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Inscrições para vagas remanescentes do Fies terminam nesta segunda

Resultado da pré-seleção de estudantes será divulgado na quarta-feira

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O Ministério da Educação (MEC) prorrogou até esta segunda-feira (2) as inscrições para as vagas remanescentes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) referentes ao segundo semestre de 2024. A data inicial era sexta-feira (29).

Os estudantes matriculados em cursos superiores devem se inscrever exclusivamente pela internet, no Portal Acesso Único ao Ensino Superior, no módulo do Fies até 23h59 de hoje, no horário oficial de Brasília.

Ao acessar o sistema Fies Seleção, o estudante de ensino superior deverá entrar no portal único de serviços digitais do governo federal, o Gov.br, com o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha.

O Fies financia as mensalidades de estudantes de cursos de graduação em instituições de educação superior privadas com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

O resultado da pré-seleção de estudantes será divulgado na quarta-feira (4) em chamada única, na ordem de classificação. Também serão divulgados os nomes da lista de espera.  

Quem tem direito

De acordo com edital extra, as vagas remanescentes são destinadas exclusivamente aos estudantes efetivamente matriculados em um curso de ensino superior e, caso o semestre letivo já tenha sido encerrado, os candidatos devem ter cursado tal período com aproveitamento em pelo menos 75% das disciplinas.

Para participar da seleção, o candidato precisa também ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a partir da edição de 2010, e obtido média aritmética das notas nas provas igual ou superior a 450 pontos, bem como nota superior a zero na redação.

Também é necessário ter renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até três salários mínimos (R$ 4.236, em 2024).

Ações afirmativas

Os estudantes de cursos superiores autodeclarados pretos, pardos, indígenas, quilombolas, com deficiência e integrantes de família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) têm mais uma chance de conseguir o financiamento

Pelo Fies Social, criado neste ano para atender àsnecessidades de estudantes de baixa renda, a modalidade do programa federal dará prioridade à seleção de estudantes com renda familiar de até meio salário mínimo (R$ 706) por pessoa da família, inscritos no CadÚnico.

Em 2024, pela primeira vez, têm prioridade na classificação para as vagas remanescentes, os candidatos autodeclarados pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência (PCD). O resultado da pré-seleção de candidatos e a ordem de classificação serão divulgados em 4 de dezembro, para chamada única e de lista de espera.

Programa

Desde 2001, o Fies democratiza o acesso ao ensino superior, permitindo que estudantes de baixa renda possam se graduar. O programa oferece financiamento a taxas de juros muito mais baixas do que as do mercado financeiro, o que o torna mais acessível a este público.

O Fies oferece diferentes modalidades de financiamento, com prazos e condições de pagamento variados, conforme a renda familiar de cada candidato. Aquele que mais precisa pode ter financiamento a juro zero.

Na modalidade I do Fies, por exemplo, o financiamento será pago após o término do curso, respeitando o limite de renda do estudante. O financiamento poderá ser pago por meio do débito na conta corrente ou poupança do estudante.

Para mais informações sobre o FIES, pode ser consultado o site oficial da Caixa Econômica Federal, instituição operadora e agente financeira do fundo governamental.

SEGURANÇA

8/1 muda patamar da segurança presidencial, com câmeras, vidros blindados e mais vigilantes

Devido ao ataque à Praça dos Três Poderes, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) implementou uma série de medidas para reforçar a segurança do Palácio do Planalto

30/11/2024 12h45

Oito de janeiro foi o episódio que mudou o patamar da preocupação com a segurança do STF

Oito de janeiro foi o episódio que mudou o patamar da preocupação com a segurança do STF Marcelo Camargo - Agência Brasil

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O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) implementou uma série de medidas para reforçar a segurança do Palácio do Planalto nos últimos dois anos. A motivação são os ataques à Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, episódio que mudou o patamar da preocupação com a segurança do local.

Responsável pela segurança do presidente da República e do vice, seus familiares e os palácios presidenciais, o GSI aumentou em 60% seu efetivo desde o ataque e ampliou de 68 para 534 câmeras de vigilância nesses locais - outras 174 devem ser colocadas, totalizando 708. O órgão aguarda recursos para blindar os vidros do prédio onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trabalha.

No Palácio do Planalto, o número de câmeras de vigilância deve aumentar de 44 para 348. Dos 40 equipamentos com capacidade para reconhecimento facial, 23 ficarão no prédio. Um banco de dados com as imagens dos visitantes já está sendo abastecido há cerca de 15 dias.

O GSI deve nos próximos meses firmar convênios com os Estados para cruzar informações de bancos de dados de pessoas procuradas pela Justiça com as imagens captadas nas câmeras do Palácio do Planalto. Os palácios da Alvorada, do Jaburu, a Granja do Torto e os anexos presidenciais fazem parte do sistema de monitoramento.

A licitação para a instalação dos vidros blindados ainda não foi feita, mas os recursos federais já estão separados para a obra, segundo o ministro do GSI, Marco Antonio Amaro. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), de acordo com ele, autorizou a reforma.

"O que nos auxilia é uma ação orçamentária que nos possibilita recursos para melhorar as instalações, como, por exemplo, câmeras, blindagem de vidros, melhoria das guaritas, tirando de dentro do palácio a primeira inspeção feita aos visitantes, dando maior segurança. Além disso, aquisição de equipamentos antidrones. São medidas que se somam e melhoram a estrutura de segurança", declarou Amaro a jornalistas durante uma visita às instalações do GSI.

Questionado sobre por que a Praça dos Três Poderes têm vivido ataques como os do 8 de Janeiro e, mais recentemente, de explosões a bomba, Amaro atribuiu à arquitetura de Brasília a falta de segurança dos prédios públicos. Ele disse que a Esplanada não tem muros que impeçam pessoas de se aproximarem das autoridades.

"Vocês percebem que o Palácio do Planalto e outras sedes de Poderes foram construídos sem uma preocupação maior com segurança. A Praça dos Três Poderes (foi idealizada) como um espaço de manifestações democráticas. Às vezes essas grandes manifestações descambam para essa invasão das sedes dos Três Poderes", afirmou.

Além da falta de barreiras físicas para manter ameaças afastadas da Presidência da República, Amaro se queixa da proximidade com que carros trafegam na Via N1, no Eixo Monumental, avenida que separada o Palácio do Planalto da Praça dos Três Poderes.

Em 8 de janeiro de 2023, manifestantes bolsonaristas invadiram os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto, causando estragos sobretudo nos dois últimos. A facilidade com que os invasores conseguiram destruir o patrimônio público levantou críticas aos órgãos de segurança, como o GSI.

O ministro foi perguntado se o GSI concluiu o processo de "desbolsonarização" de seus quadros - uma vez que a existência de militantes radicalizados no órgão foi motivo de desconfiança da Presidência da República no começo do atual mandato -, e afirmou que o GSI não tem mais tido problema com a partidarização de seus membros.

DEMOCRACIA

Exército investiga uso de viaturas em trama golpista e checa movimentação de armas

Segundo generais, o Exército analisou nos últimos dias os registros de entrada e saída de armas dos batalhões de Goiânia -em especial, do 1º Batalhão de Ações de Comandos

30/11/2024 07h15

Segundo a PF, tramas para matar Lula, Alckmin e Moraes eram tramadas enquanto milhares acampavam em frente aos quartéis

Segundo a PF, tramas para matar Lula, Alckmin e Moraes eram tramadas enquanto milhares acampavam em frente aos quartéis

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O Exército abriu uma investigação interna sobre o possível uso de viaturas de batalhões de Goiânia por militares na trama golpista do fim de 2022, após a vitoria de Lula (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial. As suspeitas foram levantadas pela Polícia Federal.

A apuração é conduzida pelo Comando de Operações Especiais, a cúpula dos "kids pretos", chefiado pelo general Andrelucio Ricardo Couto. Todos os batalhões subordinados são alvos da sindicância.

Segundo generais ouvidos pela reportagem, o Exército também analisou nos últimos dias os registros de entrada e saída de armas dos batalhões de Goiânia -em especial, do 1º Batalhão de Ações de Comandos.

A checagem foi feita porque a PF revelou que o plano do general da reserva Mario Fernandes de matar autoridades previa o uso de armamento exclusivo do Exército, como o lança-rojão AT-4.

Militares registram diariamente a movimentação do armamento no paiol. Os dados colhidos até agora mostraram que não há indícios de que armas tenham saído de forma indevida dos quartéis no período em que foi discutida a trama golpista no fim de 2022, segundo os relatos.

Assim, a avaliação interna foi de que não era necessário formalizar uma sindicância sobre a saída irregular de armas, já que não há suspeitas de que o crime tenha ocorrido.

O Exército confirmou, em nota, a abertura da investigação sobre os carros. "Foi instaurado um procedimento administrativo a fim de verificar o cumprimento das medidas regulamentares para o uso de viaturas no âmbito daquela Organização Militar."

As suspeitas sobre o uso de viaturas do 1º Batalhão de Ações de Comando surgiram após a PF identificar que um Fiat Palio, de cor preta, fez na mesma hora os mesmos trechos de ida e volta de Goiânia a Brasília que o carro do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira.

Rafael foi identificado pela PF como um dos seis integrantes de um grupo que se articulava com o general da reserva Mario Fernandes para executar um plano para prender ou matar o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

O plano seria executado na noite de 15 de dezembro de 2022, segundo os indícios que estão no relatório da PF. No fim da tarde daquele dia, Rafael pegou seu carro e deixou Goiânia rumo a Brasília. O carro do batalhão fez o mesmo.

A concessionária Triunfo, responsável pela BR 060, fez um relatório que mostra que os carros passaram pelo mesmo trecho da rodovia com seis minutos de diferença no início da noite do dia 15.

O plano contra Moraes acabou abortado perto das 21h, e os envolvidos na trama golpista anunciaram no grupo "Copa 2022", no aplicativo Signal, que deveriam se desmobilizar. O carro de Rafael é novamente flagrado pela Triunfo voltando a Goiânia à 0h07 do dia 16 de dezembro -a viatura do batalhão passa pelo mesmo ponto 32 segundos depois.

As câmeras instaladas na BR 060 registraram quatro imagens do Fiat Palio do batalhão do Exército passando pela rodovia. É possível ver ao menos duas pessoas dentro do carro.

"A análise do tráfego dos pedágios da rodovia BR-060 evidenciaram que o veículo Palio pertencente ao BAC percorreu a mesma rota e em horários próximos ao veículo particular de Rafael de Oliveira, tanto no sentido Goiânia-Brasília, quanto no sentido de retorno, demonstrando um deslocando em conjunto", diz a PF em relatório da investigação.

A PF não identificou quem são os militares que usaram a viatura. Os investigadores ainda tentam descobrir a identidade de quatro dos seis suspeitos de executar o plano contra Moraes, que terminou frustrado.

A investigação encontrou outras seis viaturas do Exército que fizeram o trecho Goiânia-Brasília nos últimos meses de 2022 e pediu dados da Força sobre os itinerários e os militares que usaram os carros. O Exército apura as informações para enviá-las.

Outra estratégia adotada pela Polícia Federal para descobrir a identidade dos suspeitos foi ir, no início de outubro deste ano, até uma farmácia no Sudoeste, na área central de Brasília.

Há registros de que quatro celulares usados pelos golpistas no grupo "Copa 2022", onde articulavam os ataques, receberam créditos em uma compra efetuada na farmácia em 9 de dezembro de 2022.

Cada telefone recebeu R$ 20 de crédito, e o pagamento foi feito em espécie. Os investigadores não conseguiram acesso às imagens das câmeras de segurança porque os registros são apagados a cada 15 dias, para evitar sobrecarga no armazenamento.

(Informações da Folhapress)

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