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Vida de cão

Seu cachorro come lixo? Saiba como evitar

Seu cachorro come lixo? Saiba como evitar

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11/04/2011 - 01h00
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Vocês já pararam para pensar porque os cães “vira-lata” ganharam essa alcunha antes de ela se tornar sinônimo de “sem raça definida”? Pois é, até hoje caninos sem teto “se viram” invadindo e virando latas de lixo para comerem o que nelas encontrarem de comestível.

Essa conduta se justifica pelo instinto de sobrevivência nas ruas. Mas o que dizer dos cães que, mesmo morando em casas quentinhas e bonitinhas, resolvem meter a cara no lixo e devorar o que puderem? É claro que a prática de reciclagem não precisa chegar a tanto; vamos ver as causas e um guia geral para soluções.

Achado não é roubado
 

Temos aqui mais uma prova de que a inteligência dos caninos equivale à de crianças humanas de uns dois anos e meio. Nem um nem outro tem noção de propriedade e sim de posse; o que encontrarem e gostarem ou sentirem que é bom vão pegando mesmo. No caso dos cães, tal atitude, resultado do instinto de sobrevivência, é herança de quando viviam longe dos seres humanos e sobreviviam caçando aqui e catando ali.

Simples assim: o cão, em princípio, vai comendo o que encontra, seja no lixo, no chão, no quintal, na mesa ou na pia. E o problema de o cão – ou qualquer outro animal doméstico – meter a cara no lixo não é só a sujeira, mas também os riscos de engolir ossos, pedacinhos de plástico ou outras tantas coisinhas miúdas que ele for roendo e comendo com risco de se arrasar aos poucos, podendo sofrer sufocamento ou perfuração lá dentro. O cão só vai saber onde deve ou não deve meter o focinho se alguém lhe mostrar; não percam o próximo parágrafo.

Cada coisa em seu lugar


Socializar o canino é sempre a melhor prevenção e solução, e um dos primeiros itens é justamente mostrar a ele onde pode comer, dormir, fazer os números um e dois ou simplesmente nada, deitar-se e ficar jacarezando.

A primeira coisa é acostumar o peludo a comer sempre no mesmo lugar (ou lugares, se a casa for muito grande) e evitar alimentá-lo fora dele – sim, aposto que você já se lembrou de quando está à mesa fazendo alguma refeição e ele aparece com aquele olhar de quem não come há meses. Se o dono ou dona (não, não estou falando de você) for do tipo que vive se esquecendo de repor a comida do cão por muito tempo, o cão vai ter de sobreviver fuçando onde puder – exatamente como o “bicho que, meu Deus, era um homem” do poema de Manuel Bandeira.

Não só lixo, mas qualquer coisa pode ter valor alimentício ou recreativo para o cão; enquanto ele não aprende a não mastigar “petiscos” indevidos como o jornal do dia, correspondência ou meias, evite deixá-los à solta por aí.


Se o peludo fizer menção de invadir o lixo, o comando de “não” (que pode ser acompanhado de uma pancada no chão ou outro ruído forte) costuma resolver, repetido várias vezes até ele perceber que mexer no lixo implica ouvir esse som desagradável, além de elogiá-lo efusivamente quando ele obedecer.

Agora, se o cão for daqueles mais teimosos e continuar invadindo o lixo, especialmente se o dono não tiver tempo para ensinar o cão o dia todo – e não é uma gracinha como os peludos aprendem logo a apertar o pedal para levantar a tampa? – , o jeito será fechar a lata de lixo bem fechada ou bloquear o acesso a ela com um cercado, colocando-a mais alto ou algo assim; borrifá-la com pimenta pode ajudar – assim como outros procedimentos para afastar o cão de jardins, plantas e flores, conforme já dissemos neste espaço.

Mesmo quem não assistiu ao filme “Lixo Extraordinário” deve saber que “99 não é 100”, ou seja, o dono deve fazer todo o esforço possível para criar seu peludo da melhor forma. E nem é tão extraordinário conseguir que o cão, seja ou não “vira-lata”, fique longe do lixo ou de onde não deve bulir, bastam atenção e dedicação.

ORQUESTRA JOVEM

'Show' de fim de ano da Fundação Barbosa Rodrigues une novos e velhos talentos no palco

Noite de apresentações marcada para às 20h de segunda-feira (09), no Teatro Aracy Balabanian, mostra os talentos musicais lapidos em Campo Grande

04/12/2024 13h00

Apresentação do dia (09) traz apresentação com novos alunos dos projetos da Fundação, mas também rememora antigos talentos formados pela Fundação

Apresentação do dia (09) traz apresentação com novos alunos dos projetos da Fundação, mas também rememora antigos talentos formados pela Fundação Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Marcada para 20h do dia (09) de dezembro, no Teatro Aracy Balabanian, a apresentação de fim de ano da Fundação Barbosa Rodrigues traz um verdadeiro show para Campo Grande, com novos e velhos talentos que foram lapidados nos mais diversos projetos musicais da organização que há quase meio século estimula a cultura local. 

Concerto de encerramento das atividades anuais, do projeto social de ensino de música, a noite do dia (09) dezembro traz apresentação com novos alunos dos projetos da Fundação, mas também rememora antigos talentos formados pela Fundação.

É o caso de Brenner Rosales, que chegou a representar Mato Grosso do Sul como violista da Filarmônica de Israel, e está de volta em território brasileiro, em colaboração com renomadas orquestras nacionais. 

Além dele, outro músico de renome na apresentação da segunda-feira (09) é Matheus Coelho, que nos dias atuais atua como regente no Canadá, com uma trajetória internacional que reflete o impacto do projeto em sua formação.

Monitora de Projetos na Fundação Barbosa Rodrigues, Juliana Bezerra Pereira da Silva também foi "fruto" da Orquestra, mas ressalta que projetos como a "Orquestra Jovem" servem não só para despertar talentos musiciais, mas também ajuda no desenvolvimento socio emocional, além de agir até como auxílio educacional. 

Passando pela turma de violino de 2015, o que ela cita ter sido uma experiência incrível, para Juliana Bezerra a "Orquestra Jovem" é uma porta a ser aberta para esse grupo de crianças entre 04 a 16 anos,. 

"Não permaneci devido a ter tendinite no braço que seria de apoio do instrumento. Mas pude retornar para a Fundação em 2023, onde voltei a ter contato com esse projeto lindo que fez e faz a diferença na vida de muitas crianças e jovens, seja no auxílio educacional, seja como ajuda socioemocional, ou como perspectiva profissional para eles", afirma. 

Resultados para vida

Apesar de ser instrumento de formação de novos musicos, os projetos da Fundação auxiliam não somente quem um dia sonhou em seguir carreira musical, caso de Pâmela Rodrigues, que afirma ter sua vida "completamente mudada" pela iniciativa. 

"Independente de não estar seguindo com a música hoje, foi algo que me ajudou muito como pessoa, Desenvolvi uma habilidade com a música que não conhecia. Fiz amizades que levo até hoje, conheci cidades e lugares incríveis, tive experiências únicas que levo comigo na memória", expõe ela. 

Ela cita que, além do aprendizado musical, a Fundação foi uma rede de apoio e incentivo do crescimento pessoal, pelo simples fato de conectar pessoas com o mesmo interesse em um espaço de colaboração. 

Integrante da fase inicial da Orquestra Jovem, ela diz que leva a música hoje como um "hobby", mas de forma série, sendo fote de "paz, calmaria, conforto, alegria".

"A Orquestra Jovem sempre fará parte da minha vida e sempre é um prazer poder voltar a tocar. Esse tipo de projeto tem como missão ajudar a descobrir um propósito maior, moldar a visão de mundo. Proporciona uma experiência prática valiosa, que me ajudou na construção de confiança e no entendimento de como as ações podem ter um impacto direto na comunidade ou no mundo", completa. 

Advogada, Fabíola Borges também é outro nome que passou pelo projeto da Fundação Barbosa Rodrigues e, mesmo que tenha seguido caminhos distintos da música, afirma que a arte foi sua base desde a infânica. 

"Me ensinou desde criança a ter compromisso, a ser mais cuidadosa, me trouxe amigos verdadeiros que se assemelham a uma familia e fez eu enxergar o mundo de uma maneira mais artística - essa é a parte incrível. Apesar de ter seguido outro caminho profissional foi a música que me guiou até aqui", completa.

Projetos

Como bem esclarece o Maestro Eduardo Martinelli, as atividades da Fundação registraram uma expansão em suas atividades aducacionais, com mais turmas e maior amplitude de seu alcance. 

Entre os cursos oferecidos na Fundação Barbosa Rodrigues aparecem: 

  • Coro infantil, 
  • Violão clássico, 
  • Teclado, além de 
  • Musicalização para pais e filhos.

Pioneira no projeto social da Fundação Barbosa Rodrigues, a musicalização para pais e filhos, por exemplo, favorece o aprendizado musical, mas também torna os laços familiares mais fortes, através de ambiente de interação e cooperação entre as gerações. 

"Estudos comprovam que a educação musical compartilhada entre pais e filhos pode ter um impacto profundo no desenvolvimento emocional e cognitivo das crianças, além de promover a construção de um vínculo mais estreito e positivo entre pais e filhos. A interação durante as aulas contribui para o fortalecimento da comunicação e colaboração familiar, essencial para o desenvolvimento integral das crianças", expõe o maestro. 

O Teatro Aracy Balabanian fica dentro do Centro Cultural José Octávio Guizzo, localizado Rua 26 de Agosto, número 453, localizado na região central de Campo Grande. 
 

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PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Prédio do ILA é abandonado em Corumbá

Prefeitura recebeu recursos para conservação de edifício histórico do Instituto Luiz Albuquerque em Corumbá, mas obra de restauração não foi concluída

04/12/2024 10h00

Edifício histórico no centro de Corumbá sofre com o abandono

Edifício histórico no centro de Corumbá sofre com o abandono Foto: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

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A falta de conservação dos prédios históricos de Corumbá, seja no porto geral, seja no entorno da área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), é o retrato do abandono da cidade, em que moradores convivem com escuridão nos bairros, acúmulo de lixo, arborização em declínio e ausência de políticas públicas. Imagens que chocam entre o passado e o presente.

Entre os casarões que apresentam aspecto de desmazelo se destaca o Instituto Luiz de Albuquerque (ILA), cuja calçada da sua imponente fachada está tomada pelo mato. A prefeitura recebeu R$ 3,2 milhões do governo federal para sua reforma, após a transferência do bem pelo Estado, mas a obra iniciada em 2021 foi paralisada um ano depois e sem previsão de continuidade.

Ficaram as marcas nas paredes de uma intervenção malsucedida – a prefeitura culpa a empreiteira, que teria descumprido o contrato –, impactando um belo exemplo da arquitetura em estilo eclético que compõe o conjunto histórico da cidade. Construído entre 1918 e 1922 para ser um grupo escolar, situa-se na Praça da República, de frente para o Rio Paraguai e o Pantanal.

Riscos de incêndio

Com grandes salões e janelas, o prédio conta ainda com um pátio, onde a reforma demoliu um espaço coberto que sediava oficinas de arte e eventos culturais. Abrigando um valioso acervo e duas das maiores bibliotecas do Estado, tornou-se nas últimas décadas uma verdadeira casa da cultura sul-mato-grossense. Porém, em nenhum momento passou por um restauro efetivo.

A falta de manutenção e conservação ocasionou sucessivas interdições, uma delas motivada por Ação Civil Pública do Ministério Público Federal (MPF), com base nos riscos de incêndio e na necessidade de se tomar medidas de segurança na edificação. Em 2014, foi realizada uma reforma paliativa, contemplando o telhado, que estava desabando.

O casarão centenário está fechado há 10 anos. Na retomada da reforma, foi transferido para outros espaços o acervo que inclui 12 mil jornais catalogados dos séculos 19 e 20 e duas mil fotos antigas da cidade, o Museu Regional do Pantanal e a Biblioteca Municipal Lobivar Matos, com 16 mil livros. Por último, de centro cultural, passou a ser sede da Defesa Civil local.

Nova licitação

Em julho de 2020, foi anunciada a tão esperada restauração, com recursos do Iphan repassados ao município. O projeto incluía intervenções em toda a estrutura (como janelas, portas, piso de madeira, escadaria, área externa, telhado, ladrilhos, hidráulica e elétrica) e instalação de um elevador acoplado ao prédio.

A prefeitura prometeu finalizar a obra em um ano, relatando que o maior problema do prédio era o telhado, ameaçando ruir. A requalificação envolveria as áreas externas, como praças e ruas, agregando mais conforto, iluminação, segurança, beleza e qualidade de vida ao espaço público, valorizado por outro prédio centenário, a Igreja de Nossa Senhora da Candelária (1885).

No entanto, o que se vê hoje é uma obra (entre tantas) abandonada, “um verdadeiro sinistro”, como definiu um ativista cultural da cidade.

O prefeito eleito Gabriel Oliveira garantiu a retomada imediata da reforma, que será relicitada nos primeiros meses de 2025. Também anunciou a criação da Fundação do Patrimônio Histórico para fazer a gestão real desse bem material.

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