Polícia

CAMPO GRANDE

Condenado por corrupção, ex-prefeito Gilmar Olarte volta à prisão

Esgotaram-se os recursos de Gilmar Olarte, que terá de cumprir pena de 8 anos e 4 meses por corrupção e lavagem de dinheiro

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O processo judicial que condenou o ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Antunes Olarte a 8 anos e 4 de prisão em regime fechado por corrupção e lavagem de dinheiro, transitou em julgado, e o pastor e ex-mandatário da Capital foi preso nesta quarta-feira (5).

Conforme o advogado de Olarte, Karlem Karim Obeid, Olarte já está em poder do sistema prisional de Mato Grosso do Sul. Ainda não foi decidido em qual presídio o ex-prefeito da Capital ficará preso.  

O processo transitou em julgado depois que o último recurso de Olarte, um embargo de declaração, não foi aceito pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça Antônio Saldanha Palheiro. 

A prisão de Olarte começou a ficar cada vez mais próxima em fevereiro último, quando a 6ª turma do STJ negou o agravo impetrados pela defesa de Olarte. O mérito do agravo nem sequer foi julgado, uma vez que, segundo o STJ, os advogados de Olarte à época, perderam prazo para ajuizar o recurso.  

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Enquanto a defesa do ex-prefeito entendeu que o carnaval de 2018 era feriado, o STJ lembrou que os dias de carnaval e quarta-feira de cinzas são pontos facultativos. 

Perda de prazo

Em 24 de maio de 2017, além de Gilmar Olarte, também foi condenado o ex-assessor de Olarte, Ronan Edson Feitosa de Lima. O ex-assessor especial teve uma pena de 4 anos e 6 meses de prisão. 

Luís Márcio Feliciano, que também foi denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, teve pena de 1 ano de prisão na época.  

O advogado Karlem Karim Obeid disse ao Correio do Estado que irá ajuizar uma revisão criminal para os ex-prefeito. Na avaliação do advogado, Olarte foi “injustiçado”, por não ter tido acesso ao princípio constitucional do Duplo Grau de Jurisdição.  

Por ter foro privilegiado na época da denúncia, Olarte respondeu ao processo na 2ª Instância, no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. No decorrer do processo acabou afastado da prefeitura em 2015, época que Alcides Bernal voltou ao poder.  

Como na época Olarte foi apenas afastado - não cassado - e ainda ingressou com recurso para voltar ao cargo, o foro no Tribunal de Justiça foi mantido.  

No Superior Tribunal de Justiça, por ter perdido prazo, Olarte não conseguiu ter sua sentença revisada pela corte superior. 

Esquema com fiéis

O esquema em que Olarte foi condenado ficou conhecido como o escândalo dos cheques em branco. Pastor da Igreja Assembleia de Deus Nova Aliança, Olarte tomou folhas de cheque emprestada de fiéis da igreja, e as trocava por dinheiro com agiotas, prometendo benefícios caso se tornasse prefeito de Campo Grande (na época, havia investigações que resultaram na cassação de Alcides Bernal).  

Os recursos, conforme o Ministério Público, também teriam sido usados para quitar dívidas da campanha de 2012, quando Olarte foi eleito vice na chapa de Bernal. Na ocasião, o pastor teria prometido nomeações na prefeitura da Capital. 

TRÁFICO DE DROGAS

Sogro e genro são presos com 157 quilos de crack em Hilux

Sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade, já o genro atuava como batedor e olheiro

11/12/2025 11h30

Tabletes de crack

Tabletes de crack Divulgação/Polícia Civil - MS

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Sogro, 49 anos e genro, de 40 anos foram presos em flagrante transportando 157 quilos de crack, nesta quarta-feira (10), na região do Parque dos Coqueiros em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.

Tabletes de crackTabletes de crack. Foto: Polícia Civil

Um terceiro possível envolvido também foi conduzido à unidade policial e será investigado pelas autoridades.

O entorpecente estava distribuído em tabletes e acondicionado em uma Toyota Hilux. Eles foram presos por policiais civis da Seção de Investigação Geral/Núcleo Regional de Inteligência (SIG/NRI) de Dourados.

Conforme apurado pela reportagem, o sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade. Já o genro atuava como batedor (escoltando a droga) e olheiro (observando a presença de forças policiais).

A ação faz parte de uma investigação contra uma organização criminosa que atua na cidade e região da fronteira, abastecendo pontos de distribuição em Dourados e região.

TRÁFICO DE DROGAS

O tráfico de drogas é um problema crescente no Brasil.

Comércio, transporte e armazenamento de cocaína, maconha, crack, LSD e haxixe são proibidos no território brasileiro, de acordo com a Lei nº 11.343/2006.

Mas, mesmo proibidos, ainda ocorrem em larga escala em Mato Grosso do Sul. O Estado é conhecido como um vasto corredor no Brasil, devido à sua extensa fronteira com outros países. Com isso, é uma das principais rotas utilizadas para a entrada de substâncias ilícitas no país. 

O tráfico resulta em diversos crimes direta e indiretamente, como furto, roubo, receptação e homicídios.

Dados divulgados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 13.130 quilos de cocaína, 502.682 quilos de maconha e 378 quilos de outras drogas foram apreendidos, entre 1º de janeiro e 11 de dezembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

As forças de segurança responsáveis em apreender entorpecentes são Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Polícia Militar (PMMS), Polícia Civil (PCMS) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

 

HOMICÍDIO E TRÁFICO

Mulher foge de violência doméstica em MG e é morta por ordem da prima em MS

Mulher encontrada morta na tarde de quarta-feira (3), na BR-262, estava cansada de apanhar do marido em Minas Gerais e veio buscar abrigo na casa da prima em MS, que a abandonou

05/12/2025 11h45

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5) Foto: Naiara Camargo

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Maria de Fátima Alves, de 40 anos, encontrada morta na tarde de quarta-feira (3) no anel viário da BR-262, saiu de Minas Gerais para Mato Grosso do Sul para fugir de violência doméstica que sofria do marido. Ela deixou três filhos no estado mineiro.

Ela veio para Campo Grande (MS), há três meses, procurar abrigo na casa da prima, que prometeu acolhê-la em sua casa, localizada no bairro Moreninhas. Mas, não foi o que aconteceu. Sua prima, de 32 anos, recusou o abrigo, pegou seus documentos por motivos ainda desconhecidos e a abandonou nas ruas.

Ela se tornou moradora de rua, passou a fazer uso exagerado de bebidas alcoólicas e foi abrigada no Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (CENTRO POP), em Campo Grande.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Vítima, Maria de Fátima Alves, de 40 anos

Na tarde de terça-feira (2), Maria de Fátima pegou uma bicicleta emprestada e foi buscar seus documentos na casa da prima, pois queria arrumar um emprego. De acordo com a vítima, sua prima seria uma pessoa “muito perigosa”.

Ao chegar no endereço, a prima se negou a devolver os documentos. Em seguida, Maria de Fátima foi até o quarto, abriu o guarda-roupa e flagrou diversos tabletes de cocaína dentro do móvel e, curiosa, começou a manuseá-los.

Com receio de ser denunciada, a prima repreendeu a vítima e a colocou dentro de um Hyundai HB20 com ajuda de um comparsa, de 41 anos. Em seguida, a levaram até o anel viário da BR-262, onde a executaram com um tiro na cabeça e outro no ombro. Após o crime, eles fugiram e o corpo ficou abandonado.

O titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, acredita que a vítima tenha sido morta pelo rapaz e não pela prima.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos

“Ele assumiu que a droga era dele, mas negou a questão de ser o coautor do homicídio. Todo o tempo ele negou o homicídio e sempre confessou o tráfico de drogas. Na cabeça deles, o tráfico é mais fácil obter a liberdade.

Na tarde de quarta-feira (3), a Polícia Militar recebeu uma denúncia que havia um cadáver, às margens do anel viário da BR-262, saída para Terenos/Rochedo.

Viaturas se deslocaram até a rodovia e os militares constataram que se tratava de uma mulher, sem identificação até então. Polícia Civil e Polícia Científica estiveram no local para recolher os indícios do assassinato e retirar o corpo.

A prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos, estão presos preventivamente pelos crimes de homicídio qualificado, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

A mulher é empresária, possui transportadoras e não tem passagens pela polícia. O homem tem passagens por tráfico de drogas.

O caso continua sendo investigado pela DHPP.

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