Política

DELCÍDIO DO AMARAL

Sozinho, PT não consegue construir projeto

Sozinho, PT não consegue construir projeto

ICO VICTÓRIO

03/07/2011 - 00h00
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Dono da maior votação individual da história de Mato Grosso do Sul, com 826.848 votos na reeleição, o senador petista Delcídio do Amaral, tem uma certeza em mente: o Partido dos Trabalhadores sozinho não vai chegar a lugar algum, em 2012, em especial no embate para tomar o comando da Prefeitura Municipal de Campo Grande, principal reduto eleitoral do PMDB, se quiser levar adiante projeto para voltar a administrar Mato Grosso do Sul, a partir de 2014. "Nós vamos enfrentar máquinas importantes, não só do governo do estado mas, no caso especifico de Campo Grande, a máquina da prefeitura. A participação dos aliados vai ser fundamental", analisa o senador, que não esconde o sonho de administrar Mato Groso do Sul. Antes, porém, pretende retribuir à população do Estado, a confiança depositada nas urnas, em outubro de 2010. "Vou continuar trabalhando muito para honrar o compromisso com o meu povo". Delcídio aposta na Educação para alçar o Estado ao patamar sonhado pelo Movimento Divisionsta, responsável pela separação do então Mato Grosso uno.

Como o senhor avalia o quadro sucessório municipal para 2012? O senhor não acha que, para vencer as duas principais máquinas administrativas (Governo e prefeitura da Capital), o PT deve abrir janelas para formar ampla coalizão?
O quadro sucessório de 2012 é muito favorável ao PT e seus aliados em Campo Grande e também em Dourados, Corumbá, Três Lagoas, Ponta Porã, Coxim, e nas cidades pequenas e médias. Eu não tenho dúvida de que nós temos reais condições de eleger não só prefeitos, prefeituras, vice-prefeitos e vice-prefeitas, como também vereadores e vereadoras. Mas é claro que o PT sozinho não consegue construir um projeto para 2012, que vai ser fundamental, inclusive, para 2014. Nós vamos enfrentar máquinas importantes, não só do governo do estado mas, no caso especifico de Campo Grande, a máquina da prefeitura. A participação dos aliados vai ser fundamental. E temos que nos preparar para fazer não só uma campanha de opinião, com projetos e propostas, mas uma campanha inovadora, criativa, tratando de investimentos em obras e a geração de empregos, mas focando também a cultura, o esporte, as políticas sociais e de inclusão, a qualificação de mão-de-obra, além do apoio para as minorias". Vamos para uma disputa limpa, como o povo sul-mato-grossense espera de todos nós. As perspectivas são as melhores possíveis , inclusive no sentido de vencer as eleições em Campo Grande.
Como estão as negociações?
Nós temos conversado muito, não só internamente com as várias correntes do PT, mas com os partidos aliados. O objetivo é a construção de um leque de alianças que vai se refletir não só nos municípios, mas possivelmente na eleição para governador do estado, em 2014. É um trabalho paciente que, mais do que nunca, exige muito diálogo, humildade e serenidade, para criar as condições de se fazer uma grande disputa, com o PT entendendo onde será e onde não será cabeça de chapa. Também temos que ter claro as cidades onde é importante elegermos uma bancada de vereadores e vereadoras, fortalecendo os aliados, que não podem ser tratados como acessórios mas, acima de tudo, como parceiros de um grande projeto para o nosso estado.
Antes de pensar em candidaturas, o PT precisa decretar paz interna, se quiser voltar a dominar parte das prefeituras de Mato Grosso do Sul. O que o comando petista está fazendo nesse sentido?
O comando do partido tem trabalhado intensamente. Há um diálogo franco entre todas as correntes e o PT, por ser o partido mais bem aceito pela população, inclusive em Campo Grande, tem responsabilidade com a sua militância e, acima de tudo, com o povo de Mato Grosso do Sul. Portanto, o PT caminha para uma harmonia interna compatível com a importância e com o projeto do partido. Estamos promovendo reuniões não só para compatibilizar projetos e discutir as nossas divergências, mas encontros regionais em vários municípios do estado, com lideranças dessas cidades e das cidades do entorno, com a militância, a direção partidária e os parlamentares, exatamente para construir um projeto onde o partido, sem dúvida nenhuma, marchará unido.
Passada a eleição, como está a sua relação com o ex-governador Zeca do PT?
O PT é o partido de maior densidade eleitoral em Mato Grosso do Sul. Qualquer pesquisa atesta o que eu estou dizendo. E tanto o Zeca quanto eu entendemos muito bem isso, assim como a nossa responsabilidade no processo político dentro do PT e junto aos nossos aliados. Portanto, agora, nós precisamos mostrar nossa união através de gestos. Política se faz com gestos. Isso é o que nós vamos fazer ao longo dos próximos meses, mostrando a nossa força. A vida anda e todos nós compreendemos esse momento que o PT vive.
Dono da maior votação da história de MS, o senhor se considera candidato natural ao Governo em 2014?
Em primeiro lugar, eu tenho responsabilidade com o meu mandato de senador. Tenho que corresponder às expectativas da nossa gente, a tudo aquilo que a população espera do meu trabalho. Hoje, estou focado em fazer um bom mandato de senador. Continuo a ajudar os municípios e o estado, fazendo uma política que deixa de lado as disputas partidárias e, acima de tudo, privilegia o interesse do cidadão, da cidadã sul-mato-grossense. Agora, é claro, com a votação que eu tive, a maior que um político já conseguiu na história de Mato Grosso do Sul, trabalho também para, um dia, me tornar governador. Qual político não quer ter a honra de governar o estado em que nasceu? Um corumbaense, um pantaneiro que já andou pelo Brasil inteiro, que andou pelo mundo, e que acaba comandando sua terra natal. É claro que isso está no meu projeto e vou trabalhar nesse sentido. Se for em 2014, melhor ainda.
O que o senhor pretende fazer para tirar, definitivamente, o Estado do isolamento econômico-social que vive desde a Divisão, em 1977?
Mato Grosso do Sul já evoluiu bastante. Hoje, é um estado com uma economia mais diversificada, não só focada basicamente na soja e no boi, que são segmentos importantes e continuarão sendo, mas nós vamos expandir. Estão aí o etanol, o açúcar, a floresta plantada, as fábricas de papel e celulose, os projetos turísticos, de mineração e siderurgia, o gás natural, a indústria de fertilizantes da Petrobras em Três Lagoas. É uma nova realidade e nós precisamos, efetivamente, investir em infraestrutura para fazer frente a esses grandes projetos e tornar Mato Grosso do Sul um estado moderno, com ferrovia em bom estado, com rodovia, hidrovia, boa oferta de energia, usinas hidrelétricas e a gás natural, como as já existentes, com produção de energia a partir de biomassa que é uma geração limpa. Um projeto que crie novas oportunidades de negócios e empregos mas que também respeite o meio ambiente, promovendo o desenvolvimento sustentável. Queremos um estado que venha a se integrar não só com os países mnvizinhos, pela posição geopolítica excelente que MS ocupa na America do Sul, como também com os principais estados da federação. Costumo dizer que Mato grosso do Sul tem que ter uma mentalidade de atravessar o Rio Paraná. uma visão pluralista, ecumênica, uma visão de mundo, para compreender o seu papel e preparar a sua gente para o grande futuro que nos espera.
Na primeira década do Século XXI Mato Grosso do Sul ficou anos-luz atrás do irmão, o Mato Grosso. O que fazer para recuperar o tempo perdido e, ao menos, tentar chegar perto do sucesso econômico de MT?
Sem dúvida nenhuma, além dos aspectos abordados anteriormente, é preciso investir muito em educação. Estão chegando aqui as escolas técnicas. É preciso ampliar também as universidades e adotar políticas que olhem a questão da inclusão social , fator fundamental para garantir cidadania no nosso estado. Vamos desenvolver políticas de gênero, políticas de minorias, promover uma reforma agrária que contemple o verdadeiro trabalhador rural, buscar a solução definitiva das questões indígenas que afligem o dia-a-dia não só das etnias, mas também dos produtores rurais; e promover a cultura, o folclore. Nosso estado é muito rico em cultura e, infelizmente, isso está meio engavetado como pauta importante no nosso dia-a-dia, na nossa vida. Quem não respeita a sua história não garante o seu presente e muito menos o seu futuro. E eu não tenho dúvida, até por tudo o que Mato Grosso do Sul representa, que nós vamos mostrar que o nosso estado vai ocupar a posição que nós esperávamos quando da divisão do antigo Mato Grosso.
Como executivo o senhor desempenhou cargos no alto escalão de grandes estatais brasileiras. Essa experiência pode ser aplicada em um virtual governo seu no nosso estado?
Com certeza, porque um governo é composto de um segmento político – importante em qualquer projeto - e também da meritocracia. Ou seja, temos que ter quadros executivos competentes. E é dentro desse aspecto que pretendo trabalhar , com planejamento de longo prazo, um plano diretor competente, com a questão ambiental, de sustentabilidade sendo priorizada, com a preservação do Pantanal e a recuperação do Rio Taquari. Vamos trabalhar, acima de tudo, com metas, exatamente para aferir o desempenho de cada área e, importante, fazendo mais com menos. Esse é o grande desafio. Nós não podemos, de forma nenhuma, considerar que governo é uma coisa e gestão empresarial é outra. O governo traz no seu conjunto essas duas vertentes fundamentais: a política e a gestão. E até pela minha vivência, pela minha experiência, o assunto gestão será absolutamente prioritário se um dia eu tiver a honra, se Deus me ajudar e o povo quiser, de governar o meu estado. Vamos investir na meritocracia, incentivar aquelas pessoas que se prepararam, que estudaram, para prestar um bom serviço a quem vive aqui.
O senhor não acha que o PT de MS está desgastado com o Governo Dilma por não conseguir emplacar indicações em cargos do segundo escalão?*
Absolutamente não. Não há nenhum tipo de desgaste, até porque não foi feita nenhuma indicação para segundo escalão também nos demais estados brasileiros. Através de uma decisão da própria presidente Dilma, ela vai começar a fazer esses movimentos a partir de agora. Nas audiências que tive com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleise Hoffmann, e com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvati, isso ficou muito claro. Portanto, não há nenhum desgaste do PT e isso precisa ficar muito claro.
Como vão as negociações com a Petrobrás para a liberação do ICMS (R$ 107 milhões) referentes ao gás boliviano?
As negociações vão muito bem. Estive com o governador André (Puccinelli) e o secretário Carlos Alberto Menezes (Meio Ambiente) há algum tempo no Rio de Janeiro. Tivemos uma boa reunião com a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, não só para discutir os critérios de cobrança do ICMS do gás, que o Estado começou a recolher na minha época, quando fui diretor da Petrobras, e que nós trabalhamos muito para que Mato Grosso do Sul fosse privilegiado com a cobrança do ICMS, ao entrar o gasoduto em Corumbá. Discutimos também o que faltava para completar toda essa arquitetura que garante mais de R$ 50 milhões/mês em arrecadação ao nosso estado e que, portanto, gera uma grande riqueza, além das usinas a gás, da fábrica de fertilizantes e outros consumos em que o gás natural será aplicado , como a siderurgia e projetos industriais. Depois de meses de discussão, a empresa compreendeu que a nossa proposta é justa. Ela vai garantir de R$ 5 a R$ 7 milhões adicionais/mês, somando-se aos R$ 50 milhões que já recebemos mensalmente. Além do mais, ainda no mês de julho, receberemos R$ 107 milhões relativos ao passivo da Petrobras para com o estado.
Com as commodities em alta, qual será o papel de Mato Grosso do Sul nos próximos anos?
Mato Grosso do Sul é um estado que vai continuar produzindo commodities, mas hoje já existe a preocupação de se agregar valor a muitos produtos primários. Então, seremos um mix de commodities e também de manufaturados, de produtos nos quais vamos agregar valor através dos insumos que produzimos. Vamos ter uma logística compatível pela posição privilegiada de MS e, acima de tudo, reunindo as condições para aproveitar a nossa mão-de-obra, que será qualificada para tornar o nosso Estado uma das unidades da Federaçãode ponta no Brasil, ocupando o espaço que todos nós sempre sonhamos.
 

ELEIÇÕES OAB 2024

Advogados enfrentam fila gigantesca para escolher presidente da OAB

Em MS, 12.380 advogados estão aptos a votarem em 32 municípios nesta sexta-feira (22)

22/11/2024 12h00

Fila de 150 às 9h da manhã na sede da OAB-MS

Fila de 150 às 9h da manhã na sede da OAB-MS Foto: Naiara Camargo

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Eleições da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), referente ao triênio 2025-2027, ocorrem nesta sexta-feira (22), das 9h às 17h, em Mato Grosso do Sul.

Em Campo Grande, fila gigantesca de advogados se formou nas primeiras horas de votação na sede do órgão, localizado na avenida Mato Grosso, número 4700, bairro Carandá Bosque, na Capital.

Havia por volta de 150 pessoas em uma fila de 300 metros, que se formou na sede da instituição, logo nas primeiras horas de votação. Cada pessoa demorou, em média, 40 minutos na fila para conseguir votar.

Advogada e especialista em Direito da Família, Karina Koschnski, foi uma das primeiras a chegar no local para votar.

"Assim como na política partidária, temos que escolher o nosso representante, que vai representar a nossa classe. A junção da classe é muito importante para conquistar o que precisamos. Estou confiante que meu candidato vai ganhar porque foi uma campanha muito bonita e hoje se Deus quiser o resultado virá", pontuou a profissional.

Advogada especialista na área criminal, Allyne Romanosque, ressaltou a importância deste dia para os profissionais da advocacia sul-mato-grossense.

“A importância das eleições para mim é escolher um candidato que esteja ali condenando com os pensamentos que eu tenho, os meus anseios, as minhas dores enquanto advogada. Então é importante a gente prestar atenção nas propostas, fazer a escolha correta, porque nós vamos ficar três anos com alguém numa gestão que tem a capacidade de nos escutar e solucionar os nossos problemas”, ressaltou a advogada.

Fila de 150 às 9h da manhã na sede da OAB-MSLucas Rosa, candidato à presidência

Concorrem este ano Bitto Pereira, da chapa 22 ("Pelo Futuro da OAB") e Lucas Rosa, da chapa 11 ("Renovação: OAB de Todos").

Em entrevista ao Correio do Estado, Bitto Pereira revelou que está otimista para as eleições de hoje.

Fila de 150 às 9h da manhã na sede da OAB-MSBitto Pereira, presidente e candidato à reeleição

“Eu quero saudar a advocacia sul-mato-grossense hoje, otimista como sou, a expectativa é de vitória pelo trabalho que nós realizamos ao longo desses três anos. OAB, ao longo de seus 94 anos de história, completados agora no dia 18 de novembro, tem uma importância ímpar na vida da sociedade brasileira, na defesa da Constituição, na defesa das garantias e liberdades individuais”, explanou o atual presidente e candidato à reeleição.

Já Lucas Rosa, em entrevista ao Correio do Estado, relevou que as expectativas para o dia de hoje são as melhores possíveis.

“Expectativa para hoje é muito boa. A advocacia está tendo uma necessidade de renovação da OAB-MS. Estamos muito confiantes e estamos pedindo o dia todo para a advocacia vir votar e comparecendo aqui, não votar em branco e nem nulo, mas sim exercer o seu sagrado direito de escolher quem vai liderar a nossa instituição pelos próximos três anos.

ELEIÇÕES OAB 2024

Eleições da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ocorrem nesta sexta-feira (22) em MS.

Ao todo, 12.380 advogados estão aptos a votarem em 32 municípios de Mato Grosso do Sul: Campo Grande, Corumbá, Três Lagoas, Aquidauana, Dourados, Ponta Porã, Paranaíba, Nova Andradina, Naviraí, Coxim, Amambai, Jardim, Cassilândia, Maracaju, Camapuã, Fátima do Sul, Costa Rica, Rio Brilhante, Ivinhema, Bataguassu, Ribas do Rio Pardo, São Gabriel do Oeste, Aparecida do Taboado, Bonito, Bela Vista, Sidrolândia, Mundo Novo, Chapadão do Sul, Caarapó, Miranda, Iguatemi e Pedro Gomes.

A votação ocorre por meio de urna eletrônica, devidamente conferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Concorrem este ano Bitto Pereira, da chapa 22 ("Pelo Futuro da OAB") e Lucas Rosa, da chapa 11 ("Renovação: OAB de Todos").

Além do presidente, os advogados vão eleger o Conselho Seccional e sua diretoria, o Conselho Federal, a diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados (CAAMS) e as diretorias e conselhos subseccionais.

As chapas para o Conselho Seccional são compostas por 45 conselheiros seccionais titulares, incluídos os membros da diretoria e com indicação nominal desses, e 45 suplentes, três conselheiros federais titulares e três conselheiros federais suplentes e cinco membros para a composição da diretoria da CAAMS.

Os vencedores do pleito vão tomar posse no dia 1º de janeiro de 2025 para o exercício do mandato trienal em sessão ordinária realizada no Plenário do Conselho Federal, presidida pelo presidente eleito, após prestarem o compromisso legal.

Os requisitos para votação são estar em dia com o pagamento da anuidade da Ordem e apresentar documento oficial com foto: carteira de identidade de advogado, identidade (RG), Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) ou Passaporte.

O voto é pessoal e obrigatório para todos os advogados regularmente inscritos na OAB-MS. Têm direito ao voto profissionais que estão em dia com as obrigações financeiras da instituição.

Dos 20.533 advogados registrados na OAB-MS, 12,3 mil estão aptos a votarem. Quem não votar, deverá pagar multa de 20% do valor da anuidade.

ORDEM DOS ADVOGADOS

Eleição da OAB no Estado leva hoje às urnas 12,3 mil advogados aptos a votar

Os candidatos são Bitto Pereira, da chapa 22 ("Pelo Futuro da OAB"), e Lucas Rosa, da chapa 11 ("Renovação: OAB de Todos")

22/11/2024 07h53

Os advogados Bitto Pereira, da chapa 22, e Lucas Rosa, da chapa 11, disputam a presidência da OAB-MS

Os advogados Bitto Pereira, da chapa 22, e Lucas Rosa, da chapa 11, disputam a presidência da OAB-MS Foto: Montagem

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Das 9h às 17h de hoje, os 12.380 advogados do Estado aptos a votar – que não têm condenação disciplinar e estão em dia com a tesouraria – vão às urnas para eleger o próximo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB-MS) para o triênio 2025-2027, que na eleição deste ano tem como candidatos Bitto Pereira, da chapa 22 (“Pelo Futuro da OAB”), que tentará a reeleição, e Lucas Rosa, da chapa 11 (“Renovação: OAB de Todos”).

Ao todo, são 31 subseções em Mato Grosso do Sul. Além do presidente, os advogados vão eleger o Conselho Seccional e sua diretoria, o Conselho Federal, a diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados (CAAMS) e as diretorias e conselhos subseccionais. 

Para votar, os advogados devem levar o Cartão de Identidade Profissional ou um dos seguintes documentos: Carteira de Identidade Nacional (CIN), Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e Passaporte.

As chapas para o Conselho Seccional são compostas por 45 conselheiros seccionais titulares, incluídos os membros da diretoria e com indicação nominal desses, e 45 suplentes, três conselheiros federais titulares e três conselheiros federais suplentes e cinco membros para a composição da diretoria da CAAMS.

Os vencedores do pleito vão tomar posse no dia 1º de janeiro de 2025 para o exercício do mandato trienal em sessão ordinária realizada no Plenário do Conselho Federal, presidida pelo presidente eleito, após prestarem o compromisso legal. 

O advogado que não comparecer ao local de votação fica sujeito à multa, equivalente a 20% do valor da anuidade. Em caso de ausência, ela deve ser justificada, por escrito, dentro do prazo de 30 dias, contados a partir do dia útil seguinte à data da eleição – ou seja, até 6 de janeiro de 2025.

Em Campo Grande, a votação será na sede da OAB-MS, que fica na Avenida Mato Grosso, nº 4.700, Centro, enquanto os locais das 31 subseções podem ser consultados no site da oabms.org.br/eleicao-oab/. Como serão utilizadas urnas eletrônicas, o resultado das eleições está previsto para sair até as 18h de hoje.

EXPECTATIVAS

O atual presidente da OAB-MS, Bitto Pereira, disse ao Correio do Estado que está otimista para a eleição de hoje.

“Diante de todo o trabalho que nós fizemos ao longo dos três anos, tanto em Campo Grande quanto em todas as 31 subseções, a expectativa é de que tenhamos uma maiúscula vitória”, projetou.

Ele completou ter certeza de que a advocacia sul-mato-grossense saberá reconhecer o trabalho feito por sua gestão.

“Atuamos em todas as frentes, abordando as prerrogativas e os honorários dos advogados, a Escola Nacional da Advocacia [ESA] e a Caixa de Assistência dos Advogados. Enfim, trabalhamos unidos por uma advocacia forte e respeitada”, assegurou, completando que sua principal bandeira é o empreendedorismo na advocacia.

Já o advogado Lucas Rosa revelou ao Correio do Estado que a expectativa é que toda advocacia exerça seu sagrado direito de escolher seus dirigentes.

“Especialmente porque o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul [TJMS] acolheu um pleito da Associação dos Advogados de Mato Grosso do Sul [AAMS] de suspensão de todos os prazos e de todos os atos judiciais das audiências e dos julgamentos para que todos advogados possam votar presencialmente, como deve ser”, ressaltou.

Em razão disso, ele ressaltou que a expectativa é que a advocacia exerça esse direito ao voto, opine, escolha seus dirigentes e não deixe de votar.

“Não votem nulo, não votem em branco, mas escolha efetivamente a liderança. E no meu caso, especificamente, o nosso desejo é de renovação e de restauração da ordem para que volte a ser o que sempre foi e para que volte a ser o que ela era. Afinal, atualmente, a gente está se afastando do debate público, do dia a dia do advogado, e sem alternância de poder”, criticou.

Saiba

Eleitorado é maior do que em 42 cidades

Os 12.380 advogados aptos a votar na eleição da OAB-MS é maior do que o eleitorado de 42 municípios de Mato Grosso do Sul. Na prática, o número de advogados que podem votar no pleito de hoje é superior ao de 53% dos 79 municípios sul-mato-grossenses.

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