Artigos e Opinião

OPINIÃO

Sônia Puxiam: "Você já conjugouo verbo amar hoje?"

Jornalista

Redação

26/05/2016 - 01h00
Continue lendo...

A felicidade deve ser escolha, ela está em suas mãos. Um dos fatores que contribui para que ela esteja presente é conjugar o verbo amar. Você já amou hoje? Ame sempre: os filhos, os pais, marido, esposa, netos, irmãos, amigos, trabalho... Ama em abundância e serás feliz 
em quantidade.

Quando algum pensamento negativo invadir a sua mente substitua-o por outro positivo. Faça limpeza no seu armazém mental e purifique-o com boas recordações e projetos felizes. É uma boa pedida. O seu pensamento alimenta a sua atitude, que alimenta as suas ações, portantopense feliz e viva feliz.

Se você vigiar seus pensamentos e alimentar a mente com um conteúdo positivo o resultado vai ser bem estar emocional e físico. O corpo é a soma dos seus pensamentos, portanto quando a mente se sobrecarrega de fatos desagradáveis e preocupações exageradas o corpo responde de maneira negativa.

Outro item que também merece destaque é o dinheiro. Você ama o seu trabalho? Você se sente bem no ambiente onde trabalha? Esses quesitos são os responsáveis por grande parte do seu bem estar físico, emocional e como conseqüência pelo seu crescimento financeiro.

Mas será que você é muito apegado ao dinheiro? Se for assim ele fugirá para longe. Será que você o despreza ou gasta à toa? Se for assim ele não voltará. Será que você guarda uma parte dele para te dar uma segurança e fazê-lo crescer? Se for assim ele será seu amigo.

 Agora não adianta só guardar senão o próprio dinheiro vai se esquecer pra que serve. Também não adianta esperar cair do céu. Ugh! O dinheiro é sempre conseqüênciada sua relação com ele. Se você o ama e o emprega bem, ele estará sempre ao seu lado. Se você desperdiça, ele vai para longe.

Amar-se também ocupa lugar de destaque quando o assunto é amor. Você se trata bem? Escolha bem o ambiente onde frequenta e escolha companhias agradáveis. Lembre-se amar-se significa amar a si e ao próximo também, é uma via de duas mãos.

Mas uma coisa é certa: ame a todos e o amor vai retornar em dobro e tornar o seu caminho mais lindo e feliz. Tudo nessa vida é fruto de energia, e quando o alvo é o amor ele cresce e floresce.
Como diz Louise Hay no livro “Aprendendo a Gostar de Si Mesmo”: ‘Nosso poder está na escolha dos pensamentos que temos e das palavras que usamos, porque nossos pensamentos são criativos, geram nossas experiências, contribuem para tudo que fazemos na vida. É você quem escolhe os pensamentos que tem, mesmo que ache que os pensamentos fogem ao seu controle’.

Não raro as pessoas se punem por algo que não deveriam ter feitoou dito e isso gera mal estar, mas o importante é saber que qualquer atitude ou ação pode ser revertida e corrigida. Basta tomar consciência e agir da maneira acertada.

Segundo Louise: “O que todos nós queremos sempre é receber amor e aprovação. A vida é um vai e volta permanente: aquilo que damos, de negativo ou positivo, volta para nós, e, quanto mais damos, mais recebemos”.

Lembre-se: as palavras têm poder! Você já parou pra analisar o que anda dizendo por aí? O pensamento também é poderoso, tudo o que você pensa atua a seu favor ou contra. Vigie seus pensamentos, cultue palavras boas e crie uma atmosfera de saúde e bem estar ao seu redor. Ame-se! 

ARTIGOS

O que tem para dizer o MPF?

19/11/2024 07h45

Arquivo

Continue Lendo...

O que há de ser entendido no silêncio que o Ministério Público Federal (MPF) adotou – quando se calou e se mantém calado – diante da solução que os governos federal e estadual encontraram para pôr fim ao caso da Terra Indígena (TI) Ñande Ru Marangatu, em Mato Grosso do Sul?

Como é sabido, a questão abarcava conflitos violentos que vinham acontecendo há décadas entre indígenas e não indígenas. Esses conflitos foram desencadeados a partir da instrução do processo administrativo em que a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) demarcou – pela ocupação indígena em passado remoto que ela mesmo declarou – um território inteiro de terras particulares em Antônio João, até então, integralmente ocupado, possuído e explorado há quase um século por seus respectivos proprietários. 

O que amparava esses conflitos era a teoria do indigenato, de 1912, do ministro João Mendes, que pela ocupação indígena em passado remoto identificou a TI Ñande Ru Marangatu. Essa forma de identificação de terra indígena tem sido a causa das incontáveis invasões indígenas às terras particulares que ocorreram e que ocorrem todos os dias em MS e em muitas regiões do território nacional.

Lado outro, a Comissão Especial de Autocomposição do Supremo Tribunal Federal (STF) homologou o acordo, o que leva concluir que a mais alta Corte de Justiça concorda com esse modus operandi de se identificar terras indígenas e o adota, como se tanto fosse possível, na solução das causas que julga envolvendo matéria indígena. O exemplo mais recente envolve o julgamento do Recurso Extraordinário nº 1.017.365/SC.

Aliás, a Corte faz confusão quando identifica terras indígenas. Ora adota a teoria do indigenato, ora adota a sua própria interpretação, proclamada na assertiva de que a “configuração de terras ‘tradicionalmente ocupadas’ pelos índios já foi pacificada com a edição da Súmula nº 650, que dispõe: ‘Os incisos I e XI do art. 20 da Constituição Federal não alcançam terras de aldeamentos extintos, ainda que ocupadas por indígenas em passado remoto’”.

Notadamente, o STF relativizou ainda mais o direito de propriedade constitucional diante da matéria indígena, proclamando que, uma vez constatada a ocupação indígena em passado remoto, não há que se invocar o direito de propriedade, o título translativo nem a cadeia sucessória do domínio como defesa. Em resumo, o posicionamento extremo do Supremo é de que a ocupação indígena – seja ela presente, seja ela em passado remoto (indigenato) – define a terra indígena da União. 

A seu turno, por que o MPF – ferrenho defensor dessa ordem jurídica – deixou que os governos federal e estadual pagassem aos particulares pelas terras indígenas que ocupavam e exploravam no distrito de Campestre, em Antônio João? Com a palavra, o MPF em Mato Grosso do Sul!

Assine o Correio do Estado

ARTIGOS

A resiliência e a fé

19/11/2024 07h30

Arquivo

Continue Lendo...

Os desafios diários enfrentados por quem atua na proteção da natureza têm se tornado uma enorme prova de resistência e fé. As condições climáticas extremas, impulsionadas pelas altas temperaturas, ameaçam nossas reservas com o fogo e penalizam a fauna e a flora – já impactadas pela reincidência de incêndios violentos desde 2020.

Percebo que a fauna enfrenta o pior processo de extinção desde o período em que conseguimos a vitória no controle da caça, do tráfico de animais silvestres e da pesca predatória na década de 1980. O cenário atual é de destruição de habitat natural, em que espécies estão sendo dizimadas de forma assustadora, especialmente répteis e insetos. As chamas estão tão intensas que, somadas aos ventos fortes, invadem todos os lugares: locas, copas das árvores, etc, persistindo por meses de forma impiedosa.

Não há dúvidas de que estamos perdendo essa batalha. Somente neste ano já ultrapassamos os 3 milhões de hectares queimados. Esse trágico número foi alcançado mesmo com o empenho de recursos financeiros nas ações de combate, que certamente superam R$ 1 bilhão – entre os investimentos dos governos federal e estadual.

Nunca tivemos – em um histórico de 40 anos – uma infraestrutura de combate tão ampla, incluindo recursos humanos, equipamentos de logística, helicópteros, caminhões e embarcações. É importante destacar o trabalho pioneiro da Famasul, que contabiliza os prejuízos na produção das fazendas no Pantanal, já ultrapassando R$ 50 milhões.

Como podemos ser mais eficientes se nossa capacidade financeira já extrapola seus limites dos desafios e a força humana se mostra insuficiente, em algumas situações até incapaz? Estamos enfrentando algo sem precedentes e que excede nossa capacidade de resposta.

Não devemos nos omitir na identificação dos responsáveis. Eles existem, embora sejam poucos. Ainda assim, acredito que não haverá melhoras significativas na questão comportamental apenas com multas milionárias e possíveis prisões. 

A experiência de outros países, como Portugal e Austrália, nos indica que o ímpeto punitivo não traz uma solução completa. Esses países já lidam com incêndios gigantescos e perdas de vidas humanas em virtude deles há mais de 20 anos.

O mais impressionante – e certamente mais doloroso que as próprias chamas – são as acusações equivocadas e a ignorância de alguns que associam o crescimento dos incêndios às reservas de proteção. Ao contrário, as poucas áreas protegidas no Pantanal (menos de 5%) têm estruturas para evitar incêndios e ações preventivas em seus planos de trabalho, como a presença de brigadas.

Podemos reduzir a escalada dos incêndios ano após ano se implementarmos outras estratégias que não se restrinjam ao combate ao fogo, mas que incluam 
a prevenção. Devemos reconhecer que nossos planos atuais não estão trazendo os resultados esperados e que não será somente o aumento dos investimentos financeiros que nos trará a solução.

O ponto crítico é como um dos biomas mais preservados (cerca de 85%) passou a ser um grande emissor de gás carbônico no País. Os fenômenos naturais são impactados negativamente pelas condições climáticas extremas. Essa situação ameaça nosso bioma e exige novas estratégias que unam ciência e competência para enfrentar esses fenômenos sem precedentes.

Restaurar ao proprietário formas de manejo do fogo pode ser uma alternativa. Eles podem ajudar. Ao mesmo tempo, com mais tecnologia e grupos de ação de combate ao fogo, equipados com boa logística e equipamentos adequados, podemos reduzir o tempo de resposta. Não podemos desistir e precisamos ter fé e resistência para rever nossa relação com o planeta.

Poderíamos, em um gesto responsável, olhar e fazer algo pela nascente do Rio Paraguai. Não sou pessimista, mas talvez apenas a desesperança e o senso de urgência possam nos salvar.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).