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Brasil prepara plano nacional contra doenças crônicas

Brasil prepara plano nacional contra doenças crônicas

ig

09/08/2011 - 00h00
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Na próxima semana o Brasil deve fechar as propostas de um plano nacional de enfrentamento para um grupo de doenças que, sozinho, é responsável por 63% das mortes do planeta, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Baseado em ações cujo foco é estimular a mudança de hábitos da população, o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis quer estimular os brasileiros a comer melhor e a praticar atividades físicas. A meta do governo é reduzir a taxa de mortalidade prematura (menos de 70 anos) por essas enfermidades em 2% ao ano.

No Brasil as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) – sendo as principais o câncer, o diabetes e as doenças cardiovasculares e respiratórias – correspondem a 72% dos óbitos anuais, atingindo especialmente as camadas da população de mais baixa renda e escolaridade. São doenças, dizem os especialistas, em sua maioria causadas por fatores de risco diretamente ligados ao desenvolvimento: aumento da renda, sedentarismo e dietas calóricas ricas em sal e gorduras.

Em entrevista exclusiva ao iG o ministro da Saúde Alexandre Padilha admite que as ações propostas são difíceis de serem concretizadas, pois dependem, em grande parte, de mudanças de comportamento individuais.

“Apostamos muito na parceria com a educação, no espaço da escola para promover essas mudanças. A merenda escolar tem de ser uma promotora de hábitos saudáveis. A escola tem de estimular a atividade física”, disse o ministro.

Mais participação

Na avaliação da presidente do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), Rosane Nascimento da Silva, as iniciativas não podem se restringir a um só ministério ou ação pública. Ela lembra que todo processo de mudanças precisa de medidas regulatórias e legislativas, mas considera o apelo da publicidade o mais importante nesse momento.

“Sentir-se parte desse movimento é que é difícil. Por isso, as campanhas por uma alimentação mais saudável não podem durar um mês. As ações devem ser sistemáticas”, ressalta.

A presidente do CFN lembra que as parcerias com o setor produtivo – para reduzir, por exemplo, a quantidade de sal, gordura e açúcar dos alimentos – também são fundamentais.

“Avançamos em termos de princípios e diretrizes, agora precisamos ir às ruas. O próprio consumidor precisa pressionar as estruturas para que as mudanças aconteçam”, defende.

A construção de equipamentos para realização de atividade física próximos às unidades de saúde é outra aposta forte do ministério para promover hábitos saudáveis. No Programa Academias da Saúde, os municípios receberão mais recursos para construir novas estruturas e contratar profissionais de educação física, fisioterapeutas e agentes de educação para estimular os pacientes a fazer atividade física. Nos projetos-piloto, segundo Alexandre Padilha, houve redução de 50% no uso de antidepressivos, 50% no uso de antiinflamatórios e aumento no controle de hipertensão e de diabetes.

O presidente do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), Jorge Steinhilber, encara com ceticismo as propostas e metas previstas no documento. Para ele, fomentar a prática de atividades exercícios a partir de uma premissa de combate a doenças não é a melhor abordagem para conseguir a adesão da população.

“A Política Nacional de Promoção da Saúde foi criada em 2006 e mal saiu do papel. O governo precisa se propor a enfrentar o tema como se propôs a enfrentar a fome no início do governo Lula. E para isso é preciso investimentos e ações coordenadas entre todos os ministérios” critica.

Problema comum

A preocupação com o impacto futuro de tantas mortes precoces entre a população economicamente ativa não é uma exclusividade brasileira. Em setembro, em Nova York, pela terceira vez na História, saúde será o tema central de uma assembléia nas Nações Unidas conhecida como High Level Meeting (reunião de alto nível, em tradução livre) cujo objetivo é combater uma doença (neste caso um grupo de doenças) em escala planetária.

Assim como foi feito com a pólio (conhecida como paralisia infantil) nos anos 80, e com a aids, na última década, ministros e chefes de estado de todos os países membros da entidade apresentarão as propostas de cada nação para conter o avanço das doenças crônicas não transmissíveis.

O esforço mundial foi fomentado pelos recentes alertas da OMS para o aumento na incidência das DCNTs em todo o mundo e pelas estimativas dos especialistas em economia e demografia sobre a influência desse grupo de doenças na redução do Produto Interno Bruto (PIB) mundial – alguns estimam que elas poderão inclusive atrasar o desenvolvimento de países como o Brasil, a China e a Índia.

 

AS METAS
Reduzir as mortes prematuras (menos de 70 anos) por DCNTs em 2% ao ano
Diminuir a prevalência de obesidade em crianças e adolescentes
Deter o crescimento da obesidade em adultos
Reduzir as prevalências de consumo nocivo de álcool e do tabagismo em adultos
Aumentar a prevalência de atividade física no lazer
Ampliar o consumo de frutas e hortaliças e reduzir o consumo médio de sal
Aumentar a cobertura de mamografia em mulheres entre 50 e 69 anos
Ampliar a cobertura de exame preventivo de câncer de colo do útero em mulheres de 25 a 59 anos
Tratar 100% de mulheres com diagnóstico de lesões precursoras de câncer
FONTE: Ministério da Saúde

 

CONHEÇA AS PRINCIPAIS AÇÕES DO PLANO
Atividade física: construir espaços que estimulem a prática de atividade físicas nas cidades, reformular espaços nas escolas para ampliar a prática educação física, incentivar a prática de atividade física fora do turno de estudo, construir e reativar ciclovias, parques, praças e pistas de caminhadas e realizar mais campanhas de conscientização sobre o tema.
Alimentação saudável: garantir o fornecimento de alimentos saudáveis no Programa Nacional de Alimentação Escolar, estabelecer parcerias para o aumento da produção e da oferta de frutas e hortaliças, fomentar a adoção de medidas fiscais para aumentar a produção e baratear os preços de alimentos saudáveis e negociar com as indústrias alimentícias a redução de sal, gorduras e açúcar nos alimentos industrializados.
Álcool e cigarro: adequar a legislação nacional que regula o fumo em recintos coletivos, ampliar as ações de prevenção e de cessação do tabagismo (com atenção especial para jovens, mulheres e população de menor renda e escolaridade), aumentar os impostos sobre os dois produtos, ampliar a fiscalização e a punição quem vende álcool a menores de 18 anos.
Envelhecimento: ampliar ações de incentivo aos idosos para a prática da atividade física regular no programa Academia da Saúde, capacitar profissionais de saúde para atender idosos e pessoas com condições crônicas, campanhas para incentivar o autocuidado e o uso racional de medicamentos e criar programas para formação do cuidadores de idosos e doentes crônicos na comunidade.
Cuidado integral: melhorar o rastreamento do câncer do colo do útero e garantir 100% de acesso ao tratamento, tornar mais rápido e eficaz o cuidado ao paciente com doenças circulatórias na rede de urgência, criar estruturas hospitalares específicas para tratar acidente vascular cerebral (AVC) e infarto, evitando espera nas portas dos hospitais.

Cidades

UFMS aprova cinco novos cursos de pós-graduação em Campo Grande

No mesmo evento, foram aprovados também o Mestrado Profissional em Educação, no Câmpus de Naviraí (CPNV) e o Mestrado Profissional em Ensino de Computação

02/10/2024 17h30

UFMS aprova cinco novos cursos de pós-graduação em Campo Grande

UFMS aprova cinco novos cursos de pós-graduação em Campo Grande Gerson Oliveira

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A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) terá cinco novos cursos de pós-graduação, entre mestrados e doutorados. A aprovação ocorreu na 231ª e 232ª Reunião do Conselho Técnico-Científico da Educação Superior da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Serão eles: o Mestrado em Arquitetura e Urbanismo, que será ofertado na Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng); o Mestrado Acadêmico em Filosofia, na Faculdade de Ciências Humanas (Fach); e o Doutorado Profissional em Estudos Fronteiriços, no Câmpus do Pantanal (CPan). 

No mesmo evento, foram aprovados também o Mestrado Profissional em Educação, no Câmpus de Naviraí (CPNV) e o Mestrado Profissional em Ensino de Computação, desenvolvido pela Faculdade de Computação (Facom) em Rede com outras 16 instituições de todo o país.

“É uma grande conquista para a nossa Universidade, Estado e toda a região. E esse resultado demonstra a qualidade do trabalho desenvolvido por todos os profissionais envolvidos nessas propostas. São cinco cursos muito esperados pela comunidade universitária e pela sociedade em geral, que irão realizar os sonhos de docentes, técnicos-administrativos e estudantes dessas áreas”, comemorou o diretor de Pós-Graduação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propp), Daniel Henrique Lopes.

Mestrado em Arquitetura e Urbanismo 

Para os estudantes do Programa, será ofertada formação e qualificação para os setores público e privado, permitindo atuar no ensino, pesquisa, gestão, entre outras atividades, nos mais diversos segmentos. 

A principal área de concentração será Processos e Produção do espaço construído e habitado com duas linhas de pesquisa: Conforto e tecnologia construtiva do ambiente e Fundamentos e práticas da Arquitetura, Urbanismo e Design. 

Já o público-alvo serão todos os profissionais da área com interesse em ampliar sua qualificação. Segundo o coordenador, dados do Conselho de Arquitetura e Urbanismo mostram que existem atualmente 3,8 mil arquitetos e urbanistas no Estado, com aumento considerável esperado para os próximos anos. 

Mestrado Acadêmico em Filosofia

Segundo o docente, devido à transdisciplinaridade da Filosofia, o mestrado poderá receber profissionais de diversas formações. A formação será ampla, aberta e voltada para os desafios e potencialidades regionais.

A área de concentração será em História da Filosofia, com duas linhas de pesquisa: Epistemologia e filosofia da ciência e Ética e filosofia política. 

Doutorado Profissional em Estudos Fronteiriços

A área de concentração será Estudos fronteiriços com linhas de pesquisa em: Estratégias políticas, mobilidade humana e desenvolvimento territorial em áreas de fronteira e Saúde, educação e trabalho em áreas de fronteira. Profissionais de diversas áreas poderão se inscrever.

Mestrado Profissional em Educação

A área de concentração será Docência na Educação Básica com duas linhas de pesquisa: Formação docente, fundamentos e práticas pedagógicas e Diversidade e inclusão escolar e social.

Na primeira linha, os estudos abordarão temas como identidade e trabalho docente; memórias e trajetórias de profissionais da educação; tecnologias digitais na educação; arte, corpo e música na educação; políticas, gestão e avaliação educacional e escolar; processos de aprendizagem; métodos e metodologias de ensino; práticas pedagógicas na educação básica.

Já na segunda, serão estudados os eixos: educação básica em interface com as questões de gênero, sexualidade, relações étnico-raciais, vulnerabilidade social, educação especial e inclusão na escola e na sociedade.

Mestrado Profissional em Ensino de Computação

Por fim, o Programa de Mestrado Profissional em Educação de Computação em Rede Nacional (Profcomp), terá como área de concentração do Programa será Computação e as linhas de pesquisa: Pensamento Computacional, Mundo Digital e Cultura Digital. 

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Dourados

Fisiculturista é preso com R$ 7 milhões em cocaína escondida debaixo da cama

Uma arma de 9 mm foi encontrada na residência. A prisão ocorreu nesta segunda-feira (1º), após policiais rodoviários federais receberem informações sobre um caminhonete carregado de cocaína estacionado na BR-463.

02/10/2024 17h03

Cocaína pura foi avaliado em R$7 milhões

Cocaína pura foi avaliado em R$7 milhões Fotos/ Polícia Rdooviária Federal

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O fisiculturista Allgner Rodrigues Mongelo, de 34 anos, foi preso nesta terça-feira (1º) depois que policiais rodoviários federais encontraram uma carga milionária de cocaína pura, avaliada em R$ 7 milhões, escondida debaixo da cama em sua residência, localizada no Bairro Altos do Indaiá, em Dourados, a 220 quilômetros de Campo Grande. No imóvel, os policiais também apreenderam uma pistola 9mm com numeração raspada.

Conforme informações do inspetor Waldir Brasil, chefe da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal em Dourados, o fisiculturista foi preso na Avenida Guaicurus, enquanto conduzia um caminhonete Ford Ranger. A prisão ocorreu após o núcleo de investigação da Polícia Rodoviária Federal receber informações de que um veículo, vindo do Paraguai, estava realizando paradas frequentes no acostamento da BR-463.

Os policiais foram ao encontro do veículo citado. Ao avistar os agentes se aproximando, o motorista dirigiu o veículo, que não estava acostado, e acelerou em direção ao aeroporto de Dourados, sentido UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), sendo feito próximo à 4ª Brigada de Cavalaria.

Os policiais realizaram uma vistoria no veículo e encontraram 61 tabletes de cocaína pura em compartimentos ocultos. Ao ser questionado, o fisiculturista, sócio de uma academia em Dourados, confessou que havia mais entorpecentes em sua residência.

No imóvel, os policiais rodoviários federais encontraram mais 170 quilos de cocaína pura escondidos debaixo da cama, totalizando 221 quilos apreendidos. Além disso, os policiais localizaram uma pistola de 9 milímetros com dois carregadores municiados.

Ao ser questionado novamente, o fisiculturista permaneceu em silêncio. 

Segundo a Polícia Civil, a carga de cocaína pura foi avaliada em R$7 milhões. 

O caso foi encaminhado para a Polícia Civil de Dourados. O empresário deve passar  por audiência de custódia na tarde desta nesta quarta-feira (2). 

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