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Regras para bagagem
despachada confundem passageiros

Regras para bagagem
despachada confundem passageiros

FOLHAPRESS

27/08/2017 - 11h00
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Abre a mala, tira produto de beleza, roupas, bichinho de pelúcia. A intimidade à mostra nas filas do check-in. Senta na mala, amassa tudo lá dentro, limpa o suor da testa. Pesa a bagagem de novo. Pendura mochila e sacolas plásticas nos braços. Sai correndo, como um cabideiro carregado, para o embarque.

A cena se tornou mais comum em aeroportos brasileiros após a mudança das regras da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que permitiu às empresas cobrar por malas despachadas, entre outros pontos.

A resolução foi aprovada em dezembro de 2016, mas as normas sobre bagagens ficaram proibidas pela Justiça Federal e só foram liberadas em abril.

Empresas como Azul, Gol e Latam começaram a implementar as mudanças a partir de maio, oferecendo tarifas diferenciadas, de acordo com a franquia de bagagem.

As três companhias aéreas criaram tarifas que não dão direito a nenhuma mala de porão e abriram a possibilidade de o passageiro pagar pela quantidade que quer despachar.

No entanto, empresas como a Gol e a Latam mudaram também outros procedimentos de bagagem, o que confundiu passageiros.

Nas duas companhias, por exemplo, o cliente podia somar os quilos das suas malas, pois a franquia era por peso. Ou seja, se o passageiro tinha o direito de despachar 23 kg, ele podia levar duas malas de 11 kg cada sem pagar excesso, o que não é mais permitido. Já a Azul manteve a opção, mas só em voos domésticos.

Outra regra que mudou, pelo menos na Gol e na Latam, é a possibilidade de somar o peso das malas quando casais ou familiares viajam e despacham bagagens juntos. As duas empresas, bem como a Azul, ressaltam que a franquia é individual e não pode ser compartilhada.

As mudanças pegaram muitos passageiros de surpresa, mesmo meses depois da implementação das novas regras. Segundo eles, as empresas informam sobre a compra da franquia no site, mas não explicam de forma detalhada os procedimentos.

CONFUSÃO

"A gente fica muito perdido", reclama Isabela Cavalcanti, 22, que precisou pagar excesso de bagagem. A estudante, que viajava pela Gol de São Paulo para Campo Grande (MS), tinha pago R$ 80 pela internet para despachar duas malas de 23 kg.

Achou que, com isso, teria direito a 46 kg. Levou três malas que, somadas, deram 40 kg, mas precisou pagar pelo volume extra mesmo assim. "Se soubesse, tinha trazido só duas malas grandes e não teria que gastar mais. Tive que pagar R$ 120", diz.

O engenheiro eletrônico Daniel Guerra, 56, saiu da fila bufando. Acostumado a viajar a trabalho, ficou perplexo quando teve que pagar excesso de bagagem em um voo doméstico da Latam. Daniel carregava uma mala de 20 kg e uma caixa com ferramentas, de 2 kg. "É injusto. Vou pagar R$ 80 por 2 kg. Se a caixa tivesse 23 kg, pagaria o mesmo valor.

Para o policial militar Diogo Burgos Felix, 39, a experiência é "um constrangimento". Ele e a namorada precisaram abrir malas diante do check-in para transferir roupas e produtos de higiene de uma bagagem para outra.

Os dois compraram franquias de 23 kg cada um, em um voo da Latam para Manaus. Levavam uma bagagem maior, de 30 kg, e outra menor, de 10 kg. Achavam que estavam dentro da franquia, porque tinham apenas 40 kg os dois. "Estamos acostumados a viajar e somar os pesos, não sabíamos que não era mais permitido. O site da empresa não é taxativo que a franquia é individual e intransferível", reclamou ele.

Após a manobra, a mala mais pesada ainda tinha 1,9 kg de excesso. O atendente insistiu que Diogo precisaria pagar R$ 80. "Pedi para chamar o superior, mas uma atendente disse que dava para passar e pronto", contou.

Segundo a advogada do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) Claudia Almeida, é preciso ficar mais atento às regras. "Cada companhia agora tem uma política diferente de bagagem e de excesso. Em resumo, o melhor é levar só uma mala de 23 kg, com as dimensões estipuladas pela empresa."

Para Almeida, as empresas precisam orientar melhor os passageiros. "Muitos consumidores estão insatisfeitos com a falta de informação. As novas regras não estão fáceis de achar nos sites". O Idec foi contra o pagamento por bagagem despachada.

Segundo o diretor da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), Henrique Lian, o problema não é a cobrança, mas a forma como foi criada."Acabou virando um negócio, e não uma forma de baratear as passagens."

Imunização

Dia D de vacinação: CCZ imunizará cães e gatos em 10 pontos da Capital em feriado

A estrutura de vacinação será montada do lado de fora das unidades de saúde

17/11/2024 14h30

Vacinação contra raiva terá dia D na Capital

Vacinação contra raiva terá dia D na Capital Foto/Reprodução

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A vacinação contra a raiva em cães e gatos ganha reforço em Campo Grande na próxima quarta-feira (20), com a realização de um dia de imunização promovido pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Das 8h às 15h, 10 pontos de atendimento, incluindo Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Centros Regionais de Saúde (CRSs) e a Praça Ari Coelho, estarão disponíveis para a população.

A chefe do serviço de controle da raiva e outras zoonoses, Maria Aparecida Cunha, destaca a organização do evento: “Em todos os 11 pontos, haverá supervisão de agentes do CCZ.” Além disso, agentes comunitários de saúde e acadêmicos do curso de medicina veterinária da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) também participarão da campanha.

A estrutura de vacinação será montada do lado de fora das unidades de saúde, usando estacionamentos ou laterais dos prédios para não interferir no fluxo de pacientes. Na Praça Ari Coelho, será montada uma tenda com um ponto de vacinação.

Raiva

A raiva é uma doença viral transmitida aos seres humanos por mordidas, arranhões ou lambidas de mamíferos infectados. A doença causa encefalite aguda grave e tem taxa de letalidade próxima a 100% caso a profilaxia pós-exposição não seja realizada em tempo oportuno.

A OMS tem como meta eliminar os casos de raiva humana causados pela variante canina até 2030 no mundo e até 2026 no Brasil. Entre 2010 e 2024, foram registrados 48 casos de raiva humana no mundo, e em Campo Grande, houve 14 casos de raiva em morcegos nesse período.

Na capital, são realizados aproximadamente 5.000 atendimentos profiláticos ao ano e aplicadas 4.400 doses de vacina antirrábica em pessoas que sofreram acidentes com animais potencialmente transmissores de raiva. O CRS Nova Bahia é a unidade de referência para acidentes graves no município, tanto na rede pública quanto na privada. Atualmente, o atendimento antirrábico humano é oferecido exclusivamente pelo SUS e realizado apenas nas UPAs e CRSs.

Em outubro, a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) lançou o site https://semraiva.com.br, onde é possível encontrar informações para a população e profissionais de saúde sobre a raiva, incluindo orientações sobre como agir em caso de mordidas, ciclos de transmissão e locais de vacinação contra a doença.

A secretaria também implementou um novo sistema de notificação de casos de raiva para os profissionais de saúde, em parceria com a UFMS e a Fiocruz. A ferramenta otimiza o tempo de resposta e aumenta a precisão das notificações. O próximo passo é o desenvolvimento de um aplicativo móvel.

Campanha de Vacinação

A campanha de vacinação antirrábica, iniciada em 1º de agosto, visa imunizar 179.620 cães e 89.810 gatos em Campo Grande. Até o momento, foram vacinados 34% dos cães (61.592) e 24% dos gatos (21.853). A CCZ já percorreu todos os bairros das regiões Norte, Segredo, Oeste do Imbirussu e Oeste da Lagoa.

O objetivo da coordenadoria é vacinar até o final do ano 80% dos animais do município, com os agentes de saúde realizando visitas casa a casa. Até agora, 140.050 imóveis foram visitados, mas 46% estavam fechados.

Quem não puder levar o animal para vacinar na próxima quarta-feira, poderá procurar o CCZ na Av. Filinto Müller, 1.601, Vila Ipiranga, de segunda a sexta, das 7h às 21h, e aos sábados, domingos e feriados, das 6h às 22h.

Cidades

Casa do autor de ataque em Brasília pega fogo em Santa Catarina

Uma mulher sofreu queimaduras e foi encaminhada para o hospital

17/11/2024 11h15

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A casa do catarinense autor do ataque a bombas na Praça dos Três Poderes, Francisco Wanderley Luiz, pegou fogo na manhã deste domingo, 17.

Segundo informações do 15° Batalhão de Bombeiros Militar de Santa Catarina, a ocorrência aconteceu por volta das 7h. Uma mulher sofreu queimaduras e foi encaminhada para o hospital.

A residência de 50 metros quadrados, que fica em Rio do Sul, foi parcialmente tomada pelas chamas. Segundo o Batalhão, foram necessários oito mil litros de água para conter o incêndio.

A Polícia Civil e a Polícia Federal foram procuradas pelo Estadão, mas ainda não responderam.

Na esquina do terreno onde houve o incêndio há um outdoor anunciando os serviços do "Chaveiro França", que era o nome usado por Francisco Wanderley Luiz na cidade catarinense.

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