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CELULOSE

Às vésperas da ativação da fábrica de Ribas, Suzano troca de comando

Troca ocorre semanas depois de o CEO da Suzano ter criticado projeto do governo federal que prevê empréstimos com juros baixos ao setor industrial

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João Alberto Fernandez de Abreu, diretor-presidente da operadora logística Rumo, renunciou ao cargo para assumir a função de novo CEO da Suzano. Ele vai substituir o empresário Walter Schalka no comando da empresa de celulose.

A troca do comando da Suzano acontece às vésperas da ativação da unidade de Ribas do Rio Pardo, prevista até o fim de junho. As obras estão em andamento desde 2021 e a produção anual de celulose está prevista em 2,5 milhões de toneladas, elevando a capacidade da Suzano de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneldas por ano.

Em janeiro, Walter Schalka se envolveu em polêmica com o Governo Federal, quando criticou o projeto Nova Indústria Brasil, que pretende conceder empréstimos com juros subsidiados ao setor industrial. Para ele, o Governo insiste em soluções que não deram certo no passado.

O presidente do DNDES, Aloísio Mercadante, rebateu o executivo e afirmou que a Suzano se beneficiou durante décadas com empréstimos subsidiados pelo banco e só por isso chegou ao patamar onde está. 

Após o anúncio da troca, as ações da Suzano subiram 0,99% e o valor de mercado da empresa subiu para R$ 74 bilhões.

Em fato relevante enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta quarta-feira (28), a Suzano informou que a partir do dia 2 de abril Schalka e Abreu irão conduzir conjuntamente o processo de sucessão -até julho, quando a troca será efetivada.

Ainda segundo a empresa, Schalka será indicado para compor a chapa na próxima eleição do conselho de administração e depois deverá integrar comitês como os de sustentabilidade e de gestão e finanças.

"A liderança visionária, estratégica, a expertise ímpar e a dedicação incansável do sr. Walter foram pilares fundamentais para o crescimento exponencial e transformacional da companhia ao longo dos últimos anos, a conquista de metas ambiciosas e a consolidação de uma reputação sólida no mercado", escreveu a Suzano no fato relevante.

Schalka estava no comando da companhia desde 2013.

"Com maestria soube alavancar a eficiência operacional da companhia, viabilizar a expansão de seu mercado endereçável, executar a bem-sucedida fusão com a antiga Fibria, liderar um dos maiores investimentos privados em andamento no Brasil com o Projeto Cerrado, dentre tantas outras contribuições determinantes para a Companhia", completou a empresa.

A Rumo diz que recebeu a carta de renúncia de Abreu em uma reunião também realizada nesta quarta. De acordo com a companhia, o executivo deixará o cargo a partir do dia 29 de março.

Formado em engenharia pela PUC-RJ, João Alberto Fernandez de Abreu já ocupou funções em empresas como Shell e Raízen e atualmente é membro do conselho da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários).

O cargo de Abreu na Rumo será ocupado por Pedro Palma, que até então exerce a função de diretor vice-presidente comercial da companhia.

(com Folhapress)

 

INFLAMAÇÃO GRAVE

Após cirurgia, Bolsonaro fica em UTI, sem previsão de alta

"Vai ser um pós-operatório muito prolongado. Não há previsão de alta nesta semana", afirmou o cardiologista Leandro Echenique

15/04/2025 07h04

O ex-presidenet Jair Bolsonaro foi submetido a longa cirurgia no domingo e a reperação será lenta, segundo seus médicos

O ex-presidenet Jair Bolsonaro foi submetido a longa cirurgia no domingo e a reperação será lenta, segundo seus médicos

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A recuperação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após uma cirurgia de 12 horas no intestino será longa, e não há previsão de alta. A informação foi dada pela equipe médica do Hospital DF Star, em Brasília, na manha desta segunda, 14.

"Vai ser um pós-operatório muito prolongado. Não há previsão de alta nesta semana", afirmou o cardiologista Leandro Echenique. "Não temos grande expectativas de uma evolução rápida", completou o especialista em cirurgia geral Cláudio Birolini.

A cirurgia de laparotomia exploradora à qual Bolsonaro foi submetido começou às 10h de domingo e se estendeu até a noite. Os profissionais de saúde descreveram o procedimento como "complexo, trabalhoso" apesar de esperado, e o resultado, como "excelente" e "bastante satisfatório".

Inflamação

Na primeira avaliação médica após a chegada a Brasília - na sexta-feira passada -, Bolsonaro estava estável, mas a tomografia identificou um quadro de distensão abdominal e ele apresentava uma elevação dos marcadores inflamatórios (a presença no sangue da proteína C-reativa, ou PCR, indica o nível de inflamação no organismo): enquanto o normal é 1 mg/dL, o dele chegou a 150 mg/DL.

Com isso, os médicos optaram pela cirurgia. Birolini, que conduziu a operação, descreveu a situação do abdome como "hostil, com múltiplas cirurgias prévias, aderências causando um quadro de obstrução intestinal, e uma parede abdominal bastante danificada em função da facada e das cirurgias prévias".

Os médicos levaram duas horas de cirurgia mais quatro ou cinco horas de liberação de aderências para acessar a cavidade abdominal de Bolsonaro. Na segunda etapa, foi preciso pensar uma "estratégia para a reconstrução" do órgão.

"Só para ter uma ideia, a liberação dessas aderências é feita de forma milimétrica, liberando um intestino que tem três metros e meio", afirmou Birolini. "O intestino dele estava bastante sofrido, o que nos leva a crer que ele já vinha de um quadro de suboclusão há alguns meses."

Echenique relatou que a equipe médica encontrou "muitas aderências" na parede intestinal. As próximas 48 horas serão importantes para que os especialistas verifiquem eventuais intercorrências, como aumento do risco de infecções, de trombose e coagulação do sangue, e da necessidade de medicamentos para controlar a pressão arterial.

Após os primeiros dois dias, haverá uma segunda fase do pós-operatório. Os médicos disseram que será preciso "deixar o intestino descansar, desinflamar, retomar sua atividade, para só depois pensar em alimentação via oral".

O ex-presidente vai se alimentar com uma nutrição na veia por enquanto. Questionado se Bolsonaro vai precisar usar uma bolsa de colostomia, que já foi necessária em casos operatórios anteriores, Birolini disse que, "a princípio, não".

'Voltaremos'

Ontem, o ex-presidente usou as redes sociais para agradecer os apoios. Em uma publicação no X (antigo Twitter), Bolsonaro afirmou que seu estado de saúde "é estável, mas a recuperação exige cuidados intensivos e será gradual".

"No momento, ainda não há previsão para minha alta. Meus mais sinceros agradecimentos para todos neste momento. Um forte abraço em cada um e repito: voltaremos!", escreveu.

EX-PRESIDENTE

Bolsonaro está com obstrução intestinal e passa por laparotomia, diz boletim

O ex-presidente passou mal durante um evento do PL na última sexta-feira, 11, no Rio Grande do Norte

13/04/2025 21h00

A cirurgia consiste em um corte na região abdominal para liberar aderências intestinais

A cirurgia consiste em um corte na região abdominal para liberar aderências intestinais FOTO: CNN Brasil

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O Hospital DF Star informou, em boletim médico divulgado neste domingo, que o ex-presidente Jair Bolsonaro está com um quadro persistente de "subobstrução intestinal" e está sendo submetido no momento ao procedimento cirúrgico de "laparotomia exploradora. A cirurgia consiste em um corte na região abdominal para liberar aderências intestinais. De acordo com a nota, Bolsonaro foi transferido para o hospital na noite de ontem.

"Após reavaliação clínico-cirúrgica, foi submetido a novos exames laboratoriais e de imagem que evidenciaram persistência do quadro de subobstrução intestinal, apesar das medidas iniciais adotadas. As equipes que o assistem optaram de comum acordo pelo tratamento cirúrgico. Ele está sendo submetido neste momento ao procedimento cirúrgico de laparotomia exploradora, para liberação de aderências intestinais e reconstrução da parede abdominal", diz a nota.

Bolsonaro passou mal durante um evento do PL na última sexta-feira, 11, no Rio Grande do Norte. Ele foi atendido no Hospital Municipal Aluízio Bezerra, em Santa Cruz, e depois transferido para o Hospital Rio Grande, em Natal. Na noite de ontem, ele foi transferido para Brasília.

O ex-presidente e aliados têm afirmado que o problema de saúde é consequência dos diversos procedimentos cirúrgicos que Bolsonaro realizou desde a facada que sofreu em 2018, durante a campanha eleitoral.

 

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