Campo Grande poderá ter a primeira central de processamento de alimentos orgânicos, com investimento de R$ 1,25 milhão, de acordo com reportagem publicada hoje (25) no jornal Correio do Estado. O projeto foi encaminhado ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Fundação Banco do Brasil por cooperativas ligadas à agricultura familiar, atendendo à chamada pública do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) do Governo federal. A proposta é concentrar no mesmo espaço alimentos orgânicos e melhorar a qualidade dos produtos que serão comercializados.
De acordo com Osmar José Schossler, presidente da Cooperativa dos Produtores Orgânicos da Agricultura Familiar (Organocoop), uma das entidades que estão à frente do projeto, a central possibilitará ao consumidor adquirir produtos orgânicos, processados para a comercialização. “A cenoura, por exemplo, será cortada em palitinhos, embalada”, ilustra Schossler. Processos semelhantes ocorrerão com outros alimentos.
A proposta foi encaminhada há cerca de 50 dias e, de acordo com Schossler, a resposta pode ser dada em pouco tempo. “Estamos aguardando”, diz, enfatizando que se trata de projeto que está sendo avaliado e, por isso, não se pode assegurar a instalação da central. Como o projeto reúne diferentes entidades ligadas à produção familiar, a central ofertará não apenas produtos agrícolas, mas também os da pecuária orgânica. “Poderá ter, por exemplo, leite orgânico”, afirma Schossler. Ele acrescenta que a iniciativa deverá estimular produtores familiares a buscar o certificado de orgânico.
Hoje são 62 os associados à Organocoop. Schossler estima que, com a central, esse número aumente para, pelo menos, cem famílias. Para comercializar seu produto como orgânico, o produtor familiar deve fazer parte de um grupo vinculado à Organização de Controle Social (OCS), explica Schossler. Ele acrescenta que o produtor pode procurar a cooperativa para ser auxiliado neste sentido. A matéria é assinada por Osvaldo Júnior.