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Cores são cada vez mais usadas
em campanhas de saúde

Cores são cada vez mais usadas
em campanhas de saúde

CÁSSIA MODENA

05/10/2016 - 15h03
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Saúde é um assunto que está sempre em discussão. De forma geral, é tema fundamental nos debates políticos, públicos e nas conversas informais do cotidiano. Há, entretanto, duas questões especialmente urgentes sobre ela que costumam ficar de fora dessas discussões: a prevenção e o desconhecimento de muitas doenças. 

Para levar mais pessoas às unidades de saúde e fazer circular as informações sobre doenças, o Ministério da Saúde e entidades da sociedade civil adotaram as “cores da saúde”, reconhecidas em todo o mundo e identificadas em campanhas publicitárias. Elas mudam conforme o mês e são representadas por símbolos como o laço, por exemplo. Desde a década de 1990, são exploradas pela publicidade, pela imprensa e por organizações da sociedade civil.

A que se inicia é o Outubro Rosa, dedicado à sensibilização quanto à saúde da mulher – principalmente em relação ao câncer de mama e câncer do colo do útero. Ações de saúde como esta começam no segundo mês do ano com o  Fevereiro Roxo, que chama a atenção para a doença degenerativa conhecida como mal de Alzheimer, para a fibromialgia e para a doença de lúpus. Elas vão até o fim do ano, com o Dezembro Vermelho, quando o alerta é sobre o vírus HIV.

O ANO TODO

O total de campanhas publicitárias produzidas pelo Ministério da Saúde, durante o ano, chega a 85. Algumas delas são permanentes, outras são mensais.

Em Mato Grosso do Sul, a Secretaria de Estado de Saúde mantém ações, conforme as diretrizes do ministério, de pelo menos 12 campanhas destas e também possui uma em âmbito estadual, o Agosto Lilás, que promove o combate à violência contra a mulher. 

PARCERIAS

Segundo a coordenadora da Atenção Básica de Saúde do Estado, Karine Cavalcante, as  campanhas identificadas por cores abrangem áreas estratégicas de sensibilização que são anualmente promovidas por vários setores do poder público, mas precisam também do apoio de outras entidades. “É muito importante ter parcerias para sensibilizar o número máximo de pessoas possível a procurar as unidades de saúde”.

Órgãos públicos da Capital e do interior participam mensalmente das campanhas. É comum, durante esses períodos, a realização de conversa e distribuição de folhetos informativos.

Sindicatos, bancos e hospitais costumam apoiar essas campanhas de saúde, com o objetivo de prestar serviço para seu público interno e externo. A grande circulação de pessoas em locais como shoppings, por exemplo, é favorável para isso.

Este mês, o Pátio Central Shopping, localizado no centro da Capital, autorizou que o Hospital de Câncer Alfredo Abrão montasse um estande para comercializar produtos, como calendários e camisetas, com temas ligados ao Outubro Rosa. O hospital tem outras ações programadas para a conscientização em saúde como a Caminhada Rosa, que ocorreu no dia 1º de outubro. Além disso, são realizadas, o ano todo, entrega de cestas básicas para pacientes e palestras de conscientização em relação ao câncer. Só em outubro, foram agendadas mais de 40 delas. 

No mês passado, o Setembro Verde, a rede de restaurantes Madero, que possui uma filial em Campo Grande, produziu campanha publicitária para estimular a doação de órgãos. Ela foi postada nas redes sociais da empresa, no formato de vídeo, e gerou milhares de compartilhamentos.

Na sede da Secretaria de Saúde, localizada no Parque dos Poderes, em Campo Grande, há material de divulgação disponível para que empresas e organizações possam distribuir e colaborar com as campanhas.

CONSCIENTIZAÇÃO

A prevenção depende da iniciativa individual e é prática pouco usual, apesar de tanta insistência dos profissionais da área com a população. 

Quem é paciente também pode ajudar, a exemplo do que faz Leni Cordeiro, 50 anos. Ela realiza tratamento contra o câncer há cinco anos e, desde 2014, é modelo da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Campo Grande. A paciente participa das campanhas promovidas pela entidade e empresta sua imagem para alertar sobre o câncer de mama, doença que lhe tirou duas mamas, mas não levou sua autoestima e a vontade de viver e ajudar o outro. “Gosto muito de fotografar e poder escolher entre perucas, lenços coloridos e chapéus para as fotos, a autoestima vai lá em cima. Minha intenção é que a minha imagem sirva para sensibilizar outras mulheres em relação ao câncer”.

CALENDÁRIO COLORIDO

Fevereiro Roxo: lúpus/mal de Alzheimer/fibromialgia.

Abril Quebra-Cabeça (várias cores): autismo.

Maio Amarelo e Vermelho: hepatite.

Junho Laranja: anemia, leucemia.

Julho Amarelo: câncer ósseo.

Setembro Amarelo: suicídio.

Setembro Verde: doação de órgãos.

Outubro Rosa: saúde da mulher (câncer de colo do útero e câncer de mama).

Novembro Azul: saúde do homem (câncer de próstata) e diabetes.

Dezembro Vermelho: vírus HIV.

Saúde

Veja 6 exercícios físicos que podem ser feitos no trabalho

O Correio B separou algumas opções de atividades físicas que podem ser feitas sentado ou caminhando pelo escritório

17/10/2024 11h00

Reprodução IA

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Incorporar exercícios simples no seu dia de trabalho pode fazer uma grande diferença sua saúde e bem-estar. Além de melhorar a postura e reduzir dores musculares, manter-se ativo pode aumentar a produtividade e trazer mais disposição para enfrentar as tarefas diárias. 

Em um mundo onde passamos longas horas em frente ao computador, encontrar maneiras de incorporar exercícios no ambiente de trabalho se torna essencial para a saúde física e mental.

Mas como fazer isso sem comprometer a produtividade? Aqui estão algumas dicas para manter-se ativo durante o expediente.

Pescoço e ombros

Sentado em sua cadeira, incline a cabeça suavemente para um lado, tentando tocar a orelha no ombro. Mantenha por 15 segundos e repita para o outro lado. Esse alongamento ajuda a aliviar a tensão acumulada no pescoço e nos ombros.

Pernas

Sentado, estique uma perna paralela ao chão, segure por 10 segundos e abaixe lentamente. Repita 10 vezes para cada perna. Este exercício ajuda a fortalecer os músculos das pernas e melhorar a circulação.

Caminhadas

Levante-se e caminhe pelo escritório ou suba e desça as escadas por alguns minutos. Pequenas caminhadas frequentes podem ajudar a reduzir o risco de doenças relacionadas ao sedentarismo.

Tronco

Sentado, coloque a mão direita na parte externa do joelho esquerdo e gire suavemente o tronco para a esquerda. Mantenha por 15 segundos e repita para o outro lado. Isso ajuda a manter a flexibilidade da coluna.

Apertos de ombro

Levante os ombros em direção às orelhas, segure por alguns segundos e solte. Repita 10 vezes. Este exercício é ótimo para aliviar a tensão e melhorar a postura.

Tornozelos

Sentado, levante uma perna e faça círculos com o tornozelo, 10 vezes em cada direção. Isso melhora a mobilidade dos tornozelos e a circulação.

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OUTUBRO ROSA

Cuidados paliativos são fundamentais no tratamento de câncer, aponta oncologista

Cuidados paliativos são fundamentais no tratamento de câncer; "É uma abordagem multidisciplinar para proporcionar alívio físico, emocional, social e espiritual, independentemente do estágio da doença", afirma o oncologista Gustavo Medeiros

17/10/2024 10h00

Mais de 25 mil novos casos de câncer de mama deverão ser registrados em Mato Grosso do Sul no triênio 2023-2025; o número poderá chegar a mais de 220 mil casos em todo o País

Mais de 25 mil novos casos de câncer de mama deverão ser registrados em Mato Grosso do Sul no triênio 2023-2025; o número poderá chegar a mais de 220 mil casos em todo o País

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O câncer de mama é, ainda, um desafio mundial. No Brasil, a estimativa é de que surjam mais de 220 mil casos novos da doença no triênio 2023-2025, com destaque para as Regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência da doença, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Em Mato Grosso do Sul, no mesmo período, deverão ser registrados mais de 25 mil novos casos.

Em meio a esse cenário, o Outubro Rosa – mês reconhecido internacionalmente para a conscientização sobre o câncer de mama – é uma campanha importante para reduzir a incidência de casos e a mortalidade, uma vez que há grandes chances de cura, de mais de 90%, quando o câncer é detectado com antecedência, segundo especialistas.

Para quem detecta a doença em estágio avançado ou terminal, os cuidados paliativos desempenham um papel importante em termos de melhoria da qualidade de vida dos pacientes, por meio do gerenciamento dos sintomas, do apoio emocional e do enfrentamento dos desafios associados ao tratamento do câncer.

O oncologista Gustavo Medeiros explica que os cuidados paliativos são uma abordagem multidisciplinar, com foco no paciente terminal, voltada para melhorar a qualidade de vida de pessoas que enfrentam doenças graves, incuráveis ou ameaçadoras à vida. “O objetivo principal é proporcionar alívio do sofrimento físico, emocional, social e espiritual, independentemente do estágio da doença ou da expectativa de vida”, diz o médico.

“Como exemplo, podemos colocar a utilização de medicamentos e equipamentos voltados para o alívio da dor, falta de ar, indisposição, náuseas, vômitos, falta de apetite e outros sintomas desconfortáveis”, afirma o especialista. Segundo ele, a importância dos cuidados paliativos é humanizar o processo de “terminalidade”, garantindo ao paciente mais conforto e dignidade no seu período final de vida.

DIÁLOGO E SUPORTE

“Promover o diálogo sobre os [cuidados] paliativos ajuda a derrubar preconceitos e garante que as mulheres com câncer de mama, especialmente aquelas em estágios mais avançados, possam receber o cuidado integral que merecem.

O tratamento do câncer vai além da cura da doença. É cuidar da pessoa em sua totalidade, respeitando suas necessidades físicas, emocionais e espirituais”, diz Munir Murad, médico e um dos coordenadores da Versania Brasil, empresa especializada em cuidados paliativos.

No caso de problemas de saúde complexos e recorrentes, a assistência paliativa pode ajudar, inclusive, a coordenar os planos de cuidados e lidar com o impacto físico e emocional causado pelas hospitalizações, segundo Murad.

De acordo com o especialista, as equipes de cuidados paliativos auxiliam pacientes e suas famílias na tomada de decisões, especialmente quando enfrentam escolhas sobre tratamentos agressivos e cuidados relacionados ao encerramento do ciclo de vida.

“Eles se concentram no controle de sintomas, no suporte emocional e na comunicação sobre os objetivos de cuidados, garantindo que os pacientes e suas famílias recebam o atendimento abrangente e a assistência de que necessitam durante os momentos difíceis”, explica.

Ele ressalta que um estudo realizado em Boston (EUA) revelou que pacientes com câncer de pulmão que receberam esse tipo de assistência antecipadamente tiveram uma sobrevida prolongada. “Eles viveram mais tempo e, além disso, viveram melhor. Houve melhora nos sintomas de depressão e na qualidade de vida”, informa.

Segundo Murad, os cuidados paliativos, que ainda são tabu no Brasil, ocorrem, muitas vezes, em paralelo ao atendimento dos médicos que acompanham os casos dos pacientes, como cardiologistas, oncologistas e neurologistas.

“Não há contraindicações absolutas para os cuidados paliativos, porém, a recusa do paciente ou da família deve ser respeitada”, complementa Gustavo Medeiros.
 

Conheça os direitos previdenciários das pacientes com câncer de mama

No Brasil, com exceção dos tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões. Para cada ano do triênio 2023-2025, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima o registro de 73.610 casos novos da doença. Os números refletem a importância do Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, que se torna um momento ainda mais oportuno para abordar os direitos das mulheres que enfrentam a doença.

O advogado previdenciarista Jefferson Maleski destaca a importância do conhecimento sobre os benefícios previdenciários disponíveis para essas seguradas. As mulheres diagnosticadas com câncer de mama ou colo do útero têm direito ao auxílio por incapacidade temporária, desde que a doença comprometa sua capacidade de trabalho. “Se a incapacidade for permanente, elas podem solicitar a aposentadoria”, explica Maleski.

Um ponto importante é que, ao contrário da regra geral, que exige 12 contribuições para acessar esses benefícios, as seguradas com câncer são isentas dessa carência. Isso significa que, mesmo que tenham começado a contribuir recentemente, podem solicitar o auxílio imediatamente após o diagnóstico.

Para garantir esses direitos, Maleski ressalta a importância de um acompanhamento médico rigoroso. As mulheres devem manter uma documentação completa e atualizada que inclua receituários, laudos médicos, prontuários e atestados. “Conforme a doença evolui e o tratamento avança, essa documentação deve ser organizada para facilitar a solicitação do benefício”, recomenda.

Muitas mulheres enfrentam dificuldades emocionais e práticas ao buscar esses benefícios após um diagnóstico de câncer. “É fundamental ter o apoio de familiares ou amigos durante esse período”, sugere Maleski.

Muitas vezes, a fragilidade causada pela doença impede que a paciente busque sozinha os benefícios, tornando essencial a presença de um acompanhante que ajude na organização da documentação e, se necessário, na contratação de um advogado especializado.

Embora a legislação brasileira ofereça suporte adequado às mulheres em tratamento de câncer, Maleski alerta para a necessidade de efetividade na aplicação dessas leis.

“A legislação pode ser robusta, mas sua implementação varia. Infelizmente, nem todos os locais oferecem o tratamento e a medicação necessários”, afirma.

Assim, ele recomenda que as seguradas busquem auxílio jurídico para garantir que seus direitos sejam respeitados, especialmente se encontrarem dificuldades na obtenção de benefícios pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O advogado enfatiza que a orientação adequada pode fazer toda a diferença. “Mulheres informadas sobre seus direitos e os procedimentos necessários se sentem mais preparadas para lidar com a adversidade”, observa. Ele aconselha que, mesmo mulheres que não são seguradas atualmente, considerem iniciar contribuições para a Previdência, pois isso pode ser uma forma de se precaver.

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