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DOURADOS

Morre o pastor Nelson Alves
dos Santos

Morre o pastor Nelson Alves
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DOURADOS AGORA

02/10/2012 - 20h15
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Morreu hoje, em Dourados, aos aos 91 anos, o missionário Nelson Alves dos Santos, ministro evangélico aposentado pela Igreja Batista. O corpo está sendo velado na 1ª Igreja Batista de Dourados, localizada à Rua João Cândido Câmara, número 10, esquina com Rua Cuiabá, onde será celebrado, às 20h, um culto em ação com graça com a presença de lideranças Batista de toda região. O sepultamento será amanhã (03), às 9h, no Cemitério Parque de Dourados.

Nelson Alves dos Santos nasceu no dia 21 de dezembro de 1921 na cidade de Januária, MG, no Estado de Minas Gerais. filho de Antonio Alves dos Santos e Maria Efigênia dos Santos. Órfão de pai aos seis anos de idade, com sete anos de idade é encaminhado para a Fazenda Brejão, em Minas Gerais, onde deveria começar seus estudos. Com treze anos de idade, deixa Minas Gerais e vai para região Araraquara, cidade interiorana de São Paulo.

No dia 21 de dezembro de 1941, com vinte anos de idade, ouve a Palavra de Deus e é batizado pelo Pr. Rafael Gioia Martins, da Igreja Batista em Andradina, Estado de São Paulo. No dia 24 de julho de 1943 casou-se com Anna Rodrigues Santos. Do matrimônio vieram 8 filhos: Elias, João, Anita, Moisés, Elizeu, Daniel, Isaias e Ester. Atualmente a família é completa por 6 noras, 2 genros, 29 netos e 24 bisnetos.

Foram inúmeros trabalhos sociais e religiosos ao longo da vida, com destaque para a evangelização na região Noroeste do Estado de São Paulo, onde ajudou a construir oito templos Batista. Como evangelista itinerante pregou pela primeira vez nas cidades de Mirandópolis, Murutinga, Alfredo Castilho e Planalto.

Em 26 de março de 1956 chegou em Dourados. Em 1958 mudou-se pra Vila Brasil, atual Fátima do Sul, onde trabalhou na agricultura e na pregação do evangelho, ajudando ali na fundação da Igreja Batista. No mesmo ano adquire um sitio na 4ª Linha, perto de Vila Gloria (Glória de Dourados) que começava a surgir. Permaneceu em Vila Gloria por dez anos. Deixou uma igreja organizada com 116 membros e o templo construído. Dali seguiu para Lagoa Bonita, iniciando o trabalho em sua própria residência. Após quatro anos e meio deixou a igreja organizada com 104 membros e templo construído.

Estando ainda em Lagoa Bonita iniciou e organizou a igreja em Vila União, deixando um tempo construído com 68 membros. Depois Lagoa Bonita, Deodápolis e Ipezal, onde também organizou as Igrejas Batistas com seus membros e templos construídos. No ano de 1967, a convite da 1ª Igreja Batista em Dourados, volta a residir em Dourados e trabalhando como evangelista desta, iniciou uma nova, formou e organizou na Vila Alvorada, hoje Jardim Flórida a 3ª Igreja Batista.

Reabriu e ajudou organizar Igrejas na Cabeceira Alegre (hoje Vila Industrial), Caarapó, Naviraí. No ano de 1973, com a vinda do Pr. Williams Balaniúc, que assumira a 1ª Igreja Batista, ambos avançam o trabalho missionário evangélico, abrindo novas frentes de trabalho. Entre elas destacaram-se Rio Brilhante, Taquari e Alto Araguaia, no norte do Estado, hoje Mato Grosso; Morumbi e Ilhas do Rio Paraná; Jardim Água Boa, Parque das Nações, entre outros.

Foi ordenado Pastor no ano de 1979, por ocasião do Jubileu de Prata da 1º Igreja Batista de Dourados, dentro das festividades, consta a organização da 2ª e 3ª Igrejas, respectivamente nos bairros de Água Boa e Jardim Flórida. Assumiu o pastorado da 3ª Igreja Batista no dia 10 de agosto de 1979 até 1982. Atuou como pastor interino na Associação das Igrejas Batistas de Mato Grosso do Sul por longos anos assistindo aproximadamente 40 Igrejas em vários municípios deste Estado

O Seminário Teológico Batista Anna Wollerman, inicialmente Instituto, nasceu no coração de quatro pessoas, entre eles o Pastor Nelson Alves dos Santos e os demais Pr. Williams Balaniuc, Missionária Anna Wollerman e Missionária Ester Ergas. De 1981 a 2000 atuou como líder espiritual e conselheiro no Seminário Batista Anna Wollerman. Na gestão de 2001/2002, foi presidente de honra da Convenção Batista Sul Mato-grossense. 

corumbá-bolívia

Força-tarefa tenta combater tráfico de crianças na fronteira

União entre governo federal, governo do Estado e prefeitura de Corumbá resultou em aumento do repasse para atendimento aos migrantes na região

05/04/2025 09h30

Imagens de crianças migrantes foram mostradas durante o evento

Imagens de crianças migrantes foram mostradas durante o evento Rodolfo Cézar / Correio do Estado

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A realidade de crianças e adolescentes em situação de extrema vulnerabilidade, especialmente envolvendo migrantes, chega ao ponto do completo abandono na fronteira do Brasil com a Bolívia, pois muitos estão sem os pais e sem documentos e não sabem falar o português. Por causa disso, nesta sexta-feira, houve uma mobilização nacional em Corumbá para a assinatura de convênio que procura fortalecer a política de atendimento a migrantes na região fronteiriça. 

Entre as histórias registradas em Corumbá está a de uma criança de 7 anos que foi abandonada na rodoviária da cidade. A única orientação que tinha para ela era um pequeno bilhete deixado em suas mãos que continha os dizeres: “Favor, procurar o Conselho Tutelar”. 

Esse não é um caso isolado. Com 13 anos, uma adolescente haitiana cruzou fronteiras sem um parente e chegou a Corumbá com a possível promessa de rever o pai, que até então morava em São Paulo. 

Ela viajou com outras pessoas, porém, ao chegar na Capital do Pantanal, sem documentos, acabou sendo encontrada pelas autoridades e foi encaminhada para o Conselho Tutelar. 

Houve também um adolescente de 15 anos que embarcou em Corumbá com drogas e pretendia chegar a Campo Grande, mas o ônibus em que ele viajava foi parado em Miranda e o jovem acabou apreendido, sendo posteriormente repatriado para a Bolívia.

Essas três situações reais, registradas no último ano, são exemplos dos desafios existentes em Corumbá para combater o tráfico de seres humanos. 

CONVÊNIO

Por causa disso, evento nesta sexta-feira contou com a presença do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, por parte do governo federal, que assinou convênio com a prefeitura de Corumbá e o governo do Estado.

O juiz estadual Maurício Cleber Miglioranzi Santos, lotado na Vara de Infância e da Adolescência em Corumbá, detalhou o nível de alerta que existe na região fronteiriça para se combater o crime de tráfico humano. 

Em função de um crescimento do fluxo migratório que passa por Corumbá em 2024, ele atuou com outras autoridades para mobilizar o apoio do governo federal. 

“A realidade migratória sobrecarrega todas as instituições do município. Desde o Conselho Tutelar, passando pela Polícia Federal, a Defensoria Pública do Estado e a União”, reconheceu.

Não há dados consolidados que apontem o cenário exato do tráfico de seres humanos na fronteira do Brasil com a Bolívia. Esse tipo de crime envolve uma série de fatores que dificulta sua caracterização. 

Entre eles está o medo das vítimas, que muitas vezes conseguem entrar no Brasil a partir de uma rede que envolve até a ação de coiotes para garantir a entrada, mesmo sem as documentações necessárias. Como estão ilegais, nem sempre buscam ajuda ou sabem recorrer ao apoio necessário.

Com relação a esse tipo de registro, o tráfico de crianças envolve a movimentação de crianças de seu local de moradia para um novo local e sua exploração em algum estágio do processo. A movimentação e a exploração são o que caracterizam o crime.

A Delegacia da Polícia Federal em Corumbá já conduz inquéritos para investigar casos de tráfico de pessoas, especialmente ocorrências que envolvem a promessa de trabalho e melhores condições de vida a bolivianos. 
Nesses registros, os migrantes entram no Brasil sem documentação e, por ônibus, são levados principalmente para São Paulo. As investigações vêm sendo realizadas desde 2022.

“A preocupação do Brasil é de forma completa. Por meio do Ministério da Justiça, com o Ricardo Lewandowski, e do Ministério da Defesa, integrados com as forças de segurança locais, é feito um trabalho para coibir o tráfico humano, o tráfico de drogas, o tráfico de armas, todos os ilícitos”, indicou o ministro Wellington Dias. 

Ele visitou Corumbá nesta sexta-feira e, além de ir até a fronteira, também passou por assentamento e conheceu a Casa do Migrante, que vai receber reformas e melhorias a partir de convênio e da emenda parlamentar da deputada federal Camila Jara (PT), que totaliza R$ 4,5 milhões, para atender até 2,4 mil pessoas em esquema rotativo.

De acordo com o ministro, o aparelhamento para identificar quem são os migrantes que chegam a Corumbá e permitir que haja a documentação e regularização de visto vai ser intensificado a partir deste mês e deverá gerar resultado no combate ao tráfico de crianças, adolescentes e adultos. 

O grupo de pesquisa e estudos Migrafron, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), elaborou um plano de trabalho para ser desenvolvido com migrantes.

“Buscamos ter uma triagem, um levantamento mais seguro sobre a realidade de cada pessoa. A partir daí, ter também uma estrutura melhor para o Ministério da Justiça, a área da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária, do setor de Inteligência, das áreas ligadas às Forças Armadas. Uma integração como essa terá como resultado um indicativo de áreas e uma política melhor. Uma fronteira que não vai ser só para Corumbá, é para o Brasil. Também trabalhar para se evitar fraudes, outras formas de crimes. Mas trabalhar sempre de forma humanizada”, detalhou o ministro, em entrevista ao Correio do Estado.

Dados nacionais indicaram que, entre janeiro de 2020 e junho de 2021, de todas as denúncias feitas por meio do Disque 100, 50,1% envolviam crianças e adolescentes e 24,9% tinham como vítimas mulheres.

Saiba

O Relatório Nacional sobre Tráfico de Pessoas, com dados de 2021 a 2023, mostra que, em Mato Grosso do Sul, os indígenas guarani-kaiowá enfrentam vulnerabilidade que favorece o trabalho análogo à escravidão e indígenas paraguaios são trazidos para atuar em condições degradantes de trabalho.

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CURIOSO

Cidade gaúcha vai inaugurar estátua de Jesus maior do que o Cristo Redentor

Monumento na cidade de Encantado, no Rio Grande do Sul, tem 43 metros, cinco a mais que a famosa estrutura instalado no Rio de Janeiro

04/04/2025 21h00

Monumento de Jesus Cristo no interior do RS é maior que Cristo Redentor

Monumento de Jesus Cristo no interior do RS é maior que Cristo Redentor Foto: Luciano Nagel

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Será inaugurada no próximo domingo, dia 6, na cidade de Encantado, no Rio Grande do Sul, a maior estátua de Cristo do Brasil. O monumento tem 43 metros de altura, cinco a mais que o Cristo Redentor do Rio de Janeiro. A estrutura gaúcha é feita em aço e concreto armado e pesa 1.712 toneladas.

Há a expectativa de que a estátua seja capaz de movimentar o turismo na região do Vale do Taquari, atingida fortemente pela catástrofe das chuvas no ano passado. Encantado fica 145 km distante da capital Porto Alegre.

A imponente obra, esculpida pelo artista Markus Moisés Rocha Moura, foi construída ao longo de dois anos a partir de doações e arrecadações promovidas pela comunidade organizada a partir da Associação Amigos de Cristo de Encantado (AACE). Segundo a página do empreendimento, não houve recursos públicos empregados em sua construção.

A estátua fica no Morro das Antenas, 400 metros acima do nível do mar. O local é considerado um marco da cidade por ter sido onde começou o fornecimento de energia elétrica para o município

Além da estátua, o Complexo do Cristo Protetor tem outras instalações como uma capela de vidro e uma fonte representando os 12 apóstolos de Jesus.

O parque também terá o "Caminho dos Salmos", marcando pontos de peregrinação e indicando a distância até o Cristo.

O Cristo Protetor tem seis metros de pedestal e 39 metros de envergadura. Um fragmento da mão direita da obra foi abençoado pelo papa Francisco.

Visitação e preços

A visitação estará aberta sábado, domingo e feriados de 9 horas às 17 horas. O ingresso para visitar o parque custa R$ 30 para adultos. Crianças até 12 anos não pagam. Idosos e moradores da cidade pagam R$ 15.

Provocações

Em 2021, os prefeitos do Rio, Eduardo Paes, e de Encantado, Jonas Calvi, trocaram provocações em tom bem-humorado nas redes sociais sobre os tamanhos das duas estátuas. Paes usou o X (ex-Twitter) para escrever: "Construir estátua maior é moleza! Quero ver é ter essa vista ..." A frase acompanhava uma foto do Cristo Redentor de costas, com a Baía de Guanabara e o Pão de Açúcar ao fundo.

Calvi respondeu aproveitando para chamar os turistas a conhecer a cidade gaúcha. "Sem discussão. O Rio de Janeiro continua lindo e o mundo inteiro já conhece. Agora venham todos conhecer o Cristo Protetor de Encantado e as belezas do Vale do Taquari, conhecer nossa cultura e saborear nossa culinária maravilhosa!", escreveu.

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