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LÍDER GLOBAL EM ALIMENTOS

JBS recebe aval de acionistas para lançar ações nos EUA

"Facilita os investidores estrangeiros a investirem na empresa, trazendo mais capital, melhorando a capacidade da companhia de crescer", comemorou Joesley

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A JBS obteve nesta sexta-feira, 23, a aprovação dos acionistas para dar continuidade à sua reestruturação societária, que resultará na dupla listagem das ações da companhia nas bolsas do Brasil (B3) e dos Estados Unidos, na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse). A operação, que envolve a criação da holding JBS N.V., sediada na Holanda, marca um dos maiores movimentos de internacionalização de uma empresa brasileira de capital aberto.

A proposta foi aprovada em assembleia geral extraordinária de acionistas da companhia e da JBS Participações, conforme comunicado divulgado ao mercado. A estrutura permitirá à nova holding deter o controle indireto da JBS S/A, enquanto seus papéis de classe A passarão a ser negociados como BDRs (recibos de ações) na B3 e ações na Nyse.

Com a aprovação dos acionistas, a expectativa é que a estreia dos papéis da JBS na Nyse ocorra em 12 de junho. Os BDRs, por sua vez, devem entrar no pregão em 9 de junho. Já as ações da JBS na B3 serão negociadas pela última vez em 6 de junho, conforme o cronograma divulgado.

Os irmãos Joesley e Wesley Batista celebraram, em publicações nas redes sociais. "Traz mais investidores. Facilita os investidores estrangeiros a investirem na empresa, trazendo mais capital, mais recurso, melhorando a capacidade da companhia de crescer", escreveu Joesley, que chamou a decisão dos acionistas de "uma notícia extraordinária".

As ações da JBS fecharam em baixa de 1,28% ontem, depois do anúncio do aval para a dupla listagem das ações da companhia.

Questinamentos

A listagem dos papéis da empresa na bolsa americana vai ocorrer após várias postergações e em meio à continuidade de questionamentos políticos e ambientais no exterior. A pressão aumentou após o detalhamento da reestruturação internacional que a JBS empreenderá para ser listada em Nova York, com a mudança de sua sede para a Holanda.

A senadora democrata Elizabeth Warren enviou uma carta aos CEOs da JBS USA, Wesley Batista Filho, e da Pilgrim's Pride (empresa americana que pertence à JBS), Fabio Sandri, nesta semana, em que manifesta preocupação com a possibilidade de as empresas terem feito grandes doações à posse do presidente dos EUA, Donald Trump, em um esforço para influenciar decisões durante seu governo.

A Pilgrim's Pride doou US$ 5 milhões - o maior valor individual ao Comitê Inaugural Trump-Vance -, superando o montante conjunto de gigantes da tecnologia como Apple, Amazon, Meta e Google, segundo a senadora.

"A decisão da SEC (a CVM americana), tomada poucos meses após a doação da Pilgrim's Pride, levanta questões sobre influência indevida", acusa Warren.

As consultorias de governança corporativa Institutional Shareholder Services (ISS) e Glass, Lewis & Co., duas das maiores do mundo, recomendaram que os acionistas da JBS votassem contra a reestruturação, alegando problemas na estrutura proposta.

Em resposta, o fundo Mason Capital Management, acionista minoritário da companhia, defendeu a operação e solicitou à SEC, na semana passada, uma investigação sobre os pareceres das consultorias, que considera equivocados.

Segundo o fundo Mason, a dupla listagem representa uma oportunidade de criação de valor multibilionária para os minoritários da JBS, com base nos múltiplos de negociação de empresas pares listadas nos EUA.

Dias antes do prazo final para a votação, o Greenpeace instou os acionistas da JBS a votarem contra a listagem, em anúncio publicado no jornal britânico Financial Times.

Apesar das pressões políticas, ambientais e de governança, o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, disse que a listagem será um novo capítulo para a empresa. "Acreditamos que esta listagem dupla aumentará nossa visibilidade internacional, atrairá novos investidores e fortalecerá ainda mais nossa posição como líder global em alimentos", disse.
 

orçamento secreto

Hugo Motta sai em defesa de ex-assessora de Lira que foi alvo da PF

Presidente da Câmara emitiu nota para defender ex-assessira de Lira que foi alvo de operação da Polícia Federal

13/12/2025 07h38

A nota Hogo Motta contesta a pertinência da operação que foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal

A nota Hogo Motta contesta a pertinência da operação que foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal

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O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), divulgou nota na noite desta sexta-feira, 12, defendendo a legalidade das emendas parlamentares e elogiando a servidora da casa que foi alvo de operação da Polícia Federal (PF).

Mariângela Fialek é ex-assessora do ex-presidente da Câmara Arthur Lira. Ela é investigada pela PF por suspeitas de irregularidades no pagamento de emendas parlamentares por meio do chamado orçamento secreto, esquema revelado em 2021 pelo Estadão.

"A servidora Mariângela Fialek é uma técnica competente, responsável e comprometida com a boa gestão da coisa pública. A experiência da servidora é reconhecida por todos os órgãos do Poder Legislativo e do Poder Executivo que elaboram e executam o orçamento federal. Inclusive, a atuação da servidora Mariângela Fialek foi fundamental no aprimoramento dos sistemas de rastreabilidade da proposição, indicação e execução de emendas parlamentares", diz a nota de Motta.

O presidente da Câmara diz que a Casa legislativa respeita as decisões do STF, mas sustenta que o Parlamento vem adotando medidas para melhorar a transparência da execução das emendas de deputados e senadores ao Orçamento.

A operação da PF realizada nesta sexta-feira foi autorizada pelo ministro do Supremo Flávio Dino. Ele é relator de ações que acusam o Legislativo de manter modelo sem transparência e de difícil fiscalização para repassar recursos públicos a redutos eleitorais dos congressistas.

"A Câmara dos Deputados não compactua com ilicitudes na execução de emendas parlamentares. Em virtude disso, juntamente com o Poder Executivo, Senado Federal, Tribunal de Contas da União e Supremo Tribunal Federal, vem aprimorando os sistemas de transparência e rastreabilidade da proposição, indicação e execução de emendas parlamentares", diz a nota de Motta.

"A Câmara dos Deputados respeita o Supremo Tribunal Federal e todas as decisões por ele proferidas. Destaca, no entanto, que uma leitura atenta e correta da decisão proferida pelo ilustre ministro Flávio Dino revela que ali não se aponta nenhum ato de desvio de verbas públicas. Nenhum", acrescenta a nota.

Motta sustenta que não se deve confundir a mera indicação de um parlamentar por meio de emenda orçamentária com a forma como o dinheiro é gasto nos estados e municípios para onde os recursos são destinados.

"A correta execução dos recursos públicos e transferências governamentais, não apenas emendas parlamentares, mas também provenientes do Poder Executivo, pelos seus destinatários finais, deve ser estritamente acompanhada pelos órgãos de controle", defendeu.
 

comando vermelho

Assembleia do Rio de Janeiro liberta deputado preso pela PF

Dos 65 deputuados presentes, 42 votaram favoráveis e 21 foram contrários à soltura do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar

09/12/2025 06h59

Rodrigo Bacellar foi preso acusado de vazar informações de operação que tinha como alvo um deputado ligado ao Comando Vermelho

Rodrigo Bacellar foi preso acusado de vazar informações de operação que tinha como alvo um deputado ligado ao Comando Vermelho

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Em sessão extraordinária, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu por 42 votos favoráveis a 21 contrários pela soltura do presidente afastado da Casa Rodrigo Bacellar (União Brasil). Houve duas abstenções, dos 65 deputados presentes.

O deputado estadual Rodrigo Bacellar foi preso preventivamente na manhã de quarta-feira (3), durante a Operação Unha e Carne, deflagrada pela Polícia Federal (PF), para investigar o vazamento de informações sigilosas sobre a Operação Zargun, que prendeu o deputado estadual TH Joias. TH Joias está preso, desde setembro, acusado de intermediar a compra e venda de armas para o Comando Vermelho.

A ação ocorreu enquanto Bacellar prestava depoimento na sede da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Bacellar é suspeito de envolvimento no repasse de informações que teriam antecipado detalhes da operação que mirava o deputado estadual TH Joias.

Segundo a PF, o vazamento comprometeu o andamento das investigações que resultaram na prisão de TH Joias. 

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