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Turismo

Cidade Gaúcha de 23 mil habitantes inaugura estátua de Cristo maior que a do Rio

Uma cidade gaúcha de 23 mil habitantes já tem uma estátua de Jesus maior que o Cristo Redentor do Rio de Janeiro.

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Foi inaugurado neste domingo, 6, em Encantado, a 145 km de Porto Alegre, o complexo do Cristo Protetor, um monumento de 43 metros de altura que se tornou o maior Cristo do Brasil. São 5 metros a mais que a famosa estátua do Rio. A escultura tem um mirante no formato de coração a 33 m de altura.

A cerimônia de inauguração teve missa celebrada pelo cardeal Dom Silvano Tomasi e pelo arcebispo Dom Jaime Spengler, com apresentação da Ópera Gaúcha do Cristo Protetor. Durante a celebração, foi lida uma mensagem do papa Francisco abençoando a representação de Cristo. "Estamos vivendo um dia histórico para nossa comunidade, o Cristo de Encantando será oficialmente inaugurado. Uma linda cerimônia acontece neste momento, aos pés do monumento. Que Cristo nos ilumine e seja o caminho para o nosso desenvolvimento", postou o prefeito Jonas Calvi (PSDB).

A aposta da prefeitura é no incremento do turismo. Encantando foi uma das cidades gaúchas do Vale do Taquari fortemente atingidas pela tragédia das chuvas no ano passado. A cidade foi alagada duas vezes em menos de seis meses. O município foi colonizado por imigrantes italianos e a base da economia são frigoríficos, indústrias de móveis e calçadistas, além do cultivo da erva-mate. As atividades foram impactadas pelas inundações.

Com a bênção do papa Francisco

A envergadura dos braços do novo Cristo é de 36 metros. A estrutura, feita de concreto armado e aço, pesa 1.712 toneladas e está sobre um pedestal de seis metros de altura por 39 metros de extensão. A mão direita contém um fragmento benzido pelo papa Francisco. "O Cristo Protetor de Encantado é a união de ideias e esforços de famílias, líderes encantadenses, religiosos e empresários que visam marcar a força da fé, da devoção e da gratidão de um povo que venceu pelo trabalho", diz a prefeitura

A estátua, esculpida pelo artista cearense Markus Moura, foi construída em dois anos, a partir de doações e arrecadações promovidas pela Associação Amigos de Cristo de Encantado (AACE), constituída especialmente para a obra. O monumento fica no Morro das Antenas, com 400 metros de altitude. O local é considerado um marco da cidade por ter sido onde começou o fornecimento de energia elétrica para o município.

O Complexo do Cristo Redentor tem outras atrações, como a Capela de Vidro em homenagem ao Santo Scalabrini, bispo italiano canonizado em 2022, conhecido como "Pai dos Migrantes". A Fonte dos Apóstolos tem 12 jatos d'água simbolizando os apóstolos de Jesus. O parque que envolve a estátua contém ainda o "Caminho dos Salmos", marcando os pontos de peregrinação e indicando a distância até o Cristo e o Monte das Oliveiras, espaço de reflexão.

Antes da inauguração oficial, a estátua já estava pronta e vinha sendo visitada por peregrinos. Segundo a prefeitura, nos dois últimos anos, cerca de 300 mil turistas passaram pelo local.

O atrativo estará aberto para visitação aos sábados, domingos e feriados, das 9 às 17 horas. O ingresso custa R$ 30 para adultos Crianças até 12 anos não pagam, idosos e moradores da cidade pagam R$ 15.

Outras obras semelhantes

Este não é o primeiro grande Cristo esculpido por Markus Moura, de 45 anos. O artista cearense assina também o Monumento de Cristo de Elói Mendes, em Minas Gerais, com 39 m de altura, pedestal de 8 metros de altura e envergadura de 29 metros. Moura segue os passos do pai, Genésio, conhecido como Mestre Ceará, que esculpiu o segundo maior Buda do mundo, com 30 m de altura, em Ibiraçu, no Espírito Santo.

São de Mestre Ceará também as esculturas do Menino da Porteira, em Ouro Fino, e do Rei Pelé, em Três Corações, cidades mineiras. A maior estátua religiosa do Brasil continua sendo a de Santa Rita de Cássia, em Santa Cruz, no Rio Grande do Norte. A imagem, feita de concreto, tem 42 metros, sobre um pedestal de 6 m, além de um resplendor de 8 m, totalizando 56 metros de altura.

MARAJÁS

Em vez de reduzir supersalários, projeto amplia gasto em R$ 3,4 bilhões

O levantamento também mostrou que os supersalários custaram R$ 11,1 bilhões aos cofres públicos em 2023

10/04/2025 06h57

A Câmara chegou a analisar proposta para reduzir os supersalários, mas juízes e promotores fizeram mobilização contra a proposta inicial

A Câmara chegou a analisar proposta para reduzir os supersalários, mas juízes e promotores fizeram mobilização contra a proposta inicial

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Um manifesto assinado por dez entidades divulgado nesta quarta, 9, afirma que o projeto de lei que busca limitar os supersalários deve aumentar os gastos com as remunerações acima do teto em R$ 3,4 bilhões, em vez de reduzir.

O número considera somente quatro das 32 exceções ao teto previstas pela proposta. Desse número, 14 estão classificadas incorretamente no texto como indenizatórias, segundo as instituições.

A cifra de R$ 3,4 bilhões considera o pagamento em dobro do adicional de um terço de férias, a gratificação por exercício cumulativo de ofícios, o auxílio-alimentação e o ressarcimento de despesas com plano de saúde.

Os números fazem parte de uma pesquisa divulgada em dezembro do ano passado pelo Movimento Pessoas à Frente e elaborada pelo economista Bruno Carrazza. O levantamento também mostrou que os supersalários custaram R$ 11,1 bilhões aos cofres públicos em 2023.

O teto constitucional do funcionalismo público é de R$ 46,3 mil, equivalente à remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A partir de verbas indenizatórias como auxílios e gratificações (que não entram no abate-teto), as remunerações dos servidores podem ultrapassar a barreira.

Atendimento

As entidades destacam que os R$ 11,1 bilhões poderiam ser utilizados para "fortalecer a infraestrutura de atendimento à população em diversos setores prioritários". "A título de comparação, ele corresponde à construção de 4.582 Unidades Básicas de Saúde e ao atendimento anual de 1,36 milhão de famílias no programa Bolsa Família e de 3,9 milhões de alunos do ensino médio no Programa Pé-de-Meia."

O posicionamento foi assinado pelas instituições Movimento Pessoas à Frente, Fundação Tide Setubal, Transparência Brasil, Plataforma Justa, Instituto Democracia e Sustentabilidade, Movimento Brasil Competitivo, Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades, Associação Livres, Centro de Liderança Pública e República.org.

Ao Estadão, a diretora executiva do Movimento Pessoas à Frente, Jessika Moreira, afirmou que uma das consequências do pagamento bilionário para remunerações acima do teto constitucional é o enfraquecimento da democracia. Para ela, os supersalários ajudam a minar a credibilidade do setor público.

"O recurso que sai para pagamento desses auxílios sai do mesmo cofre do pagamento das principais políticas públicas. Além disso, isso contamina a credibilidade das instituições e do setor público por parte da população", disse.

Na manifestação, as dez entidades consideraram que o projeto de lei, além de perpetuar, deve ampliar privilégios e desigualdades "Se aprovada, legitima o pagamento de benefícios remuneratórios a título de indenização, cuja consequência imediata é ser livre de incidência de Imposto de Renda, além de banalizar as exceções ao teto constitucional."

As entidades também exigem que o projeto de lei classifique adequadamente as verbas remuneratórias, indenizatórias e outras vantagens eventualmente recebidas.

No caso das indenizatórias, as instituições defendem o cumprimento de três critérios: ter natureza reparatória, ressarcindo o servidor de despesas incorridas no exercício da função pública; ter caráter eventual e transitório, não sendo incorporadas em bases mensais, devendo possuir um horizonte temporal limitado, e requerendo uma análise caso a caso; e ser expressamente criadas em lei, não podendo ser instituídas por ato administrativo.

CCJ

O projeto criticado pelas entidades é o n.º 2721/2021, e está atualmente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Como mostrou o Estadão, a proposta, que busca combater os supersalários, contém 14 regras que abrem brechas para manter esses rendimentos. Essas 14 exceções ao teto, segundo outro estudo do Movimento Pessoas à Frente, são verbas remuneratórias, e não indenizatórias.

A proposta é originária do Senado e foi aprovada pela Câmara dos Deputados em junho de 2021 com a lista de 32 exceções ao teto. A mudança desidratou o projeto que, inicialmente, buscava fazer uma maior restrição às verbas que não são abatidas pelo teto constitucional. Por causa das alterações, o texto teve de retornar ao Senado.

 

DEMOCRACIA

AGU pede investigação de deputado que deseja a morte de Lula

"Por mim, eu quero mais é que o Lula morra! Eu quero que ele vá para o quinto dos infernos! É um direito meu. Não vou dizer que vou matar o cara, mas quero que ele morra!", afirmou

09/04/2025 07h52

Gilvan da Federal (PL-ES) fez as declarações ao comentar a suposta ausência de provas acerca dos planos para matar Lula

Gilvan da Federal (PL-ES) fez as declarações ao comentar a suposta ausência de provas acerca dos planos para matar Lula

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A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou uma notícia de fato à Polícia Federal (PF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando providências cabíveis contra o deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES). Durante sessão da Comissão de Segurança Pública, na Câmara dos Deputados, o parlamentar desejou a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A declaração foi feita ao comentar a ausência de provas acerca dos planos de assassinatos de Lula, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em 2022. O plano foi descrito em denúncia oferecida pela PGR contra acusados de tentativa de golpe de Estado, em fevereiro deste ano.

“Por mim, eu quero mais é que o Lula morra! Eu quero que ele vá para o quinto dos infernos! É um direito meu. Não vou dizer que vou matar o cara, mas quero que ele morra! Quero que vá para o quinto dos infernos, porque nem o diabo quer o Lula. É por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer... tomara que tenha um ataque cardíaco. Porque nem o diabo quer essa desgraça desse presidente que está afundando nosso país. E eu quero mais é que ele morra mesmo. Que andem desarmados. Não quer desarmar cidadão de bem? Que ele ande com seus seguranças desarmados”, disse o deputado durante sessão.

Entre as providências solicitadas pela AGU está uma possível investigação criminal. Em tese, segundo a AGU, as declarações podem configurar os crimes de incitação ao crime (artigo 286 do Código Penal) e ameaça (artigo 147 do Código Penal).

É preciso apurar, segundo a AGU, se as declarações “excedem ou não os limites da imunidade parlamentar, de acordo com o Artigo 53 da Constituição Federal, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que tem entendido que a imunidade material não protege manifestações que configurem crimes contra a honra ou incitação à violência, especialmente quando se voltarem contra instituições democráticas ou agentes públicos investidos em função de Estado. (STF, Inq 4.781)”, informa o documento da AGU.

Na mesma sessão em que Gilvan da Federal desejou a morte de Lula, os deputados da Comissão de Segurança Pública aprovaram o Projeto de Lei n. 4012/23, que veda o uso de armas de fogo pelos agentes da segurança pessoal do presidente da República e dos ministros de Estado.

A AGU também determinou a imediata instauração de procedimento administrativo interno para apurar o fato, ressaltando que as providências adotadas “visam à salvaguarda da integridade das instituições republicanas e do Estado Democrático de Direito”.

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