Cidades

MUNDO

Imprensa internacional repercute vitória de Dilma Rousseff

Imprensa internacional repercute vitória de Dilma Rousseff

FOLHA ONLINE

01/11/2010 - 07h13
Continue lendo...

Jornais do mundo todo falaram a respeito da eleição de Dilma Rousseff, do PT, como a primeira presidente do Brasil.

Ex-ministra de Minas e Energia e da Casa Civil, Dilma foi alçada já em 2008 à condição de candidata pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que começou então a dar as primeiras indicações de que gostaria de ver uma mulher ocupando o posto mais importante da República.

Veja, abaixo, as principais repercussões dos jornais internacionais.

NEW YORK TIMES

Para o jornal americano "New York Times", Dilma enfrenta agora algumas tarefas "monumentais" que Lula deixou inacabadas: "arrumar o problemático sistema educacional do país, melhorar os padrões de saúde e saneamento para milhões, e transformar o Brasil no tipo de nação desenvolvido que o país vislumbra se tornar."

"Eleita, Dilma terá que agradecer a Lula, o mais propular presidente do Brasil desta geração, por transformar uma sensata burocrata e ex-estudante militar sem experiência em cargos eletivos em sua sucessora", diz o jornal.

Analistas ouvidos pelo jornal alertam, porém, para a tentação do novo governo de que, "agora que o Brasil está indo bem, o Estado poderia se envolver mais nessas oportunidades econômicas, como no setor de petróleo".

Além disso, dizem, o perfil positivo do Brasil no cenário internacional também pode cair com Dilma como líder. "Ela não possui o carisma de Lula e mostrou pouca inclinação para entrar nas arenas diplomáticas globais em que Lula construiu um nome para si e para a nação."

LE MONDE

O jornal francês "Le Monde" destaca os benefícios do apoio de Lula à candidatura de Dilma. "A herdeira politica de Lula, presidente que se beneficia de uma popularidade recorde, era dada como vencedora por todas as pesquisas após o primeiro turno. A sobrevivente de câncer de 62 anos apostou, durante a campanha, no balanço econômico dos anos de Lula, que registraram um crescimento espetacular, permitindo que milhões de brasileiros saíssem da pobreza."

"Desprovida de carisma mas com reputação de 'dama de ferro' quando estava no governo, Dilma Rousseff foi presa e torturada no começo dos anos 70, combatendo a ditadura militar. Quase desconhecida há alguns meses, essa tecnocrata deve sua ascensão ao apoio ativo do presidente que deixa o cargo. No sábado, Dilma assegurou que, se fosse eleita, manteria uma relação 'íntima e forte' com seu mentor", afirma o diário.

EL PAÍS

O espanhol "El País" ressalta o importante momento da economia do Brasil no cenário mundial. "Rousseff se converterá, aos 62 anos, na primeira presidente mulher do Brasil, e terá pela frente uma tarefa formidável em um dos países que melhor representa a emergência de novas potências mundiais."

"Lula, que a elegeu como candidata presidencial contra a opinião de muitos de seus companheiros do PT, foi um elemento decisivo na vitória, mas, como mantém o ex-ministro e sociólogo Roberto Mangabeira Unger, 'agora começa um momento destino, com uma pessoa diferente e com um trabalho que terá suas próprias exigências'", diz o jornal.

CLARÍN

O principal jornal da Argentina destaca em seu site a vitória "contundente" de Dilma, primeira mulher a exercer o cargo de presidente do "país vizinho".

Um dos textos, afirma que Lula foi a estrela da campanha de Dilma e diz que ele "falou mais do que ela nos atos eleitorais. "A chegada dela à Presidência não seria possível sem o empenho pessoal de Lula em sua candidatura, à qual conseguiu transferir parte de sua popularidade na forma de votos", afirma.

"Os assessores de Rousseff, por sua vez, se encarregaram de adoçar seu discurso e de dar ao aspecto pessoal dela uma dose de coquetismo e maior feminilidade, com a intenção de mobilizar o voto das mulheres", diz a publicação. "A nova Rousseff, por baixo dessa imagem de elegância e jovialidade que procura transmitir, se choca com a Rousseff de sempre, que, a pesar de apresentar uma cara mais amável, continua sendo uma mulher resolvida."

THE ECONOMIST

Em seu blog no site da revista "The Economist", o correspondente para a América Latina, Caribe e Canadá diz que "não houve surpresas" na eleição brasileira. A publicação destaca que a Dilma Rousseff nunca havia concorrido a um cargo público e diz que toda a sua vida política foi "nos bastidores".

"Pouco era sabido dela ou de sua personalidade. Serra era muito mais experiente e conhecido", diz a publicação. "Foram os pobres e as regiões menos desenvolvidas do Nordeste que a deram a vitória. Os ricos e mais bem-educados preferiram Serra, mas o Brasil tem poucos deles."

"Perguntados sobre se preferiam continuidade ou experiência, os brasileiros escolheram a continuidade", diz a revista. "A escolha dela do ministro das Relações Exteriores deve dar uma ideia de se ela pretende frear a política externa aventureira de Lula. E sua escolha do ministro da Economia vai mostrar se ela vai levar a sério a tarefa de colocar os gastos públicos sob controle."

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

Continue Lendo...

O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Continue Lendo...

O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).