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COLUNA CARMAIS

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Confira as novidades semanais sobre automóveis no Brasil e no mundo

Semanalmente a coluna acompanha as notícias em destaque no meio automotivo

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Tombo confirmado

A venda de carros de passeio e comerciais leves despencou no primeiro mês do ano. Algo que já era esperado, pela baixa produção de veículos por falta de equipamentos, especialmente de semicondutores, e pela longa fila de espera dos clientes. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram emplacadas 116.601 unidades dos dois segmentos em janeiro, representando baixa de 39,7% ante dezembro de 2021 e de 28,2% sobre o mesmo mês do ano passado. 

A Fiat Strada – líder de vendas em 2021 – manteve mesmo o primeiro lugar em janeiro, com 6.716 emplacamentos. Durante o ano passado, ela teve média mensal de 9.092 unidades vendidas. 

A picape compacta foi seguida pelo Hyundai HB20, com 5.634 vendas, pelo Chevrolet Onix (5.205), pelos Jeep Renegade, que teve mais um imagem divulgada de sua nova geração com lançamento previsto para esta semana, com 4.999, e Compass (4.905), pelo Hyundai Creta (4.175), pelos Volkswagen T-Cross (3.761) e Gol (3.435), pelo Onix Plus sedã (3.431) e pela Fiat Toro (3.293). 

Mantendo a tendência, quatro modelos entre os dez primeiros foram de SUVs, três de hatches compactos, duas picapes e um sedã compacto. Já a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) anunciou que a produção em janeiro, de 145,4 mil unidades, foi 27,4% inferior à do mesmo mês de 2021. Em comparação a dezembro, a queda foi de 31,1%.

Novo integrante

No primeiro mês de vendas do novo ano, o “top ten” entre as fabricantes teve uma nova integrante, ausente do ranking há muito tempo. Trata-se da Peugeot, pertencente à Stellantis, com a nona colocação, tendo vendido 4.083 veículos nos segmentos de carros de passeio e comerciais leves e garantindo uma participação de mercado de 3,5%. Com isso, a Caoa Chery caiu para décimo primeiro. 

A Fiat continuou em primeiro nos dois segmentos em janeiro, com 23.299 emplacamentos e 19,9% de “market share”, à frente da General Motors (13.104 e 11,24%), praticamente empatada com a Volkswagen (13.082 e 11,22%), da Hyundai (12.581 e 10,7%), da Jeep (11.352 e 9,7%), da Toyota (9.980 e 8,5%) – a marca oriental não tem representante entre os dez primeiros mas vende muito bem sua picape média Hilux e os Corolla sedã e Cross –, da Renault (8.528 e 7,3%), da Honda (4.728 e 3,5%) e da Nissan na décima posição, com 3.469 emplacamentos e 2,9% de “share”. 

A Caoa Chery teve 3.131 vendas e 2,6% de participação.

Tirando o lixo dos mares

A Ford é a primeira montadora a usar plástico 100% reciclado vindo dos oceanos na produção de peças automotivas. 

O material está sendo empregado nos clipes de fixação do chicote elétrico do Bronco Sport, já comercializado no Brasil, vindo do México. O náilon obtido dessa forma, segundo a Ford, têm a mesma resistência e durabilidade do que é feito a partir do petróleo, mas com um preço 10% menor, além de consumir menos energia na produção. 

Essas pequenas peças representam o primeiro grande passo para o uso de plásticos reciclados dos oceanos. É um forte exemplo de economia circular e da liderança da Ford na busca da sustentabilidade”, afirma Jim Buczkowski, vice-presidente de Pesquisa e Engenharia Avançada da Ford. 

A marca norte-americana estuda produzir outras peças, como suportes de transmissão, protetores de cabos e trilhos laterais de assoalho, que podem ser atendidas pelas características de resistência e durabilidade do material. 

De acordo com a ONG Pew Charitable Trusts, cerca de 13 milhões de toneladas de plástico são despejadas anualmente nos oceanos, ameaçando a vida marinha e poluindo as costas.

Tipo videogame

A Caoa Chery acrescenta mais uma versão ao sedã Arrizo 6, dotada do câmbio com alavanca tipo “joystick”, já presente nos SUVs Tiggo 7 Pro e Tiggo 8. 

Com preço de R$ 144.990, o Arrizo 6 com o novo câmbio, produzido em Jacareí (SP), é equipado com o “powertrain” composto pelo motor 1.5 Turbo Flex com 150 cavalos de potência a 5.500 rpm e 21,4 kgfm de torque a 1.750 giros e pela transmissão CVT de 9 marchas simuladas. 

Entre os diferenciais do modelo estão o design, com grade frontal, traseira e detalhes exclusivos, e os itens de tecnologia de ponta como monitor de ponto cego, câmera de 360 graus em alta definição, novo painel de instrumentos totalmente digital em tela de LCD colorida de 10,25 polegadas e multimídia também de 10,25 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay. 

O Arrizo 6 Pro conta com o maior porta-malas do segmento (570 litros) e um dos melhores espaços internos da categoria, com o maior comprimento (4,67 metros) e largura (1,81 metro) entre os sedãs médios.

Lá vem ela

Não tem mais volta. Ou melhor, a volta da velha senhora Kombi está confirmada. 

Com o nome de ID. Buzz e totalmente elétrico, o novo utilitário da Volkswagen terá apresentação mundial em 3 de setembro. 

Notando-se o perfil do ID. Buzz, percebe-se que sua silhueta foi inspirada na icônica Kombi Corujinha, da primeira geração. Ainda não foram divulgados dados técnicos sobre o futuro utilitário, que deve ter uma base mecânica semelhante à dos outros modelos da família elétrica ID., com variações nas configurações de baterias e autonomia. 

O ID. Buzz tem um pequeno bico na frente ao contrário da “cara achatada” da velha Kombi para serem instalados os airbags frontais, o principal “calcanhar de Aquiles” que retirou a velha senhora de circulação, pois nela as bolsas de segurança seriam acionadas para cima e não em direção aos ocupantes. 

A nova Kombi terá versões para passageiros e para carga e diferentes padrões de acabamento. 

Não há previsão para a vinda do ID. Buzz para o mercado brasileiro, mas isso é tido como certo. E coerente, pois a Kombi foi o primeiro veículo da Volkswagen produzido no Brasil, em 1957, antes mesmo do Fusca. 

Liderança elétrica

Pioneira na eletrificação no país, a Volvo Car Brasil liderou o ranking de carros elétricos no início do novo ano com o XC40 Recharge Pure Electric. O veículo, que chegou em setembro de 2021 ao mercado brasileiro, teve mais de cem unidades emplacadas somente em janeiro, o dobro do segundo colocado. 

Ter o nosso primeiro lançamento elétrico liderando a venda de veículos elétricos no Brasil é nosso objetivo. Não são apenas números, para nós, o sucesso do XC40 Recharge Pure Electric indica que estamos no caminho certo para um futuro de mobilidade mais sustentável”, comemora João Oliveira, diretor-geral de Operações e Inovação da Volvo Car Brasil. 

Desde dezembro do ano passado, a marca anunciou seu ambicioso plano de expansão da eletrificação, tornando a linha XC40 somente elétrica e anunciando a instalação de carregadores rápidos em estradas por todo o Brasil. Outro destaque é a liderança entre os plug-in (BEVs e PHEVs). 

A Volvo detém atualmente 48,62% de participação nesses segmentos, com a diferença em relação à segunda colocada de quase 30 pontos percentuais.

Sistema Híbrido

Ford Maverick Hybrid esbanja economia

Primeira (e única) picape híbrida do Brasil, é apontada pelo Inmetro como a picape de melhor rendimento energético do mercado nacional

27/02/2024 15h15

A Maverick Hybrid é movida por um motor aspirado 2.5 Atkinson a gasolina e um elétrico, que entregam uma potência combinada de 194 cavalos e um torque de 21,4 kgfm Leo Doca/Transporta Brasil

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A nova tabela do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), que acaba de ser divulgada pelo Inmetro, traz as médias de 747 modelos e versões de carros de passeio, utilitários esportivos, picapes e esportivos atualmente disponíveis no mercado, produzidos por mais de 30 marcas.

A avaliação segue um padrão de testes controlados, com a atribuição de notas de “A” a “E”, tanto dentro da categoria quanto no ranking geral.

Na edição de 2024, o PBEV aponta a Ford Maverick Hybrid como a picape de melhor rendimento energético do mercado nacional.

Primeira e única picape com sistema híbrido à venda no Brasil, ela se destaca entre os mais de 80 modelos do segmento avaliados no ranking, com um consumo de 15,7 km/l de gasolina na cidade e 13,6 km/l na estrada, que proporcionam autonomia de mais de 800 quilômetros.

A Maverick Hybrid também é a única com motor a combustão a contar com o Selo Conpet de Eficiência Energética.

Ford Maverick Hybrid LariatFord Maverick Hybrid Lariat - Foto: Leo Doca/Transporta Brasil

Em abril de 2023, pouco mais de um ano depois de lançar a versão com motor a gasolina no mercado brasileiro, a Ford anunciou a chegada das primeiras unidades da Maverick Hybrid, na versão Lariat.

Movida a um motor aspirado 2.5 Atkinson a gasolina e um elétrico, que entregam uma potência combinada de 194 cavalos e um torque de 21,4 kgfm, e com tração somente nas rodas dianteiras, a Maverick Hybrid é oferecida no site da Ford por R$ 234.890 – exatos R$ 10 mil a mais que a Maverick Lariat FX4 com um 2.0 turbo EcoBoost a gasolina com 253 cavalos de potência e 38,7 kgfm de torque e tração integral AWD.    

O freio regenerativo com assistência em rampas, a grade aerodinâmica ativa, o sistema auto start-stop e os pneus de alta eficiência, medida 225/60 R18, contribuem para ela ter um consumo cerca de 30% menor que as picapes e SUVs concorrentes a diesel.

A Maverick Hybrid entrega ainda alta eficiência sem sacrificar a performance, com aceleração de zero a 100 km/h em 8,7 segundos.

A Maverik Hybrid Lariat é bem equipada. Traz painel digital de 6,5 polegadas, multimídia Sync com tela de 8 polegadas e acesso a Apple CarPlay e Android Auto, faróis de leds automáticos, abertura da porta por teclado, ar-condicionado digital dual zone, assistente de frenagem com detecção de pedestres e ciclistas, controle eletrônico de estabilidade e tração, câmera de ré, assistente de partida em rampa, monitoramento de pressão dos pneus e sete airbags.
(colaborou Edmundo Dantas/AutoMotrix)

Ford Maverick Hybrid LariatFord Maverick Hybrid Lariat - Foto: Leo Doca/Transporta Brasil

Impressões ao Dirigir

São Paulo/SP - Com seu motor 2.5 Atkinson a gasolina acoplado a um elétrico, com potência combinada de 194 cavalos e torque total de 21,4 kgfm, a Maverick Hybrid não tem o mesmo ronco de sua similar movida apenas a gasolina e não acelera de zero a 100 km/h em pouco mais de sete segundos.

Mas tem um desempenho dinâmico bastante convincente e consegue um feito até então inédito entre as picapes à venda no Brasil: média de consumo perto dos 15 km/l, alternando igualitariamente circuitos urbanos e rodoviários.

Algo que, com seu tanque de 57 litros, permite oferecer uma autonomia de mais de 800 quilômetros.

Isso acontece graças a seu sistema híbrido de propulsão, que conta com um motor elétrico e outro movido a gasolina de 2,5 litros de ciclo Atkinson.

Esse tipo de motor tem a taxa de expansão maior do que a de compressão, resultando em uma maior eficiência energética.

Com isso, consegue aproveitar melhor a gasolina, apesar de ser menos potente em relação a um motor “convencional”, com ciclo Otto.

A Maverick movida a gasolina conta com tração 4x4 integral e uma moderna suspensão traseira multilink. Na híbrida, a tração é apenas dianteira, com suspensão de eixo de torção e molas vetoradas.

Mesmo assim, a picape híbrida é estável em velocidades mais altas e mudanças de direção.

Para ajudar nas trilhas, a Maverick Hybrid conta com o modo de gerenciamento “Escorregadio”, que ajusta direção, controle eletrônico de estabilidade e tração, transmissão e resposta do motor. E o modo “Low” dá assistência adicional nas subidas e descidas íngremes.

Ford Maverick Hybrid LariatFord Maverick Hybrid Lariat - Foto: Leo Doca/Transporta Brasil

Aliado ao elétrico, o motor a combustão interna da Maverick Hybrid entrega um conjunto eficiente e robusto para os usos urbano e rodoviário, auxiliado pela transmissão automática do tipo CVT.

Nos trechos em que o motorista “tira o pé” e utiliza menos torque e potência, o motor elétrico trabalha silenciosamente, mantendo o veículo em movimento sem muito gasto energético.

Nas arrancadas e nos momentos de aceleração maior, o motor a gasolina entra em ação.

Tudo isso é visível no cluster, que exibe quanto de movimento elétrico está ocorrendo e quanto de torque térmico está sendo usado.

A grande surpresa fica para o desempenho, que não é tão inferior ao da versão 2.0 turbo.

O conjunto híbrido entra em ação prontamente quando o acelerador é mais exigido para aproveitar a força dos dois motores. Os dados de fábrica informam aceleração de zero a 100 km/h em bons 8,7 segundos, apenas 1,6 segundo mais lenta que a FX4.

O acabamento bicolor dos bancos, o ajuste elétrico dos assentos, a posição de direção e dos instrumentos têm o estilo peculiar da Maverick.

O pacote de equipamentos de série inclui seis airbags, controles de estabilidade e tração, bancos de couro, direção elétrica, freio de estacionamento elétrico, ar-condicionado automático digital de duas zonas, chave presencial, banco do motorista com regulagem elétrica e central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay.

Na parte de segurança, ainda há frenagem autônoma emergencial e faróis de leds com acendimento e comutação automáticos do facho alto.

Para um veículo de sua faixa de preço, entretanto, a Maverick fica devendo um carregador de celular por indução, uma multimídia com conexão sem fio, sensores de estacionamento e assistências de condução, como controle de cruzeiro adaptativo, sensor de ponto cego e assistente de manutenção em faixa.

A cabine mantém as soluções criativas, como os vários porta-objetos nas portas e no console central, além do compartimento de 58 litros sob o assento do banco traseiro.

Quem viaja atrás ainda pode abrir a janela que dá acesso à caçamba ao toque de um botão – acionado no painel pelo motorista ou passageiro da frente. 

O instigante torque instantâneo disponibilizado pelo motor elétrico e o rodar silencioso proporcionam uma experiência de direção refinada e fortalecem a proposta de uso urbano da picape híbrida da Ford.

Ford Maverick Hybrid LariatFord Maverick Hybrid Lariat - Foto: Leo Doca/Transporta Brasil

TEST DRIVE

Teste do Chevrolet Tracker Midnight

O aspecto escurecido é o destaque estético desta versão

26/02/2024 15h38

O Chevrolet Tracker Midnight é disponível apenas nas cores Azul Eclipse, Preto Ouro Negro e Cinza Rush Luiz Humnberto Monteiro Pereira/AutoMotrix

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Depois de alguns anos de sucesso nos Estados Unidos, as versões Midnight dos modelos da Chevrolet chegaram ao Brasil em 2018, na picape S10. Na sequência, a configuração – caracterizada pela carroceria preta acompanhada de acabamentos escurecidos – apareceu nos utilitários esportivos Equinox e Tracker, na época em que o último ainda era importado do México, e nos sedãs Cruze e Onix Plus. Em abril do ano passado, a Midnight foi reeditada no Tracker, que desde 2020 teve sua produção nacionalizada e é fabricado em São Caetano do Sul (SP). O grande chamariz da configuração, que parte de R$ 148.490, é o estilo “dark”. Que começa pela carroceria, disponível apenas em três tons metálicos e sombrios – o Azul Eclipse (sem acréscimo de preço), o Preto Ouro Negro e o Cinza Rush (o do modelo testado). As duas últimas cores acrescentam R$ 1.750 à fatura.

Chevrolet Tracker Midnight - Foto: Luiz Humberto Monteiro Pereira/AutoMotrix Chevrolet Tracker Midnight - Foto: Luiz Humberto Monteiro Pereira/AutoMotrix 

A base do Tracker Midnight é a variante LT, que parte de R$ 138.040 e é a mais barata do utilitário esportivo compacto da Chevrolet. Compartilham o motor 1.0 turbo flex de 116 cavalos com qualquer combustível, sendo 16,3 kgfm de torque com gasolina e 16,8 kgfm com etanol. A mesma motorização é adotada também na intermediária LTZ, que custa R$ 150.730. Acima delas, já movidas pelo motor 1.2 turbo de 133 cavalos, há a RS, por R$ 167.110, e a Premier, por R$ 170.140.

O Tracker Midnight traz detalhes e acabamentos escurecidos por toda a carroceria, em um estilo bastante discreto. A cor preta brilhante domina totalmente a grade frontal, as rodas aro 17 são no tom preto “High Gloss” e as carenagens dos retrovisores e os apliques dos para-choques também são negros. Embora os faróis sejam halógenos, como os da LT, na Midnight os principais são dotados de projetores – distribuem de forma mais eficiente a iluminação – e têm máscara negra. Há emblemas “Midnight” alusivos à versão nas laterais e nas soleiras das portas dianteiras. Até as “gravatas” da logomarca da Chevrolet ostentadas no centro da grade frontal e na traseira – tradicionalmente douradas – adotam um estilo “black-tie” na Midnight.

Chevrolet Tracker Midnight - Foto: Luiz Humberto Monteiro Pereira/AutoMotrix Chevrolet Tracker Midnight - Foto: Luiz Humberto Monteiro Pereira/AutoMotrix

Por dentro, o Tracker Midnight, coerentemente, manteve o tom “noturno” – afinal, “Midnight” significa meia-noite em inglês. Portas e teto são revestidos em cor preta, assim com os bancos em couro. As tonalidades escuras predominam no painel e nos detalhes do console central e das molduras do ar-condicionado e do multimídia, em plástico brilhante. Até a indefectível “gravatinha” no centro do volante revestido de couro vem em preto.

Como parte da configuração básica LT, o Tracker Midnight não vem com uma lista de equipamentos tão ampla. Traz de série luzes diurnas (DRL) de leds, sensores de estacionamento traseiros, câmera de ré, ar-condicionado manual, multimídia MyLink com tela de 8 polegadas sensível ao toque e compatível com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, volante com regulagem manual de altura e profundidade, banco do motorista com ajuste de altura, bancos em tecido, seis airbags, assistente de partida em rampa, chave presencial com partida por botão, OnStar e Wi-Fi a bordo (ambos pago à parte), trio elétrico, vidros elétricos com um-toque e anti-esmagamento. O consumidor que faz questão de equipamentos mais sofisticados – como carregador de smartphone por indução, teto panorâmico, retrovisor eletrocrômico, ar-condicionado digital, faróis e lanternas de leds ou monitoramento da pressão dos pneus – deve se preparar para investir mais duas dezenas de milhares de reais e procurar as versões RS ou Premier. E ainda levará como “bônus” o motor tricilíndrico 1.2 turbinado de 133 cavalos. Com o mesmo motor 1.0 turbo de 116 cavalos da Midnight, há ainda a versão LTZ, que agrega alertas de colisão frontal e de ponto cego, além de frenagem automática de emergência em baixa velocidade e bancos parcialmente em couro sintético. Por R$ 2.340 a mais, é uma opção para quem não se encanta tanto pelo estilo “pretinho básico” da Midnight.

Chevrolet Tracker Midnight - Foto: Luiz Humberto Monteiro Pereira/AutoMotrix Chevrolet Tracker Midnight - Foto: Luiz Humberto Monteiro Pereira/AutoMotrix

Experiência a bordo

Se por fora o Tracker Midnight causa uma certa percepção de elegância com seu estilo “noir”, o interior não é tão impactante. Há plásticos duros por todos os lados, desde os painéis de portas até o console central. A cabine é toda revestida em tons escuros, incluindo bancos, volante (de base reta), portas e painel. Detalhes do console central e molduras do ar-condicionado e do multimídia são em preto brilhante. O sistema multimídia MyLink com tela de 8 polegadas sensível ao toque é compatível com Android Auto e Apple CarPlay, com fácil interação com smartphones e sem necessidade de cabos. A partida do motor dispensa chave, assim como travar e destravar as portas. O estilo do “all black” é um pouco comprometido pelo revestimento interno do teto, com forro em tonalidade clara, a mesma das demais versões. Os acabamentos em plástico das colunas são igualmente claros.

São poucos comandos, bem posicionados e de uso intuitivo, e há bom número de porta-objetos. O quadro de instrumentos de leitura imediata tem tela de TFT de 3,5 polegadas com informações variadas do computador. O espaço interno é decente e quatro ocupantes viajam com conforto – colocar um adulto no lugar central do banco traseiro, ainda mais por conta do túnel central alto, compromete um pouco a qualidade da viagem dos dois passageiros ao lado dele. A falta de saídas de ar para o banco traseiro é comum a todas as versões do Tracker. Já o porta-malas leva 393 litros e pode ser considerado pequeno para a categoria de utilitários esportivos compactos na qual o carro concorre.

Chevrolet Tracker Midnight - Foto: Luiz Humberto Monteiro Pereira/AutoMotrix Chevrolet Tracker Midnight - Foto: Luiz Humberto Monteiro Pereira/AutoMotrix

Impressões ao dirigir

O Tracker Midnight é impulsionado pelo motor 1.0 turbo flex, que entrega 116 cavalos com etanol ou gasolina, com um torque de 16,3 kgfm com gasolina ou 16,8 kgfm com etanol. O tricilíndrico não faz feio e dá conta do serviço, tanto na aceleração quanto na retomada, apesar de a relação peso/potência ser um tanto elevada (10,6 kg/cv). A transmissão automática de 6 velocidades se harmoniza bem com o motor e ajuda a obter o desempenho adequado. As trocas manuais da transmissão automática podem ser feitas a partir de um botão na alavanca – não há “paddles shifts” no volante. Contudo, é melhor deixar o câmbio no modo automático, pois o “powertrain” entrega vigor suficiente em todas as faixas de giro. O utilitário esportivo compacto da Chevrolet transmite sensação de agilidade no trânsito do dia a dia. Por conta da injeção indireta de combustível – a mistura ar/combustível é injetada no coletor de admissão em vez de ser pulverizada diretamente na câmara de combustão –, ocorre um discreto “delay” na resposta às pressões no acelerador. Em giros mais elevado, o carro apresenta um comportamento mais esperto.

Como todo SUV compacto, o foco do Tracker Midnight está no conforto. Controles de tração e de estabilidade e assistente de partida em rampa ajudam a tornar a relação com o motorista mais cordial. O Tracker é um veículo equilibrado e é difícil observar os controles de tração e estabilidade em ação. Eles estão lá exatamente para as horas imprevistas. A direção elétrica progressiva é suave e bem calibrada – o carro pode ser manobrado com facilidade em espaços exíguos, como garagens. Apesar de um tanto barulhenta, a suspensão também é bem balanceada, e a movimentação da carroceria nas curvas transmite sensação de estabilidade, além de filtrar corretamente as imperfeições da pista. Em velocidades “civilizadas”, o Tracker se mostra bastante estável. Quando o motorista resolve ir além delas, a carroceria aderna nas curvas de forma discreta. Segundo o Inmetro, o consumo de combustível do Tracker Midnight em cidade é de 11,2 km/l com gasolina e 7,8 km/l com etanol, chegando nos trechos rodoviários a 13,6 km/l com gasolina e 9,6 km/l com etanol.

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