Brasil

CATÁSTROFE

Aeroporto fechado leva à corrida por aluguel de carro ou motorista para sair do RS

Empresas aéreas suspenderam todos os voos que estavam previstos até o fim do mês. Aeroporto está tomado pela água

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A empresária Maria José Salata, 67, aproveitou o feriado do Dia do Trabalhador, celebrado na quarta-feira (1º), para viajar do Rio Janeiro a Porto Alegre com o marido. A ideia era visitar familiares na capital gaúcha até domingo (5).

O retorno de avião para casa no final de semana, entretanto, ficou inviabilizado com o desastre provocado pelas chuvas no Rio Grande do Sul. O aeroporto Salgado Filho foi fechado na sexta (3) em razão da enchente histórica que castiga a capital gaúcha.

A concessionária que administra o terminal, a Fraport Brasil, disse que não há previsão de reabertura. Enquanto isso, companhias aéreas já anunciaram o cancelamento de voos na cidade até 30 de maio.

Sem a reabertura do aeroporto, Maria José tentava nesta segunda (6) confirmar a locação de um carro para quarta-feira (8).
O plano é usar o veículo para se deslocar até Florianópolis, de onde ela e o marido pretendem embarcar em um voo de volta para o Rio.

"Não conseguimos alugar um carro nem para hoje [segunda] nem para amanhã [terça]", diz a empresária.

Caso a reserva não se concretize, ela até cogitava buscar um motorista particular para fazer o trajeto rodoviário.

O caso de Maria José é um dos exemplos das incertezas e dificuldades de transporte trazidas pelas enxurradas no Rio Grande do Sul.

Além de fechar o aeroporto de Porto Alegre, o desastre também destruiu pontes que conectam o interior do estado.
A advogada Gislaine Rozendo, 45, fazia turismo com a família em Gramado (a 120 km da capital gaúcha) quando as chuvas começaram a impactar a rotina local.

Com o fechamento do Salgado Filho, a moradora de Presidente Prudente (a 558 km de São Paulo) viu a passagem aérea de retorno para casa ser cancelada.

A advogada conta que, em um primeiro momento, até conseguiu reservar novo bilhete para o início desta semana. Porém, o novo voo também foi cancelado, já que o aeroporto continuou fechado na capital gaúcha.

A saída, então, foi buscar um motorista particular que conseguiu levar Gislaine e a família até Florianópolis. A viagem de carro, segundo ela, custou R$ 2.800 e demorou quase oito horas devido a desvios de rota.

Em Santa Catarina, ela ainda teve de comprar uma terceira passagem aérea, para finalmente concluir o retorno a São Paulo nesta segunda.

Apesar dos gastos adicionais, a sensação é de alívio ao deixar para trás o cenário de destruição visto no Rio Grande do Sul, indica a advogada. "Dá muita tristeza de olhar ao redor. Você não tem vontade de ir a restaurante, de passear."

Gislaine também reclama da falta de assistência das companhias aéreas na hora de fazer o cancelamento das passagens. Ela diz que não teve suporte adequado.

"Teve um hora em que pensei: 'qualquer voo, para qualquer lugar, estou pegando'", afirma.

Com o aeroporto fechado, viajantes têm recorrido ao aluguel de carros para deixar Porto Alegre e sair do Rio Grande do Sul, segundo Fernanda Ritter, sócia-proprietária da Ritter Hotéis, que opera na capital gaúcha.

"É um movimento que está acontecendo, já que a via aérea está bloqueada. A dificuldade agora é mais para ir [de carro] para o interior do estado", diz a empresária, em referência aos estragos nas rodovias que cortam diferentes municípios gaúchos.

A reportagem consultou a Abla (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis) a respeito da demanda e da capacidade de atendimento em meio ao desastre, mas não teve retorno até a publicação deste texto.

A locadora Unidas afirmou que seu objetivo no momento é "apoiar a população local". A companhia diz que colabora com o grupo Anjos do Asfalto e que empresta carros para levar suprimentos a pessoas atingida pelas chuvas.

"Para os clientes que estavam com carros alugados e estão em área de risco, a recomendação é aguardar um momento seguro para fazer a devolução. Não serão feitas cobranças extras pelo período de uso do veículo", disse a empresa.

RETORNO AO RS TAMBÉM É PREJUDICADO 

Quem tenta voltar para o Rio Grande do Sul também enfrenta dificuldades com a paralisação do Salgado Filho. É o caso do designer gráfico Gelson dos Santos, 50, que aproveitou o feriado da semana passada para conhecer o Rio de Janeiro.

Nesta segunda, o morador de Porto Alegre ainda se perguntava como e quando poderá retornar à capital gaúcha. Seu voo de retorno estava agendado para a próxima quinta-feira (9).

Ele pretendia entrar em contato com a companhia aérea responsável em busca de mais informações. "A gente ainda não tem muita ideia do que vai ser feito", diz.

Em nota divulgada nesta segunda, a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) afirmou que passageiros afetados por cancelamentos devem entrar em contato com as companhias para remarcação ou reembolso dos bilhetes com origem e ou destino na capital gaúcha.

(INFORMAÇÕES DA FOLHAPRESS)

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Senador é alvo da PF em operação contra roubalheira no INSS

Weverton Rocha (PDT-MA), que é vice-líder do Governo no Senado, foi um dos principais alvos da operação que também prendeu o filho do "Careca do INSS"

18/12/2025 07h30

Mandados de busca foram realizados na residência do senador Weverton Rocha, do PDT do Maranhão

Mandados de busca foram realizados na residência do senador Weverton Rocha, do PDT do Maranhão

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O senador Weverton Rocha (PDT-MA) é um dos principais alvos da nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada na manhã desta quinta-feira (18) pela Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU). Weverton é suspeito de ter realizado negócios com alvos investigados pelos desvios, segundo o Estadão. A polícia cumpre busca e apreensão na residência do senador.

Romeu Carvalho Antunes, filho mais velho e sócio do empresário Antônio Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", é outro alvo e foi preso na operação. De acordo com o jornal, além de ter relação societária, ele tinha autorização para movimentar as contas de uma das empresas foi do pai que é suspeita de envolvimento nas fraudes em aposentadorias. O "Careca do INSS" está preso desde setembro.

A operação também cumpriu um mandado de prisão domiciliar e afastamento do atual número dois do Ministério da Previdência Social, Adroaldo Portal. Ele é jornalista e já trabalhou no gabinete de Weverton.

O advogado Éric Fidelis, filho do ex-diretor do INSS André Fidelis, também é alvo de buscas. A Operação Sem Desconto investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Nesta quinta-feira, estão sendo cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As ordens judiciais são cumpridas nos estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, além do Distrito Federal.

Segundo a PF, as ações desta nova fase buscam "aprofundar as investigações da Operação Sem Desconto e esclarecer a prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário e atos de ocultação e dilapidação patrimonial".
 

sbt news

Lula diz que quer campanha 'civilizada' em 2026 e que já tem candidato em SP

O presidente afirmou que não pode escolher o adversário favorito, mas que está preparado para enfrentar os cotados a disputar a Presidência pelo campo da direita

16/12/2025 07h40

Depois de participar de evento de inauguração do jornal, o SBT News exibiu entrevista com o presidente Lula nesta segunda-feira

Depois de participar de evento de inauguração do jornal, o SBT News exibiu entrevista com o presidente Lula nesta segunda-feira

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou em entrevista ao SBT News veiculada nesta segunda-feira, 15, que quer participar de uma campanha "civilizada, num alto nível e com debate altamente democrático" na disputa pelo Palácio do Planalto em 2026. O presidente afirmou ainda que já possui candidatos ao governo e de São Paulo e de Minas Gerais, além de postulantes ao Senado dos dois Estados.

"Eu espero que seja campanha civilizada, num alto nível, com debate altamente democrático porque é preciso tirar o Brasil do ódio que ele está. A campanha política poderá servir para que a gente faça a política voltar a ser respeitada, as instituições fortalecidas e a democracia seja a grande ganhadora", afirmou Lula.

Sobre São Paulo e Minas, Lula disse que é cedo para apontar os nomes dos candidatos da preferência dele. Segundo o presidente, apesar de ter os candidatos, é preciso que eles aceitem participar da campanha. Um caso emblemático é o do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que resiste a ser o candidato ao governo de Minas apoiado pelo petista.

"Acho que é muito cedo para você definir as coisas sobre as eleições que vão se dar em outubro de 2026. Eu tenho todo o tempo do mundo para tentar fazer as articulações que preciso fazer. Obviamente que eu já tenho candidato a governador de São Paulo, tenho candidato a senador por São Paulo, já tenho candidato em Minas Gerais. Mas aqueles que eu quero podem não querer ser", disse Lula.

O presidente afirmou ainda não pode escolher o adversário favorito, mas que está preparado para enfrentar de uma só vez os cotados a disputar a Presidência pelo campo da direita. Confiante, Lula disse que a reeleição dele é a "única certeza" que possui.

"Eu estou preparado para disputar com todos eles de uma vez só. Tenho coisas para anunciar para o povo brasileiro, tenho uma prestação de contas ao povo brasileiro que eu duvido que outro presidente tenha. (...) Alguns poderão fazer promessas, eu vou mostrar a fotografia real das coisas que eu encontrei nesse País e das coisas que nós fizemos nesse País", disse o presidente.

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