proposta “ lameira raiz” da L200 Triton Savana, pois sensores e radares são equipamentos delicados, que normalmente sentem o impacto do uso mais extremo.

Teste da picape Mitsubishi L200 Triton Savana Teste da picape Mitsubishi L200 Triton Savana - Foto: Luiza Kreitlon/AutoMotrix

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