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logística

Governo definirá rede de rodovias relevantes do País e poderá federalizar estradas regionais

Ministério dos Transportes criou um grupo de trabalho que definirá a Rede Nacional de Integração (Rinter), um conjunto de rodovias consideradas as mais importantes do País

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O Ministério dos Transportes criou um grupo de trabalho que definirá a Rede Nacional de Integração (Rinter), um conjunto de rodovias consideradas as mais importantes do País. Na prática, isso poderá levar a transferência da gestão de rodovias estaduais para o governo federal.

Observando essas e outras possibilidades de federalização, o grupo terá foco em revisar "normas e procedimentos que possam trazer celeridade e transparência ao processo de incorporação de rodovias".

A Rinter é prevista pela Lei 12.379, de 2011, mas ainda não há definição sobre quais rodovias devem compô-la. Segundo a lei, fazem parte da Rinter as vias que satisfazem a pelo menos um dos seguintes requisitos: promovem a integração regional, interestadual e internacional; ligam capitais de Estados ou ao Distrito Federal; atendem a fluxos de transporte de grande relevância econômica; e provém ligações indispensáveis à segurança nacional.

O Ministério dos Transportes explica, porém, que nem todas as rodovias que se enquadram nesses critérios serão federalizadas, ainda que sejam incluídas na Rinter. "Essa análise visa categorizar os segmentos à luz da legislação", explica a pasta.

Para as demais possibilidades de incorporação, o ministério diz que esse é um procedimento pontual que visa reverter a descontinuidade de corredores e a incompatibilidade de características técnicas de segmentos estaduais e federais em uma mesma rota logística, "que acabam por prejudicar a segurança, a trafegabilidade e a eficiência do transporte naquele segmento".

A primeira reunião do grupo técnico está prevista para a próxima sexta-feira, 23. A equipe terá representantes de secretarias da pasta, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e da Infra S.A. Os trabalhos terão prazo de vigência de 90 dias, automaticamente prorrogáveis pelo mesmo período, e serão extintos "com a plena consecução dos objetivos", conforme prevê portaria publicada nesta sexta-feira, 16.

ULTIMA RATIO

STJ não vê 'indício' de elo de ministros com venda de sentenças em MS

Mas, dois servidores da corte estão sendo investigados por suposto envolvimento com a venda de sentenças judiciais

29/10/2024 07h37

Pelo menos quatro nomes de ministros do STJ aparecem nas conversas de advogados envolvidos na operação Ultima Ratio

Pelo menos quatro nomes de ministros do STJ aparecem nas conversas de advogados envolvidos na operação Ultima Ratio

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) abriu um procedimento administrativo disciplinar contra um segundo servidor citado nas investigações sobre suspeita de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul que também atingiram a Corte superior. Conforme o STJ, até o momento, "não há qualquer indício de envolvimento de ministros".

Em nota, a Corte afirmou na sexta-feira passada, 25, que as apurações podem resultar em novos procedimentos internos e os processos estão sendo complementados por dados compartilhados pela Polícia Federal e Corregedoria Nacional de Justiça. O STJ disse ainda que, "respeitando seu compromisso com a ética e a transparência", vai divulgar as conclusões da apuração administrativa.

Em sessão da Terceira Turma do tribunal no último dia 8, a ministra Nancy Andrighi já havia anunciado a abertura de um procedimento disciplinar sobre a conduta de um servidor da Corte "Não posso dizer o que sente um juiz com 48 anos de magistratura quando se vê numa situação tão estranha como essa. O importante é que já foi localizada a pessoa, respondeu a uma sindicância e está aberto o PAD (procedimento administrativo disciplinar)", declarou a ministra.

Tornozeleira

A informação sobre o novo PAD foi divulgada pelo STJ um dia depois da Operação Última Ratio, na quinta-feira passada, que resultou no afastamento de cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul sob suspeita de venda de decisões judiciais. 

O relator do caso no STJ, Francisco Falcão, determinou a remessa da investigação para o Supremo Tribunal Federal (STF), em razão de gabinetes de quatro ministros do próprio STJ terem sido citados em conversas obtidas pela PF. O STF detém competência para investigar e processar integrantes dos outros tribunais superiores. O relator no Supremo é Cristiano Zanin.

As suspeitas surgiram a partir de dados armazenados no celular do advogado Roberto Zampieri, executado em Cuiabá, em dezembro de 2023. O conteúdo - cerca de cinco mil diálogos - levou até agora ao afastamento de oito magistrados dos Tribunais de Justiça de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul e inquieta agora o STJ.

Caberá ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestar sobre a manutenção do caso no Supremo, com base na análise de citações a ministros do STJ.
 

(Informações do Estadão)

CONTRAVENÇÃO

Bicheiro Rogério de Andrade é preso no Rio de Janeiro

Ele é acusado de ser o mandante do assassinato de Fernando de Miranda Iggnacio, genro de Castor de Andrade, outro chefão do jogo do bicho

29/10/2024 07h17

Rogério de Andrade foi preso em sua casa, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro

Rogério de Andrade foi preso em sua casa, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro

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O bicheiro Rogério de Andrade foi preso na manhã desta terça-feira (29) no Rio de Janeiro, a pedido do Ministério Público do estado. Ele foi preso em casa, na Barra da Tijuca.

A Promotoria também pediu a prisão de Gilmar Eneas Lisboa. Ele é acusado de monitorar a vítima até o momento do crime.
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) denunciou os dois à Justiça pelo homicídio qualificado de Fernando de Miranda Iggnacio

A vítima era genro de Castor de Andrade, também contraventor, e foi morto em 10 de novembro de 2020, no Recreio dos Bandeirantes. Ele havia descido de um helicóptero que voltava de Angra dos Reis e foi atingido por diversos disparos enquanto caminhava até o carro.

Os mandados da operação Último Ato foram expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri e estão sendo cumpridos na Barra da Tijuca e em Duque de Caxias.

Em março de 2021, a Promotoria denunciou Rogério de Andrade pelo mesmo crime. No entanto, em fevereiro de 2022, a Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, por maioria de votos, trancar a ação penal contra o contraventor, alegando falta de provas que demonstrem seu envolvimento no crime como mandante.

Por meio de novo Procedimento Investigatório Criminal, o Gaeco "identificou não só sucessivas execuções protagonizadas pela disputa entre os contraventores Fernando Iggnacio e Rogério de Andrade, mas também a participação de uma outra pessoa no homicídio de Fernando. De acordo com a denúncia do Gaeco, Gilmar Eneas Lisboa foi o responsável por monitorar a vítima até o momento do crime."

OUTRO CASO

Andrade, padrinho da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, e o presidente da agremiação, Flávio da Silva Santos, foram alvos de mandados de busca e apreensão no último dia 9, no Rio de Janeiro.

Santos e outras quatro pessoas foram presas na ação. O presidente da escola foi preso em flagrante após jogar uma arma pela janela, que foi recuperada. Outra arma sem licença foi apreendida no apartamento dele, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

No total, os investigadores apreenderam R$ 30 mil e 26 celulares no apartamento de Santos. A reportagem não localizou sua defesa.

Também não foi localizada a defesa de Rogério de Andrade. Os últimos advogados cadastrados no sistema judicial afirmaram que não atuam mais para ele.

A ação da Promotoria e da Polícia Civil faz parte de uma investigação sobre a morte de Fábio Romualdo Mendes, que aconteceu em setembro de 2021. Ele seria ligado ao jogo do bicho e teria sido assassinado, segundo a investigação, devido a disputas por territórios controlados por Rogério Andrade.

O crime ocorreu na estrada dos Bandeirantes, em Vargem Grande, zona oeste do Rio. A vítima foi morta com vários tiros por dois homens em uma moto enquanto esperava sua esposa em um posto de saúde.

Testemunhas ouvidas apontaram um racha interno no grupo supostamente comandado por Andrade como o motivo do homicídio. O presidente da Mocidade seria o responsável pelas máquinas caça-níqueis em Bangu, Padre Miguel e Realengo. Ele teria entrado em conflito com o administrador do bicho da região de Vargem Grande e Pequna, segundo os relatos. A vítima, Mendes, seroa ligada a esse segundo administrador.

(Informações da Folhapress)

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