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ESTREIA

"Fora de Hora" aposta no surrealismo cotidiano para fazer rir

A partir de amanhã, 21, o programa vai ao ar com grande elenco, notícias "quentes" e furos de reportagem

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O humor se utiliza muito bem da fina mistura entre os clichês do jornalismo e o caos do cotidiano. A fórmula já foi amplamente desenvolvida na tevê e remete desde aos clássicos esquetes do americano “Saturday Night Live”, passando pelos brasileiríssimos “O Mundo no Ar”, na TV Manchete, com Marcelo Tas, no início dos anos 1980, seguido anos depois por “TV Pirata” e “Casseta & Planeta, Urgente!”, na Globo, e “Furo MTV”. A partir da próxima terça, 21 de janeiro, o esquema jornalístico volta a encontrar o riso no “Fora de Hora”, humorístico arquitetado ao longo de 2019 por Daniela Ocampo, Marcelo Adnet e Marcius Melhem. Feito na medida para os órfãos do extinto “Tá no Ar: A TV na TV”, a nova produção apresenta novidades no elenco como Julia Rabello, Caito Mainier, Luís Lobianco e Paulo Vieira. Mas, de olho na identificação do público, reprisa alguns nomes da produção cancelada em sua sexta temporada, casos de Renata Gaspar, Welder Rodrigues, Marcio Vitto, Luana Martau, Veronica Debom. “É o elenco dos sonhos de qualquer humorístico. Desde o início, a gente pensou em uma produção dinâmica e quente, que pudesse refletir de fato os assuntos da semana. Acho que essa ligação com o ‘agora’ é o grande diferencial do ‘Fora de Hora’”, valoriza a diretora artística Lilian Amarante.

Esteban Saldanha, personagem de Marcelo Adnet

Ancorado pelos atores Paulo Vieira e Renata Gaspar, o humorístico anseia por ressignificar as imagens e discursos do jornalismo tradicional com todas as sátiras e paródias que couberem em um telejornal surreal, sempre sob o viés do humor e fugindo de qualquer “fake news”. Com crítica e irreverência, o programa vai usar assuntos reais para fazer uma crônica semanal, que pretende reunir temas do cotidiano aos absurdos possíveis em um jornal fictício. “O noticiário brasileiro é um celeiro de piadas. A gente pega as mais loucas e eleva à última potência. E claro, amparados por todo o poder de produção da emissora. Fico muito impressionado com os cenários e a qualidade do conteúdo”, defende Paulo Vieira, aposta recente do setor de comédia da Globo, que segue como um dos principais nomes do “Zorra” e com seu quadro solo no “Se Joga”.

Da dupla de apresentadores ao time de repórteres, suas personalidades e matérias inusitadas, tudo no “Fora de Hora” foge à regra do bom jornalismo. O papo de bastidor que vai ao ar sem querer, o entrevistado que reage de forma inesperada ou aquela crise de riso que foge ao controle no momento mais crucial. Qualquer situação sem sentido pode surgir em meio às notícias, onde os fatos até podem ser reais, mas estão sempre fora dos padrões e dos limites. Entre tantos personagens, destacam-se Esteban Saldanha, de Marcelo Adnet, um repórter investigativo extremo, que vai até às últimas consequências por uma pauta a ponto de se tornar objeto de suas próprias matérias. A comentarista Manu Guimarães, de Júlia Rabello, que entra sempre no ar para dar sua visão sobre política, economia e cultura, totalmente focada nas questões de gênero e das mulheres. Por fim, com os dois pés na realidade, está a destemida repórter Jamille de Assis, interpretada por Luana Martau, que de tanto se aprofundar nas matérias, ignora os riscos e faz da vida de seu medroso cinegrafista um inferno. “Todo mundo tem um personagem fixo e o elenco vai se dividindo para dar conta de outros tipos necessários para a cena. As gravações são uma loucura, mas a gente se diverte bastante”, conta Luana.

A repórter Jamille de Assis, interpretada por Luana Martau

Com algumas externas e grande parte dos esquetes feitos dentro dos Estúdios Globo, as gravações do “Fora de Hora” começaram no início de dezembro. Com uma primeira temporada de 13 episódios de cerca de 30 minutos de duração, o programa estreia com grande parte de seus quadros já prontos. Pouco antes da exibição, a parte “quente” do humorístico será adicionada à edição final. “É uma adrenalina e tanto! A emissora tem a estrutura necessária para a gente trabalhar dessa forma. Então, até links ao vivo podem acontecer no meio do programa”, conta a diretora Lilian Amarante. Foi essa proposta ambiciosa do programa que acabou conquistando a “novata” Júlia Rabello, que depois de fazer novelas e séries na Globo, está ansiosa com sua primeira experiência na linha de shows. “Me divirto de verdade lendo o roteiro. O programa tem um humor ácido delicioso e estou cercada de pessoas que admiro muito. Foi um convite realmente irresistível”, valoriza Júlia.

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B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

Bailarina, atriz e criadora do método Dança Integral, Keila Fuke transforma o movimento em linguagem de escuta, autocuidado e reinvenção feminina

21/12/2025 20h00

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos Foto: Divulgação

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Keila Fuke fala de dança como quem fala de família. Não no sentido de abrigo confortável apenas, mas de território vivo - onde moram memória, desejo, silêncio e prazer. Quando ela diz que o corpo é templo, não soa místico. Soa prático. Soa vivido.

“A dança é uma arte que se expressa pelo corpo, e o corpo é nossa casa, templo sagrado e cheio de emoções, histórias e prazer”, diz. Para ela, quando uma mulher escuta e sente o próprio corpo, algo essencial se reorganiza: “ela realmente se conecta com sua essência primária, seus desejos, e consegue ir para a vida de forma mais consciente”.

Há mais de três décadas, Keila dança, atua, coreografa e cria. Sua formação artística começou ainda na infância e se expandiu por diferentes linguagens (dança, teatro, musical e direção), construindo uma trajetória consistente nos palcos brasileiros. Nos grandes musicais, viveu a intensidade da cena em produções como “Miss Saigon”, “Sweet Charity”, “A Bela e a Fera”, “Victor ou Victoria” e “Zorro” (experiências que aprofundaram sua relação com a disciplina, a entrega e a presença).

Foi também no teatro que sua trajetória profissional ganhou contorno definitivo. Keila estreou ao lado de Marília Pêra, em “Elas por Ela”, num encontro que deixaria marcas profundas em sua forma de compreender a arte. A convivência com Marília reforçou a noção de que o palco exige verdade, escuta e disponibilidade (valores que atravessam seu trabalho até hoje).

Mas só quem escuta com atenção percebe que sua trajetória não foi guiada apenas pela busca da forma perfeita ou do espetáculo bem acabado - e sim por uma pergunta insistente: o que o corpo ainda tem a dizer quando a vida muda de ritmo? Essa pergunta atravessa tudo o que ela faz hoje.

Ao falar sobre movimento, Keila não separa o gesto do afeto, nem a técnica da emoção. “A dança revela a comunicação entre o mundo interno e o externo. O gesto se torna linguagem, o movimento vira verdade.” Talvez seja exatamente por isso que tantas mulheres chegam às suas vivências depois de períodos de exaustão: ali não se pede performance, mas presença.

Existe algo de radicalmente gentil na forma como Keila olha para o corpo feminino. Especialmente aquele que atravessa a maturidade. A menopausa, tema ainda cercado de silêncio, aparece em sua fala como travessia, não como falha. “Todas as mulheres irão passar por esse portal ao entrar na maturidade”, afirma. “Não para corrigir o corpo, mas para reconhecê-lo.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos         B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Foi desse entendimento que nasceu o método Dança Integral, desenvolvido a partir da integração entre sua experiência artística e seus estudos terapêuticos. Ao longo dos anos, Keila aprofundou-se em yoga, meditação, tantra, bioenergética e consciência sistêmica, incorporando esses saberes à dança. “É um trabalho que convida a mulher a ativar e integrar seus corpos (físico, mental e emocional) devolvendo consciência, presença e escuta.”

Na prática, o movimento deixa de ser esforço e passa a ser aliado. O corpo volta a circular energia, as emoções encontram expressão e a mente desacelera. “No movimento consciente, o corpo lembra que não nasceu para ser corrigido, mas habitado.” Quando isso acontece, o corpo deixa de ser campo de conflito e volta a ser morada.

A ancestralidade japonesa que Keila carrega atravessa profundamente esse olhar. Mestiça de origens japonesa, italiana, alemã e libanesa, ela se reconhece como uma mulher amarela e traz dessa herança a disciplina entendida como cuidado. O respeito ao tempo, ao silêncio e ao gesto essencial molda sua relação com o movimento, a prática e o feminino. Espiritualmente, o corpo é templo, o movimento é ritual e a repetição, um caminho de aperfeiçoamento interno.

Ao mesmo tempo, Keila é mistura. Emoção, calor e invenção brasileira convivem com rigor e silêncio. “Vivo entre tradição e vanguarda, entre raiz e criação”, diz. É dessa fusão que nasce um trabalho que não se fixa nem na forma nem no conceito, mas no estado de presença.

Essa escuta sensível também se manifesta fora das salas de dança. Há 17 anos, Keila atua na Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão, onde integra a formação artística de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Ali, ela participa da criação de um núcleo de teatro musical que utiliza a arte como ferramenta de educação, inclusão e fortalecimento da autoestima. “Com eles, aprendo que sensibilidade não é fragilidade, é potência.”

B+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anosB+: Keila Fuke transforma a dança em escuta do corpo, cura emocional e reinvenção aos 59 anos - Divulgação

Falar de reinvenção aos 59 anos, para Keila, não tem a ver com começar do zero. Tem a ver com fidelidade. “Se reinventar é um gesto de fidelidade à vida.” Ela fala de saúde emocional, de vulnerabilidade, mas também de prazer, curiosidade e desejo. “Depois dos 50, algo se organiza internamente: ganhamos coragem para comunicar quem somos e ocupar nosso lugar sem pedir permissão.”

Existe algo profundamente político nesse corpo que segue dançando sem pedir licença ao tempo. Que reivindica delicadeza sem abrir mão de força. “Dançar, assim, é um ato político e espiritual”, diz. “É a mulher dizendo ao próprio corpo: eu te vejo, eu te respeito, eu te celebro.”

Quando Keila afirma que cada passo é uma oração, a frase ganha densidade. “Hoje, a oração que guia meus passos é a gratidão em movimento.” Gratidão por estar viva, criando, aprendendo e colocando o talento a serviço da vida. “Que minha arte continue sendo ponte - entre corpo, alma e coração.”

Talvez seja isso que faz de Keila Fuke uma presença tão inspiradora: não apenas o que ela construiu nos palcos, mas a forma como permanece. Em movimento. Em escuta. Em verdade.

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Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Médicos alertam sobre riscos da exposição solar e sobre a importância da proteção solar eficaz

21/12/2025 19h00

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira!

Saúde B+: Você sabia que bronzeado saudável não existe? Confira! Foto: Divulgação

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Infelizmente … aquele bronze dourado e saudável não existe! Esse, que é o desejo de muitas pessoas, pode representar um real perigo para a saúde da pele. “Classificamos os tipos de pele de I a VI, de acordo com a capacidade de resposta à radiação ultravioleta (UV), sendo chamado fototipo I aquele que sempre se queima e nunca se bronzeia, até o VI, pele negra, totalmente pigmentada, com grande resistência à radiação UV. A pigmentação constitutiva - cor natural da pele - é definida geneticamente. A cor facultativa - bronzeado - é induzida pela exposição solar e é reversível quando cessa a exposição”, explica a dermatologista Dra. Ana Paula Fucci, Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O chamado "bronzeado dourado" é observado nas peles mais claras e para ocorrer, ocasiona danos no DNA das células.  “As  consequências serão vistas anos mais tarde, em forma de fotoenvelhecimento, manchas ou lesões cutâneas malignas.O ideal é respeitar seu tipo de pele e sua sensibilidade ao sol. Nunca queimar a ponto de “descascar”. Importante: evite se expor ao sol entre 10 e 16h”, detalha a dermatologista. 

Dra. Ana Paula alerta ainda sobre os riscos de bronzeamento artificial, através das câmaras de bronzeamento: “esse é ainda mais prejudicial para a pele do que a exposição ao sol. A radiação é entregue de forma concentrada e direta, sem nenhum tipo de filtro ou proteção”.  

A médica ressalta que filtro solar não é uma permissão para a exposição ao sol. “Ele é um grande aliado, desde que sejam seguidas as orientações de horário, evitar exposição exagerada e usar complementos como bonés, óculos etc”, reforça Dra. Ana Paula Fucci.  

- Proteção solar eficaz 

A rotina de proteção solar é muito importante em qualquer época do ano, sobretudo agora no verão.  “Não deixe para aplicar o filtro quando chegar na praia ou piscina, por exemplo. O ideal é aplicá-lo cerca de 20 minutos antes de se expor ao sol, para dar tempo de ser absorvido e começar a agir. Também devemos reaplicar o filtro solar a cada 2 horas ou após se molhar ou suar muito”, destaca Dr. Franklin Veríssimo, Especialista e pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pelo Hospital Albert Einstein-SP. 

Dr. Franklin destaca três aspectos importantes para uma proteção solar eficaz:

1- “Use filtro com FPS 30 ou maior;  e para as crianças ou pessoas que possuem pele mais sensível, FPS de no mínimo 50;

2- Use proteção adicional ao filtro solar, como chapéus, viseiras, óculos escuros. Recomendo evitar a exposição solar entre 10 e 16h;

3.  Use roupas leves, claras e chapéu e óculos de proteção UV, principalmente se for praticar caminhadas e atividades físicas ao ar livre.  Quem costuma ficar muito tempo no sol tem que redobrar os cuidados e investir em roupas com proteção ultravioleta”, conclui o médico.  

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