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Governo dos EUA fala em sanções a Alexandres de Moraes

Vídeo da sessão na Câmara dos Deputados dos EUA foi compartilhado no X por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está morando no país

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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou nesta quarta-feira, 21, que "há uma grande possibilidade" de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ser alvo de sanções por parte do governo de Donald Trump. A declaração ocorreu durante depoimento de Rubio à Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados americana. Uma das sanções seria a proibição da entrada de Moraes no país.

Na audiência, o deputado republicano Cory Lee Mills acusou o STF de "perseguir a oposição, incluindo jornalistas e cidadãos comuns". Segundo o parlamentar, "o que estão fazendo agora é uma iminente prisão politicamente motivada do ex-presidente (Jair) Bolsonaro".

"Essa repressão se estende além das fronteiras do Brasil, impactando indivíduos em solo norte-americano. O que você pretende fazer, e você consideraria sanções ao ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, sob a Lei Global Magnitsky?", questionou.

"Isso está sob análise neste momento e há uma grande possibilidade de que isso aconteça", afirmou o secretário do governo Trump.

O vídeo da sessão na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos foi compartilhado no X (antigo Twitter) pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está morando no país.

A Lei Magnitsky é um instrumento da legislação dos EUA que autoriza sanções contra indivíduos acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos. Aprovada em 2012, a norma prevê medidas como bloqueio de bens e contas em território americano, além da proibição de entrada no país.

Críticas

Em fevereiro deste ano, o Departamento de Estado dos Estados Unidos criticou o bloqueio de redes sociais norte-americanas pelo Brasil, classificando as decisões como "censura". O órgão, equivalente ao Ministério das Relações Exteriores, fez uma publicação no X afirmando que tais ações são "incompatíveis com os valores democráticos". A publicação foi compartilhada pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. Apesar de não citar diretamente Moraes, o texto fazia referência à decisão do magistrado brasileiro sobre a plataforma Rumble.

O ministro também já havia pedido a suspensão da conta do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos na rede social. Por conta dessa decisão, o magistrado brasileiro virou alvo de uma ação conjunta na Justiça americana movida pela plataforma de vídeos Rumble e pela Trump Media, empresa do presidente americano. Moraes é acusado de violar a soberania americana.

Bolsonaro é réu no Supremo por cinco crimes - organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do estado democrático, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União. As penas em caso de condenação podem chegar a 43 anos de prisão.

Na denúncia, a Procuradoria-Geral da República (PGR) diz que Bolsonaro não apenas tinha conhecimento do plano golpista como liderou as articulações para dar um golpe de Estado após as eleições de 2022. O ex-presidente é apontado como líder de uma organização criminosa "baseada em projeto autoritário de poder" e "com forte influência de setores militares".

Defesa

No julgamento em que a Primeira Turma do STF recebeu a denúncia contra Bolsonaro, Moraes citou a minuta golpista para anular o resultado das eleições e o rascunho de discurso que seria lido por Bolsonaro após a deposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A defesa do ex-presidente afirmou que as acusações são precárias e que não há provas contra ele.

 

Sem desconto

Senador é alvo da PF em operação contra roubalheira no INSS

Weverton Rocha (PDT-MA), que é vice-líder do Governo no Senado, foi um dos principais alvos da operação que também prendeu o filho do "Careca do INSS"

18/12/2025 07h30

Mandados de busca foram realizados na residência do senador Weverton Rocha, do PDT do Maranhão

Mandados de busca foram realizados na residência do senador Weverton Rocha, do PDT do Maranhão

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O senador Weverton Rocha (PDT-MA) é um dos principais alvos da nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada na manhã desta quinta-feira (18) pela Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU). Weverton é suspeito de ter realizado negócios com alvos investigados pelos desvios, segundo o Estadão. A polícia cumpre busca e apreensão na residência do senador.

Romeu Carvalho Antunes, filho mais velho e sócio do empresário Antônio Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", é outro alvo e foi preso na operação. De acordo com o jornal, além de ter relação societária, ele tinha autorização para movimentar as contas de uma das empresas foi do pai que é suspeita de envolvimento nas fraudes em aposentadorias. O "Careca do INSS" está preso desde setembro.

A operação também cumpriu um mandado de prisão domiciliar e afastamento do atual número dois do Ministério da Previdência Social, Adroaldo Portal. Ele é jornalista e já trabalhou no gabinete de Weverton.

O advogado Éric Fidelis, filho do ex-diretor do INSS André Fidelis, também é alvo de buscas. A Operação Sem Desconto investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Nesta quinta-feira, estão sendo cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As ordens judiciais são cumpridas nos estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, além do Distrito Federal.

Segundo a PF, as ações desta nova fase buscam "aprofundar as investigações da Operação Sem Desconto e esclarecer a prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário e atos de ocultação e dilapidação patrimonial".
 

sbt news

Lula diz que quer campanha 'civilizada' em 2026 e que já tem candidato em SP

O presidente afirmou que não pode escolher o adversário favorito, mas que está preparado para enfrentar os cotados a disputar a Presidência pelo campo da direita

16/12/2025 07h40

Depois de participar de evento de inauguração do jornal, o SBT News exibiu entrevista com o presidente Lula nesta segunda-feira

Depois de participar de evento de inauguração do jornal, o SBT News exibiu entrevista com o presidente Lula nesta segunda-feira

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou em entrevista ao SBT News veiculada nesta segunda-feira, 15, que quer participar de uma campanha "civilizada, num alto nível e com debate altamente democrático" na disputa pelo Palácio do Planalto em 2026. O presidente afirmou ainda que já possui candidatos ao governo e de São Paulo e de Minas Gerais, além de postulantes ao Senado dos dois Estados.

"Eu espero que seja campanha civilizada, num alto nível, com debate altamente democrático porque é preciso tirar o Brasil do ódio que ele está. A campanha política poderá servir para que a gente faça a política voltar a ser respeitada, as instituições fortalecidas e a democracia seja a grande ganhadora", afirmou Lula.

Sobre São Paulo e Minas, Lula disse que é cedo para apontar os nomes dos candidatos da preferência dele. Segundo o presidente, apesar de ter os candidatos, é preciso que eles aceitem participar da campanha. Um caso emblemático é o do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que resiste a ser o candidato ao governo de Minas apoiado pelo petista.

"Acho que é muito cedo para você definir as coisas sobre as eleições que vão se dar em outubro de 2026. Eu tenho todo o tempo do mundo para tentar fazer as articulações que preciso fazer. Obviamente que eu já tenho candidato a governador de São Paulo, tenho candidato a senador por São Paulo, já tenho candidato em Minas Gerais. Mas aqueles que eu quero podem não querer ser", disse Lula.

O presidente afirmou ainda não pode escolher o adversário favorito, mas que está preparado para enfrentar de uma só vez os cotados a disputar a Presidência pelo campo da direita. Confiante, Lula disse que a reeleição dele é a "única certeza" que possui.

"Eu estou preparado para disputar com todos eles de uma vez só. Tenho coisas para anunciar para o povo brasileiro, tenho uma prestação de contas ao povo brasileiro que eu duvido que outro presidente tenha. (...) Alguns poderão fazer promessas, eu vou mostrar a fotografia real das coisas que eu encontrei nesse País e das coisas que nós fizemos nesse País", disse o presidente.

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