Tecnologia

ATIVIDADE CEREBRAL

Estudo mostra mudanças que ocorrem sob efeito de anestesia

Estudo mostra mudanças que ocorrem sob efeito de anestesia

TERRA

06/11/2012 - 00h00
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Pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts (MGH, na sigla em inglês) e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) identificaram pela primeira vez um modelo de atividade cerebral que parece sinalizar exatamente quando pacientes perdem a consciência com anestesia geral. Mesmo que seu estudo envolva apenas a droga anestésica propofol, a equipe de pesquisa acredita que os resultados encontrados serão aplicados a outras formas de anestesia geral e poderão levar a formas melhores de monitorar pacientes anestesiados.

"Como os anestésicos produzem a inconsciência é um grande mistério científico, então essa descoberta é muito importante por que sugere um mecanismo específico de como o propofol, uma das drogas anestésicas mais usadas, funciona", disse Patrick Purdon, autor da pesquisa e instrutor em anestesia no MGH. "O modelo encontrado marca um novo estado do cérebro em que neurônios em diferentes áreas se tornam inativos em diferentes momentos, prejudicando a comunicação entre diversas regiões cerebrais", afirmou Purdon.

De acordo com o hospital, a atual hipótese da natureza da inconsciência é que ela representa a perda de funções de comunicação no cérebro. Estudos dos efeitos de anestesia geral em animais, por exemplo, não podem determinar precisamente quando a consciência é perdida. O estudo dos pesquisadores americanos mediu a atividade de neurônios singulares e de conexões neurológicas em três pacientes que tiveram eletrodos implantados no cérebro para ajudar no diagnóstico de epilepsia. No início dos procedimentos cirúrgicos para remover os eletrodos, pacientes eram solicitados a apertar um botão quando ouvissem um som, gerado a cada quatro segundos. Quando um paciente não respondia a dois tons seguidos, o período de cinco segundos definido por cada som era identificado como o ponto em que a consciência foi perdida.

Análises da atividade de neurônios singulares mostraram uma diminuição na atividade geral, mas não até 30 segundos após a perda da consciência. Esse tempo em que a consciência foi perdida, porém, coincidiu com uma mudança significante na estrutura de atividades cerebrais. Enquanto atividades elétricas em um cérebro consciente parecem ser desorganizadas sem a presença de modelos regulares, participantes do estudo iam perdendo a consciência e essa atividade começava a mostrar oscilações regulares entre estados de ativação e desativação do cérebro.
"Esses períodos desativados ou silenciosos de atividades cerebrais ocorreram em tempos diferentes em diversas regiões do cérebro, então a comunicação entre as regiões é interrompida", disse Laura Lewis, coautora da pesquisa. "É como se uma região cerebral estivesse em Boston e a outra em Singapura - elas não podem fazer ligações entre elas por que uma está dormindo quando a outra está acordada", afirmou. Esse é o primeiro estudo que grava atividade neurológica durante a transição à inconsciência e o primeiro a combinar o "ataque" desse modelo com a perda de consciência.

"Antes, os modelos de ondas cerebrais e a fisiologia do cérebro que indicavam inconsciência não eram claras, então anestesistas não tinham uma forma correta de monitorar o cérebro durante a aplicação de uma anestesia geral. Agora que identificamos um marco específico associado à inconsciência, podemos desenvolver sistemas que indicarão o nível de consciência dos pacientes e ajudar os anestesistas a determinarem a melhor dosagem da droga a ser usada. Dessa forma, poderíamos ajudar a prevenir momentos raros em que o paciente acorda no meio da cirurgia ou evitar uma overdose de anestesia", explica Purson.

Inteligência Artificial

"Boom" de imagens geradas por IA em estilo Ghibli nas redes sociais causa polêmica; entenda

Upgrade do Chat GPT possibilitou a criação de imagens em estilo de animação japonês de Studio famoso e dividiu opiniões.

31/03/2025 16h36

Imagem do ponto turístico Obelisco criada com IA

Imagem do ponto turístico Obelisco criada com IA Reprodução IA

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Durante a última semana, a internet ficou repleta de fotos que fizeram a rede parecer um grande gibi. Se você não viu nenhuma imagem parecida com isso enquanto rolava o seu feed em qualquer rede social, saiba o que aconteceu: a OpenAI lançou uma nova atualização do chat GPT, com uma assertividade e previsão muito maior que a anterior. 

No momento, somente quem usa a versão paga da inteligência artificial pode fazer a foto com traços de animação no estilo Studio Ghibli, um estilo de desenho animado japonês. O “boom” foi tão grande que a IA precisou limitar a apenas 3 fotos por dia para não causar uma sobrecarga maior no sistema. 

O upgrade chamado “4º Image Generation” consegue “pensar” mais antes de criar uma imagem e entrega resultados mais detalhados e precisos, além de editar imagens já existentes, incluir pessoas, trabalhar em primeiro e até segundo plano, além da transformação em vídeos curtos conhecidos como “gifs”. 

O Studio Ghibli

O Ghibli é um estudio de animação japonês criado em 1985 por Hayao Miyazaki, Isao Takahata e Toshio Suzuki. Ele é conhecido por seus desenhos de traços leves feitos à mão, cores mais suaves e tons pastéis. Seus personagens geralmente se encontram em cenários detalhados, com referências de natureza e lugares mágicos. Alguns exemplos são os filmes famosos A Viagem de Chihiro, de 2001 e Princesa Mononoke, de 1997. 

Polêmica no estilo Ghibli com o Chat GPT

Nas redes sociais, os usuários ficaram divididos quanto à criação das imagens. Segundo comentários, o mercado de desenhistas é extremamente prejudicado com a criação dos desenhos sem direitos autorais, além de copiar um estilo já existente. “O que torna a arte linda é o trabalho por trás”, comenta um usuário. 

Já outro internauta defende a ferramenta e diz que o que as pessoas estão fazendo é somente replicar um estilo. “O que as pessoas estão fazendo é apenas simular um estilo de desenho que admiramos”, explica. 

Outro comentário defende que "nunca uma produção por IA conseguiria se igualar a uma produção do Studio. Porque falta a essência do tempo, da calma e da reflexão. O orvalho que cai da Folha, o trem que passa sobre as águas, o vento nas folhas das árvores... Não se trata de um estilo de desenho somente, mas, além de muitas coisas, da sutileza da vida."

Em resposta à polêmica, o Instagram do Studio Ghibli Brasil publicou em sua rede no último domingo, 30, falando sobre sua filosofia e os ideais que moldam suas histórias. “O Studio Ghibli é conhecido por seu estilo visual riquíssimo, feito com animação tradicional à mão. Cada cena é planejada com um nível impressionante de detalhes, desde a arquitetura dos cenários até pequenos gestos dos personagens. Essa atenção aos detalhes não apenas enriquece a animação, mas também cria uma imersão emocional para o espectador”, escreve na postagem. 

Onde criar imagens?

Enquanto a OpenAI não libera novamente a geração de imagens para versões gratuitas, existem alternativas para a criação de desenhos no estilo Ghibli usando outras IAs, como o Gemini Google e o Grook, da plataforma X. 

Para isso, é necessário acessar as ferramentas e dar comando detalhados, para que a imagem seja gerada com o máximo de precisão e detalhes pedidos. 

Veja o exemplo: “Preciso que você crie uma imagem em estilo Studio Ghibli de um menino passeando com seu cachorro em uma calçada larga e um bairro pequeno. O menino precisa estar usando camiseta verde, shorts marrom e seu cachorro é de porte médio.”

O resultado você pode visualizar abaixo:

Imagem do ponto turístico Obelisco criada com IA

Tecnologia

Você sabia? Trocar de smartphones regularmente contribui para o aumento do efeito estufa

A fabricação de aparelhos novos gera emissão desenfreada de CO2 na atmosfera.

26/03/2025 17h30

Trocar de dispositivo regularmente contribui para aumento do efeito estufa

Trocar de dispositivo regularmente contribui para aumento do efeito estufa Freepik

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Todos os dias nos deparamos com propagandas e anúncios sobre os avanços tecnológicos e benefícios de um novo aparelho celular que foi ou será lançado. Apesar desta troca ser vantajosa e prazerosa em muitos sentidos, ela pode custar muito caro, e não estamos falando apenas financeiramente. 

Um levantamento divulgado em 2024 revelou que, no Brasil, os smartphones correspondem a mais da metade dos dispositivos digitais em uso, com um total de 258 milhões de aparelhos, uma média maior que um para cada habitante. Esse total coloca o país na lista dos 5 países com mais usuários de  smartphone no ranking mundial. 

O custo ambiental para manter as novidades chegando e abastecendo os usuários que não abrem mão de tecnologia mais moderna é alto. Além do descarte incorreto de elementos tóxicos, a fabricação em massa dos aparelhos eletrônicos incentiva o uso desenfreado de matérias primas esgotáveis. 

Muitas fábricas de telefones celulares são alimentadas por combustíveis fósseis que liberam excesso de CO2 e outros gases de efeito estufa na atmosfera, sem contar o aumento da poluição por plástico. 80% da pegada de carbono de cada dispositivo produzido é gerada na sua fase de fabricação, o que se deve à mineração, refino, transporte e montagem de dezenas de elementos químicos que o compõem. 

O que fazer para minimizar?

Existem vários meios de combinar a modernidade e sustentabilidade. Um deles é a tecnologia sustentável. Além de ajudar o meio ambiente, algumas práticas permitem uma economia financeira. Veja alguns exemplos:

1- Cuide bem do seu celular

Para evitar a troca de um smartphone por mau uso, siga corretamente as instruções do fabricante para a preservação do aparelho. Essas informações são facilmente encontradas no manual de instruções ou até mesmo na internet. Assim, você aumenta a vida útil do aparelho. 

2- Não descarte, conserte

Se o aparelho apresentou um pequeno problema mas ainda funciona, invista no seu reparo.  Se ele ainda estiver na garantia, acione o fabricante.

Caso já tenha ultrapassado o prazo, leve-o a uma assistência de confiança. Além de economizar, você aumenta a vida útil do seu aparelho e escolhe uma opção mais sustentável para o planeta.

3- Doe ou venda o smartphone em bom estado

Caso precise trocar de aparelho enquanto o mesmo ainda está em boas condições, e bem conservado, procure doá-lo ou vendê-lo. Deixar um aparelho parado sem utilidade ocupa espaço, perde seu tempo de vida útil e seu valor. 

Caso o aparelho não esteja em boas condições, busque encaminhá-lo para o descarte correto e reciclagem. Várias peças podem servir para a fabricação de um novo smartphone ou outro produto. No Brasil, a destinação correta do lixo eletrônico está prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) e é regulamentada pelo Decreto Federal 10.240/2020. 

4- Invista em ideias sustentáveis

Já é comum se deparar com meios de minimizar os impactos ambientais quando o assunto é tecnologia. Um desses meios é o crescente ramo de Aluguel de Smartphones. Este serviço, o usuário pode escolher entre dispositivos novos ou usados de diversas marcas pelo período de 12 meses.

Após este período, ele pode renovar a assinatura, trocar o aparelho por outro modelo ou devolver o aparelho sem custos, o que gera uma rotatividade nos equipamentos sem precisar aumentar a produção de novos aparelhos. 

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