Cidades

ALTERNATIVA

Manuscrito perdido de Einstein desafia teoria do Big Bang

Manuscrito perdido de Einstein desafia teoria do Big Bang

Terra

28/02/2014 - 18h10
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Um manuscrito que não foi notado por cientistas durante décadas revela que o físico alemão Albert Einstein certa vez se interessou por uma teoria alternativa ao Big Bang. O trabalho, escrito em 1931 e divulgado recentemente, é simular a uma teoria defendida pelo britânico Fred Hoyle quase vinte anos depois. A ideia foi abandonada pouco depois pelo pai da teoria da relatividade, mas mostra que ele hesitava em aceitar que o universo se formou durante um único e explosivo evento. As informações são do Huffington Post.

As primeiras evidências do Big Bang surgiram na década de 20, quando o americano Edwin Hubble e outros cientistas descobriram que galáxias distantes estão se afastando e que o universo em si está se expandindo. Isso indica que, em um passado distante, o conteúdo do cosmos observável estava comprimido em um pequeno e muito denso espaço.

No final da década de 40, Hoyle argumentou que o espaço poderia estar se expandindo eternamente e mantendo uma densidade constante. Isso necessitaria que o universo estivesse constantemente criando massa, com partículas surgindo espontaneamente no espaço, dizia o britânico. Essas partículas então formariam novas estrelas e galáxias, que tomariam o espaço vazio criado pela expansão do universo.

O documento indica que Einstein teve essencialmente a mesma ideia com anos de antecedência. "Para a densidade da matéria permanecer constante, novas partículas devem ser formadas continuamente", escreve o alemão. O manuscrito teria sido produzido durante uma viagem à Califórnia em 1931.

Cormac O’Raifeartaigh, do Instituto de Tecnologia Waterford (Irlanda), diz que quase caiu da cadeira quando descobriu sobre o conteúdo do manuscrito. O físico e colegas publicaram suas descobertas e uma tradução para o inglês do manuscrito no site arXiv.

O manuscrito, afirmam os cientistas, provavelmente foi um rascunho a partir de uma ideia que o alemão teve. Contudo, ele teria notado que seus cálculos estavam errados - e anotações com uma caneta de cor diferente indicam isso. Ele então abandonou a ideia e não teria mais mencionado a hipótese.

O texto, contudo, evidencia a resistência de Einstein à teoria do Big Bang, que, em seus primórdios, foi considerada "abominável" pelo físico, que acreditava em um universo estático. Quando os cientistas descobriram evidências da expansão cósmica, o alemão teve que abandonar a ideia de um universo estático.

"O que o manuscrito mostra é que, apesar de ter aceitado a expansão do universo, (Einstein) estava infeliz com o universo mudando no tempo", diz Helge Kragh, da Universidade Aarhus, na Dinamarca.

Cidades

MS tem o segundo maior índice de mortos pela polícia da história

O presente ano está atrás apenas do ano passado, que havia sido recorde

20/11/2024 18h28

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Imagem ilustrativa Arquivo/Correio do Estado

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Dois homens, de dois municípios diferentes de Mato Grosso do Sul, foram mortos pela polícia na última terça-feira (19). Agora, o número de vítimas de agentes do Estado chegou a 70 no ano, o segundo maior índice registrado na série histórica divulgada no portal de dados da Secretaria Estadual de Justiça de Segurança Pública (Sejusp).

O presente ano está atrás apenas do ano passado, que foi o recorde em mortes causadas por agentes de Estado em Mato Grosso do Sul, com 131 mortos de janeiro a dezembro, quantidade 156,8% superior ao registrado em 2022, quando 51 foram mortos.

Os 70 mortos de 1º de janeiro a 20 de novembro deste ano se igualam às 70 vítimas registradas em todo o ano de 2019. Confira o levantamento:

Imagem ilustrativa

Perfil das vítimas

Assim como nos anos anteriores, em 2024 os homens representam a maior parte dos mortos pela polícia: foram 62 vítimas, número que representa 88,5% do total registrado. Apenas uma mulher foi vítima, e outros sete casos não tiveram o sexo especificado.

Quanto à idade, mais de metada das vítimas (52,8%) eram jovens de 18 a 29 anos. Na sequência, figuram adultos de 30 a 59 anos, que representam 31,4% do índice. Os adolescentes representam 5,7% do índice. Sete casos não especificaram idade, e representam 10%.

A maioria dos óbitos aconteceram em Campo Grande (36). No interior do Estado, foram registrados 34, sendo 19 na faixa de fronteira.

Casos mais recentes

Em menos de 12 horas, dois homens, um de 32 anos e outro de 33, morreram em confronto com a Polícia. O primeiro caso aconteceu durante a tarde, e o segundo à noite, nesta terça-feira (19).

Em Bataguassu, um homem de 32 anos foi baleado e morto por policiais civis após reagir ao cumprimento de um mandado de busca e apreensão. A Polícia Civil não divulgou muitos detalhes a respeito da ocorrência.

Em Dourados, um homem de 33 anos morreu após reagir a abordagem de policiais civis do Setor de Investigações Gerais (SIG). Conforme apurado pela mídia local, ele estava sendo monitorado pela polícia suspeito de ameaçar uma família devido a uma dívida.

Na noite de segunda-feira (18), Gabriel Nogueira da Silva, de 27 anos, responsável pelo assassinato do médico Edivandro Gil Braz, de 54 anos, foi baleado e morto por policiais, após resistir à prisão e tentar fugir da delegacia onde estava detido, localizada em Dourados.

Colaborou: Naiara Camargo.

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Fauna

Lojista é multado em R$ 24 mil por expor cabeça de animais em Campo Grande

A ação do Ibama encontrou exposição de cabeças de onça pintada, queixadas e até a arcada dentária de tubarão no estabelecimento

20/11/2024 18h15

Crédito: Ibama MS

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Uma loja que expunha cabeças de animais silvestres foi alvo de fiscalização pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Campo Grande.

Os agentes encontraram várias cabeças de espécies da fauna sul-mato-grossense, como:

  • onças-pintadas (Panthera onca);
  • onças-pardas (Puma concolor);
  • queixadas (Tayassu pecari);
  • jacarés (Alligatoridae);
  • cervos-do-pantanal (Blastocerus dichotomus);
  • peixes pintados (Pseudoplatystoma corruscans);
  • dourados (Salminus brasiliensis).


Além disso, foram apreendidos "troféus", como a arcada dentária de um tubarão. As peças foram recolhidas, e o estabelecimento foi autuado conforme estabelece a Lei Federal de Crimes Ambientais (nº 9.605/98) e o Decreto nº 6.514/08.

O proprietário recebeu uma multa que totalizou R$ 24 mil, e os suspeitos de organizar a “exposição” irão responder pelo crime na Justiça.

É importante ressaltar que a legislação brasileira proíbe a exposição de partes de animais para comercialização, situação enquadrada na Lei de Crimes Ambientais como venda ilegal de artesanato feito com partes de animais silvestres.

Crédito: Ibama MS

Tráfico de animais


Com a ação, o Ibama tenta inibir tanto a oferta quanto a procura, bem como o tráfico de animais silvestres.

"Quanto mais raro é um animal, maiores são o interesse e o preço que pagam por ele", afirmou a superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, Joanice Lube Battilani, que completou:

"Essa prática está aliada ao fato de que algumas pessoas, de forma equivocada, acreditam que esses tipos de objetos feitos com partes de animais silvestres servem como amuletos, trazendo proteção e prosperidade."

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