Cidades

FEMINICÍDIO

Depois de matar ex enforcada, homem faz ritual macabro

Osmar Antônio da Silva Rodrigues, 34 anos, é apontado como autor do crime

LAURA HOLSBACK

01/12/2015 - 07h53
Continue lendo...

Osmar Antônio da Silva Rodrigues, 34 anos, matou a ex-convivente Flaviana Luiz Batista, 23, enforcada, ontem (30), na casa onde moravam, na Rua Araxa, no Bairro de Lourdes, em Paranaíba – distante 407 quilômetros de Campo Grande. No local, policiais encontraram ritual macabro feito pelo assassino, antes da fuga, e tiveram informação de que o assassinato pode ter sido motivado por divisão de bens.

De acordo com registro da Polícia Civil, a mulher, que atuava como empregada doméstica, foi encontrada morta por familiares, durante a noite, depois de não ter sido vista o dia todo. Ela estava separada de Osmar havia dois meses, no entanto moravam na mesma casa porque ele se recusava dividir o imóvel com a ex.

Uma irmã de Faviana, contou que o último contato com a jovem foi por volta das 8h30min, horário em que ela havia saído para trabalhar e receber o pagamento do mês. Ainda, que passou a desconfiar de que algo tivesse acontecido, depois de, no começo da tarde, Osmar ter mandado um irmão ir buscar o filho e dizer que a esposa estava com um advogado.

Na ocasião, foi percebido que o irmão do assassino estava com a bicicleta que Flaviana usava como meio de transporte. Familiares, então, decidiram passar em frente à casa dela e viram que estava fechada.

Por volta das 16h30min, Osmar foi encontrado em rua, já com o filho. Ele disse que estava bem com a esposa e que ela estava em advogado, providenciando a divisão da casa com ele.

A irmã tentou telefonar para a jovem, mas as ligações eram diretamente direcionadas para a caixa postal. Novamente em contato com o marido de Flaviana, o homem disse que ela tinha chegado, mas saído para a escola, onde familiares foram e não a encontraram.

Ao se deparar novamente com Osmar, em via pública, a irmã de Flaviana disse que tinha chamado a polícia. Então, o homem fugiu. Ela foi até a casa da vítima e a encontrou morta.

Policiais constataram que Flaviana foi assassinada enforcada com corda ou cadarço. Fato que causou estranheza foi que, aos pés dela, Osmar havia deixado espalhadas fotografias dela, dele e do filho.

Há suspeita que o marido tenha roubado parte do pagamento da vítima.  

O crime foi registrado como feminicídio. 

Cidades

Após 10 anos sem registro, criança morre de coqueluche em Campo Grande

Última morte registrada em Mato Grosso do Sul pela doença havia sido em 2014; Nova vítima tinha 1 mês

28/02/2025 18h16

Prevenção da Coqueluche é feita através da vacinação

Prevenção da Coqueluche é feita através da vacinação Foto: Divulgação

Continue Lendo...

Uma criança de 1 mês e 29 dias morreu vítima de coqueluche, em Campo Grande. É o primeiro registrado pela doença após mais de 10 anos sem registro de óbitos.

De acordo com comunicação de risco publicada nesta sexta-feira (28) pela Coordenadoria de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-CG), a criança morreu no dia 19 de fevereiro e não apresentava comorbidades, nem tinha histórico de contato ou viagem.

Devido à idade, ela também ainda não tinha a vacina penta, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae B, mas é indicada para crianças a partir dos dois meses de idade. 

Ainda segundo o Cievs, a criança passou por atendimento médico no dia 10 de fevereiro, na Clínica da Família, com quadro de tosse secretiva que já durava três dias, febre e despertares com dispnéia.

No dia 15, o menino foi novamente atendimento, desta vez em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), com febre e tosse seca, dispneia e tiragem intercostal, que é uma dificuldade respiratória grave.

O bebê foi encaminhado ao hospital no dia 16 de fevereiro, já com quadro de bronqueolite e pneumonia associados, com sinais de gravidade, como esforço respiratório e dependência de oxigênio.

No mesmo dia, ele apresentou piora progressiva, necessitando de ventilação pulmonar mecânica.

"Houve piora progressiva com choque séptico e choque refratário. Evoluiu com PCR [parada cardiorrespiratória] e óbito", diz a nota.

O caso foi notificado como suspeito para coqueluche no dia 17 de fevereiro, sendo coletado material e encaminhado para diagnóstico no Laboratório Central (Lacen). 

O resultado saiu no dia 21 de fevereiro, positivo para coqueluche.

Dez anos sem mortes

Conforme dados do painel epidemiológico do Ministério da Saúde, Mato Grosso do Sul não registrava mortes por Coqueluche desde 2014, quando houve três óbitos, sendo um em Campo Grande. 

Nos anos de 2021, 2022 e 2023, sequer foram registrados casos suspeitos da doença na Capital.

No ano passado, foram registrados nove casos na Capital e 75 em todo o Estado, mas todos evoluíram para cura. No Brasil, foram três mortes em 2024, sendo duas em Minas Gerais e uma no Rio Grande do Sul.

Já neste ano, o único caso registrado até então é o da criança que veio a óbito.

A morbidade da coqueluche no país já foi elevada. No início da década de 1980 eram notificados mais de 40 mil casos anuais, número que caiu abruptamente a partir de 1983, mantendo, desde então, tendência decrescente.

 Coqueluche

A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada pela bactéria Bordetella Pertussis. A principal característica são crises de tosse seca e pode atingir, também, traqueia e bronquios.

As crianças menores de seis meses podem apresentar complicações da coqueluche que, se não tratada corretamente, podem levar à morte.

A contaminação é por meio de gotículas eliminadas pela tosse, fala, espirro e ocorre ainda por meio de objetos contaminados pela secreção do doente.

Os principais sintomas são febre, mal-estar geral, coriza e tosse seca. Gradualmente, a tosse se torna mais intensa e frequente evoluindo para crises de tosse incontroláveis e rápidas que podem causar vômitos.

É necessário ter uma atenção especial para bebês menores de 6 meses, já que são mais propensos a ter as formas graves da doença.

A melhor forma de prevenir é tomar a vacina pentavalente, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças até 6 anos, 11 meses e 29 dias, mas o ideal é vacinar antes de completar um ano de idade.

São 3 doses aplicadas, aos 2, 4 e 6 meses de idade. É preciso ainda tomar duas doses de reforço da vacina DTP (tríplice bacteriana), uma aos 15 meses de idade e outra até os 4 anos.

Gestantes, mesmo se vacinadas em gestações anteriores, devem fazer uma dose da vacina do tipo adulto (dTpa), a partir da 20ª semana da gestação atual.

A vacinação é importante para imunização passiva (passagens de anticorpos maternos e a transferência passiva de anticorpos para o bebê), até os dois primeiros meses de vida.

Levantamento

Com R$ 2.169, renda domiciliar de MS é 4,8% maior que a média nacional

Conforme levantamento do IBGE, renda média de domicílios do estado ficou a frente do Espírito Santo, Goiás e Minas Gerais

28/02/2025 18h01

Imagem ilustrativa

Imagem ilustrativa Foto: Arquivo, Correio do Estado

Continue Lendo...

Mato Grosso do Sul registrou a 8ª maior renda domiciliar per capita do País em 2024. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

Com o valor alcançado de R$ 2.169, o índice é 4,8% maior do que a média nacional, de R$ 2.069. Vale destacar que atualmente, o salário mínimo nacional é de R$ 1.518.

O índice sul-mato-grossense está apenas atrás do Distrito Federal (R$ 3.444), São Paulo (R$ 2.662), Rio Grande do Sul (R$ 2.608), Santa Catarina (R$ 2.601), Rio de Janeiro (R$ 2.490), Paraná (R$ 2.482) e Mato Grosso (R$ 2.276).

E acima de estados como Espírito Santo (R$ 2.111), Goiás (R$ 2.098), Minas Gerais (R$ 2.001) e Tocantins (R$ 1.737). Confira o ranking completo:

Média nacional do Brasil - R$ 2.069  

Unidades Federativas:

  1. Distrito Federal - R$ 3.444  
  2. São Paulo - R$ 2.662  
  3. Rio Grande do Sul - R$ 2.608  
  4. Santa Catarina - R$ 2.601  
  5. Rio de Janeiro - R$ 2.490  
  6. Paraná - R$ 2.482  
  7. Mato Grosso - R$ 2.276  
  8. Mato Grosso do Sul - R$ 2.169  
  9. Espírito Santo - R$ 2.111  
  10. Goiás - R$ 2.098
  11. Minas Gerais - R$ 2.001
  12. Tocantins - R$ 1.737
  13. Rondônia - R$ 1.717 
  14. Rio Grande do Norte - R$ 1.616
  15. Roraima - R$ 1.538  
  16. Amapá - R$ 1.514  
  17. Sergipe - R$ 1.473  
  18. Pernambuco - R$ 1.453  
  19. Paraíba - R$ 1.401
  20. Bahia - R$ 1.366  
  21. Piauí - R$ 1.350  
  22. Pará - R$ 1.344  
  23. Alagoas - R$ 1.331  
  24. Acre - R$ 1.271
  25. Amazonas - R$ 1.238
  26. Ceará - R$ 1.225 
  27. Maranhão - R$ 1.077

Levantamento

O rendimento domiciliar per capita é calculado como a razão entre o total dos rendimentos domiciliares (nominais) e o total dos moradores. Nesse cálculo, são considerados os rendimentos de trabalho e de outras fontes.

Todos os moradores são considerados no cálculo, inclusive os moradores classificados como pensionistas, empregados domésticos e parentes dos empregados domésticos.

Os valores foram obtidos a partir dos rendimentos brutos de trabalho e de outras fontes, efetivamente recebidos no mês de referência da pesquisa, acumulando as informações das primeiras visitas da PNAD Contínua feitas no 1º, 2º, 3º e 4º trimestres de 2024.

A PNAD Contínua é uma pesquisa domiciliar, amostral, realizada pelo IBGE desde janeiro de 2012, que acompanha as flutuações trimestrais e a evolução da força de trabalho, entre outras informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país.

No caso específico dos rendimentos, são coletadas as informações referentes ao trabalho em todas as visitas e referentes às outras fontes de rendimento nas primeiras e quintas visitas ao domicílio. Para o cálculo anual do rendimento domiciliar per capita a partir da PNAD Contínua, utiliza-se a primeira visita ao domicílio.

Em 2020 e 2021, houve queda acentuada de taxas de aproveitamento da coleta, principalmente da primeira visita ao domicílio. As menores taxas de aproveitamento das entrevistas refletiam o contexto excepcional, ocasionado pela pandemia de Covid-19 nesses anos, e os procedimentos adotados para minimizar as perdas de informação que poderiam ocorrer devido à pandemia, ao isolamento social e ao acesso dos entrevistadores aos domicílios.

A partir de 2022, já se observava o processo de recuperação do aproveitamento das entrevistas em curso, o que se consolidou em 2023.

Metodologia

Diante desses impactos, para o cálculo do rendimento domiciliar per capita dos anos de 2020, 2021 e 2022, foi adotada a quinta visita ao domicílio, em alternativa ao padrão até então adotado (primeira visita) e temporariamente suspenso em decorrência da pandemia de Covid-19.

A partir de 2023, com o retorno aos níveis de aproveitamento das amostras, o cálculo do rendimento domiciliar per capita volta a ter como referência o banco de primeira visita aos domicílios.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail marketing@correiodoestado.com.br na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).